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Wearables: tecnologia a favor do fitness e wellness

Transforme sua rotina com a revolução dos wearables. O avanço tecnológico está remodelando o cenário do Fitness e do Wellness. Descubra como os dispositivos vestíveis estão transformando vidas e o que esperar até 2025. O que são wearables e como eles impactam sua saúde? Os wearables, ou dispositivos vestíveis, já não são mais uma tendência do futuro, mas uma realidade consolidada no presente. Estes aparelhos, como smartwatches, pulseiras fitness e até roupas inteligentes, ajudam a monitorar indicadores de saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de estresse. Para Henrique Pimentel, especialista em inovação tecnológica, os wearables não são apenas gadgets: “Esses dispositivos estão transformando a forma como cuidamos da nossa saúde, integrando tecnologia de ponta com um propósito claro: melhorar a qualidade de vida.” Cenário atual Com mais de 1 bilhão de wearables vendidos em 2023, o mercado vive um crescimento exponencial. Segundo um relatório da Statista, o setor movimentou aproximadamente US$ 81,5 bilhões este ano. O principal motivo desse boom? A crescente preocupação com bem-estar e performance. Os dispositivos não só monitoram dados, mas também oferecem insights personalizados. Por exemplo: Henrique Pimentel comenta: “A personalização é a chave. Cada dado coletado é uma oportunidade para ajudar o usuário a alcançar metas específicas, seja emagrecimento, ganho de massa muscular ou redução do estresse.” Projeções para 2025 Até 2025, espera-se que os wearables estejam ainda mais integrados ao ecossistema de saúde. Aqui estão algumas previsões: Henrique Pimentel prevê: “No futuro, wearables estarão integrados ao sistema de saúde pública, ajudando a prevenir doenças e reduzir custos hospitalares.” Como escolher o wearable ideal Defina seus objetivos: precisa monitorar treinos, saúde ou ambas? Considere a compatibilidade: o dispositivo deve funcionar bem com o seu smartphone ou plataforma preferida. Verifique a durabilidade da bateria: ideal para quem pratica esportes intensos ou longos. Busque funções específicas: detecção de estresse, ECG ou GPS integrado, dependendo de suas necessidades. Leia avaliações: plataformas como o TechRadar oferecem análises detalhadas. Os wearables estão moldando uma nova era no cuidado com a saúde. Mais do que ferramentas tecnológicas, são aliados no caminho para um estilo de vida mais saudável e equilibrado. “A união entre tecnologia e saúde nunca foi tão poderosa. A revolução dos wearables apenas começou, e seu impacto será ainda maior nos próximos anos,” conclui Henrique Pimentel. Quer melhorar seu bem-estar? Aposte em um wearable e experimente a revolução da tecnologia ao seu alcance. Henrique Pimentel é especialista em inovação tecnológica @hdgpimentel Manter o peso perdido é um desafio para os pacientes, diz especialista O reganho de quilos precisa ser compreendido com base na ciência para ser enfrentado com eficiência Manter o peso após o emagrecimento é tão desafiador quanto perder os quilos a mais na balança. Por isso, o reganho de peso não pode ser assunto tabu e precisa ser discutido com informação responsável. Mas, afinal, por que é tão difícil manter o peso perdido? Vários fatores colaboram para esse fenômeno. Um deles encontra explicação em nosso cérebro. Lá dentro, o hipotálamo entende que perder peso é algo ruim do ponto de vista da sobrevivência, pois a gordura é sinônimo de energia. Logo, se a pessoa perde energia, corre o risco de morrer.A partir desse mecanismo, o que o hipotálamo faz? Vai fazer de tudo para trazer de volta o peso corporal mais próximo ao peso máximo que a pessoa já teve na vida. Além disso, também é importante destacar que quando perdemos peso em um curto espaço de tempo, existe um aumento da fome em torno de quase cem calorias por quilo de peso. Essa engrenagem funciona em qualquer método de emagrecimento.  Mas na cirurgia bariátrica acontece algo diferente. O aumento da fome é registrado também, mas ao invés de cem calorias por quilo de peso, o aumento da fome vai ser de trinta calorias por quilo de peso. A bariátrica proporciona a regulação da ação do hipotálamo em obrigar nosso corpo a buscar o peso máximo. Por isso a intervenção é considerada mais eficaz, seja do ponto de vista do peso perdido ou da manutenção dele. “Importante entender esse conceito porque muitas pessoas ainda veem a cirurgia de forma equivocada. Para elas, a fome e a vontade de comer são as mesmas de antes da cirurgia, mas existe uma barreira pela diminuição do tamanho do estômago. Isso não é verdade. Com a bariátrica, passa a existir também impacto dos hormônios no cérebro, o que é fundamental para entender a eficácia da cirurgia. Porque a intervenção não é só voltada à mudança na anatomia do trato digestivo. Há mudanças hormonais, metabólicas, entre outras”, explica a cirurgiã Luciana Siqueira. A médica reforça, ainda, que nenhum estudo demonstrou que essa adaptação buscada pelo hipotálamo se dissipou com o tempo. Ou seja, o corpo sempre vai tentar retornar ao peso máximo. O alerta também vale para o “combo” falta de exercício físico, ansiedade e compulsão alimentar, considerado de alto risco para o paciente que perdeu peso. “É preciso entender que o exercício físico diminui a ansiedade, pois libera endorfina e ajuda a reduzir a vontade de comer”, completa a médica. O debate, diz Luciana Siqueira, é importante para evitar a culpabilização das pessoas em processo de enfrentamento da obesidade e a armadilha de métodos “milagrosos” de emagrecimento. Luciana Siqueira é cirurgiã bariátrica. @dralusiqueira | https://bariatricarecife.blog.br Minha dose de saúde para 2025 é... Minha dose de saúde para 2025 é focar, principalmente, nas caminhadas. Nelas, além de realizar a prática de uma atividade física, consigo me conectar comigo mesma e com a natureza.  Estou sempre buscando lugares que tragam paisagens naturais para caminhar.  Seja na praia, quando estou em viagens ou feriados, seja nos parques que hoje a cidade do Recife oferece.  Como moradora de Casa Forte, uso muito os equipamentos próximos, como o Parque Santana e o novíssimo Parque do Poço.  Acho uma delícia caminhar por lá quando chega a tardezinha. 2025 promete muitas transformações e estou em busca, sempre, do que se transforma para o bem e para minha evolução pessoal e profissional.  Sei que na

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Pilates: caminho para equilíbrio físico e mental

Pilates: Equilíbrio para o corpo e a mente
Você sabia que o Pilates pode transformar sua saúde? A fisioterapeuta e profissional de educação física Michelle Dias destaca que a prática regular ajuda a melhorar a postura, fortalecer os músculos e aliviar o estresse. Uma rotina mais equilibrada para o físico e o mental é possível!
Confira na Revista Algomais como o Pilates pode ser seu aliado na reabilitação e no bem-estar.

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Novembro Azul e a Desigualdade no Acesso à Saúde

Diversos fatores contribuem para que muitos homens não tenham a oportunidade de realizar exames em tempo hábil   O Novembro Azul é uma campanha global voltada para a conscientização sobre a saúde masculina, com ênfase na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Apesar de sua relevância, o movimento expõe uma questão urgente e muitas vezes negligenciada: as desigualdades no acesso à saúde entre diferentes grupos sociais, econômicos e raciais. A doença é o tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, e seu diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. No entanto, a acessibilidade ao diagnóstico precoce no Brasil apresenta grandes desigualdades, e diversos fatores contribuem para que muitos homens não tenham a oportunidade de realizar exames em tempo hábil. “O Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece exames gratuitos, muitas vezes não consegue atender a todos os homens de forma eficaz, devido à sobrecarga de serviços e à escassez de recursos em algumas regiões do país, especialmente nas áreas mais periféricas e rurais, o que pode levar a um diagnóstico tardio”, informa a médica de família e comunidade e coordenadora do curso da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão, Rita Hoffmann. De acordo com a médica, a resistência cultural é uma barreira significativa. Muitos homens, especialmente em faixas etárias mais avançadas, evitam realizar exames de rotina devido ao estigma associado ao câncer de próstata. “Existe uma falta de informação sobre a importância da detecção precoce e o medo de diagnósticos negativos, o que resulta em um adiamento ou até mesmo na recusa dos exames. A desinformação também se reflete em muitas campanhas de conscientização que, em alguns casos, não alcançam todos os grupos de homens, ou são mal compreendidas. A falta de uma abordagem mais inclusiva e direcionada para populações de diferentes classes sociais, idades e regiões torna difícil alcançar todos que precisam de orientação”, fala. Após o diagnóstico do câncer de próstata, as disparidades no acesso ao tratamento e ao cuidado de qualidade continuam a ser um desafio significativo. Embora o diagnóstico precoce seja um passo crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento, as desigualdades de acesso a serviços de saúde de qualidade se mantêm, impactando diretamente a evolução da doença e as opções terapêuticas disponíveis para os pacientes. “As principais razões para a persistência dessas disparidades incluem a desigualdade no acesso ao tratamento especializado (pois a disparidade na distribuição de especialistas, continua a ser um problema em algumas regiões do Brasil), a falta de um acompanhamento contínuo e de longo prazo, (essencial para monitorar a evolução da doença e prevenir recorrência) e fatores culturais e sociais”, revela a coordenadora do curso da Afya Jaboatão. O Novembro Azul é uma campanha de conscientização sobre o câncer de próstata e a saúde do homem, e oferece uma oportunidade importante para promover a educação e igualdade no acesso à saúde. Mas os esforços para combater as desigualdades no sistema de saúde precisam ser contínuos. “Para garantir que todos os homens, independentemente de sua classe social tenham acesso a cuidados de saúde adequados, várias ações precisam ser implementadas de forma contínua, e todos os cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde de forma universal e equitativa. No Brasil, isso significa reforçar e ampliar a infraestrutura do SUS, para que os serviços de saúde, incluindo os exames preventivos para o câncer de próstata, estejam disponíveis e acessíveis à população”, completa Rita Hoffmann.      

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SBD alerta pais sobre sintomas de diabetes tipo 1 em crianças

Sem diagnóstico precoce, muitas crianças com DM1 acabam entrando em cetoacidose e precisam de internação, correndo risco de vida O Brasil ocupa a terceira posição mundial em casos de diabetes tipo 1, que afeta principalmente crianças e adolescentes. A doença crônica, também conhecida como Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), é caracterizada pela destruição das células B do pâncreas, levando à deficiência de insulina e ao aumento dos níveis de glicose no sangue. Apesar de altamente prevalente, muitos casos só são diagnosticados em estágio avançado, quando a criança entra em cetoacidose diabética, uma condição que pode levar à morte ou sequelas graves. Dados indicam que a prevalência de diabetes tipo 1 em crianças aumentou 14 vezes nos últimos 10 anos no Brasil, sem explicações claras para essa mudança. Estima-se que a DM1 acometa entre 5% e 10% dos 20 milhões de brasileiros com diabetes, sendo a segunda doença crônica mais comum na infância, atrás apenas da asma. Especialistas apontam que a falta de conscientização sobre os sintomas iniciais, como sede excessiva, aumento da frequência urinária, cansaço e perda de peso, dificulta o diagnóstico precoce. A campanha da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), lançada neste mês do Dia Mundial do Diabetes, busca mudar essa realidade. Segundo Raphael Liberatore Junior, professor de Endocrinologia Pediátrica e membro da SBD, “o grau máximo de descompensação da doença é o estado de cetoacidose diabética, situação na qual a criança corre grande risco de morte ou de ter graves sequelas”. Ele reforça que identificar os sinais iniciais pode evitar internações e salvar vidas. Por isso, neste mês quando é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, a SBD lança campanha para alertar os pais sobre os sinais precoces através de vídeos disponibilizados nas redes sociais, aulas para leigos e presença na mídia escrita e por vídeo, que são os seguintes: “Se os pais conseguirem identificar o problema precocemente, evitaremos muitas internações e sequelas para os pacientes”, diz Liberatore Junior. “Quanto mais gente conhecer os sintomas, como pais, avós, tios e babás, melhor.” Ele lembra que um projeto de extensão da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo fará o mesmo trabalho a fim de alertar os pais. Serviço: Para saber mais sobre os sintomas e as ações da campanha, acesse o site da Sociedade Brasileira de Diabetes (www.diabetes.org.br) ou siga as redes sociais da entidade.

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Hemobrás bate recorde na coleta de plasma e reduz descarte em 90%

Meta superada e menor índice de descarte destacam avanço no fornecimento de hemoderivados A Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) alcançou um marco histórico em 2024, superando a meta anual de coleta de plasma com 160,9 mil litros captados até outubro, um aumento de 7,2% em relação a 2023. A expectativa é de fechar o ano com 200 mil litros, fortalecendo a produção de medicamentos hemoderivados no Brasil. A presidente da empresa, Ana Paula Menezes, destacou: "As conquistas da Hemobrás refletem o compromisso da empresa com a saúde pública e com o Sistema Único de Saúde (SUS), nosso único cliente." Outro avanço significativo foi a redução do índice de descarte de plasma. Antes, cerca de 30% do plasma captado era inutilizado devido a problemas de transporte e triagem; agora, essa taxa caiu para 3%. Melissa Papaléo, gerente da Hemobrás, atribuiu a conquista à otimização de processos: "Os resultados refletem o empenho conjunto e continuado que busca ampliar a busca ativa por mais plasma em hemocentros de todas as regiões do país." A parceria com a Octapharma foi essencial para o sucesso logístico. Um dos destaques foi a adoção de caixas de papelão para transporte, reduzindo perdas e garantindo maior aproveitamento do material. Esse plasma excedente, originado de doações voluntárias, é transformado em medicamentos vitais, como imunoglobulinas e fatores de coagulação, utilizados para tratar hemofilia, imunodeficiências e outras condições graves. A Hemobrás também fortaleceu a Hemorrede brasileira, qualificando 61 hemocentros para envio de plasma e estabelecendo metas de ampliação e requalificação desses serviços. Com investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a empresa prevê aumentar a capacidade de coleta e armazenamento, beneficiando mais brasileiros com medicamentos de alta qualidade. Saiba mais:O plasma é um componente essencial do sangue e a base de medicamentos hemoderivados. Doações voluntárias são separadas em hemocentros, e o excedente, que não é usado para transfusões, segue para o beneficiamento industrial. Esses medicamentos atendem a pacientes em situações críticas, como cirurgias complexas e tratamentos de doenças crônicas.

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Novembro Azul: o combate ao diabetes e a luta contra a obesidade

Em 20 anos, 75% dos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso Manoel Ribeiro tinha 54 anos quando começou a tratar o diabetes. O representante comercial pernambucano pesava 131 quilos, não fazia atividades físicas e tinha péssimos hábitos alimentares. Hoje, três anos depois e 30 quilos a menos, ele se exercita diariamente, faz tratamento medicamentoso para manter as taxas de glicose normalizadas e agora possui dieta saudável.  Seu Manoel é um entre as 828 milhões de pessoas no mundo com o diagnóstico, segundo a mais recente publicação da revista científica “The Lancet”, com base em estudo feito pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa estima haver 22 milhões de diabéticos no Brasil e, dentre eles, cerca de 5 milhões desconhecem que vivem com a condição. Os analistas apontam que a obesidade e a má alimentação são os principais fatores para o aumento da doença em escala global. Aqui no país, estima-se que 75% dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso em 20 anos. “Toda obesidade um dia foi sobrepeso. Na verdade, são espectros da mesma doença. Ninguém se torna obeso do dia para a noite”, provoca a endocrinologista Karina Santos. Com mais de 13 anos de experiência na especialidade, o principal foco de atuação da médica  tem sido em obesidade e sobrepeso, identificando padrões alimentares disfuncionais e os diversos fatores e comportamentos que influenciam no surgimento e no tratamento desses males. “A obesidade é uma doença crônica, que pode reduzir a expectativa de vida de oito a dez anos. Aumenta o risco não apenas do diabetes, mas também da hipertensão, doenças do coração (como angina e infarto), acidente vascular cerebral (AVC), além de diversos tipos de câncer”, orienta. CONSCIENTIZAÇÃO - Durante o Novembro Azul, mês de conscientização sobre o diabetes, entidades médicas lembram que a detecção precoce e a consulta médica são essenciais para prevenir o avanço da doença, que age silenciosamente no nosso corpo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), o Brasil é o 6º país com mais casos de diabetes no mundo e cerca de 70% dos pacientes só descobrem depois que surgem complicações (danos de nervos e artérias, o que favorece infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A pré-diabetes, estágio clínico que antecede a diabetes tipo 2, pode já ter atingido mais de 17 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com dados da 10ª edição do Atlas da IDF. “Quanto antes se inicia o tratamento, maiores as chances de bons resultados em longo prazo. Isso porque seu cérebro ‘grava’ o peso máximo alcançado na vida como seu peso normal e ele vai desenvolver mecanismos para que você sempre volte a esse estágio da balança. Além de ficar de olho nos números, é fundamental prestar atenção a padrões alimentares disfuncionais, como o comer emocional, fissura por doces, dificuldade de saciedade, que devem ser tratados assim que surgirem. Não se pode esperar a obesidade para buscar ajuda profissional”, alerta a endocrinologista. Você sabe a diferença entre os tipos de diabetes? Tipo 1 - O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. É resultante da destruição autoimune das células produtoras desse hormônio. O diagnóstico do tipo 1 acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias. Tipo 2 - Nesse caso, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. Gestacional - Durante a gravidez, a mulher passa por mudanças hormonais. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. Então, o pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar. Em algumas mulheres, contudo, o processo não acontece e elas desenvolvem o diabetes gestacional, aumentando o nível de glicose no sangue. Pré-diabetes - O termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos e hipertensos estão no grupo de alto risco. O perigo é que 50% dos pacientes nesse estágio ‘pré’ vão desenvolver a doença, além de se tornarem propensos a infarto e derrames. Karina Santos é médica endocrinologista @karinasantosendocrino Rio Doce Beneficente: futebol e solidariedade reúnem artistas, políticos, ex-jogadores e sociedade olindense No dia 7 de dezembro, o Estádio Grito da República, em Olinda, será palco do Rio Doce Beneficente, uma partida de futebol solidária que reúne amigos, políticos, artistas e ex-jogadores em prol de uma boa causa. O evento começa às 13h e a entrada é 1 kg de alimento, que será doado às instituições carentes da região. Organizada por amigos do professor Lupércio e de Gledson Ricca, a partida tradicional busca união esportiva e solidariedade, além de celebrar o espírito de união e amizade no final de ano. Gledson Ricca, um dos organizadores do evento, comenta: “O Rio Doce Beneficente não é só uma partida de futebol; é um encontro que reflete a união e a vontade de ajudar. O mais importante é ver as pessoas contribuindo e se divertindo por uma causa maior", diz Gledson A confraternização de final de ano já se tornou um marco em Olinda, trazendo emoção dentro e fora do campo. Em 2024, o Rio Doce Beneficente reúne os amigos do professor Lupércio e de Gledson Ricca, além de artistas e ex-jogadores que, de forma voluntária, se juntam para um dia de muito futebol e solidariedade. A animação será garantida pelo grupo de pagode Reconkista, que se apresentará ao longo do evento para envolver o público em um clima festivo e descontraído. A partida será composta por dois tempos especiais, criados a partir dos amigos de Lupércio e Gledson. Para o público, além de assistir a um jogo cheio de emoções, o evento é uma oportunidade de contribuir com

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Fisioterapia: uma solução eficaz para dores crônicas e qualidade de vida

A fisioterapeuta Érica Feitosa afirma que o tratamento ajuda a aliviar dores e melhorar a função física em pacientes que enfrentam desconforto constante As dores crônicas impactam a vida de milhões ao redor do mundo, limitando a capacidade de realizar atividades cotidianas e comprometendo a saúde física e mental. No Brasil, pelo menos 37% da população enfrenta esse problema, o que representa cerca de 60 milhões de pessoas. A fisioterapia, contudo, tem se mostrado uma alternativa eficiente, proporcionando alívio duradouro e melhorias significativas na qualidade de vida desses pacientes. De acordo com a fisioterapeuta Érica Feitosa, as dores crônicas costumam afetar áreas como costas, pescoço, joelhos, ombros e articulações, resultantes de problemas como hérnias de disco, fibromialgia, lesões antigas e má postura. “A fisioterapia se destaca por sua abordagem multifacetada e personalizada, que busca não apenas aliviar a dor, mas também tratar as causas subjacentes”, explica Érica. Essa abordagem permite atuar na origem do problema, utilizando técnicas como exercícios terapêuticos, terapia manual e acupuntura para proporcionar um tratamento completo e de longo prazo. O tratamento fisioterapêutico oferece benefícios tangíveis, como alívio eficaz e duradouro da dor, fortalecimento muscular, correções posturais e maior mobilidade. Com isso, os pacientes podem retomar suas atividades cotidianas, profissionais e recreativas, com menos desconforto e maior funcionalidade. Essa recuperação da autonomia tem um impacto direto na qualidade de vida e no bem-estar geral. Para quem busca uma solução para dores crônicas, a fisioterapia pode ser um caminho valioso, aliando conhecimento técnico e métodos terapêuticos adaptados a cada caso. Com o acompanhamento de profissionais especializados, é possível reconquistar a qualidade de vida e retomar uma rotina mais ativa e saudável.

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Novembro Azul: estudos mostram que a prática do exercício físico reduz risco de câncer

Por Jademilson Silva O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns entre os homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. A boa notícia é que hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente, reduzem significativamente o risco de desenvolver a doença. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a prática de exercícios físicos tem um papel importante na prevenção, como revelam dois estudos recentes sobre o tema. Um estudo realizado na Suécia, publicado no British Journal of Sports Medicine e liderado pela pesquisadora Kate Bolam, revela que homens com um bom nível de condicionamento físico têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata do que aqueles com condicionamento físico inferior. A pesquisa analisou mais de 58 mil homens e reforçou a importância de um estilo de vida ativo ao longo da vida. Diagnóstico precoce: peça chave para o tratamento eficaz Apesar dos hábitos saudáveis ​​ajudarem na prevenção, o diagnóstico precoce ainda é fundamental para aumentar as chances de cura do câncer de próstata. O urologista Charles Kelson Aquino, destaca a importância da campanha Novembro Azul, que visa incentivar os homens a procurarem um médico para exames regulares e detectarem a doença nos estágios iniciais, quando ela for mais tratável. “Nos estágios iniciais, o câncer de próstata muitas vezes não apresenta sintomas evidentes. Por isso, a detecção precoce é tão importante”, alerta o urologista. "Aos poucos, os pacientes podem começar a apresentar sinais urinários, como diminuição da força do jato urinário, dificuldade para começar ou terminar de urinar, e idas frequentes ao banheiro, especialmente à noite. Caso o câncer seja mais avançado, podem surgir também dores ou sangue na urina", complementa. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens comecem a realizar exames preventivos a partir dos 50 anos. Para homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata, o início dos exames deve ocorrer aos 45 anos. O objetivo é detectar o câncer de próstata nas fases iniciais, quando as chances de um tratamento bem-sucedido são mais altas. Exames e tratamentos: opções para o diagnóstico e cura Os exames para diagnóstico do câncer de próstata são simples, mas precisam ser feitos periodicamente. “Os principais exames incluem o exame de toque retal, o exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico), ultrassonografia prostática e ressonância magnética”, explica o médico. "Se necessário, pode ser indicada uma biópsia prostática para confirmar o diagnóstico." O tratamento do câncer de próstata varia conforme o estágio da doença e o estado geral de saúde do paciente. As opções incluem cirurgia, radioterapia e tratamentos medicamentosos. “É fundamental que a escolha do tratamento seja feita em conjunto com o médico especialista, levando em consideração o estágio da doença e as preferências do paciente”, enfatiza o urologista. Embora o câncer de próstata seja uma condição grave, a detecção precoce e o tratamento adequado podem resultar em altas taxas de cura. O médico conclui: "É essencial que homens, especialmente aqueles que estão em grupos de risco, realizem exames regulares. O diagnóstico precoce é a chave para garantir uma vida longa e saudável." Hábitos de vida que ajudam na prevenção do câncer Adotar hábitos saudáveis ​auxilia na prevenção e controle da doença Todo homem precisa de Alimentação balanceada: inclui frutas, verduras, legumes e grãos integrais. Evite o consumo excessivo de alimentos processados ​​e gordurosos. Atividade física regular: pratique exercícios pelo menos 150 minutos por semana. A atividade física reduz o risco de várias doenças, inclusive o câncer. Controle do peso: manter o peso saudável é um fator importante na prevenção do câncer e outras doenças crônicas. Redução do álcool e do tabaco: evitar bebidas alcoólicas em excesso e não fumar pode reduzir o risco de desenvolvimento de câncer. Charles Kelson é médico urologista da Hapvida NotreDame Intermédica @charles_kelson @hapvida "Feijuca do Seu Cassi" completa 15 anos com amizade e solidariedade No próximo dia 23 de novembro, o Boteco da Praça, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, recebe a 15ª edição da Feijuca do Seu Cassi, evento beneficente organizado pelo personal trainer e empreendedor social Cassiano Vasconcelos. A tradicional confraternização, que começa às 10h30, é uma festa de solidariedade, arrecadando brinquedos e cestas básicas para crianças em situação de vulnerabilidade social. Ao longo de 15 anos, a Feijuca do Seu Cassi se consolidou como um encontro de amizade e generosidade, além de levar alegria para diversas crianças no Natal, reunindo alunos, ex-alunos, mundo fitness, empresários, empreendedores e artistas. Com uma história de 15 anos, a Feijuca do Seu Cassi se tornou um evento especial no calendário de Recife, combinando lazer e responsabilidade social. A iniciativa, criada pelo personal trainer Cassiano Vasconcelos, é uma oportunidade para reunir amigos, familiares e a comunidade, em uma festa onde todos os convidados fazem o bem. O evento arrecada brinquedos novos e cestas básicas, que serão doados a comunidades carentes. Cassiano Vasconcelos destaca que a Feijuca é mais do que uma festa: “A ideia sempre foi criar um evento em que todos pudessem se divertir, mas também ajudar. Ver a adesão das pessoas é inspirador; muitos participam desde as primeiras edições e trazem novos amigos para apoiar a causa. Nossa recompensa é ver o sorriso das crianças que recebem esses brinquedos”, disse ele. O Boteco da Praça, na charmosa Praça de Casa Forte, será o cenário para uma confraternização que inclui uma feijoada completa, música ao vivo e a chance de se reunir em um clima descontraído e familiar. Para participar, cada convidado é incentivado a levar um brinquedo e uma cesta básica, que serão destinados aos mais carentes. Além da comida e da música, o evento contará com surpresas para tornar a celebração ainda mais especial. “A Feijuca do Seu Cassi é sobre união, amizade e um Natal mais alegre para quem precisa. Esperamos que cada um possa contribuir e fazer parte desse momento especial”, ressalta Cassiano. Atrações confirmadas: Kaio Mad (Swingueira e Axé), Tonny Neto (Passinho, Sertanejo e Forró), Kid Rosa (Pop Rock), TaGostoZin (Pagode). Informações: @cassianovasconcelos @feijucadoseucassi Novembro

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Corra como uma mãe: oportunidade para fortalecer o corpo, a mente e encorajar outras mulheres

Mais da metade das mulheres em todo o mundo está desistindo ou parando completamente de se exercitar. Pelo menos foi o que levantou, em fevereiro, o estudo global Move Her Mind, da marca esportiva Asics. Entre as 25 mil pessoas entrevistadas online, todas disseram enfrentar barreiras, desde questões relacionadas ao tempo disponível (74%) e à baixa autoconfiança (35%). Quase dois terços (61%) das mães citaram a maternidade como o principal motivo pelo qual interromperam suas práticas de exercícios ou esportes, demonstrando o impacto que as responsabilidades de cuidado materno têm nos níveis de atividade das mulheres. É, minha gente, só uma mãe sabe como são grandes os desafios do maternar. Os nove meses de gestação passam por explosões hormonais, preocupação intermitente com a saúde do bebê, e, ao mesmo tempo, trazem o doce encantamento da espera por um filho, que não nos prepara para as tantas mudanças que estão por vir. Mas tem quem fuja das curvas estatísticas e faça sua própria história, como a redatora digital recifense Suellen Macedo, de 36 anos. A mãe de Joaquim, de 1 ano e 8 meses, e de Francisco, de apenas 2 meses, aderiu às corridas, mas, pense como é o esquema familiar! “Diariamente, somos só eu e meu marido em casa. Ele trabalha de home office e quando precisa visitar algum cliente, leva o mais velho à casa da minha sogra.  Minha mãe me ajuda sempre que pode também, mas no fim de semana, aí, cozinha frango, feijão, carne, para nos ajudar. Até minha avó nos manda almoço, algumas vezes”, explica. Enquanto o caçula ainda demanda muito nas mamadas, Suellen não tem ido à academia, mas, não se deu por vencida. “Meu personal passou um treino para eu fazer em casa. Faço todos os dias, e até ‘tô’ subindo as escadas do prédio (são 25 andares!), várias vezes, pra não ficar parada!”, acrescenta. E os benefícios foram notórios para a mamãe corredora. “Corri nas duas gestações. Na primeira, eu tava meio pra baixo, por causa dos hormônios e foram a corrida e os treinos que me ajudaram a levantar da cama e a ter disposição. Quando eu corria, melhorava 100% meu dia. Não tinha enjoos, não tinha enxaqueca, nem insônia. Mas foi nessa segunda gestação que eu estava mais focada. Fazia musculação quase todos os dias na semana, corria na rua, na esteira, fazia tiro e participei até de corrida nos morros”, conta Suellen. Segundo o profissional de Educação Física, Deco Nonato, toda mulher pode correr durante a gravidez, mas, é fundamental estar em concordância com os profissionais que a acompanham, especialmente o obstetra, para que possa praticar com segurança a atividade física. “Além disso, nada de se aventurar sem um profissional de Educação Física, para lhe monitorar e lhe ajudar a evoluir. Porque, à medida que a barriga cresce, o centro de gravidade e o equilíbrio mudam, por isso, o risco de queda é um pouco maior. Mas, sem dúvida, respeitando essa premissa, a mãe só tem a ganhar - correr estabiliza a frequência cardíaca, equilibra o peso, diminui o risco de diabetes gestacional, reduz estresse e ansiedade, melhora o sono e a saúde óssea”, enumera o especialista que atua em corridas há mais de 20 anos. No próximo dia 10 de novembro, Suellen Macedo volta a correr, pela primeira vez depois do nascimento de Chico, seu caçulinha. Ela vai participar da Cross Urbano CAIXA, na Arena Pernambuco. Será a quarta edição do evento no Grande Recife, depois de passar por Manaus e Teresina neste circuito 2024, que vai se encerrar em Fortaleza, no Ceará. A corrida é de 6Km e explora por completo o estádio que já foi palco da Copa do Mundo FIFA, oferecendo desafios únicos aos atletas. “Eles passam por túneis, rampas, passarelas, arquibancadas, dão volta olímpica ao redor do gramado, potencializando a prova de forma multidisciplinar. Acho que esse é o maior diferencial do nosso evento, atraindo a curiosidade dos participantes - sejam eles novatos ou experientes na modalidade”, explica Nonato, da Corpore Sano, que organiza o evento. Criado durante a Copa do Mundo de 2014, o Cross Urbano CAIXA transforma estádios pelo Brasil em verdadeiros playgrounds aeróbicos. É um evento esportivo para todas as idades. Os três primeiros classificados em cada faixa etária recebem premiações. Confira como funciona 16 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos, 40 a 44 anos, 45 a 49 anos, 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos e acima de 65 anos, tendo troféus e medalhas para os três primeiros colocados em cada categoria - masculino e feminino. Entenda os horários das largadas 7h - 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos e acima de 65 anos (masculino e feminino)      7:15 - 45 a 49 anos, 40 a 44 anos (masculino e feminino) 7h30 - 35 a 39 anos, 30 a 34 anos, 25 a 29 anos e 16 a 24 anos (masculino e feminino)   8h30 - Cerimônia de Premiação Como se inscrever As inscrições para esse grande desafio estão abertas até 5 de novembro e custam a partir de R$ 59,95. São feitas através do link na bio do perfil do Instagram @crossurbanocaixa ou pelo site www.crossurbanocaixa.esp.br, onde há outras informações para os atletas. A retirada dos kits será feita na loja Centauro do Shopping Recife, no dia 8 de novembro, das 12h30 às 20h30 e, no sábado (09/11), das 10h às 17h. O Cross Urbano CAIXA é patrocinado pela CAIXA e Governo Federal, além de contar com o apoio de parceiros. Organização e realização: Corpore Sano. Saiba mais: @sukamacedo | @decononato Invicto, pernambucano Matheus Evangelista, o Golden Boy, estreia no Jungle Fight, maior evento de MMA da América Latina O lutador pernambucano Matheus Evangelista de Souza, mais conhecido como Golden Boy, fará sua estreia no prestigiado evento de MMA Jungle Fight, que chega ao Recife pela primeira vez. Com 25 anos, 1,86 m de altura e 70 kg, Matheus representa a

Corra como uma mãe: oportunidade para fortalecer o corpo, a mente e encorajar outras mulheres Read More »

Mais de 300 mil casos de paradas cardíacas ocorrem por ano no Brasil

O cenário provoca preocupação no sistema de saúde e exige melhor capacitação dos profissionais. O treinamento com simulações têm se mostrado eficaz  No Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano, o que corresponde a cerca de 30% das mortes de brasileiros. Uma das consequências ocasionadas por essas doenças é a parada cardiorrespiratória, condição que acontece quando o coração para de bater ou não bate corretamente, fazendo com que o sangue não chegue a todos os órgãos do corpo. São mais de 300 mil casos de parada cardiorrespiratória por ano no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Conhecida também como parada cardíaca, é uma condição que representa uma situação de emergência, pois pode levar à morte em poucos minutos. Segundo Jorge Carvalho, médico e coordenador da clínica médica do Centro de Simulação (CSim) da Faculdade Pernambucana de Saúde, existem alguns sintomas que podem preceder esse quadro. “Dor forte no peito - que irradia para o abdômen ou costas - dor forte de cabeça, falta de ar ou dificuldade em respirar, visão turva ou embaçada, suores frios e palpitações”, detalha.  Estudo da American Heart Association (AHA) aponta que 90% das pessoas que sofrem paradas cardíacas morrem antes de chegar ao hospital, diante de uma emergência médica que pode ocorrer em qualquer lugar e momento. Cada minuto sem intervenção reduz a chance de sobrevivência em cerca de 10%. “Nesses casos, é de extrema importância iniciar a massagem cardíaca - com as mãos entrelaçadas entre os peitos e dois empurrões por segundo, com a vítima em uma superfície rígida e de barriga para cima - e chamar a ajuda médica o mais rápido possível”, orienta Jorge.  Para ele, é um cenário que, mesmo com todos os avanços, ainda apresenta muitos desafios no âmbito da saúde. “O desfecho de paradas cardíacas está aquém do desejado e ainda há muito despreparo profissional para lidar com esse tipo de situação”, completa. Importância da Simulação Por isso, o treinamento em simulação vem se destacando como uma ferramenta pedagógica essencial, além de contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à saúde. “Ao recriar cenários reais de atendimento, a simulação permite que os alunos e profissionais desenvolvam habilidades técnicas e comportamentais, preparando-os ainda mais para a prática profissional”, explica Brena Melo, médica e coordenadora acadêmica do CSim FPS. Ela conta que, antigamente, o treinamento do atendimento a paradas cardíacas era feito de maneira mais teórica e, quando havia prática, envolvia manequins básicos que não ofereciam feedback sobre a qualidade do procedimento, como a pressão das compressões torácicas, a ventilação ou o ritmo das manobras. “Isso deixava margem para erros, especialmente em momentos de emergência real, onde os profissionais enfrentam alta pressão e pouca margem para falhas”, acrescenta a profissional. Esse treinamento pôde evoluir significativamente com a simulação. No Centro de Simulação da FPS, por exemplo, já é possível aprimorar habilidades e técnicas de reanimação, como ressuscitação cardiopulmonar (RCP), que é um procedimento de emergência utilizado para salvar vidas em casos de parada cardíaca. “Tudo isso em um ambiente livre de riscos, onde os alunos e profissionais podem cometer erros e aprender com eles sem consequências graves, o que é vital para o aprimoramento de suas competências”, ressalta Brena.  Simulação em PE  Localizado no campus da Faculdade Pernambucana de Saúde, o Centro de Simulação (CSim), primeiro programa de simulação externo à Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, afiliado ao Centro de Simulação Realística (CSR) Albert Einstein (São Paulo), reproduz um ambiente real de hospital, com leitos, equipamentos, monitores, respirador e bomba de infusão. Manequins de alta fidelidade (ou robôs) são utilizados e atores de verdade ensaiam para replicar todos os sinais e sintomas de situações autênticas, que podem ser encontradas na prática profissional real. Sinais vitais também são programados em equipamentos reais para reagir, com auxílio da inteligência artificial, às ações do treinando, que pode repetir os procedimentos quantas vezes forem necessárias.

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