Afroempreendedorismo Em Pernambuco: Identidade, Inovação E Transformação Social - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Afroempreendedorismo em Pernambuco: identidade, inovação e transformação social

*Por Rafael Dantas

O afroempreendedorismo movimenta mais de R$ 2 trilhões por ano no Brasil, segundo o Sebrae. Uma pesquisa, realizada pela instituição com base nos dados da PNAD Contínua, do IBGE, revelou que, em Pernambuco, 64,4% dos donos de negócios se autodeclaram negros. Uma população que representa cerca de 765,3 mil empreendedores. Os números evidenciam a força dessa atividade econômica, marcada tanto pelo empreendedorismo por necessidade quanto pela busca de novas oportunidades. Nas periferias, comunidades quilombolas e centros urbanos, esses empreendedores identificam nichos de mercado a partir de perspectivas e vivências próprias, que transformam identidade e cultura em potência econômica. Apesar de diversos cases de sucesso, os desafios para a sustentabilidade dos negócios ainda são imensos.

“O afroempreendedorismo é um movimento de valorização e reconhecimento de empreendedores que tiveram sua história marcada por injustiças sociais mas que, hoje, têm potencial de vender de igual para igual como qualquer outro”, afirmou o analista do Sebrae, Omero Galdino Jr. Embora muitos desses negócios tenham surgido nos subúrbios, onde seus fundadores cresceram e construíram suas trajetórias, o talento e a excelência de seus produtos e serviços vêm rompendo barreiras sociais e geográficas, conquistando novos mercados e ampliando o alcance para além das fronteiras do Estado.

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Omero Galdino Jr. explica que o termo afroempreendedorismo abrange não apenas empreendedores negros, cujos negócios refletem pertencimento à cultura afro, mas também os que atuam em setores como tecnologia. “Ocupar esses espaços também é uma forma de romper estigmas e afirmar presença”, diz.

Segundo Omero, o conceito abrange tanto quem expressa a identidade negra em seus produtos – como marcas de moda, gastronomia ou arte – quanto quem atua em áreas mais técnicas, como tecnologia. “Existem empreendedores negros que nascem e crescem em famílias com forte pertencimento à cultura afro e isso, naturalmente, se reflete em seus negócios. Mas também há quem empreenda em setores como tecnologia, mostrando que ocupar esses espaços também é uma forma de romper estigmas e afirmar essa presença”, explica.

Histórias e identidades que viram negócios

Natural de São Lourenço da Mata, Robson Rodrigues trocou o capacete de técnico em segurança e as obras de infraestrutura por linhas, agulhas e couro. Depois de anos trabalhando em grandes empreendimentos, de shoppings a termelétricas, viu sua trajetória mudar completamente quando o desemprego bateu à porta. Inspirado pela ex-companheira, que fazia artesanato, começou a produzir pulseiras de couro de forma artesanal. Aos poucos, o hobby virou ofício. Vieram as carteiras, depois as primeiras bolsas, costuradas à mão, até a criação da marca Omaia, uma homenagem ao pai, mecânico de máquinas pesadas.

Hoje, à frente de uma oficina em Santo Amaro, no Recife, Robson comanda uma produção autoral que carrega identidade e pertencimento. Suas peças estão em vitrines como a Mape – Moda Autoral de Pernambuco, na Fenearte, no Salão de Artesanato e em eventos como a Expo Preta, conquistando públicos de outros estados e até do exterior. Cada criação reflete um olhar regionalista, inspirado nas paisagens e símbolos do Nordeste, como o cobogó pernambucano, mas com acabamento e design contemporâneos. Traços que encantam arquitetos, colecionadores e amantes da moda.

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Muitas vezes perguntam se sou eu mesmo quem costura, como se não acreditassem que um homem negro pudesse fazer algo com tanta qualidade." Robson Rodrigues

Autodidata, Robson aprendeu as técnicas de costura pelo YouTube. Apenas recentemente passou a se capacitar com cursos especializados, quando já tinha seu negócio estruturado. Para ele, o maior desafio é romper as barreiras e o preconceito ainda presentes no universo da moda. “Muitas vezes perguntam se sou eu mesmo quem costura, como se não acreditassem que um homem negro pudesse fazer algo com tanta qualidade”, relata. Ele sabe que há racismo nessas falas, mas as suas conquistas falam por si. Com planos de ampliar a oficina e alcançar novos mercados fora de Pernambuco, o criador da Omaia é movido pelo som das máquinas de costura e pela certeza de que empreender é um ato de resistência.

Setores em destaque no afroempreendedorismo pernambucano

No mapeamento dos empreendedores negros do Estado, o Sebrae Pernambuco identificou que a moda é um dos segmentos em destaque. Omero aponta ainda os setores ligados à estética e alimentação como pilares do afroempreendedorismo no Estado. “Serviços de beleza, como tranças, maquiagem e estética afro, têm um peso enorme, seguidos pela alimentação e pela moda, onde cresce o orgulho de usar peças que representam a ancestralidade. Esses segmentos mostram força porque unem identidade e mercado”, comenta. Em um Estado tão marcado pela cultura e pela força do Porto Digital, há empreendimentos relevantes na economia criativa e, ainda em menor representatividade, na tecnologia.

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O Relatório Técnico Empreendedorismo Negro, elaborado pelo Sebrae, indicou que 44,4% dos negócios liderados por pessoas negras no Estado são na área dos serviços e 25,4% no comércio. Juntos, os dois setores são responsáveis por mais de dois terços dessas atividades. Na sequência estão os empreendimentos na agropecuária (12,9%), na construção (8,9%) e na indústria (8,3%).

Negócios com identidade

Além de serem liderados por pessoas negras, muitos desses negócios carregam nos seus serviços e produtos a identidade dos seus criadores. A história e os valores do povo negro são pintados ou bordados nas roupas, encenados nos palcos ou ganham temperos únicos na gastronomia.

Uma das empresas da economia criativa que escreveu sua história com essa proposta em Pernambuco é O Poste Soluções Luminosas. Trata-se de um grupo de teatro que é liderado por artistas negros desde 2004. Formado por Naná Sodré (fundadora), Agrinez Melo e Samuel Santos, o grupo nasceu como um coletivo de iluminação cênica e, com o tempo, transformou-se em uma companhia teatral de pesquisa e criação.

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O Poste Soluções Luminosas é um grupo de teatro liderado pelos artistas Samuel Santos, Naná Sodré (fundadora) e Agrinez Melo. Além de produzir espetáculos, voltados para o fortalecimento da identidade negra, mantém a Escola de Antropologia Teatral. Foto: Fanny França

A empresa se consolidou como um importante espaço de formação e produção artística voltado para as artes cênicas e para o fortalecimento da identidade negra. “O espaço O Poste é um quilombo urbano”, define Naná. “As nossas práticas são voltadas para a negritude. É um lugar que acolhe crianças, jovens e adultos, promovendo formação, arte e reflexão.”

Além de produzir espetáculos, O Poste mantém uma Escola de Antropologia Teatral, responsável por formar novos artistas e pesquisadores.

“Nós somos formadores, professores, diretores e produtores. Acreditamos em compartilhar saberes e preparar os mais jovens para ocupar espaços de poder e de criação”, afirma a atriz e diretora.

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Embora os editais públicos de incentivo à cultura sejam fundamentais para o funcionamento de negócios como O Poste, a diretora afirma que a sustentabilidade da atividade é garantida com outras fontes. São cobrados ingressos para os espetáculos, a empresa vende itens como camisas, canecas e ecobags com a estética relacionada à cultura afro, além do espaço também ser locado para ensaios pelos grupos de teatro.

No segmento da moda, a pernambucana Jéssica Zarina transformou um incômodo em propósito: a ausência de representatividade negra nas vitrines locais. Assim nasceu a Zarina Moda Afro, uma marca autoral comprometida em resgatar a identidade negra. “A Zarina veio com o propósito de protagonizar corpos e valorizar a moda preta, que fala sobre a nossa história e nossas comunidades”, resume a criadora, que é formada em dança e militante do movimento negro.

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Cansada de não encontrar representatividade negra nas vitrines, Jéssica Zarina lançou a marca Zarina Moda Afro, de roupas com estampas africanas. Também mantém um projeto que formou mais de 250 pessoas em cursos de corte, costura, modelagem e noções de empreendedorismo.

Além da produção de roupas com estampas africanas e design autoral, a marca também atua como um espaço de formação e transformação social. O projeto Moda Preta Autoral em Conexão Ancestral, criado por Jéssica, já formou mais de 250 pessoas entre mulheres, homens e adolescentes. A iniciativa oferece cursos de corte, costura, modelagem e noções de empreendedorismo, fomentando a economia criativa e incentivando novos negócios de moda preta. “A gente ensina a ferramenta da moda como empoderamento”, explica. “Queremos que as pessoas saiam com outra bagagem, com autoestima e força para multiplicar o conhecimento na própria comunidade.”

Com trajetória já reconhecida no Estado, Jéssica foi premiada pelo Sebrae Mulher de Negócios 2025. Recentemente, também foi convidada pelo Sesc Arcoverde para dirigir o desfile do Festival de Economia Criativa, onde uniu criadores locais em uma grande celebração da moda autoral. “A moda me trouxe o poder de narrar a minha história e destacar outras mulheres negras que também estão construindo caminhos de referência. Mais do que roupa, o que a gente faz é afirmação, identidade e resistência.”

Além das fronteiras do Recife e de Pernambuco

Os negócios de muitos dos empreendedores negros de Pernambuco já têm ultrapassado as fronteiras das suas comunidades e cidades. Além de se espalharem pelo território nacional, diversos produtos e serviços desenvolvidos por essas iniciativas vêm ganhando reconhecimento fora do País.

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Com origem na Ilha de Deus, o Instituto Negralinda, da chef Negralinda e de Edy Rocha, produz pratos com crustáceos adquiridos de marisqueiras e pescadores locais. A organização acaba de lançar a linha de produtos congelados Gastronomia do Mangue.

Com origem na Ilha de Deus, o Instituto Negralinda é um exemplo emblemático desse avanço. A organização, liderada pela chef Negralinda e por Edy Rocha, levou a gastronomia do mangue para o Rio de Janeiro ao participar do projeto Chefs de Origem, promovido pelo Sebrae Nacional. A ação apresentou ao público a linha de pratos congelados da Gastronomia do Mangue, uma inovação criada pelo instituto. “Foi uma oportunidade de mostrar o poder transformador da Gastronomia do Mangue e de divulgar o trabalho das mulheres que vivem e produzem a partir do ecossistema do mangue”, destaca a chef Negralinda, presidente da instituição.

Empreendedora social, gastróloga formada pelo Senac Pernambuco e sócia-proprietária do Bistrô Negralinda, a chef é reconhecida por transformar ingredientes locais em experiências gastronômicas autênticas. Nascida e criada na comunidade pesqueira da Ilha de Deus, filha de pescadores, ela aprendeu desde cedo o valor do trabalho coletivo e sustentável. Utiliza frutos do mangue, como sururu, marisco e aratu, adquiridos de marisqueiras e pescadores locais. Mais do que cozinhar, seu trabalho conecta pessoas, fortalece cadeias produtivas e impulsiona o desenvolvimento local.

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O Instituto Negralinda atua nas áreas de gastronomia, artesanato e turismo de base comunitária sustentável, promovendo formação, fortalecimento de negócios criativos e inclusão produtiva. Para desenvolver sua linha de produtos congelados, a organização contou com investimento de R$ 527 mil, dentro do programa PE Produz, parceria entre o Instituto, o Governo de Pernambuco e o Sebrae-PE. Além da Ilha de Deus, a instituição já capacitou mais de 200 mulheres no Litoral Sul, em Tamandaré, fortalecendo o destino turístico e empoderando mulheres por meio da valorização da gastronomia de mangue. Lá, mantém o bistrô e a cozinha industrial.

Quem já atravessou as fronteiras do Estado e sonha com o exterior é o Prol Educa. Antenada às necessidades e oportunidades da periferia, a startup recifense de impacto social oferece bolsas de estudo de escolas particulares para estudantes de baixa renda. Utilizando uma plataforma digital, a empresa conecta, dessa forma, vagas ociosas nas instituições de ensino com famílias interessadas em educação de qualidade, mas com descontos de até 80% nas mensalidades. Apesar de começar na capital pernambucana, o negócio já atende todo o Nordeste, mais 17 estados brasileiros e sonha ir mais longe.

Fundada em 2015, a empresa já se aproxima de beneficiar 40 mil alunos e atender mais de 3 mil escolas em sua base. Além de seguir com seu negócio já consolidado, a startup está abrindo um novo mercado. “A gente está inovando. Hoje a Prol Educa vem com um produto novo para o mundo corporativo, o Prol Edu Pass, para que as empresas ofereçam benefícios educacionais para colaboradores e seus dependentes. Além disso, a gente trouxe o Adote um Aluno, que é para prefeituras e governos estaduais evitarem a evasão escolar. A gente está fazendo uma parceria com a Prefeitura do Recife para aqueles alunos que não conseguem matrícula no bairro onde moram, consigam o acesso à educação de qualidade para essas famílias nas escolas particulares locais”, afirmou o CEO Pettrus Nascimento.

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Petrrus Nascimento, CEO da Prol Educa, que oferece bolsas de estudo de escolas particulares para estudantes de baixa renda, expandiu o negócio para 17 estados, lançou novos produtos e mira o mercado africano e latino-americano. “Vou furar todas as bolhas”, planeja.

Sonhando com a internacionalização do Prol Educa, Pettrus participou de um programa de incubação no Chile e já mira também no mercado africano. “Vou furar todas as bolhas que estiverem na nossa frente. A nossa ideia é escalar para todo o território nacional. A gente já teve uma abertura lá no Chile recentemente e a proposta é internacionalizar para toda a América Latina e para a África, para os países da língua portuguesa, como Moçambique, Angola e Cabo Verde. Essa é a nossa luta”.

O exterior também já esteve na programação teatral d’O Poste. Naná Sodré conta que as peças do grupo já foram para a Dinamarca, para o Uruguai e também para Portugal. “A gente já circulou bastante com o espetáculo dentro e fora do País”.

O Afroempreendedorismo no Shopping

Um dos grandes palcos do mercado pernambucano onde o afroempreendedorismo vem conquistando destaque é o Shopping RioMar Recife. Comprometido com a inclusão produtiva e a valorização da criatividade negra, o mall abriga a Expo Preta, iniciativa do Instituto JCPM em parceria com o próprio centro de compras. O projeto nasceu do olhar sensível para as comunidades do entorno, como Pina e Brasília Teimosa, e da percepção do imenso potencial criativo presente nesses territórios. Mais do que uma feira de produtos, o evento se consolidou como um espaço de visibilidade, conexões e cultura, que celebra o talento e a potência dos empreendedores negros.

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“Queremos mostrar que o afroempreendedorismo não é um empreendedorismo de sobrevivência, mas de oportunidade e talento criativo”, afirmou Thayara Paschoal, gerente de sustentabilidade do Grupo JCPM.

A feira reúne cerca de 20 marcas autorais que representam mais de 100 empreendedores envolvidos em diferentes etapas do evento, da curadoria à produção. O mix é diverso e inclui roupas, joias, bolsas, cosméticos, artigos de decoração e quadros, sempre com uma forte identidade autoral. Em 2025, o evento registrou um aumento de 85% nas vendas em relação à edição anterior. Além de vender, a Expo Preta amplia as redes de contato e a visibilidade das marcas participantes. Mais de 85% dos expositores recebem encomendas após o evento, e mais da metade relata crescimento significativo no número de seguidores nas redes sociais.

Thayara afirma que o público também responde com entusiasmo, reconhecendo a qualidade e a exclusividade dos produtos. A proposta vai além da comercialização. “Nosso objetivo é furar as bolhas, fazer com que o público descubra novos talentos e se conecte com a potência criativa que está nas comunidades.”

Apesar dos avanços, há desafios importantes

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Demorval dos Santos Filho destaca que cerca de 77% dos empreendimentos totais em Pernambuco estejam na informalidade e que, destes, aproximadamente 66% sejam afroempreendedores.

O crescimento do afroempreendedorismo no Brasil está diretamente ligado à ampliação dos debates sobre as pautas raciais e o reconhecimento da importância do povo afro-brasileiro para o desenvolvimento econômico do País, segundo avaliação do economista Demorval dos Santos Filho. “Muito maior do que discutir apenas a questão do racismo, este movimento está dando oportunidades empreendedoras a uma grande parcela da população que antes não tinha a chance de reconhecer que suas técnicas de produção afro-brasileira também eram lucrativas e que poderiam virar um negócio”, pontua. “O afroempreendedorismo contribui para a economia ao gerar emprego e renda, promover a inclusão social e cultural e fomentar a diversidade e inovação nos negócios locais”.

Embora representem um avanço no reconhecimento da luta racial no País, as pesquisas sobre o afroempreendedorismo também expõem desafios como a falta de formalização e o baixo nível de escolaridade. Segundo o pesquisador Demorval dos Santos Filho, com base em dados do Sebrae e da PNAD Contínua, “estima-se que cerca de 77% dos empreendimentos totais em Pernambuco estejam na informalidade e que, destes, aproximadamente 66% sejam afroempreendedores”. Ele observa que a maioria desses negócios é de pequeno porte.

Segundo levantamento do Sebrae, apenas 15,9% dos empreendedores negros tiveram acesso ao ensino superior, ainda que sem concluir o curso. O dado revela como a trajetória educacional ainda é um dos grandes desafios para esse público, refletindo desigualdades históricas de oportunidades. Além disso, 48,5% possuem apenas o ensino médio incompleto, o que impacta na gestão dos negócios.

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Por serem, em sua maioria, negócios de pequeno porte, apenas uma parcela reduzida desses empreendedores gera empregos. Segundo o relatório do Sebrae, 91,2% trabalham por conta própria, enquanto apenas 8,8% atuam como empregadores.

Omero destaca que o Sebrae-PE tem trabalhado para transformar o afroempreendedorismo em uma pauta permanente de desenvolvimento. A instituição atua no mapeamento de empreendedores negros e na oferta de capacitações em comunidades quilombolas e periféricas, por meio de ações como o Empodera Afro e oficinas temáticas. Segundo ele, essas iniciativas cumprem o papel de políticas públicas ao aproximar os empreendedores dos instrumentos de apoio, estimular a formalização e promover inclusão produtiva com recorte racial.

Mais do que a formação de novas empresas e da geração de renda, o fortalecimento desses negócios representa o avanço de uma economia mais diversa, criativa e representativa. Ao consolidar o afroempreendedorismo, Pernambuco não apenas impulsiona o desenvolvimento local mas, também, corrige desigualdades históricas, abrindo caminhos para que novas gerações empreendam com orgulho de sua identidade.

*Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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