Câncer de cólon e reto: Setembro marca mês de conscientização sobre a doença

O recente falecimento do ator Chadwick Boseman, protagonista de “Pantera Negra” no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), com apenas 43 anos, alerta para o aumento anual do número de casos do câncer colorretal, segundo tipo mais comum entre os brasileiros. O Instituto Nacional de Câncer apresentou a previsão de mais de 40 mil novos casos da doença, para 2020. Em Pernambuco, a previsão é de 960 casos para esse ano.

O câncer de cólon e reto está ligado a algumas condições hereditárias, doenças inflamatórias intestinais, dietas ricas em carne vermelha e processadas, baixo consumo de fibras e vegetais, além de sobrepeso e obesidade. “Não podemos esquecer dos fatores de risco para a doença que podem ser evitados a partir de uma mudança simples de hábitos cotidianos relacionados à alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e controle do peso”, explica Dr. Bruno Pacheco, oncologista do Grupo Oncolínicas/Multihemo. Estresse, sedentarismo, alcoolismo e o tabagismo também figuram como vilões neste cenário.

Sintomas – Entre os principais estão diarreia ou constipação, fezes finas e que apresentem sangue e/ou mucosa. Inchaço frequente na região abdominal, gases, fadiga ou falta de energia e perda de peso súbita também fazem parte da lista de sintomas possíveis. A atenção aos sinais é de extrema importância, pois, se descoberto em fase inicial, o câncer colorretal apresenta 90% de chance de cura.

Prevenção – o exame utilizado para investigação de doenças de cólon e reto é a colonoscopia, que ajuda a determinar a localização da lesão e permite a biópsia para confirmação da malignidade. “Hoje, a recomendação para pessoas com risco médio é que ela seja realizada aos 50 anos de idade e repetida a cada dez anos, mas frente às evidências de que pessoas cada vez mais jovens estão desenvolvendo tumores, especialistas sugerem que o rastreio possa ser iniciado aos 45 anos”, explica Bruno Pacheco.

Geração Millennial apresenta risco aumentado de desenvolver a doença, dizem pesquisadores

Apesar da maioria dos pacientes com a condição terem idades a partir dos 55 anos, estudos recentes indicam que esses tumores de intestino vêm apresentado incidência aumentada entre jovens adultos, nascidos após o início da década de 1980 até o início dos anos 2000 – os chamados Millennials. Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, publicado em Julho de 2019 pelo jornal JAMA Network Open, lança luz sobre este cenário preocupante: enquanto o volume de novos diagnósticos vem caindo quando observado o grupo de pessoas com mais de cinco décadas, entre aqueles que estão nas faixas etárias abaixo desta a tendência tem seguido na direção oposta, com crescimento constante nos números.

Entre 2006 e 2015, a análise mostra que as taxas de tumores de cólon e reto cresceram 3,47% entre os homens com menos de 50 anos. Já entre as mulheres, no período de 2010 a 2015 houve um acréscimo de 4,45 % considerando o mesmo recorte por idade.

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