Arquivos Algomais Saúde - Página 147 de 160 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Escoliose afeta principalmente os adolescentes e deve ser tratada

Apesar de ser um problema de coluna comumente associado a idades avançadas, a escoliose afeta principalmente os adolescentes. A escoliose faz com que a coluna se movimente para os lados e, por isso, pacientes que apresentam a patologia têm a coluna em um formato de S ou de C. Dependendo da intensidade da curvatura, pode ser considerada mais grave ou mais moderada. Nos adolescentes pode ser do tipo idiopática, quando não tem causa definida ou causada por uma diferença no comprimento dos membros inferiores, de milímetros, que pode levar à escoliose. Ambas precisam de tratamento para não levar à complicações. Por isso, é importante que os pais fiquem atentos. Segundo a Sociedade de Pesquisa sobre Escoliose (Scoliosis Research Society), a escoliose costuma afetar meninas com mais frequência do que os meninos, ocorrendo geralmente antes da primeira menstruação. “A escoliose é frequente nessa fase de crescimento e é preciso ficar atento. Os pais podem ficar de olho para ver a postura dos adolescentes e o alinhamento da coluna”, afirma a fisioterapeuta Walkiria Brunetti. Quando procurar um médico? A recomendação da Sociedade de Pesquisa sobre Escoliose é que meninas sejam examinadas para identificar a deformidade aos 10 e aos 12 anos, e que os meninos passem pela mesma avaliação aos 13 e aos 14 anos. “Quanto mais cedo a deformidade for identificada, melhor será a resposta ao tratamento conservador, para que não seja necessária uma cirurgia no futuro”, explica Walkiria. Escoliose e saúde mental Além de problemas físicos, como dificuldade para respirar e diferenças na altura dos ombros, a escoliose sem tratamento pode causar problemas psicológicos, uma vez que a patologia afeta a autoestima dos adolescentes. “A postura incorreta impacta na autoestima, portanto a escoliose não deve ser subestimada. A condição também pode levar os adolescentes a se sentirem excluídos de atividades sociais ou esportivas, por exemplo”, reflete Walkiria. Mais tarde, segundo Walkiria, o principal problema da escoliose não tratada será o surgimento de dores nas costas. Pilates é um forte aliado Segundo Walkiria, quando há diferença entre os membros, acima de 6 mm, é recomendado o uso de uma palmilha para corrigir a discrepância. Entre os tratamentos iniciais estão técnicas de fisioterapia postural, como o RPG, Pilates e Cadeias Musculares. “O fortalecimento da musculatura em torno da coluna ajuda a corrigir a postura e a minimizar os problemas causados pela escoliose. Por deixar a coluna em uma posição neutra, o Pilates traz importantes benefícios aos adolescentes, pois também ensina a manter a postura estável e ajuda no fortalecimento dos músculos do core (aqueles que dão estabilidade para a coluna)”, diz a fisioterapeuta. A consciência corporal é um dos pilares da fisioterapia quando o assunto é escoliose. Por isso, todas essas técnicas podem ser trabalhadas em conjunto para um melhor resultado. Sem tratamento, o quadro pode evoluir e a curvatura da coluna ficar mais acentuada. Para os casos mais graves, a recomendação é o uso de um colete para a coluna ou até mesmo cirurgia para corrigir o desvio.

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Doença Renal atinge 195 milhões de mulheres no mundo

O Dia Mundial do Rim de 2018, comemorado anualmente toda segunda quinta-feira de março, alerta para a saúde renal da mulher. A data, que coincide com o Dia Internacional da Mulher, chama atenção para dados sobre a doença no sexo feminino. Com o tema “Saúde da Mulher – Cuide dos seus Rins”, o objetivo da campanha é promover à prevenção das doenças renais e estimular os cuidados com a saúde da mulher. Comorbidades como a obesidade, diabetes e pressão alta aumentam o risco da doença. Mas existem também outros problemas que facilitam a propensão a doença renal crônica (DRC), como o lúpus, doença inflamatória de origem autoimune que causa variadas manifestações, e a infecção urinária, também conhecida como cistite. “Essas doenças, quando não tratadas corretamente, podem evoluir para a insuficiência renal. O Lúpus, especificamente, afeta os rins devido ao desequilíbrio na produção de anticorpos responsáveis pela proteína do próprio organismo e causam a inflamação do tecido renal, levando à fibrose e interrupção de seu funcionamento”, explica o médico nefrologista e presidente da Fundação Pró-Rim, Marcos Vieira. Diagnóstico O médico ainda alerta para a necessidade de se realizar o exame de creatinina periodicamente. “Para que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, é muito importante a realização de um exame de sangue que pode salvar vidas: o exame de creatinina. O valor normal de creatinina deve estar entre 0,7 e 1,3mg/dl (homens) e entre 0,6 e 1,2mg/dl (mulheres)", explica o especialista. Sobre a Doença Renal Crônica A DRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções renais. Estima-se que cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal. Na mulher, estima-se que a doença renal afete aproximadamente 195 milhões em todo o mundo, sendo atualmente a 8ª principal causa de morte em mulheres, com cerca de 600 mil mortes por ano. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) esse percentual pode aumentar para 30% a 50% em pessoas acima de 65 anos, deixando evidente que o risco para o seu aparecimento aumenta substancialmente com o envelhecimento. Atitudes simples como controlar o consumo de sal e açúcar, não fumar, praticar atividades físicas e realizar periodicamente exames de urina, glicemia e de creatinina, podem evitá-la. Prevenção da Doença Renal Crônica Considerada como uma epidemia silenciosa, a prevenção a detecção precoce da doença renal é essencial. - Manter hábitos de vida saudáveis. Alimentação adequada e prática regular de atividades físicas são essenciais. - Evitar a obesidade. - Consumir mais de 2 litros de água por dia. - Realizar periodicamente exames de creatinina e de urina. - Controlar pressão arterial e diabetes.

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Novas regras para fertilização no Brasil: Veja o que mudou

O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou novas regras ligadas aos casos de reprodução assistida no Brasil. Entre os principais pontos a se destacar na revisão dos casos pelo CFM estão a expansão no critério para quem cederia temporariamente o útero para uma gestação compartilhada (a famosa “barriga de aluguel” ou “barriga solidária”), a redução no prazo para descarte de embriões e o congelamento de material para uma gestão tardia. Especialistas no assunto avaliaram a mudança positivamente, pois elas conseguem englobar alguns grupos que antes não tinham o alcance de tais técnicas. “Essa atualização inclui questões sociais e biológicas que não eram consideradas anteriormente na avaliação médica para a utilização de reprodução assistida”, afirma o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife. “É um avanço muito bom, pois amplia a possibilidade de procriação de indivíduos que desejam”, comemora. No caso da barriga solidária, por exemplo, anteriormente a cessão temporária do útero só podia ser feita por familiares ascendentes, isto é, que estariam acima do paciente. “A partir da alteração, familiares em grau de parentesco consanguíneo descendente, como filhas e sobrinhas, são permitidas a emprestar o útero para a gestação do filho de um terceiro”, esclarece Tenório. Além disso, pessoas solteiras (homens ou mulheres) e casais homoafetivos femininos também passam a ter o direito de utilizar técnicas de reprodução assistida. As mulheres que enfrentarão tratamentos de doenças que levam à infertilidade, como quimioterapia, também podem guardar seu material para usar no futuro. O Conselho Federal de Medicina permite, agora, que a doação de óvulo possa ser feita voluntariamente por qualquer mulher de até 35 anos. Anteriormente, apenas mulheres que também estavam em tratamento com técnicas de reprodução assistida podiam doar os óvulos. Na prática, esta mudança facilita a obtenção de óvulos de doadoras compatíveis. Além disso, os programas de reprodução compartilhada somente cobriam os custos da doador se a própria paciente doasse parte de seus óvulos para outra mulher que também estivesse tentando uma gravidez por tal meio. Agora é possível que uma mulher tenha seu tratamento custeado se ela conseguir uma outra doadora compatível. “Isso afeta positivamente, já que muitas não possuem uma boa produção de óvulos e não podem pagar para realizar o serviço”, comenta Filipe Tenório. O tempo para o descarte de embriões também foi alterado: reduziu de 5 anos para 3 anos, incluindo em casos de embriões abandonados pelos doadores. No entanto, alguns pontos foram mantidos, como o número de embriões que podem ser transferidos de acordo com a idade da mulher, a proibição da redução de embriões caso mais de um fosse fertilizado e da comercialização de embriões ou seleção por características biológicas, e a permissão do estudo do embrião para detectar doenças genéticas previamente. Confira as mudanças propostas na nova resolução: - Filha e sobrinha também podem ceder o útero; - Mulheres acima de 50 anos, em situações específicas e com autorização médica podem utilizar o tratamento de reprodução assistida – já que, segundo pesquisas, as brasileiras estão engravidando cada vez mais tarde; - Mulheres podem, assim como os homens, doar seus gametas voluntariamente; - Pessoas solteiras podem recorrer a cessão temporária de útero; - Casais homoafetivos femininos podem recorrer à gestação compartilhada; - As mulheres que enfrentarão tratamentos que levam à infertilidade, como quimioterapia, também podem guardar seu material para usar no futuro; - O prazo para descarte de embriões diminuiu de 5 anos para 3, diminuindo os custos e a quantidade de embriões acumulados que foram abandonados.

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Criança também pode ter pressão alta que precisa ser monitorada

Diversas entidades médicas internacionais de pediatria, entre elas a Sociedade Americana de Pediatra e a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam que pediatras realizem a aferição da pressão arterial em crianças e adolescentes. A recomendação visa identificar quadros de hipertensão (HAS, hipertensão arterial sistêmica) na infância, já a partir dos 3 anos de idade, como medida preventiva. “As causas variam com a idade, sendo que quanto mais jovem e mais elevada a pressão arterial, maior a possibilidade de a hipertensão ser de causa secundária, isto é, devido a doença renal, por exemplo. O diagnóstico precoce, realizado através da mensuração da pressão arterial e controle adequado da hipertensão, evita que ocorram alterações crônicas no sistema cardiovascular e no processo de aterosclerose”, explica a nefropediatra Maria Cristina de Andrade, da clínica MBA Pediatria e da UNIFESP. Desde a década de 60 são realizadas pesquisas para determinar os valores referenciais normais da pressão arterial (PA) em crianças e adolescentes. Uma das principais causas do aumento da prevalência de hipertensão infantil é a obesidade. Crianças obesas têm probabilidade maior de hipertensão em até 11%. No Brasil, o excesso de peso e a obesidade atingem 53% da população, incluindo as crianças. A hipertensão arterial é uma doença crônica que, estima-se, acomete cerca de 20% de toda a população mundial. É um fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame cerebral), insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos dos olhos. Na grande maioria dos casos a pressão alta em crianças é assintomática. Em muitas situações, tanto na hipertensão primária, sem causa definida, quanto na secundária, devido a uma doença identificável (insuficiência renal, estenose de artéria renal, nefrites, alteração da tireoide, etc.), a hipertensão assintomática pode causar lesão de órgãos e, quando não tratada, a criança pode levar o quadro hipertensivo para vida adulta. Geralmente, na infância, as causas da hipertensão são secundárias; entre os adolescentes, a causa primária prevalece. Crianças com doenças renais, prematuras, com problemas na tireoide e apneia e distúrbios do sono têm maior chance de ter hipertensão. Em adolescentes, a HAS primária geralmente associada à obesidade é mais frequente, e é preciso instituir mudança de hábitos alimentares e prática de exercícios físicos. Um dos fatores da obesidade entre adolescentes é a ingestão em alta quantidade de alimentos industrializados, calóricos e gordurosos. Como os pais podem (e devem) ajudar no tratamento? Os hábitos alimentares dos pais tendem a refletir nos filhos. Normalizar o peso é uma das principais iniciativas, e isso deve ser incentivado. “O tratamento é mais eficaz quando os pais participam, aceitam a doença da criança e incentivam todo o processo do tratamento, mantendo a rotina de medicação, da prática de exercícios e da intervenção nutricional”, esclarece a nefropediatra Maria Cristina de Andrade. Quando aferir a pressão em crianças? A aferição da pressão arterial em crianças que apresentam um quadro de saúde normal deve ser realizada a partir dos 3 anos de idade, uma vez por ano. Em casos de patologias identificáveis, a periodicidade deve ser menor. Quando há antecedentes mórbidos neonatais, doenças renais ou fatores de risco familiar, o pediatra deve averiguar a pressão antes dos 3 anos e em períodos mais curtos. Como é feita a aferição em crianças? O mais comum é a avaliação no consultório com técnica auscultatória (estetoscópio) e medição com esfigmomanômetro (compressor com bolsa inflável de borracha). Outro método é com técnica oscilométrica (aparelhos digitais), usualmente utilizados em prontos-socorros. Além disso, para investigação mais aprofundada, pode ser realizada a monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA), que exige a averiguação por um período de 24 horas. A pressão arterial na infância e adolescência varia conforme a idade, sexo e altura da criança. De acordo com tabelas internacionais, a pressão arterial é classificada como normal, elevada e hipertensão arterial; sendo que a hipertensão é dividida em 2 estágios de acordo com a gravidade. A aferição da pressão arterial deve ser realizada com o paciente tranquilo por 2 a 3 minutos. Para as crianças maiores de três anos utiliza-se a posição sentada. Em pacientes menores de três anos e lactentes, a aferição deve ocorrer com a criança deitada e com o braço ao nível do coração. Doença Renal Crônica A principal causa de hipertensão secundária em crianças e adolescentes é de origem renal, como estenose de artéria renal, nefrites e a doença renal crônica. A hipertensão em longo prazo pode causar doença renal crônica, podendo, inclusive, o paciente vir a necessitar de terapia dialítica na fase adulta. Esta evolução pode ser evitada com diagnóstico precoce da hipertensão arterial. “O primeiro passo é realizar a aferição da pressão arterial nas consultas de rotina com o pediatra. Se for diagnosticada a hipertensão, deveremos investigar uma doença de base e possíveis co-morbidades para que o tratamento anti-hipertensivo adequado possa ser adotado”, conclui a nefropediatra da MBA Pediatra e da UNIFESP.

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Amamentação pode evitar 823 mil mortes infantis por ano

Realizado a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro estudo que mapeou os padrões globais do aleitamento materno e os relacionou com a preservação da saúde de crianças e mães é o segundo colocado da 17ª edição do Prêmio Péter Murányi. O trabalho, indicado pelo CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) demonstra ainda o caráter cumulativo dos benefícios trazidos pela amamentação, como a proteção contra a mortalidade infantil, redução das hospitalizações por doenças infeccionas na infância e a má-oclusão dentária, bem como aumenta a inteligência, e reduz a ocorrência de sobrepeso e diabetes De autoria do médico epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a pesquisa avaliou dados vindos de 153 países, de 1995 a 2014, concluindo que o leite materno, em nível quase universal, poderia prevenir 823 mil mortes de crianças menores de cinco anos, por ano. Assim como, no mesmo período, evitaria 20 mil falecimentos por câncer de mama. Segundo Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi, entidade organizadora da premiação, estudos dessa magnitude reforçam a necessidade de que a produção científica brasileira seja incentivada e reconhecida. “Para nós, receber trabalhos com esse alcance demonstra que estamos no caminho certo, reconhecendo a contribuição desses especialistas na garantia de um futuro melhor às próximas gerações”, destaca. A presidente da entidade também ressalta que um dos aspectos importantes desse trabalho é a constatação de que, nos países de baixa e média renda, apenas 37% das crianças são exclusivamente amamentadas. O trabalho tem, ainda, o mérito de apontar países e regiões nos quais devem ser reforçadas as campanhas de aleitamento. A série da The Lancet, publicação que veiculou o estudo de Victora, aponta que se as taxas de amamentação dos Estados Unidos, China e Brasil aumentassem para 90%, e se esses mesmos índices subissem para 45% no Reino Unido, haveria uma diminuição de custos com tratamentos para doenças comuns na infância de aproximadamente US$ 2,45 bilhões nos Estados Unidos, US$29,5 milhões no Reino Unido, US$223,6 milhões na China e US$6 milhões no Brasil. Nesta edição, com atualização do valor pago, o prêmio total distribuído será de R$ 250 mil, divididos entre o vencedor (R$ 200 mil), segundo (R$ 30 mil) e terceiro lugares (R$ 20 mil). A entrega ocorrerá em abril, durante a festa de premiação

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Pediatras prestam serviços à população no Parque da Jaqueira dia 10 de março

Assuntos relacionados à saúde de crianças e adolescentes orientam o evento “Pediatras no Parque”, promovido pela Sociedade de Pediatria de Pernambuco (SOPEPE), no próximo dia 10 de março, no Parque da Jaqueira, no Recife. A ação contará com pediatras, nutricionistas e educadores físicos para informar e tirar as dúvidas dos pais e responsáveis sobre a prevenção e cuidados de doenças da estação, atividades físicas e alimentação saudável na infância. Os médicos também prestarão serviço de atendimento as crianças aferindo peso, altura e o IMC para averiguar se a criança vem crescendo de acordo com os indicadores sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No espaço Eco Núcleo, quatro bancadas serão montadas para que a população possa se informar sobre a prevenção de arboviroses, o uso de repelentes, a importância da leitura e do brincar para as crianças, atividades físicas e como utilizar as mídias digitais de forma adequada. Workshops sobre alimentação saudável com equipe multidisciplinar também fazem parte da programação do encontro. Os especialistas vão falar sobre introdução alimentar e alimentação responsiva, quando a criança é encorajada a comer sozinha e aprender sobre sua saciedade. Opções de preparo de lanches saudáveis para levar à escola também estão na programação. Na Academia da Cidade, espaço destinado à prática de exercícios, educadores físicos e pediatras vão ensinar pais e filhos a se divertirem juntos, com brincadeiras e atividades físicas lúdicas. O presidente da SOPEPE, Eduardo Jorge Fonseca, destaca o caráter educativo do evento. “O Pediatras no Parque tem o objetivo de levar os pediatras diretamente ao encontro da comunidade. E isso será feito por meio da promoção de atividades para toda a família. Enquanto os pais e responsáveis se informam e participam de workshops sobre saúde infantil, as crianças se divertem com as atividades preparadas”, explica. O especialista destaca ainda que esta aproximação com a comunidade permite uma troca de informações de forma direta e facilita o canal de comunicação com toda a família. SERVIÇO Pediatras no Parque – 10 de março, das 9h às 13h, no Parque da Jaqueira (Rua do Futuro, 959, Graças - Recife). Evento aberto ao público.

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Dia Mundial do Rim: saúde da mulher é o tema de 2018

A doença renal crônica se caracteriza pela perda lenta e irreversível do funcionamento dos rins, órgãos cuja função é vital: remover as substâncias tóxicas e o excesso de água do organismo. Silenciosa, os primeiros sintomas da doença só aparecem em estágios avançados, quando já não há cura. Pensando nisso, os nefrologistas da Fresenius Medical Care decidiram chamar atenção para a necessidade da prevenção e aproveitam o Dia Mundial do Rim para isso. O número de pacientes com doença renal crônica que precisaram de diálise cresceu de 42 mil para 122 mil nos últimos 16 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia. Mas esse dado poderia ser diferente se uma simples medida fosse tomada: a inclusão do exame de creatinina na lista de obrigatórios nos check-ups anuais. Tal exame detecta o problema antes de ele ser uma insuficiência permanente, permitindo que o nefrologista atue para manter os rins funcionando. "Como se trata de uma doença silenciosa é difícil estabelecer um protocolo de sintomas que identifiquem o início de uma doença renal. A principal medida de prevenção é manter hábitos saudáveis que evitam as doenças que estão frequentemente associadas como a obesidade, a hipertensão e o diabetes. E no caso destas duas últimas doenças já existirem, cuidar para sempre manter um ótimo controle dos níveis de pressão e da glicose", destaca a nefrologista Ana Beatriz Barra, gerente médica da Fresenius Medical Care. Sintomas - Falta de apetite, náuseas, anemia e perda de massa muscular são alguns dos sinais da doença. O funcionamento da glândula endócrina também é afetado e pode causar problemas de fertilidade e desempenho sexual. "É importante lembrar os pacientes de verificar sempre a saúde dos rins. Não dá para só esperar os sintomas aparecerem, porque eles só surgem em fase tardia. Os cuidados para evitar a doença renal são os mesmos para se evitar diabetes e hipertensão como fazer exercícios periódicos, manter o peso adequado, ter alimentação saudável, não fumar e fazer check-up. A atenção tem que ser dada à prevenção. Exames muito simples como o de urina e o que mede a creatinina no sangue, que pode ser feito em postos de saúde, ajudam a identificar se o rim está funcionando bem", destaca a dra. Ana Beatriz Barra. Causas - Diabetes e hipertensão, doenças em geral provocadas pela obesidade, estão entre as principais causas. Outros fatores de risco incluem distúrbios no sistema autoimune, histórico familiar de doença renal e baixo peso ao nascimento. Nos casos crônicos, diálise e transplante – De acordo com o Ministério da Saúde, 20 mil pessoas estão em lista de espera para receber transplante de rim, com tempo médio de 18 meses até conseguir um órgão. A diálise é a opção até o transplante ou para pacientes que não querem ou não podem transplantar por outros motivos de saúde. A diálise cumpre o papel que os rins doentes não podem fazer. No caso da hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, liberando o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos, e controlando a pressão arterial e mantendo o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 111 mil pacientes fazem diálise e a estimativa é que mais de 30 mil novas pessoas passem a precisar do tratamento todos os anos.

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Cadastro de doadores de medula óssea em PE cresce 173% em cinco anos

O esforço em sensibilizar a população sobre a importância de ser um doador de medula óssea tem se refletido ao longo dos últimos anos. A prova disso é que de 2013 a 2017, o número de cadastros na Hemorrede Pública de Pernambuco passou de 3.811 para 10.413 doadores. O quantitativo representa uma ampliação de 173% nos registros de pessoas interessadas em doar medula em caso de compatibilidade. No ano passado, o Hemocentro (HC) Recife registrou 6.148 novos possíveis doadores, enquanto as unidades captadoras da Fundação Hemope no interior do Estado receberam 4.265 novos cadastros. As unidades hemoterápicas de Petrolina e Ouricuri, no Sertão pernambucano, tiveram o melhor desempenho, com 908 registros cada. "Todo o nosso esforço é para sensibilizar os possíveis doadores para que possamos ajudar de forma efetiva aqueles que estão esperando por um transplante. Com o aumento de campanhas externas, alcançamos variados espaços. A falta de conhecimento, os mitos que envolvem a doação de medula óssea e o preconceito de muitas pessoas precisam ser combatidos", pontua a assistente social Josiete Tavares, coordenadora do cadastramento de doadores de medula óssea do Hemocentro Recife. Outro fator que contribuiu para o aumento foi a flexibilização dos horários no processo de cadastro no Hemocentro Recife. "Atualmente, estamos disponíveis a atender qualquer pessoa que nos procure no hemocentro. Também trabalhamos com doadores de sangue que chegam na unidade. Incentivamos as pessoas para que elas também façam parte do banco de dados de doadores de medula óssea", explica a coordenadora. A unidade no Recife funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. Para informações das outras unidades espalhadas no Estado, basta ligar para o 0800.081.1535. Para ser um doador, o interessado, que deve ter entre 18 e 55 anos, pode procurar o hemocentro do seu Estado e agendar uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea. O voluntário irá assinar um termo de consentimento e preencher uma ficha com informações pessoais. Será retirada uma pequena quantidade de sangue (10 ml) do candidato a doador. É necessário apresentar um documento de identidade neste processo. O sangue do possível doador será analisado em laboratório para identificar características genéticas que vão ser cruzadas com dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade. Todos os dados são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Vale lembrar que o cadastro deve estar atualizado. "Temos muitas perdas porque o cadastro do possível doador está desatualizado e não conseguimos contactá-lo", ressalta Josiete. Os doadores podem atualizar as informações pessoais pelo site do Inca (Instituto Nacional do Câncer) ou através do e-mail redome@hemope.pe.gov.br. DADOS - Desde o primeiro transplante de medula óssea em Pernambuco, em 1999, já foram realizados 1.968 procedimentos no Estado. Em 2017, foram 225 procedimentos (187 em 2016 – crescimento de 20%). Em 18 anos de transplantes de medula óssea no Estado, 2015 registrou o maior número de procedimentos (233). (Governo do Estado de Pernambuco)

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Câncer de colo de útero mata 250 mil mulheres por ano

Responsável por mais de 250 mil mortes de mulheres por ano, o combate ao câncer de colo de útero por meio da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) é fruto de pesquisa da Dra. Luisa Lina Villa. O estudo despertou cientistas e pesquisadores de todo o mundo para essa importância e, por isso, a especialista ganhou o terceiro lugar do Prêmio Péter Murányi 2018. Indicada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a iniciativa acompanhou a resposta imunológica de 500 adolescentes vacinadas. Causador de infecções, verrugas genitais e câncer de pênis, o HPV é o principal responsável pelo desenvolvimento do câncer uterino em pacientes de diferentes faixas etárias. Devido a essa probabilidade, a vacina contra o vírus já faz parte do calendário obrigatório do Programa Nacional de Imunizações do Sistema Único de Saúde e é aplicada em meninas com idade entre 9 e 14 anos, e em meninos de 12 a 13 anos (até 2020 devem ampliar a campanha para os jovens a partir dos 9 anos). Para Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi, entidade organizadora da premiação, iniciativas desse tipo são essenciais para garantir a qualidade da vida. “Pesquisas como essa evidenciam o compromisso de nossos pesquisadores com o bem-estar dos brasileiros, principalmente com as gerações futuras. Esse trabalho também reforçou a força feminina na ciência, projetando o potencial das pesquisas promovidas em nosso país”, destaca. A contribuição da equipe brasileira, coordenada por Dra. Luísa Lina Villa, fez parte de um amplo estudo envolvendo voluntárias residentes em países como Estados Unidos, Finlândia, Noruega e Suécia. Com a atualização do valor, o prêmio total pago será de R$ 250 mil, montante dividido entre o vencedor (R$ 200 mil), segundo (R$ 30 mil) e terceiro lugares (R$ 20 mil). A entrega ocorrerá em abril, durante a festa de premiação. Recorde de inscrições Para esta edição, focada em saúde, a Fundação Péter Murányi recebeu 225 trabalhos, vindos de toda a América Latina. O número representa um recorde de inscritos em toda a história da premiação. Os finalistas foram avaliados por um júri composto por representes de entidades nacionais e internacionais ligadas à área de saúde, integrantes de universidades federais, estaduais e privadas, personalidades de renome e membros da sociedade. O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, com temas que se alternam a cada edição: Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação. A premiação conta com o apoio das seguintes entidades: ABC (Academia Brasileira de Ciências); Aciesp (Academia de Ciências do Estado de São Paulo); Aconbras (Associação dos Cônsules no Brasil); Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras); CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico); Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). SERVIÇO Prêmio Péter Murányi 2018 – Edição Saúde Fevereiro: realização do Júri, na qual escolhem o vencedor e as colocações (2º e 3º lugar) Abril: Cerimônia de entrega das premiações Informações: www.fundacaopetermuranyi.org.br

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Mitos e verdades sobre a doação de medula óssea

Os números de doadores de medula caíram em 2017. Essa queda tem impacto direto em pacientes que buscam o tratamento de doenças como a leucemia e o linfoma (cânceres no sangue). O Dr. Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador da área de Transplante de Medula Óssea (TMO), explica que a doação pode salvar vidas. “Os doadores voluntários, cada vez mais escassos, poderiam ajudar milhares de pacientes que esperam um transplante de medula” afirma o médico. A doação acontece de forma rápida. O voluntário faz um cadastro e, em cinco minutos, é coletado 5ML de sangue. O material é analisado para saber se é compatível com algum paciente e para excluir a possibilidade de doenças que poderiam ser transmitidas aos pacientes que recebem as doações. Quando há a compatibilidade, é feita a coleta da medula em ambiente seguro e com toda a assistência médica necessária ao doador. Apesar de simples, o Dr. Massumoto explica que as pessoas ainda têm dúvidas sobre a doação. Para esclarecer esses questionamentos e reforçar a importância da doação de medula, listamos alguns mitos e verdades sobre o tema. Confira! Qualquer pessoa pode fazer a doação – Mito. Apesar de ter poucas restrições, os doadores devem ser pessoas entre 18 e 55 anos idade que não tenham doenças infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico como Lúpus ou Diabetes tipo 1. Estar com seu cadastro atualizado ajuda para doação – Verdade. Para que as instituições que recebem o cadastro do doador possam entrar em contato quando aparecer um receptor para a medula, os dados precisam estar atualizados - endereço e telefones. O processo de doação é burocrático – Mito. É possível se cadastrar como doador nos hemocentros localizados em todos os Estados. O cadastro é feito no banco de doadores, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o órgão responsável por procurar voluntários compatíveis entre as pessoas cadastradas. Posso doar mais de uma vez – Verdade. A medula se regenera em 15 dias após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente que pode receber o transplante, a doação pode ser feita após esse período. O doação é dolorosa - Depende. O incômodo pode ser de leve a moderado. ​A medula do doador pode ser coletada por via óssea ou venosa. Quando coletada por via óssea, o doador é anestesiado e não sente nenhuma dor. Por via venosa ocorre apenas a punção da veia que fica próxima ao quadril e a inserção de uma agulha ligada a um equipamento de aférese (processadora celular). A doação só vale para minha cidade – Mito. O banco de dados dos doadores voluntários é universal. Caso não seja encontrado um doador no país em que o paciente está, há uma busca nos bancos de outros países. Caso seja encontrada uma medula compatível, é feita a coleta dela no pais de origem e o Governo de cada país pode transportá-la até o receptor. Posso voltar às atividades diárias rapidamente – Verdade. A recuperação ​é rápida. A recomendação médica são de três dias de repouso e, como a doação é prevista em lei, o doador pode se ausentar do trabalho no dia da doação e, dependendo do estado de recuperação do paciente, o atestado pode ser para três dias. “A informação é uma ferramenta importante para atrair novos doadores que podem salvar vidas”, finaliza o Dr. Massumoto.

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