Segundo a Polícia Militar (PM), roubos e furtos de celulares representaram 60% das ocorrências registradas nos oito dias de carnaval na cidade de São Paulo, no último carnaval oficial de rua da cidade, em 2020. O criminoso que souber fazer o uso fraudulento dos aplicativos porventura instalados e conseguir extrair possíveis informações sensíveis nos aparelhos, pode causar grandes prejuízos financeiros e sociais. Isto pode acontecer não são só por meio do acesso de aplicativos bancários ou de delivery presentes no celular, mas um possível acesso a aplicativos de e-mail ou mensagens instantâneas como WhatApp e Telegram, além dos APPs de redes sociais, pode potencializar uma série de outros golpes engenhosos.
Para ajudar a mitigar riscos, Aldo Albuquerque, Diretor Executivo na Tempest, empresa líder da área de cibersegurança no Brasil, dá 10 dicas de segurança para proteger o seu smartphone durante o carnaval.
- 1 – Habilitar o uso da Biometria (quando o aparelho permitir) e uma senha complexa para desbloqueio do aparelho. Evitar reutilizar senhas ou que estas sejam de fácil dedução (1234, datas de nascimento, etc.).
- 2 – Exigir o uso e alterar a senha do SIM card (PIN) no aparelho, para caso o chip senha seja colocado em outro dispositivo, só funcione com senha;
- 3 – Configurar o aparelho para não exibir, mesmo que com a tela bloqueada, mensagens do sistema, tais como e-mails, SMS, mensagens do WhatsAPP/Telegram, porque elas podem ser úteis para os fraudadores. Não permitir também que o modo avião seja habilitado com a tela bloqueada;
- 4 – Quando disponível, associar a abertura de aplicativos bancários/financeiros, e-mail ou de conversas instantâneas com o uso de Biometria;
- 5 – Evitar armazenar no celular quaisquer informações sensíveis, tais como credenciais de acesso e dados pessoais anotadas ou fotos sensíveis na galeria, tais como as de cartões de crédito;
- 6 – Manter sempre o sistema operacional do aparelho e os aplicativos instalados atualizados.
- 7 – Sempre que disponível, configurar o 2FA (segundo fator de autenticação) em aplicativos (ex.: WhatsApp, Telegram, Instagram, Facebook etc.);
- 8 – Configurar nos aplicativos financeiros/bancos limites diários menores (ou em horários específicos) para transferências via PIX/TEC/DOC ou cheque especial/empréstimos.
- 9 – Anotar o IMEI (International Mobile Equipment Identity) do aparelho para, em caso de roubo, informá-lo no boletim de ocorrência;
- 10 – Caso seja possível, leve um smartphone mais antigo, sem acesso aos aplicativos mais visados, tais como os relacionados a instituições financeiras.
E o que fazer caso o celular seja roubado?
- Entrar em contato com a Operadora para bloqueio do Chip/Número;
- Contatar imediatamente as instituições financeiras informando o ocorrido para bloquear os cartões e, se possível, alterar todas as senhas das contas;
- Fazer um Boletim de Ocorrência na polícia – Informar o IMEI do aparelho;
Alguns aparelhos possuem a funcionalidade “Apagamento remoto” dos dados que pode ajudar a mitigar os impactos da utilização indevida do aparelho.