5 Dados Que Mostram Por Que O Lixo Eletrônico Virou Um Problema Urgente No Brasil - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
5 dados que mostram por que o lixo eletrônico virou um problema urgente no Brasil

Revista Algomais

Pesquisa aponta que 89% dos brasileiros não consideram o impacto ambiental ao trocar de aparelhos, enquanto 43% mantêm celulares antigos guardados em casa

Apesar do uso constante de celulares, notebooks e outros dispositivos, a maioria dos brasileiros ainda não sabe como descartar corretamente seus aparelhos. Uma pesquisa realizada pela Descarbonize Soluções mostrou que o lixo eletrônico é o tipo de resíduo que mais gera dúvidas na população: 49% dos entrevistados afirmaram não saber como ou onde fazer o descarte adequado. Além disso, 43% admitiram manter celulares antigos guardados em casa, muitas vezes quebrados, por falta de informação ou pela distância dos pontos de coleta.

O estudo também revelou que “89% dos consumidores não consideram a geração de lixo eletrônico no momento da troca do aparelho”, destacando a desconexão entre o consumo desenfreado de tecnologia e o cuidado com o meio ambiente. Essa negligência ocorre em um país que ocupa a quinta posição no ranking mundial de geração de lixo eletrônico, com mais de 2,4 milhões de toneladas anuais. A lógica da obsolescência programada e a constante busca por novidades tecnológicas intensificam esse problema.

De acordo com Antônio Lombardi Neto, Diretor de Tecnologia da Descarbonize Soluções, é preciso diferenciar descarte de reciclagem. “Nem todos sabem, mas existe uma diferença essencial entre o descarte e a reciclagem. O descarte nem sempre é feito de forma correta, enquanto a reciclagem garante que as matérias-primas serão reaproveitadas”, afirma. Ele destaca ainda que, além do impacto ambiental causado pelos metais pesados, não reaproveitar os materiais implica a extração de novos recursos naturais.

Outro dado preocupante é que apenas 3% do lixo eletrônico gerado no Brasil é efetivamente reciclado. Segundo a pesquisa, 73% dos entrevistados apontaram a falta de pontos de coleta especializados como o principal entrave, seguidos pela ausência de informação (49%) e pela dificuldade de transporte (23%). Pilhas e baterias lideram a lista de itens que mais causam dúvidas no descarte, seguidas por eletrodomésticos e celulares.

Para transformar esse cenário, é necessário ampliar a conscientização sobre os impactos do e-lixo e criar mecanismos mais acessíveis de coleta. O envolvimento de fabricantes, varejistas e governos é essencial para estruturar a logística reversa e facilitar o acesso da população a pontos de descarte. Como resume Neto, “reciclar eletrônicos é mais do que uma atitude ambiental: é um compromisso com o futuro”.

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