As araras de Cida

*Por Paulo Caldas

Campo fértil ao cultivo de talentos voltados às formas de expressar das artes, Pernambuco já beliscou o ambicionado Prêmio Jabuti de Literatura algumas vezes e dentre essas Cida Pedrosa venceu com um “Solo de Vialejo” (CEPE – 2019).

Nascida das entranhas de Bodocó, criada por aqui, vivente do fascínio dos arredores da Livro Sete, integrante do Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco – nos tempos de 1980, Cida junta talento à invejável verve neste “Araras Vermelhas”.

No conteúdo, textos e versos obedecem à batuta que rege cada cântico amargo pela Guerrilha do Araguaia, cenário de onde as palavras emergem, escorrendo fluentes por montes e vales, inundam as matas e projetam cenas de um passado triste, numa tela em tons de verde. 

O esgrimir das técnicas do bem escrever – símiles, metáforas, neologismos que brotam ora em momentos discursivos ora cativos da simetria, aliterações bem postas, além das reiterações eloquentes – dão eco às cruezas da repressão.

Editada pela Companhia das Letras, a obra tem a concepção de capa de Celso Longo, fotografia de Rubens Gerchman, projeto gráfico de Sennor Ramos, revisão de Camila Saraiva e Huendel Viana. Os exemplares podem ser adquiridos…

*Paulo Caldas é escritor

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