Arquivos Algomais Saúde - Página 35 de 160 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Andre Aquino

"Priorizar a saúde mental nos ajuda a ter maior capacidade de enfrentar desafios e passar por eles sem tanto sofrimento"

A epidemia da ansiedade é um dos enormes sintomas deixados pela pandemia no Brasil e no mundo. Sobre as raízes dos transtornos de ansiedade que cresceram muito nos últimos anos e quais os caminhos para enfrentá-los, o repórter Rafael Dantas conversou com o psiquiatra André Aquino, preceptor de Psiquiatria da Universidade Tiradentes (FITS) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. Nesta entrevista, ele aponta alguns aprendizados desse período difícil de enfrentamento à Covid-19 e fala também sobre o estresse que acomete a população nos períodos eleitorais. A pandemia nos deixou diante de um cenário de risco mais elevado de morte, o que evidentemente deve ter aumentado a ansiedade de toda a população. Neste momento em que a Covid-19 assusta menos a população, que "legados" ficaram para a saúde mental? O legado é de que devemos sempre contar com a imprevisibilidade da vida. Quem diria que enfrentaríamos tantas perdas, sejam econômicas e vidas há praticamente 2 anos e meio? Ninguém esperava. E com a pandemia, vimos que devemos estar bem hoje, e não depois. Que priorizar a saúde mental nos ajuda a termos maior capacidade de enfrentamento de desafios e passar por eles sem tantas dificuldades ou sofrimento. Que atitudes simples como meditar e praticar exercícios físicos regularmente são eficazes para elevarmos a sensação de bem-estar e previnir o adoecimento físico e mental. E que doença mental é realmente debilitante, pode acometer qualquer um de nós, mas tem tratamento eficaz tanto com sessões de psicoterapia como com uso de medicamentos. As dúvidas sobre o futuro do trabalho/emprego, em especial após toda a crise econômica que se acentuou com a pandemia, estão entre os principais geradores da ansiedade mais exacerbada? Certamente sim. Vimos vários postos de trabalho se extinguirem de uma hora para outra e serem ocupados por computadores, máquinas e demais tecnologias. Autoatendimento, serviços à distância e demais soluções tecnológicas tornaram possível a economia não paralisar completamente durante pandemia, mas mostrou que muitos empregos podem ser substituídos total ou parcialmente por computadores ou robôs. E essa situação de incerteza é causa de aumento da ansiedade a ponto de gerar sintomas mentais. Que outros problemas geradores da ansiedade principais o Sr apontaria? Podemos citar o consumo em excesso de substâncias neuroestimulantes como o café; acesso indiscriminado às redes sociais e demais mídias que nos expõe a um excesso de informações que alarmam e geram medo/ ansiedade e ambientes onde haja excesso de pressão e cobrança. É possível lidar de uma maneira melhor com a ansiedade? O que fazer para sofrer menos com ela e quando é necessário procurar um suporte profissional? A melhor maneira de lidar com a ansiedade é aprender a lidar com os pensamentos, no sentido de não se fusionar a eles e permitir que eles cheguem e vão embora; e voltar o foco para o presente, para aquilo que está sendo feito naquele exato momento. E isso pode ser aprendido através da meditação da atenção plena (do inglês, mindfulness). Mas, muitas vezes o nível de ansiedade está tão elevado e causando tanto sofrimento psíquico e prejuízo na funcionalidade da pessoa, que é preciso o auxílio de profissionais como psiquiatras e psicólogos para manejar os sintomas ansiosos. Estamos iniciando um processo eleitoral político que promete ser mais tenso, após anos de polarização que dividiu famílias e separou algumas amizades. A eleição deste ano é um fator a mais de ansiedade? Que orientação o Sr indica para lidar com isso? Sim, porque a eleição, como um processo de escolha dos novos governantes, os detentores do poder de determinar os rumos da nossa vida social, política e econômica, tem grande influência para aumentar a ansiedade, que nada mais é do que uma sensação de expectativa em relação ao futuro. E evitar discussões acaloradas na tentativa de convencer os outros a concordarem com nossa opinião política e respeitar a dos outros é a melhor forma de aumentarmos o nosso estresse e a nossa ansiedade neste ano eleitoral.

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Fundação Dom Cabral e Instituto SAB promovem Programa Basis II no Nordeste

O projeto Basis II, idealizado pela Fundação Dom Cabral em parceria com o Instituto SAB, abraça causas que tenham impacto social na saúde e bem-estar da população em todos os seus ciclos de vida. O programa selecionará doze iniciativas sociais na área da saúde, dos nove estados da Região Nordeste do país, através de um edital com inscrições gratuitas. No primeiro momento será feito um diagnóstico das participantes para analisar o seu funcionamento e suas necessidades. Em seguida, os seus gestores terão aulas e apoio dos professores para desenvolver seu plano de ação. “Para isso utilizamos a trilha de capacitação que dá suporte em diferentes áreas, na comunicação, nas finanças, na gestão das pessoas e na mobilização dos recursos financeiros, por exemplo”, explica Márcio Rabelo, professor associado da Fundação Dom Cabral. O Basis tem como finalidade valorizar e ajudar projetos sociais na área da saúde e bem-estar, mesmo que não sejam formalizadas, que impactam na saúde das pessoas de forma abrangente, englobando tudo o que faz diferença na sua qualidade de vida. “Utilizamos a expertise da Fundação Dom Cabral para orientar os gestores dessas organizações em todos os aspectos para que elas possam se desenvolver e se tornar autossuficientes”, conta Aurea Barros, superintendente executiva do Instituto SAB. Seu edital foi lançado no dia 20 de junho, em um evento que aconteceu na Fundação Casa de Jorge Amado, localizada no coração do Pelourinho, em Salvador, na Bahia, com uma palestra do historiador Leandro Karnal. Após a palestra, aconteceu uma roda de conversa para debater o cenário da saúde na Região Nordeste pós-pandemia com participação do Dr. João Aidar, diretor do Instituto SAB, Dr. Nivaldo Filgueiras Filho, vice-presidente da ABM e conselheiro da SBC, Márcio Didier, gestor da OSID, Sérgio Araújo Rabelo, diretor do Centro Social da FDC e Márcio Rabelo, orientador da FDC. Também aconteceu um mutirão realizado pelas Obras Sociais Irmã Dulce, que foi realizado das 8:00 às 12:00, no Pelourinho e ofereceu à comunidade local exames como medição de glicemia, aferição de pressão e cálculo do índice de massa corporal, IMC. Para mais informações acesse https://institutosab.org.br/basis/

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Como controlar o nervosismo na fala e não parecer um robô

Laila Wajntraub São Paulo, junho de 2022 - A comunicação é parte fundamental nas relações humanas, mas o nervosismo e a timidez podem atrapalhar a fala das pessoas, transformando esse processo simples em algo pouco natural e a ser superado. O fato é que, na vida, as pessoas sempre estão sujeitas a julgamentos e, com isso, algumas naturalmente se fecham em vez de tomar atitudes para enfrentar o problema. Por meio da comunicação, ações como essa se tornam transparentes. Demonstrar esse sentimento é importante para que consigamos quebrar barreiras e nos aproximar das pessoas em lugares como o trabalho, a escola ou a faculdade. O nervosismo é um sentimento intrínseco do ser humano, mas claro que uns se sentem mais pressionados do que outros. É normal ficar tenso em momentos importantes de nossas vidas. Mas, por meio de algumas atitudes, como exercícios respiratórios e o controle da saída de ar dos pulmões, é possível dominar esse nervosismo e usá-lo ao nosso favor em reuniões, apresentações e entrevistas. Tudo com o uso de uma comunicação simples e objetiva. A empatia é a chave para desbloquear uma comunicação humanizada, sendo que a prática levará a perfeição – logo, treinar o que procura expressar, entender o outro lado, passa a ser melhor do que ser introvertido e robotizado. Outra parte importante nesse processo é o autoconhecimento. A partir do momento em que uma pessoa fechada percebe que não está sozinha nessa realidade e começa a entender que faz parte de um grupo com outras milhares, existe uma abertura para buscar melhorar essas habilidades sociais. Por fim, vai uma dica de ouro: vale sempre apostar na simplicidade. Muitos preferem usar uma linguagem rebuscada em apresentações corporativas, por exemplo, o que acaba deixando o momento ainda mais nervoso. Por isso, o ideal é sempre atribuir simplicidade e clareza à fala. Aposte no básico. Seja objetivo. Se faça entender. Laila A. Wajntraub é fundadora e CEO do Clube da Fala, fonoaudióloga, professora de oratória, com uma vasta experiência com a identificação da comunicação agressiva e também não-violenta. 

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Milho

Milho: uma explosão de diversidade

Queridinho das festas juninas e um dos cereais mais nutritivos do mundo, o milho é um item versátil utilizado como alimento humano e ração animal devido às inúmeras fontes nutricionais presentes em sua composição, como carboidratos, proteínas, complexo de vitaminas B e minerais. O grão é matéria-prima para vários pratos da culinária brasileira, entre eles, cuscuz, mingau, pamonhas e polenta. Ele é usado também na indústria como componente para a fabricação de amido, azeite, biscoitos, pães, maionese, bebidas e combustíveis. Além disso, componentes funcionais vêm sendo descobertos na composição do milho e que começaram a ser identificados nos últimos cinco anos, são de grande importância para a dieta humana e capazes de atuar na prevenção de doenças cardiovasculares e degenerativas, como alguns tipos de câncer. O milho é uma cultura fundamental em todo o mundo, com grande relevância econômica, além de ser uma importante fonte de alimentação humana. Além de ser muito energético, o milho traz em sua composição vitaminas A e do complexo B, proteínas, gorduras, carboidratos, cálcio, ferro, fósforo e amido. As cascas dos grãos são ricas em fibras. O alimento apresenta carotenoides ligados à prevenção de algumas doenças degenerativas da visão, como a zeaxantina e a luteína, presentes em maior concentração na região macular da retina do olho, tendo como importância na prevenção da cegueira. Esses carotenoides estimulam o sistema imunológico e agem como antioxidantes. Existem algumas cultivares destinadas a programas de melhoramento genético com concentrações superiores de provitamina A, podendo assim colaborar nos programas de combate à deficiência de vitamina A, principal causa de cegueira em crianças no Brasil. Com isso, o consumo proporciona vários benefícios à saúde, principalmente pelo fato de que, ao contrário do arroz e do trigo, o milho conserva sua casca. A casca do milho é uma rica fonte de fibras, importantíssimas para a manutenção do ritmo intestinal. As fibras são de origem vegetal que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado de humanos, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso, agindo de forma benéfica em uma ou mais funções do corpo. Além disso, é rico em carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais. O óleo de milho contém em sua composição ácidos graxos insaturados que atuam na prevenção de doenças cardiovasculares. Há presença de tocoferóis, compostos biológicos que compõem o grupo da vitamina E, conhecida por suas propriedades antioxidantes. Atualmente, somente cerca de 15% da produção nacional se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos. Isto se deve principalmente à falta de informação sobre o milho e uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais. O milho não é apenas estrela das festas juninas, sob a forma de bolo de fubá, canjica e curau. Está nas pamonhas anunciadas por alto-falantes de carros nas ruas da cidade e comercializadas nos ranchos à beira das rodovias. Está na espiga cozida ou assada à venda nas praias. Está nas pipocas dos cinemas. Temos cuscuz (sendo uma ótima opção para desjejum, lanches da tarde). E, como grão, farinha, xarope ou óleo, entra na composição de alimentos industrializados. Existem diferentes tipos de milho, como o grão de pipoca. O grão estoura porque essa variedade contém mais água e tem uma casca mais resistente que as dos demais. Quando a semente é exposta ao calor, a água que está lá dentro vira vapor e se expande. Com tanta pressão, a casca acaba se rompendo. Já o amido do milho, ao entrar em contato com o ar, solidifica-se e vira a ‘espuma branca’. Os grãos que não estouram, conhecidos como piruás, ocorrem quando há furos ou rachaduras na casca do milho, fazendo com que o vapor escape e a casca não exploda; ou quando não se atinge a temperatura necessária, ou ainda quando o grão contém água demais ou de menos. Com o crescimento da produção agrícola brasileira, a partir de 1960 até o ano 2000, as regiões Sul, Sudeste e o Centro-oeste respondiam por aproximadamente 70% da oferta nacional do grão. Os fatores responsáveis por esta mudança na cadeia produtiva do milho são diversos: expansão da agricultura para o cerrado; busca por novas tecnologias pelos produtores; desenvolvimento de sementes mais adaptadas às condições climáticas de cada região; aquisição de equipamentos de melhor rendimento e desempenho; e criação de técnicas redutoras de perdas físicas e de qualidade. Seja na forma que for, o milho é uma opção saudável e econômica que pode ser aproveitada sem tanta culpa, principalmente nesta época do ano. *Júlia Paiva, professora de nutrição da Estácio e mestre em ciência e tecnologia de alimentos

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Novas variantes da Ômicron são detectadas no Nordeste

(Da Agência Brasil) O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan. O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like). De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas. A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

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Brasileiro demora 39 meses para procurar ajuda para depressão

Espera ocorre por falta de consciência de se tratar de uma doença (Da Agência Brasil) Brasileiros demoram, em média, 39 meses - ou seja, 3 anos e 3 meses - para procurar ajuda médica para tratamento de depressão. O dado faz parte de um levantamento realizado pelo Instituto Ipsos, a pedido da empresa farmacêutica Janssen, que ouviu 800 pessoas com ou sem relação com a depressão de 11 estados brasileiros. Apesar de os pensamentos suicidas terem incomodado cerca de 4 em cada 10 respondentes antes de buscar o diagnóstico, a demora em procurar ajuda especializada ocorreu, principalmente, pela falta de consciência de se tratar de uma doença (18%), por resistência (13%) e medo do julgamento, da reação dos outros ou vergonha (13%). Os dados foram apresentados em um workshop realizado na manhã de hoje (14), em São Paulo, onde especialistas no assunto falaram sobre a “Urgência da saúde mental: um outro olhar sobre a depressão”. Segundo a professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC Cintia de Azevedo Marques Périco, a demora na busca por tratamento para a depressão pode trazer sérias consequências ao paciente. “O agravamento dos sintomas, a diminuição da eficácia dos tratamentos, a perda de anos produtivos, o impacto econômico e a severa diminuição da produtividade, e ainda prejuízo em seu convívio familiar e social são consequências da doença. A depressão precisa ser levada à sério”, afirmou Cíntia que também é integrante da Comissão de Emergenciais Psiquiátricas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Dados da pesquisa demonstram ainda que há falta de entendimento das pessoas sobre a gravidade da doença e sobre seu impacto na vida do paciente e de todos ao seu redor. Apenas 10% acreditam que a depressão é uma doença com base biológica (e repercussões físicas no corpo). Outros 35% acham que a enfermidade não pode ser tratada com medicamento e 36% acreditam que, para superar a doença, é preciso força de vontade. Outro estudo recente, publicado na revista The Lancet, aponta que até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer sabem de seu diagnóstico. Emergência psiquiátricaAtualmente, a depressão é considerada uma emergência psiquiátrica devido a sua relação com casos de suicídios e tentativas de autoextermínio. Estudos apontam que cerca de 97% dos suicídios têm ligação com transtornos mentais, especialmente a depressão. Apenas no estado de São Paulo, o Corpo de Bombeiros contabiliza, em média, sete tentativas de suicídio diárias. “Esses números são ainda mais altos, pois não estamos levando em conta as ocorrências do Samu e da Política Militar. Em muitos casos, suicídios poderiam ser evitados se as pessoas tivessem um olhar mais humanizado, reconhecendo a depressão como um transtorno mental que precisa de atendimento urgente e especializado”, disse o major Diógenes Munhoz que trabalha na corporação há 22 anos e atuou diretamente em 57 ocorrências de tentativas de suicídio. O major é ainda idealizador da Técnica Humanizada de Abordagem a Tentativas de Suicídio admitida e usada em mais de 17 estados pelo Corpo de Bombeiros. Depressão resistente ao tratamentoEm todo o mundo, especialistas têm estudado o crescimento de casos de pacientes com depressão resistente ao tratamento (DRT). Isso ocorre quando não há resposta satisfatória para, pelo menos, dois tratamentos anteriores administrados em dose e tempo adequados. Em geral, esses pacientes também apresentam ideação suicida. A depressão resistente ao tratamento (DRT) é um transtorno que impacta cerca de 40% dos pacientes brasileiros, segundo dados do estudo observacional TRAL (Treatment-Resistant Depression in America Latina), realizado na América Latina com quase 1,5 mil pacientes. Estudos apontam que pacientes com depressão podem ter um custo direto de 30% a 250% superior aos dos pacientes sem o transtorno, em casos de DRT, esse custo pode ser ainda superior, chegando a um valor 400% maior. Durante o workshop, os especialistas destacaram um novo medicamento para os casos resistentes que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de 2019. De uso intranasal, o Spravato atua em uma nova via de neurotransmissores e deve ser aplicado em um ambiente hospitalar, segundo o professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Humberto Corrêa, que liderou a condução de um dos estudos com o medicamento no Brasil. “Pode ser um hospital dia, uma clínica de infusão ou um hospital propriamente. O paciente não tem acesso direto ao medicamento, não sai com uma receita do consultório para ir à farmácia comprar. É a instituição hospitalar que providencia o medicamento e o profissional de saúde aplica no paciente que volta para casa após a aplicação”. O Brasil é o quinto país com mais incidência de depressão no mundo, apresentando um número de casos superior ao de diabetes, segundo Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde. De 2011 a 2019, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) calculou um aumento de 167% na utilização de serviços relacionados à saúde mental.

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EndoRecife volta ao formato presencial na edição de 25 anos

Congresso regional de endocrinologia terá mais de 80 aulas em três dias Entre os dias 16 e 18 de junho, no Mar Hotel Conventions, será realizada a edição de 25 anos consecutivos de realização do EndoRecife, promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-PE). De volta ao formato presencial, depois de dois anos com versões em plataforma online, o congresso reúne endocrinologistas e profissionais de saúde de várias especialidades para debater novidades no diagnóstico, tratamento e pesquisas da área. O EndoRecife é um dos maiores congressos médicos regionais do país, coordenado pela endocrinologista Lúcia Cordeiro, presidente da regional da SBEM em Pernambuco, e sua diretoria. “Chegamos a uma data simbólica com a missão de inovar, mas mantendo a essência de um congresso com programação científica de qualidade, com temas da prática clínica e com atualizações. Em 25 anos, o congresso teve mais de 20 mil participantes, mais de 1.000 palestrantes e moderadores, mais de 500 mesas-redondas e conferências. O desafio é manter o interesse e a credibilidade do evento”, afirma a presidente. Durante três dias, temas como diabetes, metabolismo ósseo, disfunções da tireoide, transtornos endocrinológicos na gestação, tratamento da obesidade, reposição hormonal na menopausa, síndrome metabólica, neuroendócrino, entre outros, serão apresentados em mais de 80 aulas. A programação contará com médicos brasileiros e vários de destaque internacional, tais como Michel Tuttle (EUA), que vai mostrar as atualizações no manejo do câncer de tireoide avançado; Marc-André Cornier (EUA), que vai trazer os mais recentes estudos sobre dislipidemia; John Bilezikian (EUA), que fará conferência sobre hiperparatiroidismo; e Rury Holman (UK), pela primeira vez participando do evento para falar sobre o legado do importante estudo UKPDS, um marco nas pesquisas sobre diabetes desde a década de 90. O EndoRecife 2022 conta com mais de 100 trabalhos inscritos (temas livres), que passaram por avaliações de duas bancas para escolha dos melhores, para apresentação e premiação. Todos os finalistas serão publicados no Archives of Endocrinology and Metabolism, através da SBEM Nacional. Os melhores receberão o Prêmio Professor Ney Cavalcanti, em homenagem a este endocrinologista pernambucano de renome nacional, que receberá outra homenagem formal, na abertura do evento, junto com os também endocrinologistas Amélio Godoy (RJ), Marcos Tambascia (SP) e Renan Montenegro (CE), pelos relevantes serviços prestados à especialidade e à medicina brasileira. Entre as novidades, haverá o debate sobre a atuação do médico nos diversos meios de comunicação, esclarecendo os limites dentro da ética e o papel das instituições no controle. As inscrições são feitas pelo site www.endocrinologiape.com.br, onde pode ser conferida a extensa programação científica.

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Recife chega à marca de 4 milhões de doses de vacina contra covid-19 aplicadas

Atualmente, a cidade tem 86,76% da sua população a partir de 12 anos com o esquema vacinal completo (Da Prefeitura do Recife | Fotografia: Ikamahã - SESAU/PCR) O plano Recife Vacina alcançou um importante marco nesta semana: quatro milhões de doses dos imunizantes contra a covid-19 foram aplicadas na capital pernambucana. A cidade iniciou a imunização em janeiro de 2021 e, de lá pra cá, aplicou um total de 4.006.334 vacinas anticovid, entre primeiras e segundas doses, além da primeira dose de reforço (terceira dose) e segunda dose adicional (quarta dose). Atualmente, a cidade tem 86,76% da sua população a partir de 12 anos com o esquema vacinal completo e 61,59% com ao menos um reforço. Já entre as crianças de 5 a 11 anos, 66,30% receberam pelo menos uma dose e 35,67% estão com o esquema completo. Desde o dia 19 de janeiro de 2021, quando o Plano Recife Vacina foi iniciado, a cidade se esforçou para vacinar a população todos os dias. Isso está sendo possível porque o município conta um esquema de vacinação totalmente digital, que permite cadastro e agendamento online, por meio do Conecta Recife. Dessa forma, a capital pernambucana consegue fazer o uso racional das doses e ter controle sobre a quantidade que é aplicada diariamente e do número de agendamentos realizados, evitando o desperdício de vacinas, paralisação do serviço e aglomeração nos pontos de imunização. Os imunizantes são oferecidos em 36 pontos de vacinação, entre drives-thru, centros de vacinação e unidades de saúde. Para receber a dose, é necessário fazer cadastro e agendamento através do site https://conectarecife.recife.pe.gov.br/ ou aplicativo do Conecta Recife. Para além dos pontos fixos espalhados pela capital, desde agosto de 2021 a Prefeitura do Recife também começou a levar doses das vacinas para dentro das comunidades, com o objetivo de ampliar o acesso e a cobertura vacinal da campanha contra a covid-19. A PCR também ofertou a vacinação em cinco shoppings da cidade e promoveu ações de estímulo como o Carro da Vacina, Caldinho da Vacina e Parquinho da Vacina, voltado para as crianças.

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Dia Nacional da Imunização: Entenda a necessidade e a importância das vacinas

Com a pandemia por Covid-19, a importância da vacinação se tornou mais evidente no Brasil A imunização é uma das principais formas de prevenir doenças, por meio dela, o corpo fica protegido de vírus e bactérias que afetam seriamente o ser humano, podendo levar à morte. Por isso, no dia 9 de junho, é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Imunização. Nesta semana, o Ministério da Saúde liberou a quarta dose da vacina contra a Covid-19 a todos que tiverem mais de 50 anos e a profissionais de saúde. A dose pode ser aplicada quatro meses depois da última injeção. Na história recente do país – e também de todo o mundo – nunca a imunização foi tão desejada e valorizada, já que, nos tempos atuais, o mundo atravessa uma pandemia por Covid-19. Agora, o anúncio do Ministério ocorre em meio ao aumento no número de casos registrado já há cerca de um mês em todo o país De acordo com o biomédico e Presidente do Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região (CRBM2) Dr. Djair Lima, a vacinação é a forma mais eficaz de se proteger contra uma série de doenças e principalmente a Covid-19. ‘‘A vacinação é a melhor maneira de proteger você e a sua família de uma variedade de doenças que podem ser muito graves. Graças a vacinação houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas. É importante saber que toda a vacina licenciada passou por uma série de avaliações e a sua segurança é garantida’’, explica. No Brasil, há um Calendário Nacional de Vacinações, que foi instituído através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. O intuito é manter um leque de vacinas anualmente para proteger pessoas de todas as idades. São ofertados gratuitamente mais de 40 diferentes imunobiológicos para a população. Ainda segundo o biomédico, é necessário seguir o calendário de vacinação para evitar que doenças possam se disseminar. ‘‘Muita gente hoje passa a vida sem conhecer alguém que teve difteria, tétano ou poliomielite. Se hoje você consegue se prevenir de doenças como Covid-19, gripe, febre amarela, sarampo e rubéola é graças às vacinas. Mas para que essa proteção seja eficaz é preciso seguir o calendário de vacinação, pois quanto mais pessoas vacinadas, menor o risco da doença se disseminar’’, alerta. Baixo índice de cobertura vacinal De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização, o Brasil tem registrado índices insatisfatórios de cobertura vacinal para algumas enfermidades, como a poliomielite. Dados da entidade apontam que, antes mesmo do Covid-19, a cobertura vacinal para a poliomielite estava em 80%, sendo que o ideal é 95%. O Dr. Djair Lima alerta sobre a importância de manter a carteira de vacinação em dia. ‘‘Periodicamente os estados e municípios promovem campanhas específicas, focando grupos mais vulneráveis. Quando há campanhas, tem vacinação até em estação do metrô. É importante manter sempre a carteira de vacinação em dia, pois muitas das doenças preveníveis são gravíssimas e podem deixar sequelas para o resto da vida. Não vale a pena correr o risco’’, finaliza.

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Quase 50% precisaram ajustar orçamento para não perder plano de saúde

Pesquisa é da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Da Agência Brasil) Pesquisa da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) mostra que 47% dos entrevistados tiveram que ajustar o orçamento em 2021 para não perder o plano de saúde. O levantamento, que ouviu mais de mil pessoas em todo o país, revela ainda que 83% das pessoas têm medo de perder o plano. A pesquisa foi feita no último mês de abril com 1.012 pessoas, de 16 anos ou mais, responsáveis pelas principais decisões do domicílio. As entrevistas foram realizadas por telefone. “O medo de perder o acesso [ao plano de saúde] pode ser motivado pelo aumento das taxas de desemprego ao longo da pandemia de covid-19”, destacou o presidente da Anab e idealizador do estudo, Alessandro Acayaba de Toledo. De acordo com ele, a portabilidade é uma das saídas para quem precisa reduzir o custo com o plano de saúde, mas sem perdê-lo. “É direito do beneficiário. O interesse pela portabilidade aumentou 12,5% de acordo com a ANS [Agência Nacional de Saúde]. Em alguns casos, foi possível reduzir em 40% os custos com a saúde”, ressaltou Toledo. Segundo o levantamento, entre os que não têm plano de saúde, 83% consideraram que ele é necessário. Dos entrevistados que são usuários exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS), 68% precisaram de algum tipo de atendimento médico em 2021, mas relataram dificuldade no acesso. Para 88% das pessoas ouvidas, a necessidade de assistência médica permaneceu a mesma ou aumentou durante a pandemia. A pesquisa mostrou ainda que um em cada quatro pessoas disse que precisou buscar mais ajuda médica após o início da pandemia de covid-19.

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