“O poder da identidade” é um dos clássicos do espanhol Manuel Castells. A obra integra a trilogia “Era da Informação”. O sociólogo, que é um dos principais cientistas sociais da atualidade, busca neste livro apontar os impactos da globalização e das mudanças tecnológicas sobre a identidade das pessoas e dos diferentes grupos sociais do mundo.
Na nova versão revista e ampliada, recém publicada pela editora Paz e Terra, o autor fez diversas atualizações no texto e escreveu um novo prefácio.
Mesmo diante de toda força da globalização sobre as pessoas e suas nacionalidades, Castells identifica a resistências das identidades locais. A publicação é uma referência para os cientistas que desejam compreender o fenômeno da formação da identidade dos povos, mas também contribui para os leitores interessados em compreender as tensões presentes na relação entre os elementos culturais globais e locais. Castells defende que: “a sociedade em rede está fundamentada na disjunção sistêmica entre o local e o global para a maioria dos indivíduos e grupos sociais”.
O livro destaca a atividade e os conceitos por trás dos movimentos sociais contrários a essa nova ordem global. Ele se detém, por exemplo, a analisar os zapatistas no México; os Lamas do Apocalipse, do Japão; entre outros. Além de apresentar os movimentos de resistência, o sociólogo analisa o significado dessas insurreições diante dessa nova ordem global. Estão no campo de análise de Castells também o feminismo e o ambientalismo, que são vozes fortes e ativas dos nossos dias voltadas para enfrentar os movimentos conservadores da atualidade.
Manuel Castells nasceu em Hellín, Espanha, em 1942. É professor emérito na California University, em Berkeley, Estados Unidos, onde lecionou por 24 anos. Publicou mais de 20 livros, entre os quais a trilogia “A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura” (Paz & Terra). Atualmente é professor de Comunicação na University of Southern California, em Los Angeles, Estados Unidos.