O Capibaribe que precisamos – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

O Capibaribe que precisamos

A revitalização do Rio Capibaribe é um dos pilares defendidos pelo projeto O Recife que Precisamos 2021. Enviamos para os candidatos a pergunta abaixo e publicamos hoje na íntegra as respostas de Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), João Campos (PSB), Charbel Maroun (Novo) e do Coronel Feitosa (PSC). Os demais prefeituráveis não responderam até o final desta edição ou não foram localizados.

O Rio Capibaribe é um dos principais elos de ligação da cidade, cortando um percentual elevado de bairros. Como deve ser a atuação do poder municipal para recuperar e reintegrar o rio na dinâmica da cidade? A continuidade do Parque Capibaribe, que é uma política de longo prazo para a cidade, está no seu horizonte?

MENDONÇA FILHO – O Rio Capibaribe é um dos maiores patrimônios naturais da cidade do Recife, sendo importante do ponto de vista ambiental, turístico, econômico e sob o aspecto da mobilidade. A prefeitura do Recife precisa atuar para proteger e incorporar o Rio Capibaribe plenamente à cidade, cuidando de suas margens, evitando o despejo de esgoto e do lixo urbano, incentivando a exploração turística e garantindo a realização das ações cabíveis a prefeitura do Recife no projeto da navegabilidade. Em relação ao parque Capibaribe iremos garantir que ele consiga, de fato, sair do papel. Evitando que suas obras sejam paralisadas como ocorreu com o projeto da navegabilidade do Capibaribe, da ponte Iputinga-Monteiro ou dos habitacionais Sérgio Loreto, Pilar, Vila Brasil I e II e Encanta-moça 1 e 2. Todas essas obras, abandonadas pela gestão do PSB.

MARÍLIA ARRAES – A mobilidade é um tema importante na garantia do direito à cidade e é dever do município garantir o cumprimento da Política Nacional de Mobilidade Urbana. A utilização do Rio Capibaribe como mais um instrumento de deslocamento da população deveria ser prioridade, mas a atual gestão municipal não prioriza outras formas de transporte que não sejam os carros. O Recife Cidade Inteligente acredita que é possível utilizar os elementos que fazem parte da rotina da cidade para mudar a dinâmica da vida das pessoas. O Rio Capibaribe, portanto, é um desses elementos. Um dos objetivos do nosso plano de governo é implantar pontes para pedestres e ciclistas, obras que estão previstas no projeto Parque Capibaribe. Também é possível utilizar o rio como mais uma alternativa de transporte para os recifenses. A população que usa ônibus espera, em média, 25 minutos para embarcar no transporte para ir de casa ao trabalho. Se a lógica do transporte for invertida, com a priorização das bicicletas, ônibus, da utilização do rio Capibaribe e do transporte ativo, a vida das pessoas irá melhorar.

DELEGADA PATRÍCIA DOMINGOS – O Rio Capibaribe é um dos maiores símbolos do Recife. Ele não pode continuar sendo um depósito de esgoto. Vamos exigir que o esgoto na nossa cidade não seja despejado nos nossos rios. Nossa gestão vai ter uma atenção especial para o Capibaribe e para toda a bacia fluvial do Recife. A recuperação de nossas águas depende de uma melhor gestão de saneamento. As margens dos rios também precisam ser recuperadas, evitando o assoreamento. Nossa gestão também vai trabalhar para dar moradia digna a quem vive nas margens dos rios. As pessoas também precisam ocupar as margens, elas se tornarem uma opção de lazer, Claro que devidamente preservadas, para que esses locais voltem a ser um atrativo para a população e os turistas.

CORONEL FEITOSA – O Rio Capibaribe é a fonte de sustento de muitas famílias de pescadores que vivem às suas margens. A situação atual do rio é bastante preocupante, pois há todo tipo de lixo, até mesmo móveis são jogados lá. Há muita poluição. Por isso, eu quero realizar a limpeza, despoluição e requalificação não só do Rio Capibaribe, como de todos os outros canais e rios da cidade, além de retomar a obra de navegabilidade do rio, pois será uma artéria importante para melhorar o trânsito e a mobilidade no Recife.

Em relação ao Parque Capibaribe, é um projeto que vale a pena ser tocado para frente. Mas para que isso dê certo, é preciso, primeiramente, revitalizar o Rio Capibaribe, visto que o projeto prevê um sistema de parques em cada margem do Rio.

JOÃO CAMPOS – Continuar, ampliar e avançar dentro do projeto Parque Capibaribe é uma das diretrizes das propostas para área ambiental. Um dos principais objetivos do projeto é reverter a forma como as pessoas vivem a cidade ao reconectá‐las com as águas do rio, resgatando a bacia hidrográfica como eixo de desenvolvimento sustentável e estruturador de políticas, ações e obras públicas. Estão previstas passarelas, rotas cicláveis e ruas‐parque, que são ruas de acesso ao Capibaribe. Também em consonância com os planos de revitalização, já foi firmado o compromisso público de manter as ações de valorização do meio ambiente a partir do Rio Capibaribe. Ainda em setembro, foi assumido o compromisso com o Plano Recife 500 anos, iniciativa que nasceu em 2015 através de parceria entre a Prefeitura do Recife e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), e que tem por objetivo pensar a cidade a longo prazo, como foco em projetos para serem desenvolvidos até 2037. Entre esses projetos, a conservação do Rio Capibaribe é um dos pilares.

CHARBEL MAROUN – O grande entrave dos projetos do Rio Capibaribe está na falta de recursos, com investimentos privados, além de possibilitarmos a navegabilidade do Capibaribe, poderemos dar continuidade ao Parque do Capibaribe

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