As dores de estômago estão longe de ter somente uma causa. De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, realizar o diagnóstico correto é essencial para evitar confusão com doenças que tenham sintomas semelhantes.
O conselho do médico está relacionado a um incômodo comum, popularmente conhecido como dor na “boca do estômago”, localizada no ponto mais alto da região mediana do abdômen. Berger explica que nestes casos, pode haver um engano quanto ao motivo.
“Inúmeras situações clínicas provocam sintoma doloroso naquele local, o que confunde quem o está sentindo. O incômodo pode estar atrelado a problemas bíleo-pancreáticos, ou seja, no fígado, vesícula e pâncreas. Além disso, pode estar relacionado com problemas cardíacos e outras afecções digestivas, que envolve apendicite, verminose e outras doenças intestinais”, ressalta.
Para evitar um diagnóstico incorreto, observar as características da dor é o primeiro passo. Entre os pontos a serem questionados, segundo o médico, estão; a forma como o sintoma surgiu, o tipo, o ritmo, periodicidade e quais fatores o fazem melhorar ou piorar.
Somente após a confirmação de tratar-se de uma doença estomacal, é que os cuidados com alimentação e hábitos de vida serão aconselhados ao paciente. O gastroenterologista afirma que, realmente, na maioria dos casos, o consumo de café e álcool piora o quadro de saúde.
Na lista do que deve ser evitado está também o estresse, que segundo Eduardo Berger, aumenta a secreção gástrica e consequentemente eleva a dor. Mas além desse mal estar, a atenção deve ser ampliada a outros sintomas que podem surgir.
“As lesões gástricas mais sérias comprometem sensivelmente a digestão. Então, uma perda acentuada do apetite, a sensação de plenitude muito precoce e os vômitos volumosos são sinais de alerta”, conclui.