Arquivos Algomais Saúde - Página 155 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Câncer de Pele ainda representa a maioria dos tumores malignos no país

Nesse mês de novembro são celebrados o Dia Nacional de Combate ao Câncer (27) e o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele (29). Esse último é o mais freqüente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Médicos explicam que a ocorrência do câncer de pele está relacionada à constituição étnica da população e com as localidades onde a incidência das radiações ultravioletas é maior. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência. Já o tipo melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. Enquanto que, na maioria dos tumores, lesões com menos de 1 cm são consideradas lesões pequenas, no melanoma uma lesão com 2 mm já é considerada localmente avançada. Igor Montenegro, oncologista da Oncoclínica Recife, explica que as lesões na pele devem ser investigadas levando em consideração a assimetria, a presença de bordas irregulares, dimensão e alteração na coloração. “Geralmente, o câncer de pele em estágio inicial não apresenta maiores sintomas, além da mudança de aparência, tamanho e cor de algum sinal na pele. Mas outras lesões como manchas e, às vezes, até coceira podem indicar ocorrência da doença.” O oncologista defende que a preocupação com a irradiação solar não deve acontecer apenas no verão, afinal, os danos do Sol na pele são cumulativos. “Os horários mais críticos à exposição são os de maior intensidade solar, geralmente entre 10h e 16h. O protetor solar deve ter fator 30, pelo menos, e deve ser colocado de 15 a 30 minutos antes da exposição solar, a fim de que possa ser formado um filme protetor sobre a pele. O mesmo deve ser reaplicado a cada duas horas”, explica. Montenegro afirma ainda que apesar de as pessoas de pele mais clara necessitarem de maior proteção, todas as pessoas se beneficiam do uso de filtro solar, pois ele age não apenas na proteção contra tumores de pele, mas também evita danos solares como envelhecimento precoce.

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Barriga saliente pode ser resultado da má postura

A época mais esperada pelos brasileiros está chegando: o verão! E com ele aquele desejo profundo de se livrar de uma vez por todas da barriga saliente! Algumas pessoas, apesar da dieta e da prática de exercícios, não conseguem se ver livre do excesso de volume na região abdominal e a explicação pode estar na postura! Isso mesmo, o modo como você anda ou se senta pode afetar muito o aspecto da sua barriga. “Uma boa postura tem um grande impacto na forma como trabalhamos a nossa musculatura abdominal. “Manter-se com o corpo ereto exige que nossos músculos estejam em equilíbrio, ou seja, nenhuma cadeia muscular pode ganhar a “guerra”, pois isto impede a correção postural. Quando este equilíbrio acontece, temos a impressão de que a barriga está mais reduzida, explica a fisioterapeuta especialista nos métodos RPG e Pilates, Walkiria Brunetti. “Quando a postura não é boa, é um sinal de que os músculos foram postos para “dormir” e estão “largados”. Se a pessoa já tem alguma adiposidade nessa região, certamente parecerá maior. Os músculos ficam encurtados e o quadril se projeta para frente, o que dá a impressão de que a barriga está maior do que realmente é”, explica Walkiria. A boa postura de volta Além de manter os bons hábitos, como uma alimentação saudável e praticar atividade física, quem enfrenta o problema postural que afeta a região do abdômen pode apostar no RPG (Reeducação Postural Global). “O método alonga os músculos das cadeiais anterior e posterior do corpo de maneira global, fazendo com que o quadril volte para a sua posição neutra e, por meio desse reequilíbrio muscular, o abdominal que estava projetado para frente irá se recolocar”, comenta a especialista. Depois que a postura é corrigida, é importante manter uma atividade para fortalecimento muscular, como o Pilates. “A técnica é importante para fortalecer os músculos do CORE (abdomen, glúteo, paravertebrais e assoalho pélvico), além de trazer inúmeros outros benefícios,”, diz Walkiria. Uma postura correta também é fundamental para quem pratica atividade física, pois a musculatura do core, além de segurar a coluna no lugar, ajuda a estabilizá-la, reduzindo as chances de lesão.

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Dia Mundial de Combate ao Diabetes ganha cirurgia bariátrica como aliada

Hoje, 14 de novembro, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, e na luta contra essa doença, o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou parecer favorável, no último dia 01 de novembro, que autoriza a realização da cirurgia bariátrica para diabéticos com obesidade leve. Agora, pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 30 e 34,9, podem se submeter ao procedimento para tratar a diabetes do tipo 2. De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França essa decisão foi positiva para pacientes, que mesmo não tendo uma obesidade grave, já se submeteram a tratamentos clínicos com medicamentos e mudanças no estilo de vida e não conseguiram controlar ou sanar a doença. “ Agora, com a liberação da cirurgia da obesidade, isso pode ocorrer”, salienta. O parecer do CFM classifica a cirurgia como de alta complexidade, necessitando de equipes multidisciplinares experientes e hospitais de grande porte para a sua realização. Os métodos a serem utilizados são reconhecidos e estabelecidos há anos pelo CFM que são o by-pass gástrico e a gastrectomia vertical (Sleeve). Esse novo parecer restringe a operação para abusadores de álcool, pacientes dependentes químicos, depressivos graves com ou sem ideação suicida e também para pessoas com doenças mentais e que sejam aconselhadas pelo psiquiatra a não realizar o procedimento. Sobre a Diabetes- Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. A grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2. A Diabetes Tipo 1 tem como principais sintomas sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento. A Diabetes Tipo 2 se destaca pela sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física.

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Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos

De acordo com as projeções da pesquisa Comission Antimicrobial Resistence (AMR), as mortes anuais relacionadas a casos de doenças resistentes aos antibióticos poderão chegar, em 2050, a 10 milhões e a um custo de US$ 100 trilhões. De olho nesse alerta, a Rede D’Or promove campanha educativa em seus 4 hospitais (Esperança Recife, Esperança Olinda, São Marcos e Memoria São José)durante a Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos. Segundo o infectologista Dr. Moacir Jucá, o assunto é de extrema importância, pois se atingiu um ponto em que os antibióticos não conseguem combater algumas bactérias. Esses medicamentos já perdem a batalha para dezessete microrganismos multirresistentes, causando, nos Estados Unidos, por exemplo, mais mortes que a AIDS. “O uso racional dos antimicrobianos deve ser feito agora, pois não é mais possível ignorar um problema de tamanha seriedade”, diz Jucá. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trata a questão como uma ameaça real à saúde pública e teme que infecções comuns e pequenos ferimentos voltem a matar. Prescrições inadequadas de antibióticos estão contribuindo para a formação de bactérias cada vez mais resistentes ao tratamento e são responsáveis pela morte de várias pessoas todos os anos. A orientação e uso racional de antibióticos busca prevenir a inadequação da prescrição das diversas formas: na indicação de uso, na escolha do antimicrobiano, na dose, na posologia, na via escolhida, na restrição do tempo de uso do antimicrobiano. Dr. Jucá mostra como a discussão sobre o tema é relevante e informa que, de acordo com informações compiladas pelo CDC dos Estados Unidos, cerca de 20% a 50% dos antibióticos prescritos em hospitais são ou desnecessários ou foram prescritos incorretamente. Segue orientações da campanha : Não compre antibióticos sem receita médica, mesmo que você já tenha tomado este medicamento antes para combater algum sintoma parecido; Não insista com o seu médico para prescrever antibiótico; Respeite a prescrição médica ao tomar o antibiótico (dose exata e, impreterivelmente, no horário correto); Complete todo o tratamento com o antibiótico mesmo que se sinta melhor após os primeiros dias, já que a interrupção pode fazer com que as bactérias criem resistência ao medicamento; Antibióticos não são indicados para resfriados, gripe e nem para a maioria das infecções de garganta e ouvido, pois são causadas por vírus. Se fizer uso deles só prejudica a sua saúde; Não tome sobras de antibióticos; Não tome antibióticos baseando-se em tratamentos feitos por outra pessoa ou indicados por vizinhos e parentes.

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Encontro sobre a Síndrome de Ménière

A síndrome de Ménière, também chamada de hidropsia endolinfática e muito confundida por labirintite, será o tema de um bate-papo promovido pela Dra Lívia Nolêto, especialista em doenças do labirinto, eletrofisiologia da audição e zumbido, pela USP, nesta sexta-feira (10), às 14h, na Unionco do Espinheiro. O evento é gratuito. O encontro, que conta ainda com a presença de nutricionista e psicólogo, acontece uma vez ao ano e tem a intenção de criar uma rede apoio multifuncional a estes pacientes que apresentam sintomas como zumbido, tontura, vertigem e perda auditiva. A síndrome de Ménière acarreta uma distensão do compartimento onde fica armazenada a endolinfa, o líquido do labirinto, e causa um aumento da pressão do líquido dentro do ouvido interno. Por isso ele é muito confundido com labirintite. Serviço Encontro Síndrome de Ménière Hoje (10 de novembro), 14h Unionco - Rua Manoel de Carvalho, 94 | Espinheiro

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Os cuidados com a saúde auditiva

Ouvir é uma das experiências sensoriais mais importantes para as pessoas, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda auditiva é a deficiência mais comum em todo o mundo. No Brasil cerca de 15 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência auditiva, seja ela total ou parcial. O problema é que a maioria das pessoas com perda auditiva espera até sete anos após o diagnóstico para procurar tratamento, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, ignorando o fato de que quanto mais rápido o diagnóstico, menor o prejuízo na audição. Muitas vezes, a dificuldade em vencer o preconceito na hora de usar o aparelho auditivo é maior do que o desejo de cura. Ter uma audição perfeita faz parte de uma boa saúde, porém as pessoas esquecem que para isto é preciso tomar algumas medidas que previnam problemas com este sentido. É mais comum a realização de ‘check-ups’ médicos para avaliar outras partes do corpo humano, como o coração e visão, mas o cuidado com a audição na está entre as prioridades de muita gente. E essa indiferença com os ouvidos pode se transformar em um prejuízo grave para a saúde auditiva. Normalmente, as pessoas são vítimas dos males causados pelo barulho do dia a dia sem nem perceber, já que há algum tipo de barulho em toda parte. De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia, cerca de 35% das perdas auditivas são consequência da exposição desses ruídos diários. “A verdade é que quando detectado algum prejuízo auditivo, este é considerado irreversível. Por isso a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar problemas ou para detectá-los precocemente e assim iniciar o tratamento de reabilitação auditiva”, explica Aline Magalhães, fonoaudióloga da Menthel, licenciada exclusiva da Siemens em Pernambuco. Problemas auditivos podem acontecer em qualquer idade e apresentar vários graus de comprometimento. Entre as causas, a questão genética, a exposição constante a ruídos intensos, trauma ou choque acústico, além da idade avançada e da perda auditiva condutiva, originada por algumas doenças. Hábitos simples, cultivados desde cedo, contribuem para prevenir o problema. “Evitar a exposição à poluição sonora, controlar o uso de aparelhos de som e fones de ouvido, observar se está tendo dificuldades para ouvir, são recomendações que ajudam a evitar problemas auditivos, além da frequência regular a um médico especialista”, comenta a fonoaudióloga É importante realizar exames auditivos com frequência e não esperar para cuidar da audição apenas quando perceber algum incômodo. No caso de pessoas que já estão com a audição comprometida, o tratamento através do aparelho auditivo é indicado para qualquer grau de perda auditiva. “É importante que ele seja colocado assim que for identificado o déficit auditivo para que haja uma estimulação neural e essa perda não progrida de maneira rápida”, conclui Aline

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Conheça dicas de alimentação e exercícios para viver bem com o diabetes

A informação é fundamental para quem tem diabetes, especialmente quando ela está ligada ao estilo de vida da pessoa e ao controle do diabetes. O nível de glicemia – quantidade de açúcar no sangue – por exemplo, pode ser afetado de maneira positiva ou negativa de acordo com a alimentação e os exercícios físicos praticados pela pessoa. Por isso, a nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo, dá dicas de alimentação e atividades físicas que podem auxiliar a pessoa com diabetes a viver bem. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Alguns alimentos podem afetar os níves de glicemia1, por isso é importante entender como eles agem no nosso organismo: Carboidratos ricos em fibras e amido, como pão integral ou cereais integrais são transformados em açúcares e absorvidos mais lentamente, ajudando a manter seu nível glicêmico mais estável ao longo do dia. Alimentos açucarados, como refrigerantes, sucos e doces, são absorvidos rapidamente e isso faz com que sua glicemia aumente na mesma velocidade. Inclua diariamente cinco porções de frutas e verduras com as refeições ou lanches para obter fibras, vitaminas e minerais. Consuma diversas carnes, peixes e alternativas de proteínas como tofu e, sempre que possível, escolha opções com gordura reduzida. Beba leite com gordura reduzida e consuma laticínios como iogurte, que contêm cálcio, bom para a saúde dos dentes e ossos. Limite sua ingestão de gorduras, açúcares e sal. Não elimine as gorduras completamente, mas consuma o mínimo possível. Utilize ervas em vez de sal como tempero e reduza o açúcar sempre que puder. Consuma menos alimentos ricos em gordura saturada. Eles foram ligados a níveis elevados de colesterol, o que pode resultar em ganho de peso e aumentar seu risco de doenças cardiovasculares. Reduza o excesso de sal, porque ele pode elevar sua pressão arterial. PREPARO FÍSICO Além de se alimentar bem, manter o preparo físico por meio de exercícios regulares é um ótimo modo de controlar o diabetes2-3, contribuindo também para: Tonificar os músculos para torná-los mais sensíveis à insulina. Utilizar toda a energia e reduzir os níveis de glicemia. Manter ou atingir um peso saudável. Aliviar o estresse. Aumentar a capacidade pulmonar e a quantidade de oxigênio na corrente sanguínea. Ajudar a reduzir seus níveis de colesterol e pressão arterial, o que por sua vez diminui os riscos de doenças cardiovasculares. Melhorar a circulação sanguínea em todo o corpo, reduzindo o risco de doença arterial, que pode causar angina, infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. “É importante lembrar que é fundamental ter o acompanhamento de um médico e de profissionais de saúde como o nutricionista e o preparador físico para que a gestão do diabetes seja realizada de maneira mais completa e saudável de acordo com o perfil e as necessidades de cada pessoa”, explica Patrícia.

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PE é 2º no Brasil em transplantes de coração pelo 3º trimestre consecutivo

O ano de 2017 tem sido de boas notícias para a área de transplantes de órgãos e tecidos em Pernambuco. Pelo terceiro trimestre consecutivo, o Estado está no primeiro lugar do Norte e Nordeste e segundo no Brasil no número de procedimentos de coração. O dado foi divulgado nesta semana pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Entre janeiro e setembro, foram 43 pacientes transplantados, número que já supera em 13% o total de transplantes realizados durante todo o ano de 2016. Apesar da alta, no mesmo período, seis pacientes morreram em fila de espera aguardando esse órgão. “A ABTO afirma neste último balanço que se o Brasil mantiver o ritmo atual, é possível considerar a retomada das doações e transplantes no país. Nós concordamos com a afirmação e garantimos que o Governo de Pernambuco tem tratado do assunto como uma das prioridades na área da saúde. Mas também precisamos chamar a atenção de todos os pernambucanos para esse tema. Só há doação quando um familiar exerce o seu direito de doar o órgão ou tecido do seu ente querido. Por isso a importância de conversarmos e tirarmos todas as dúvidas sobre o assunto ainda em vida, além de já externarmos nosso desejo de ser doador”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes. Além de coração, Pernambuco também é segundo no Brasil em transplantes de medula óssea, com 162 pacientes beneficiados nos primeiros nove meses do ano. “A doação de medula óssea ocorre em vida e para ser doador é preciso estar cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. O cadastro é feito no Hemope e a doação pode beneficiar um paciente com compatibilidade de qualquer Estado do Brasil, ou até mesmo de outros países. Importante lembrar que a doação de medula não traz nenhum risco à saúde do doador, que tem sua medula totalmente restaurada em poucos dias após o procedimento”, reforça Noemy. MAIS DADOS – Pernambuco ainda é primeiro lugar no Norte e Nordeste em transplantes de rim (282), pâncreas (6) e córnea (773). De janeiro a setembro, o Estado totalizou 1.376 transplantes de órgãos e tecidos. Em relação aos doadores, foram 141, sendo 101 do sexo masculino e 40 do sexo feminino. Pernambuco ainda teve um aumento de doadores por milhão de população (pmp). Em 2016, o número era de 15 doadores por milhão de população. Em 2017, o quantitativo está em 20 pmp. Na fila de espera, há 1.032 pacientes. Desses, 792 aguardam um rim, 136 córnea, 80 fígado, 16 medula óssea, 7 coração e 1 rim/pâncreas. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Microbiota intestinal é fundamental na saúde e na doença

Sem os microrganismos que compõem a microbiota intestinal o ser humano não poderia sobreviver, porque são fundamentais para a conversão dos componentes indigeríveis, regulação energética, síntese de vitaminas, produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), proteção contra patógenos e modulação do sistema imune. Cada ser humano tem uma microbiota intestinal única, como uma impressão digital, que se forma a partir do nascimento, ganha características específicas de acordo com o tipo de parto e o tempo de amamentação, e permanece inalterada ao longo da vida. Entretanto, fatores como idade, uso excessivo de antibióticos, estresse e, especialmente, alimentação, podem interferir na qualidade da microbiota, com consequências na saúde. As bactérias intestinais contêm uma ampla variedade de enzimas e produzem substâncias que tanto podem ser benéficas quanto prejudiciais ao organismo. Algumas espécies de microrganismos intestinais possuem ação protetora sobre o trato gastrointestinal humano por meio do controle no desenvolvimento de bactérias nocivas e da ação protetora contra infecções. Por outro lado, existem bactérias ‘patogênicas oportunistas’ que não agem prejudicialmente quando a saúde está em ordem, manifestando a sua patogenicidade quando a resistência imunológica diminui. A microbiota intestinal é relativamente estável em indivíduos sadios, mas pode sofrer alterações pela condição fisiológica, emocional, ingestão de medicamentos e interação das bactérias intestinais. Padrões anormais de microbiota podem ser vistos nas anomalias de peristaltismos intestinais, câncer ou pós-cirurgias, bem como em distúrbios gastrointestinais, gastrohepáticos, anemia perniciosa, radioterapias, estresse, imunodeficiências, ingestão de antibióticos ou em processos de envelhecimento. A alimentação desbalanceada, rica em gorduras e pobre em fibras, resulta na presença elevada de metabólitos preferidos pelas bactérias nocivas presentes no intestino. O aumento excessivo das bactérias nocivas provoca um desequilíbrio na microbiota intestinal e uma elevação na concentração de toxinas circulantes do organismo, o que pode afetar a saúde e desencadear até o temido câncer. As pesquisas sobre a microbiota intestinal são realizadas desde o século 19 e cientistas de várias partes do mundo – inclusive do Brasil – têm investigado de que maneira esse microscópico ambiente pode interferir em inúmeras situações de saúde e doença. As técnicas desenvolvidas na área da biologia molecular têm sido amplamente utilizadas para esses estudos, o que amplia as possibilidades de pesquisas. Já existem muitas comprovações sobre a relação dos microrganismos intestinais e a saúde, que incluem desde a prevenção e auxílio nos tratamentos de doenças intestinais – como constipação e diarreia – até importantes efeitos sobre o sistema imunológico. Alguns estudos também indicam que a microbiota intestinal pode influenciar o perfil de risco cardiometabólico e, cada vez mais, tem sido demonstrado que tem relação com enfermidades como diabetes e obesidade. Mais recentemente, os cientistas passaram a investigar o eixo microbiota-intestino-cérebro e estão tentando compreender essa relação com o surgimento de transtornos mentais como depressão, ansiedade, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e até mesmo o autismo. Há consenso de que os alimentos com probióticos possuem um número suficiente de microrganismos vivos capazes de sobreviver ao trânsito gastrointestinal e chegar em grande quantidade para colonizar a microbiota natural do intestino, onde exercem um efeito protetor no metabolismo humano. Os probióticos também têm sido considerados fortes aliados na manutenção da saúde, porque controlam o crescimento das bactérias nocivas e promovem a estabilização do ambiente intestinal. Um dos microrganismos mais estudados no mundo é o Lactobacillus casei Shirota, isolado em 1930 pelo cientista japonês Minoru Shirota e utilizado nos leites fermentados da Yakult. No Instituto Central Yakult, localizado em Kunitachi, Tóquio, são realizados intensivos estudos para investigar a microbiota intestinal com objetivo de avaliar o relacionamento com a fisiologia humana. Entre muitas comprovações, há estudos que demonstram que o probiótico L. casei Shirota também possui ação positiva no combate a substâncias cancerígenas e na defesa imunológica do organismo. Para que o sistema de defesa seja forte o suficiente é preciso que o organismo esteja sadio e, para isso, o sistema digestório deve funcionar perfeitamente. É neste sentido que o probiótico L. casei Shirota pode contribuir para a saúde de todas as pessoas.

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Coçar os olhos na infância pode levar ao desenvolvimento do ceratocone

Esse péssimo hábito pode até ser gostoso, mas é um verdadeiro perigo para a saúde dos olhos. A fricção continua dos olhos, com o passar do tempo, pode levar ao desenvolvimento do ceratocone, uma doença degenerativa que atinge a córnea, que se deforma e ganha um formato de cone, daí o nome “ceratocone”. A forma cônica da córnea leva ao astigmatismo irregular, com grande impacto da acuidade visual. A deformação da córnea leva à dificuldade de focar as imagens, levando aos principais sintomas do ceratocone: visão embaçada e distorcida. Para quem sofre com a doença, ler ou reconhecer pessoas pode ser uma missão quase impossível. Porém, na fase inicial, o ceratocone pode passar despercebido e ser diagnosticado como miopia ou astigmatismo, de acordo com aoftalmologista pediátrica e neuroftalmologista, Dra. Marcela Barreira. “A prevalência estimada do ceratocone é de aproximadamente 50 a 230 casos a cada 100 mil habitantes. Embora relativamente rara, o ceratocone é uma doença de longa duração que se inicia na pré-adolescência. Há um impacto importante na visão e, consequentemente, na qualidade de vida do paciente”, diz a oftalmologista. Origem ligada à fricção contínua dos olhos “Um dos fatores mais importantes na origem do ceratocone é a frequente fricção dos olhos (ato de coçar os olhos). Este hábito gera traumas repetitivos que resulta em alterações expressivas na córnea”, comenta Dra. Marcela. Acredita-se que coçar os olhos regularmente pode liberar substâncias inflamatórias que alteram o colágeno da córnea, levando à deformação. “A prevalência de doenças alérgicas como a asma, eczema e alergia ocular é maior em pacientes com ceratocone. Por isso, pais de crianças alérgicas devem ficar atentos, já que nessa população o ato de coçar os olhos é comum e frequente. Também há uma ligação importante entre a síndrome de Down e o ceratocone”, diz a médica. Correção de grau contínua chama atenção O grande problema do ceratocone é que nos estágios precoces os sintomas são os mesmos de qualquer outro erro refrativo, como miopia, astigmatismo e hipermetropia. O que pode ser interpretado como um sinal de alerta é a necessidade frequente de correção do grau ou ainda a diminuição da tolerância do uso de lentes de contato. “Nos estágios iniciais, se o médico não solicitar exames específicos, como a topografia de córnea, não é possível fazer o diagnóstico. Mas, com o passar do tempo, o astigmatismo se torna irregular (formato da córnea é muito desigual), sendo, portanto, um forte indício da presença do ceratocone”, diz Dra. Marcela. Quando o ceratocone é clinicamente evidente, há diminuição importante da acuidade visual, tanto para perto quanto para longe, associado à miopia e/ou astigmatismo, sensibilidade à luz (fotobobia), cansaço visual, coceira, irritação e desconforto ocular. Alguns pacientes podem ainda ter visão dupla (diplopia), poliopia (percepção de várias imagens de um mesmo objeto), além de feixes de luz e distorção dos reflexos em volta da luz. Dos óculos à cirurgia A doença costuma progredir por aproximadamente seis anos. Quando a córnea já está bastante deformada, apenas o transplante de córnea é capaz de recuperar a visão. Porém, antes do transplante, são usadas algumas técnicas para diminuir a progressão da doença ou estabilizar a curvatura da córnea, como o cross-linking. “O cross-linking é um tratamento pouco invasivo e seguro, que se baseia no uso de gotas de riboflavina, um dos tipos de vitamina B. A riboflavina é pingada nos olhos, para, depois, ser usado um feixe de luz UV”, explica Dra. Marcela.  O ultravioleta promove a ligação da vitamina com o colágeno da córnea, fortalecendo-a. Com isso, consegue-se fixar a córnea no formato em que ela se encontra naquele momento. Prevenir é sempre melhor “Além de levar a criança para uma avaliação com um oftalmopediatra, os pais devem ficar de olho nos maus hábitos. Coçar os olhos pode levar ao ceratocone, assim como a outros problemas oculares. Nem crianças nem adultos devem fazer isso. Outro ponto é monitorar as crianças alérgicas e que apresentam quadros crônicos de alergia ocular”, alerta a especialista. Quanto a hereditariedade, os estudos mostram que apenas 10% dos casos são hereditários. Portanto, pais com ceratocone também devem consultar um oftalmologista pediátrico para avaliar a criança.

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