A tireoide é uma das maiores e mais importantes glândulas do corpo humano e tem seu funcionamento despercebido no dia a dia. Até que uma hora começa a apresentar defeitos que atrapalham o metabolismo. É possível, no entanto, perceber no próprio corpo sinais que indicam que o mecanismo da glândula não está funcionando corretamente.
Entretanto, os sinais que aparecem no corpo se diferem entre si, de acordo com o problema que afeta a glândula. São três com maior incidência: hipotireoidismo, o mais comum, em que a produção dos hormônios é menor do que o ideal; hipertireoidismo, em que essa produção é maior que o habitual; e os nódulos da tireoide, que podem ser malignos ou benignos e também podem alterar a produção dos hormônios.
Quando a produção da tireoide cai – no caso do hipotireoidismo – o metabolismo consequentemente fica mais lento, e o corpo reage geralmente com sintomas que variam de pessoa para pessoa, mas que ,em geral, englobam cansaço, sonolência, inchaço, depressão, oscilações de humor, queda de cabelo, unhas fracas, intestino preso e desânimo. No caso do hipertireoidismo, o processo é o oposto. O metabolismo mais acelerado provoca taquicardia, tremores, perda de peso considerável, cansaço, insônia e irritação.
Mas nem sempre os sintomas aparecem. Em caso de nódulos na tireoide, caso eles sejam menores que 2 cm, raramente causam sintomas. É o que explica Carolina Ferraz, endocrinologista do Hospital Samaritano de São Paulo. “Os sintomas só aparecem caso os nódulos sejam grandes. Neste caso, podem levar a sintomas de engasgo, dificuldade de respirar, aumento de volume no pescoço e alteração no tom da voz”.
Por isso, segundo a especialista, é importante investigar, mesmo quando não há evidências de nenhum destes indícios. “Caso o paciente esteja apresentando algum desses sintomas, e, o mais importante, se esse sintoma for diferente do que ele sentia antes, deve procurar um endocrinologista para excluir a possibilidade de ter alguma alteração na tireoide”, alerta Carolina.
O hiper e o hipotireoidismo são diagnosticados por meio dos sinais clínicos e de exames de sangue. Para o tratamento do hipertireoidismo são recomendados o uso de medicação oral, de iodo radioativo ou cirurgia. “Já o tratamento para o hipotireoidismo é feito com reposição hormonal, análoga ao hormônio T4, que geralmente deverá ser tomado diariamente ao longo da vida”, explica a médica. Já os nódulos da tireoide são diagnosticados via exame de ultrassom e palpação do pescoço, e seu tratamento depende se o nódulo é benigno ou maligno.