Antonio Cavalcanti discute o papel da IA na geopolítica e nos negócios durante evento no Recife – Revista Algomais – a revista de Pernambuco
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Antonio Cavalcanti discute o papel da IA na geopolítica e nos negócios durante evento no Recife

A corrida global pela IA já começou, e o Brasil precisa de estratégias para não ficar para trás, defende especialista em evento internacional

O uso da inteligência artificial (IA) como uma ferramenta de desenvolvimento econômico e de soberania nacional tem se tornado um tema central nos debates de inovação e geopolítica. Antonio Cavalcanti, CEO da Valorian e investidor na área de IA, será um dos palestrantes da “II Conferência Internacional dos Guararapes”, onde abordará os “Novos Horizontes em Negócios e Geopolítica” e o impacto da IA no cenário global. Ele destaca que a IA já se posiciona como um recurso estratégico comparável à energia e às telecomunicações.

Segundo o especialista, existe uma “corrida global” para se estabelecer como potência em IA, com grandes nações como Estados Unidos e China investindo massivamente na área. Ele compara o atual cenário com a “corrida dos chips de silício”, que teve grande concentração de produção em Taiwan e resultou em uma série de tensões internacionais. “A inteligência artificial virou uma espécie de recurso estratégico para qualquer nação. Então é como telecomunicações, é como água, é como energia, é como arma nuclear”, afirma Cavalcanti.

No Brasil, a adoção da IA está em estágios diversos. Cavalcanti lembra que o país é pioneiro no uso de IA no setor financeiro, especialmente no tratamento de fraudes, mas também destaca que “algumas áreas estão muito desenvolvidas e outras muito distantes de um uso efetivo”. Ele comenta sobre o recente hype gerado pela IA generativa, que muitas vezes cria uma expectativa exagerada sobre o que a tecnologia pode fazer. “A hype gerada no setor e nas redes sociais criou um abismo sobre a realidade e a ficção, deixando muitos líderes perdidos.”

Outro ponto discutido por Cavalcanti é a soberania tecnológica e o risco de o Brasil depender de tecnologias estrangeiras. “O Brasil precisa de uma estratégia de IA para que ele seja soberano e tenha sua própria tecnologia para não depender de tecnologia de terceiros”, explica. Ele ainda enfatiza a importância de proteger dados nacionais e a relação diplomática com outros países no que diz respeito ao uso desses dados para treinar modelos de IA.

Em relação à regulação, o empresário é favorável a um equilíbrio. Ele acredita que o Brasil precisa estabelecer regras sejam claras, mas sem sobrecarregar o setor com regulamentações que dificultem o desenvolvimento tecnológico. “Temos medo que ela vire uma regulação altamente prescritiva como a regulação europeia e que termine travando a evolução da IA dentro do país”, alerta.

A conferência, que contará com a participação de especialistas em IA e inovação, será realizada no dia 8 de outubro de 2024, com inscrições abertas no site do evento.

Serviço:
II Conferência Internacional dos Guararapes – “Inteligência Artificial: Novos Horizontes em Negócios e Geopolítica”
Data: 8 de outubro de 2024
Inscrições: https://app.glueup.com/event/ii-confer%c3%aancia-internacional-dos-guararapes-120352/

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