Sudene divulga balanço das exportações e importações na última década, destacando o crescimento de 60% na região. Na foto, José Farias, coordenador substituto de Avaliação e Estudos da Sudene
Entre 2013 e 2023, o Nordeste registrou um aumento de quase 60% nas exportações, atingindo aproximadamente 25 bilhões de dólares em 2023. O dado faz parte do Boletim de Comércio Exterior do Brasil e Região Nordeste (2013-2023), divulgado pela Sudene, que analisou o desempenho comercial da região ao longo de 10 anos. Em 2013, o valor exportado era de 16 bilhões de dólares, e a participação da região no total de exportações brasileiras foi de 7,3% no ano passado. O saldo comercial da região, que apresentava um déficit de quase 10 bilhões de dólares em 2013, melhorou significativamente, reduzindo o déficit para menos de 2 bilhões de dólares em 2023.
A soja foi o principal produto exportado em 2023, representando 23,4% do total, equivalente a quase 6 bilhões de dólares. Em seguida, o petróleo teve uma participação de 13%, somando mais de 3,2 bilhões de dólares. O economista José Farias, da Sudene, comentou que “apesar da pauta de exportação ser diversificada, ela é muito concentrada em produtos simples e do setor primário (commodities)”. Os estados que mais contribuíram para as exportações foram Bahia, Maranhão e Piauí, com destaque para a soja e o petróleo, consolidando a Matopiba como uma grande fronteira agrícola.
Outros destaques incluem o Ceará, que exportou principalmente semimanufaturados de ferro e aço, e Pernambuco, com uma pauta mais complexa, incluindo a exportação de automóveis. No total, os principais destinos das exportações nordestinas foram China, Estados Unidos, Singapura, Canadá, e Países Baixos. Durante o período analisado, as importações da região caíram em quase 800 milhões de dólares, alcançando uma participação de 11,2% nas importações nacionais.
Serviço
Mais informações estão disponíveis no Boletim Comércio Exterior do Brasil e Região Nordeste (2013-2023) no site da Sudene: www.gov.br/sudene.