iperid, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 4 de 5

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Ecossistema de inovação

*Por Eduardo Carvalho, Senior Fellow e Head de Cidadania Global do IPERID Inovar é o processo de introduzir novas ideias, tecnologias e métodos para pessoas, empresas e nações. As inovações possibilitam resolução de problemas do mundo real e melhoria de produtividade, qualidade, competitividade. Também, qualidade de vida. Elas têm transformado o mundo e provoca necessidade de adaptação às mudanças cada vez mais intensas. O cultivo da inovação começa na família, com o estímulo à curiosidade da criança. Segue numa escola bem estruturada que tenha o papel de potencializar esse desenvolvimento, motivando os alunos a aprender a explorar, criar, liderar, empreender.  No mundo de incertezas em que desafios surgem com frequência, os alunos, desde a educação infantil, devem aprender a pensar de modo criativo, sistêmico e com senso crítico.  Precisam participar de redes internacionais e desenvolver soluções para os problemas locais e globais, como a fome, a mudança climática, desigualdades. Essencialmente, devem ser estimulados a colaborar com o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 e o combate à corrupção, cuja prática prejudica todos os itens dessa agenda.  Nesse contexto, é fundamental que os alunos sejam preparados para fazer perguntas inteligentes, questionando os sistemas e modelos existentes, inspirados a continuamente renovar e inovar.  Esse processo é viabilizado com educadores inovadores, que os preparem para trabalhar em profissões que ainda não existem, com capacidade para inspirá-los a aprender a aprender e desenvolver habilidades, inteligências e competências. No ambiente organizacional, Gerard Tellis, Jaideep Prbhu e Rajesh Chandy, autores do livro “Radical Innovation Across Nations”,  estudaram inovação em 759 empresas de 17 mercados e concluíram que a cultura de uma organização é o fator decisivo para inovações disruptivas.  Jay Rao, professor de MIT, e Joseph Weintraub, de Babson College, definiram que cultura de inovação fundamenta-se em : valores, propósito, missão, estratégias,  comportamentos, clima organizacional, recursos, ambiente, metodologias e processos, que estão relacionados de forma dinâmica. Esse conjunto requer líderes e empreendedores com mentalidades inovadoras que enxergam problemas como oportunidades e se cercam de pessoas criativas, para juntos criarem valor, mantendo a organização competitiva em qualquer que seja o cenário.  No ambiente macroeconômico, os Estados Unidos se posicionam na vanguarda dessa corrida inovadora, com mais da metade das patentes do mundo. Atribui-se essa sua vantagem competitiva, principalmente, ao fato de ter as melhores universidades do mundo  que  atraem talentos globais. São hubs de ecossistema de inovação, cercadas por empresas inovadoras. O ecossistema exposto é referência de nações inovadoras. O Brasil deve adotar para mudar a sua vocação de fornecedor de commodities para inovador.

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Diplomacia Francesa sob tensão

*Por Marco Alves Dia 2 de Junho, feito inédito os diplomatas franceses entraram em greve pela primeira vez em 20 anos. O movimento foi lançado a pedido de seis sindicatos e de um coletivo de 500 jovens diplomatas.Essa greve é uma resposta a reforma que o presidente Macron está querendo instaurar e que segundo os funcionários da categoria põe em risco a eficiência e o prestígio da diplomacia francesa e seu modelo. Muitos deles afirmam que “suas funções correm o risco de desaparecer”.Algo incrível, diplomatas de alta patente, embaixadores, diretores de regiões saíram do habitual “dever de reserva” e assumiram no Twitter o apoio ao movimento e muitos fizeram também greve, tais como o embaixador do Kuwait e o diretor dos assuntos políticos do Quai d’Orsay (nome dado ao ministério das relações exteriores na França).Desde o seu primeiro mandato o Macron está tentado reformar a chamada “alta função pública”, da qual fazem parte as carreiras diplomáticas. Essa nova reforma que o presidente quer implementar tem por objetivo de acabar com a especialização dos funcionários públicos e criar um novo corpo de administradores do Estado. Estes não estarão mais vinculados a uma administração específica, mas, pelo contrário, serão convidados a mudar regularmente ao longo de sua carreira. Com esses futuros funcionários “inter trocáveis” entraríamos então, de fato, no fim do corpo diplomático tal como ele existe até então e qualquer um poderá ser nomeado embaixador sem experiência prévia.A entrada progressiva da reforma até 2023 afetará em torno de 700 diplomatas e acabará com o cargo de ministro plenipotenciário (embaixador) e de conselheiro dos negócios estrangeiros.O presidente da comissão de relações exteriores do Senado, deu seu apoio aos diplomatas e muitos dos seus membros que devem transmitir recomendações sobre a reforma temem “um enfraquecimento da diplomacia francesa”.Porém mesmo se essa reforma foi o detonador, o mal estar e o descontentamento já está presente a muitos anos. O ministério está sim enfraquecido.De 2007 até 2019, ele viu diminuir de 10% o total das suas equipes, além de sofrer cortes importantes em seu orçamento. O orçamento de 2022 com um aumento de 12%, para chegar a 6 bilhões de euros, é inédito e tem motivo, já que este ano a França assumiu a presidência a União Europeia e onde seu dever de representação deve estar no auge.O ministério é responsável pela representação da França pelo mundo, pelo o apoio e a ajuda aos cidadãos franceses morando no exterior, pelo a divulgação e a promoção da língua e cultura francesa, e por último pela diplomacia económica. Ele é um centralizador do Hard Power (pelas suas representações diplomáticas no exterior) e Soft Power (por ser promotor da cultura francesa) por isso sua perda de influência é dramática. Temos por prova que o ex Ministro Jean-Luc Le Drian estava com pouco peso e, segundo algumas fontes anônimas da casa, também pouco caráter para se opor a reforma, quanto os primeiros esboços foram apresentados.Com a desvalorização da atuação do ministério, a França vem perdendo espaço internacional. Ela que era a segunda maior rede diplomática do mundo, passou a ficar em terceiro lugar, atrás da China e do Estados Unidos. Também perdeu espaço em vários países do continente Africano, para os Russos, como no Mali, na República Centrafricana e no Senegal, sem esqueceremos o seu recuo também no Oriente Médio. Os erros estratégicos dos presidentes sucessivos, conjuntamente com o alinhamento cada vez mais marcado com a política internacional americana e pela escolha de defender sempre uma “voz Europeia”, faz com que a França deixou de ter e precisar da “sua voz própria”.Esta reforma surge depois de dois anos muito tensos com a crise da Covid e a gestão dos expatriados franceses pelo mundo afora, a saída precipitada de Cabul e do Afeganistão, a guerra na Ucrânia e expulsão dos diplomatas russos. No total são cerca de 13 500 agentes (entre titulares, comissionados e recrutamentos locais) que compõe as equipes do ministério e todas elas se dizem cansadas e inquietas.A nova ministra oriunda do corpo diplomático, tenta reatar o diálogo com os sindicatos e representantes dos agentes, e garantir alguns compromissos ainda poucos claros que muito provavelmente não serão respeitados, já que o Presidente Macron tende a demonstrar que todas decisões que ele toma devem ser aplicadas tal e qual, mesmo deixando seus ministros e sua maioria parlamentar em dificuldade. Marco Alves é Fellow França do Iperid e responsavel da internacionalizaçao

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Comunidade chinesa doa R$ 100 mil em produtos para as famílias atingidas pelas chuvas no Recife

Dois caminhões com alimentos e itens de limpeza e higiene pessoal foram entregues nesta quarta-feira na central logística de doações do Terminal Marítimo de Passageiros. Cônsul Geral da China, Yan Yuqing, também fez entrega simbólica no gabinete da vice-prefeita Isabella de Roldão (Da Prefeitura do Recife - Foto: Brenda Alcântara) Para contribuir com as ações de enfrentamento às consequências das chuvas que atingiram o Recife nos últimos dias, o Consulado Geral da China, junto à Associação da Comunidade Chinesa do Recife, à Associação Sino-Brasileira de Indústria e Comércio Exterior e a Associação dos Chineses de Guangdong fizeram uma doação de R$ 100 mil à Prefeitura do Recife em alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal, que serão distribuídos às famílias desalojadas e desabrigadas. Os itens foram entregues nesta quarta-feira de forma simbólica pela cônsul geral da China no Recife, a Sra. Yan Yuqing, e por representantes das demais instituições chinesas no gabinete da vice-prefeita Isabella de Roldão, que é coordenadora das Relações Internacionais da Prefeitura do Recife. Nesta mesma tarde, dois caminhões com os itens doados foram descarregados no Terminal Marítimo de Passageiros, que está funcionando como ponto de convergência logística e maior local oficial de arrecadação de donativos do município. “Em nome do prefeito João Campos e de todas e todos que têm atuado no apoio à nossa população, agradeço imensamente à comunidade chinesa por mais esse ato de solidariedade com o povo recifense. A China tem sido uma parceira importantíssima da nossa cidade, tanto do ponto de vista comercial quanto de ajuda humanitária em cenários de necessidade, como já ocorreu na pandemia, quando recebemos a doação de máscaras, álcool em gel e outros insumos. Toda ajuda é bem-vinda nesse momento de união para restabelecer nossas comunidades”, destaca a vice-prefeita Isabella de Roldão. Já a cônsul Yan Yuqing ressaltou que a comunidade chinesa compartilha com os recifenses o mesmo sentimento de consternação pelas grandes perdas de vida e patrimônio. “Para nós da comunidade chinesa, o Recife é como se fosse a nossa segunda casa. Somos família! Foi uma satisfação poder arrecadar todo esse material de dois caminhões para o povo da cidade. Essa arrecadação vai continuar. Como diz o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, ‘O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas’. É dessa forma que iremos ultrapassar essa catástrofe e reconstruir o nosso lar”, disse. COMO DOAR Pessoas físicas ou jurídicas interessadas em participar do movimento solidário para doação de produtos ou serviços podem entrar em contato com Central de Arrecadação, por meio dos números (81) 98791-2705 e 3355-9412 ou enviar e-mail pelo endereço doacaorecifesolidario@gmail.com. Os produtos também podem ser entregues no edifício-sede da Prefeitura, na Av. Cais do Apolo; no Sítio Trindade, em Casa Amarela; no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, no Salão Paroquial da Igreja de Casa Forte, na Praça de Casa Forte, e no Terminal Marítimo de Passageiros, além de pontos de coleta situados nos shoppings Plaza, Recife, Tacaruna, Boa Vista e RioMar, nas lojas da rede Novo Atacarejo, da Drogaria São Paulo e dos supermercados Big de Casa Forte, da Avenida Caxangá, de Boa Viagem, na Avenida Recife e no Shopping Tacaruna. Os donativos podem ser entregues, ainda, nos Terminais de Passageiros de ônibus e na sede do Procon Recife, que fica na Boa Vista.

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Comunicação e Humanização na Saúde: O Antídoto Contra a Cegueira Afetiva

*Por Pedro Paulo Procópio É possível notar ao longo da história da Medicina, desde os remotos tempos de Hipócrates um olhar biocêntrico em torno dos tratamentos de saúde aos quais os indivíduos eram submetidos. Esse olhar, típico não apenas no campo médico, mas de diferentes segmentos da saúde, foi a regra por séculos. A preocupação com o corpo, com o órgão, com a doença, e não com o sujeito, no entanto, vem sendo pouco a pouco substituída por um comportamento mais humanizado. Um dos precursores desse movimento foi o médico estadunidense Patch Adams – criador de um alegre movimento em meio às paredes sem cor dos hospitais e à tristeza frequente nas diferentes alas. Patch Adams criou a palhaçoterapia na segunda metade do século XX e por meio do riso, do afeto e, sobretudo da comunicação, buscou acolher as crianças internadas, expandindo esse cuidado posteriormente a diferentes públicos. Seria no mínimo imprudente discutir humanização e comunicação em saúde e não citar Patch Adams, cujo movimento repercutiu tão positivamente na área médica, que ganhou inúmeros adeptos ao redor do mundo, chegou aos noticiários, além de ter ocupado as telas dos cinemas em 1998, causando comoção global com o filme “Patch Adams: O amor é contagioso”, protagonizado por Robin Williams e dirigido por Tom Shadyac.Conforme os estudiosos Carlos Campos e Izabel Rios no artigo científico “Qual o Guia de Comunicação na Consulta Médica é o Mais Adequado à Realidade Brasileira?” Publicado na Revista Brasileira de Educação Médica em 2018, é da década de 1990 o primeiro protocolo de comunicação médica da história. É graças a esse e a outros protocolos, que a comunidade médica e demais profissionais da saúde passam a estabelecer parâmetros comunicacionais capazes não só de facilitar a compreensão de pacientes e acompanhantes, mas sobretudo de elaborar escuta ativa, acolher e mesmo construir um elemento terapêutico dos mais valiosos. O Protocolo Calgary-Cambridge, criado em 1996, foi o pioneiro. Ainda em conformidade com Campos e Rios, o citado protocolo “nasceu” de um estudo conjunto desenvolvido pela docente de comunicação das faculdades de Medicina e Educação da universidade canadense de Calgary, Suzanne Kurtz e Jonathan Silverman, médico de família e diretor de estudos de comunicação na escola de Medicina de Cambridge, no Reino Unido. Depois do trabalho conjunto dos professores/pesquisadores, surgiram novos guias foram construídos em Portugal, o chamado “sete passos”, o MAAS Global 2000, na Holanda, o SEGUE nos EUA, dentre outros. Diferentes formatos de comunicação, mas um só propósito: o acolhimento ao paciente por meio de uma abordagem holística, de caráter biopsicossocial. Carlos Campos e Izabel Rios, defendem que um dos aspectos mais relevantes do citado protocolo pioneiro, ou seja, o Calgary-Cambridge, é a guinada do interesse médico (ou mesmo de outras áreas da saúde) para algo que vai além da doença física e se aproxima de aspectos aparentemente subjetivos; ignorados por séculos: o bem-estar do paciente. O referido bem-estar é uma preocupação que acompanha o próprio conceito de saúde preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já que de acordo com a entidade a saúde deve estar associada a um conjunto de fatores, envolvendo o bem-estar físico, mental e social. Diante de tais aspectos, em meio a uma sociedade com um ritmo cada vez mais acelerado de acesso à informação, de disputa por espaço no mercado de trabalho, além de uma eterna busca não só pela sobrevivência, mas também pela “conquista” de padrões os mais diversos, o indivíduo está mesmo envolto na “cegueira afetiva”, apontada pelo escritor e pesquisador Daniel Goleman, da Universidade de Harvard. É um universo no qual as pessoas tocam sem sentir, olham e não veem… Humanidade adoecida. Escuta terapêutica, olhar acolhedor, comunicação afetiva, eis os elementos que fazem da interação paciente profissional de saúde um espaço efetivo de cura e esperança: o verdadeiro antídoto contra a cegueira afetiva.

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Artesanato de TOHOKU, do Japão, ganha exposição no Instituto Ricardo Brennand

A Exposição itinerante da Fundação Japão ”A Beleza do Artesanato de TOHOKU, Japão” foi montada para marcar o primeiro ano após o Grande Terremoto de Leste do Japão, que ocorreu em 11 de março de 2011. A mostra nos faz conhecer e reconhecer o distinto apelo das artes e artesanato de TOHOKU e fica disponível para visitações até o próximo dia 29, no Instituto Ricardo Brennand.. TOHOKU é uma região do nordeste do Japão conhecida por suas belas paisagens montanhosas e marítimas e possui uma cultura riquíssima, que poderá ser conhecida através das obras de diversas áreas, como cerâmica, têxtil, obras feitas em metal, madeira e bambu, entre outros. Todos 70 trabalhos da mostra são preservados e originais . Essa exposição itinerante iniciou no Brasil em novembro de 2021, em Curitiba, passando nas cidades de Brasília (janeiro), Manaus (fevereiro/ março), Belém (março/ abril) e Recife (maio), possuindo uma instituição parceira em cada uma delas. Em Recife, essa parceria acontece com IRB – Instituto Ricardo Brennand, com a intermediação do Consulado Geral do Japão no Recife. Período e Horário: 12 a 29 de maio de 2022 das 13h às 17h (Exceto nas segundas-feiras) Local: Biblioteca do Instituto Ricardo Brennand

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Marcello Bressan, fellow do Iperid, palestra sobre metaverso e diplomacia

Na próxima terça-feira (31), a Faculdade Nova Roma promove, com apoio do Iperid, da Aliança Consular do Nordeste e da Comissão de Relações Internacionais da OAB-PE, uma palestra sobre "Metaverso e a Diplomacia Internacional: limites e oportunidades". O evento é gratuito e contará com a ministração de Marcello Bressan, que é fellow do Iperid e Head de Inovação da Stefanini. O evento é presencial e tem a proposta de promover uma noite de reflexão sobre o tema e oportunidade de networking. A palestra é aberta ao público em geral, mas tem vagas limitadas. As inscrições devem ser feitas pelo link: https://forms.gle/59T8azd937yM8raN8 "Assim como a Internet potencializou as relações diplomáticas em escala global, os primeiros passos do Metaverso têm o potencial de suspender barreiras geográficas e gerar cooperações e movimentos sinérgicos. Embora a tecnologia para tanto ainda esteja distante de se materializar, os modelos que vão definir como irão operar sistemas inteiros de relacionamento entre pessoas, organizações e governos já estão sendo desenhados e precisam ser discutidos para que possamos entender os limites e as oportunidades concretas que o Metaverso traz em uma perspectiva global", afirmou Marcello Bressan. Serviço: DATA: 31/05, às 19hLOCAL: FACULDADE NOVA ROMA - RUA PADRE CARAPUCEIRO, 590 - BOA VIAGEM Mais informações: @fnovaroma no Instagram.

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"Presença de uma comunidade consular tão diversa torna a paradiplomacia uma atividade alcançável e importante em PE"

João Canto, recém aprovado para o cargo de diretor-executivo do Iperid, fala nesta entrevista ao jornalista Rafael Dantas sobre a sua trajetória no campo das relações internacionais, sobre os planos do instituto e destaca as possibilidades da paradiplomacia em Pernambuco e nos municípios locais. Como você avalia a atuação do Iperid nesses primeiros anos de funcionamento como um think tank de relações internacionais e diplomacia? O IPERID nasceu com o propósito de ser o primeiro think tank de relações internacionais e diplomacia do Nordeste, promovendo, incentivando e articulando a temática com diversos setores da sociedade tais como a comunidade consular, academia, empresarial e política, conforme estabelece seus pilares centrais. A atuação do IPERID durantes seus primeiros anos tem sido, basicamente, de estabelecer o Instituto de forma a ser reconhecido pelos segmentos citados e disponibilizar o nosso conhecimento ao mercado, seja público ou privado, gerando massa crítica e soluções em nosso core business. Você foi apresentado recentemente como diretor executivo do Iperid. Quais as suas atribuições neste cargo e quais os seus planos nessa gestão em 2022? Fui alçado e aprovado pelos fundadores do IPERID ao cargo de diretor-executivo recentemente. O objetivo, além de apoiar a presidência nos projetos que estamos desenvolvendo, é conduzir a organização interna da pessoa jurídica do Instituito, a fim de possamos adaptar melhor a natureza juridica e tributária do think tank aos projetos que temos desenvolvido com diferentes entes e parceiros. Além disso, também tenho a função de conduzir nossos fellows a desenvolver projetos, artigos, e conhecimento acerca de de nosso core de forma acessível ao público geral. O propósito final permanece o de estabelecer o IPERID como top of mind no assunto através de sua atuação diversificada. Como começou a sua trajetória nesse campo das relações internacionais? Sou formado em relações internacionais em 2010, e atuo na área de negócios internacionais desde 2008. Sempre foi algo que busquei profissionalmente, de promover o comércio com diferentes países e culturas, aproximado Pernambuco do restante do mundo sem termos que passar pelo eixo Rio-SP, como é o habitual no Brasil. Por sorte, tive o privilégio de experimentar experiencias profissionais na iniciativa privada e pública, compreendendo diferentes formas de abordar e atuar na área das relações internacionais, desde o comércio exterior, passando por negociações internacionais, até o relacionamento com consulados focados em aproximar Pernambuco do restante do mundo. Até hoje tem sido uma experiência ímpar! Neste percurso, conheci e abracei a iniciativa do IPERID através de Rainier Michel, atual presidente e Cônsul da Eslovênia, onde venho colaborando até os dias de hoje! Na sua opinião, quais as vantagens para o Estado de Pernambuco o fato do Recife abrigar tantos consulados e como tem amadurecido a paradiplomacia? Historicamente, Pernambuco tem uma atuação internacional muito importante, desde os primórdios do Brasil. Há mais de 200 anos recebemos a nossa primeira representação consular, em 1815, dos Estados Unidos, que colaborou com a Revolução Pernambucana de 1817, marco da história do nosso povo e Estado. Ainda , devido a nossa importância histórica, econômica e a proximidade geográfica com os continentes europeu, norte americano e africano, isso colaborou, sem sombra de dúvidas, a nos tornamos o centro diplomático do Nordeste atualmente. Para Pernambuco, possuindo esta comunidade consular tão diversa, torna a Paradiplomacia uma atividade possível, alcançável e, sobretudo, importante de ser efetuada, tanto pela esfera municipal quanto pela estadual. Além disso, o nosso setor produtivo pode, de forma autônoma e independente, acessar esta comunidade consular para fins comerciais, econômicos e culturais com as representações. Inclusive, justamente pela própria natureza da paradiplomacia, o IPERID pode ser um canalizador ou promotor de ações e iniciativas para diferentes interessados, seja no fluxo de demandas locais para o estrangeiro como também demandas internacionais, para acessar soluções locais, sempre através da nossa comunidade consular local. Importante frisar que o IPERID possui e mantém excelente relação institucional com a representação dos consulados estabelecidos em Pernambuco.

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Vice-prefeita Isabella de Roldão representa o Recife em Congresso Mundial do ICLEI na Suécia

Evento reúne gestoras e gestores públicos de diversas partes do mundo para promover a troca de informações e experiências, além de estabelecer parcerias estratégicas (Da Prefeitura do Recife) Como coordenadora das relações internacionais da Prefeitura do Recife e embaixadora para a América do Sul da Cities Climate Finance Leadership Alliance, a vice-prefeita Isabella de Roldão representa a cidade no Congresso Mundial do ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade, que ocorre esta semana em Malmö, na Suécia. O evento reúne gestoras e gestores públicos de várias partes do mundo para promover a troca de informações e experiências, além de estabelecer parcerias estratégicas. O Recife integra a rede do ICLEI desde 2013, quando a cidade foi incluída no Projeto Urban-LEDS I, para elaboração de estratégias de desenvolvimento urbano sustentável de baixo carbono. De lá para cá, a cidade tem avançado firmemente, com uma agenda climática ativa e ambiciosa, que está sendo compartilhada em Malmö. "Fomos a primeira capital do País a declarar, via decreto municipal, reconhecimento à emergência climática global que ameaça a Humanidade e também incorporamos a disciplina de sustentabilidade na grade curricular das nossas escolas municipais. Junto com o ICLEI, elaboramos o nosso Plano Local de Ação Climática (PLAC), tendo como norte a neutralização de emissões de gases do efeito estufa até 2050, a partir de quatro eixos: mobilidade, saneamento, energia e resiliência", diz Isabella de Roldão, que viajou a Malmö a convite do ICLEI, com todas as despesas custeadas pelo evento. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do ICLEI América do Sul, Geraldo Julio, também participa do Congresso. Ontem (11), Isabella de Roldão palestrou em painel sobre o projeto ProUrbano – Seguro de Infraestrutura Urbana. Recife foi a primeira cidade da América Latina escolhida para participar da iniciativa de criação de um seguro contra desastres climáticos, projeto liderado pelo ICLEI e financiado pelo governo alemão, por meio do KfW – Banco de Desenvolvimento em nome do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento. A adesão à iniciativa ocorreu durante o Congresso Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol) e o I Encontro Nacional do ICLEI Brasil, sediados no Recife em março. "O nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável tem se traduzido em ações como a implantação de iluminação de LED em toda a cidade e a instalação de uma usina fotovoltaica no Hospital da Mulher, assim como a ampliação contínua da nossa malha cicloviária e o lançamento do programa Eco Recife, para zerar o consumo de material plástico descartável no serviço público municipal. Recentemente, nos tornamos Nó de Resiliência da iniciativa internacional Construindo Cidades Resilientes (MCR 2030), pela maturidade de projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, como o Mais Vida nos Morros, o Reciclamais, o Parceria e o Parque Capibaribe", completa a vice-prefeita. Isabella de Roldão é uma das convidadas de honra de jantar que ocorre nesta quarta-feira na Prefeitura de Malmö, a convite da primeira prefeita eleita na cidade, Katrin Jammeh. "A pauta de gênero tem toda a relação com as mudanças climáticas, afinal são principalmente as mulheres que sofrem com as suas consequências, uma vez que 70% das pessoas que vivem em condições de pobreza no mundo são mulheres. Quantas mais de nós estivermos em espaços de poder e decisão, mais temos a chance de trabalhar por igualdade e justiça social e climática", pontua. Entre outras atividades, a vice-prefeita tem participação confirmada nos próximos dias nos painéis "Juntos para agir: Cidades, vilas e comunidades por todos" e "Aprendendo com os hubs de resiliência MCR2030". Mais detalhes sobre a programação podem ser obtidos no site https://worldcongress.iclei.org.

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As nossas guerras cibernéticas

*Por Marcos Alves Da terra.... Na noite do 26 ao 27 de Abril a Internet Francesa sofreu “cortes” de grande escala. A rede ficou fora do ar em várias regiões e cidades do país e deixou as operadoras totalmente saturadas, incapazes de fornecer acesso aos usuários e muito menos explicar o porquê dessa situação. Se descobriu rapidamente que a os cabos de fibra ótica por onde circula o sistema foi cortado em localidades distintas da França e isso a poucos minutos de intervalo. Várias fonte oficiais e não oficiais já admitem que isso possa ter sido um ciberataque. Difícil determinar quem está na origem dessa sabotagem e se pode haver recidiva, mas ela demostra também os limites da proteção das redes físicas dos nossos sistemas de comunicação internet. Para o mar.... Relembramos que no início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, países ocidentais mencionaram várias vezes o risco de Moscou cortar os cabos submarinos da internet e assim poder provocar um blackout da rede. Eles faziam referência ao navio russo Yantar, oficalmente um navio de pesquisa oceanográfica, mas considerado pelas autoridades ocidentais como um potencial navio espião com mini submarinos capazes de descer a 6000m de profundidade e avistado na Irlanda, perto das zonas dos cabos transatlânticos. 99% do tráfego mundial é efetuado por via desses cabos. São 420 cabos pelo mundo percorrendo 1,3 milhões de km que asseguram as conexões mundiais. Por isso os fundos submarinos são hoje um verdadeiro campo de enfrentamento e altamente protegidos. Esses cabos também permitem espionar, como por exemplo entre 2012 e 2014, quando os Estados Unidos conseguiram grampear a chanceler alemã, Angela Merkel, conectando-se aos cabos que iam para a Alemanha. Três empresas se repartem o mercado mundial do seguimento, sendo a Alcatel Submarine Network a líder, com sede em Calais, no Canal da Mancha. A empresa, afirma que para a manutenção de toda sua rede ela dispõe de 3 barcos navegando pelo mundo...maravilha! Até o espaço.... Em Fevereiro deste ano, o exército francês realizou uma simulação de corte dos cabos entre as suas ilhas nas Antilhas e a França, utilizando meios alternativos de comunicação por via de satélites. Porém, esse sistema também tem suas falhas. No dia do ataque Russo à Ucrânia o satélite KA-SAT foi alvo de um ciberataque confirmado pelo Comando Espacial Francês que atingiu milhares de casas que ficaram sem TV, mas também atingiu profisionais e instalações sensíveis. Cerca de 10.000 clientes da rede NordNet tiveram seus modems atingidos e desabilitados. O corte durou quase dez dias na França, até terem conseguido trocá-los todos. Clientes da rede FAI na Europa passaram pela mesma situação, neste contexto de tensão por falta de peças e componentes eletrónicos para fabricar novos aparelhos. Na Alemanha, 3000 eólicas foram atingidas. Elas continuaram a funcionar, porém, sem possibilidade de serem controladas a distância. Esse satélite foi escolhido por hackers, por ser fortemente utilizado como acesso à internet pelo exército ucraniano. Atacá-lo era um bom meio de perturbação só que acabou provocando “ciberdanos colaterais” como o mencionou o governo Alemão. *Marcos Alves é fellow do Iperid

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Governo do Japão doa equipamentos médicos para o LIKA/UFPE

Como parte das medidas de apoio do Governo Japonês ao enfrentamento à pandemia do Covid-19 no Brasil, o Governo do Japão decidiu fornecer equipamentos médicos e realizar apoio técnico ao Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O apoio foi prestado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) com base nas solicitações apresentadas pelo Governo Brasileiro ao Japão e fundado nas relações de cooperação e amizade entre os dois países, visando à contribuição japonesa ao fortalecimento do sistema de saúde brasileiro. No dia 5 de maio, no auditório do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz) – UFPE foi realizada a cerimônia de entrega do Termo de doação na UFPE, com a presença do Reitor e Vice-reitor da UFPE, o Cônsul-geral do Japão em Recife, Hiroaki Sano, e o representante-chefe da JICA Brasil, Masayuki Eguchi. O LIKA foi inaugurado em 23 de abril de 1986 e recebeu este nome em homenagem ao cientista da Universidade de Keio no Japão, professor Keizo Asami, falecido meses antes da inauguração. O professor Keizo Asami foi um dos principais envolvidos no projeto de cooperação técnica que apoiou o estabelecimento do LIKA e as atividades de pesquisa sobre doenças parasitárias tropicais. Há uma longa relação de cooperação entre a JICA e o LIKA, incluindo o “Curso Internacional sobre Doenças Tropicais” no âmbito do Programa de Treinamento para Terceiros Países, recebendo participantes de países latino-americanos e países africanos de língua portuguesa. Assim, o LIKA contribuiu para a difusão dos resultados da cooperação japonesa não apenas no Brasil, mas também para o mundo. No dia 25 de abril deste ano, o LIKA transformou-se em Instituto Keizo Asami

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