Arquivos Algomais Saúde - Página 40 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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País recebe 1,8 milhão de doses pediátricas da Pfizer na segunda-feira

Da Agência Brasil O Ministério da Saúde recebe na segunda-feira (31) um novo lote de vacinas pediátricas da Pfizer/BioNTech contra a covid-19. A entrega estava prevista para o dia 3 de fevereiro, mas foi antecipada. Segundo o ministério, o novo lote terá 1,8 milhão de doses da vacina. O voo chega no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e os imunizantes serão então distribuídos aos estados. Até este momento, o Ministério da Saúde já recebeu 4,2 milhões de doses da vacina específica para o público de 5 a 11 anos. Assim como para adultos, a imunização completa prevê duas doses, com intervalo de oito semanas entre elas. A dose pediátrica é diferente da vacina que é aplicada em adultos: a cor do frasco é laranja e a dosagem é menor.  

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Covid-19: vacina 100% brasileira está em fase final de desenvolvimento

Da Agência Brasil A vacina da AstraZeneca, fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com todos os insumos produzidos no Brasil, está em fase final de desenvolvimento. A previsão da Fiocruz é que os primeiros lotes sejam entregues em fevereiro ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. O imunizante é resultado de contrato de transferência tecnológica entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Os primeiros lotes produzidos no Brasil pela fundação usaram ingrediente farmacêutico ativo (IFA) enviado pela China. A necessidade de adquirir o IFA na China fez com que a entrega de imunizantes da AstraZeneca pela Fiocruz sofresse atrasos no ano passado. Tal situação evidenciou a importância de se concretizar a capacidade de produção do IFA no Brasil. O contrato previa que as equipes da Fiocruz adquirissem o conhecimento necessário para produzir no Brasil o IFA, principal insumo da vacina. A fundação montou as estruturas de produção e realizou testes até iniciar a produção do IFA. Após atrasos no cronograma, a Fiocruz está concluindo o processo de desenvolvimento da vacina totalmente nacional. O IFA é formado por vírus e células. O método de fabricação da vacina envolve o adenovírus, tecnicamente classificado como “vetor viral não replicante”. Após a produção dos elementos necessários para a fabricação da vacina, as células são induzidas em um processo de multiplicação e, em seguida, de purificação. Com isso, a produção do IFA é concluída. Ele é congelado e, depois, descongelado para finalizar a fabricação da vacina com a inclusão de componentes que vão auxiliar a estabilização do imunizante. O processo seguinte é o envase do produto nos frascos, que são esterilizados para receber o líquido da vacina, que é transferido do local onde fica armazenado (tanques de aço inox). O último procedimento é a transformação do líquido em uma espécie de pastilha, processo chamado de liofilização. Os frascos são fechados efetivamente com tampa e lacre. São retiradas amostras para análise de qualidade. Feito o controle de qualidade e atestada a garantia da segurança e eficácia, conforme o previsto e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os frascos recebem rótulos, são embalados e enviados ao Ministério da Saúde, que faz a distribuição em acordo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

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Teste positivo ou atestado? Advogados esclarecem dúvidas sobre licença médica na pandemia

A pessoa que testa positivo para Covid-19 deve ser imediatamente isolada e, consequentemente, afastada do local de trabalho, sendo assintomática ou não. O exame é suficiente como comprovação para o funcionário não comparecer à empresa, de acordo com os especialistas em Direito do Trabalho João Galamba e Bruno Félix, do escritório Galamba Félix Advogados. Porém, o cenário é diferente para o trabalho home office. Segundo Félix, neste caso de trabalho em casa, para uma pessoa que testou positivo, mas está em condições de exercer suas atividades, o funcionário só pode ser dispensado com atestado médico. Somente o teste positivo não é suficiente para a dispensa. “Se a atividade for compatível com o trabalho home office e as condições físicas permitirem que ele execute as funções de forma remota, sem prejuízo da sua capacidade física, isso atestado pelo médico, ele pode trabalhar em casa”, explicou. No caso do presencial, o teste sem atestado é considerado documento comprobatório para dispensa, de acordo com novas regras emitidas pelo Ministério da Saúde. Mas, quem determina o período de afastamento é o médico. “O Ministério da Saúde recomenda pausa de 5, 7 ou 10 dias. O trabalhador que tiver os primeiros sintomas deve comunicar ao empregador para não ter prejuízo para a empresa e buscar imediatamente os testes oferecidos. Munido do teste positivo, é recomendado que entre em contato com um médico, que é competente para afastar ou não um funcionário, e determinará a quantidade de dias que o profissional deverá ser afastado. Tem a orientação do Ministério da Saúde, mas se o médico determinar afastamento de 15 dias, por exemplo, a empresa deve acatar”, acrescentou Galamba. Vacina obrigatória? Outra dúvida muito comum sobre o assunto é a questão da vacinação. As empresas devem obrigar a vacinação dos colaboradores? “Os tribunais já têm decisões no sentido de que, se tiver um regulamento interno determinando a vacinação, o funcionário não pode recusar, a não ser por recomendação médica. Se não for justificada essa não vacinação, o funcionário pode ser advertido, suspenso ou até demitido por justa causa”, concluiu Félix.

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Automedicação de remédios para febre acende alerta de especialistas

O aumento dos casos de gripe, covid e até mesmo reações adversas da vacina contra o coronavírus, têm gerado uma procura por medicamentos contra febre e dor, entre eles o paracetamol. A demanda é tanta que levou o Ministério da Saúde a emitir um aviso sobre o uso correto do medicamento, em especial em crianças e bebês, acendendo também um alerta sobre a automedicação. A farmacêutica Daniela Leandro, do Hospital Jayme da Fonte, ressalta a importância de o uso de qualquer remédio ser feito após indicação de um especialista. No caso do paracetamol, por exemplo, a Anvisa destacou sobre os riscos da dose incorreta, que pode levar a hepatite medicamentosa ou até mesmo a morte. No informe divulgado no final de 2021, a Anvisa lembra, ainda, que é importante que as recomendações descritas em bula sobre dose máxima diária de paracetamol e o intervalo entre as doses seja seguida para cada faixa etária. “O uso de qualquer medicamento exige conhecimento sobre a sua prescrição. Por isso, é fundamental que adultos jamais façam uso da automedicação e também não administrem remédios em crianças sem a orientação do médico”, alerta a profissional.

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Especialista explica sobre as máscaras que melhor evitam a transmissão da ômicron

No mundo todo, a ômicron vem causando um tsunami dos novos casos de covid-19. Com o progresso da vacinação em diversas regiões, as taxas de letalidade são claramente mais baixas em relação ao ano passado. Entretanto, por conta da sua alta capacidade de transmissão, os sistemas de saúde já estão sobrecarregados, em diversas regiões do Brasil. E a previsão é que os índices de contágio permaneçam crescendo nas próximas semanas. Nesse contexto, as máscaras de alta proteção são grandes aliadas na tentativa de escapar do vírus. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, indicou que as máscaras N95/PFF2 são as mais eficazes na proteção contra a covid-19. A proteção chega a ser 75 vezes maior do que a proporcionada por máscaras cirúrgicas. Os pesquisadores usaram modelos computacionais para simular a interação por 20 minutos entre uma pessoa infectada e uma sem o vírus. E compararam o nível de proteção das máscaras cirúrgicas com as de alta proteção. No cenário mais seguro, com duas pessoas utilizando as N95/PFF2, e bem ajustadas ao rosto, impedindo a passagem de ar pelas bordas, o risco de infecção foi apenas de 0,14%. Com as máscaras de alta proteção mal ajustadas, o risco de contaminação sobe para 4%. Por outro lado, no pior cenário, com ambas utilizando máscaras cirúrgicas, esse índice foi de 10,4%. O biomédico Presidente do Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região (Crbm2), Dr. Djair Lima, explica esta é a melhor máscara por fornecer um bom nível de proteção individual e coletivo quando utilizada corretamente, ou seja, bem vedada ao rosto. ‘’É importante ressaltar a vedação, e que é preciso ficar atento ao ajuste das máscaras, à presença do clipe nasal, e o formato específico para cada rosto para evitar qualquer brecha no contato do acessório com nariz, queixo e bochechas. E diversos dados comprovam: elas não interferem nos padrões de respiração’’, conta. A sigla PFF é utilizada no Brasil para Peça Facial Filtrante. Além do filtro, que recebe tratamento eletrostático, a máscara conta com elásticos para fixara peça ao rosto. A PFF1 filtra no mínimo 80% do ar, mais comumente utilizada em obras e indústrias químicas. Já a PFF2 tem proteção mínima de 94%. Nos Estados Unidos, esse modelo recebe o nome de N95. Os modelos não são descartáveis. Contudo, é preciso ficar atento aos elásticos, que afrouxam com o uso. Por outro lado, as máscaras não podem ser lavadas. Assim, para o uso cotidiano, o ideal é ter ao menos três máscaras. Enquanto uma é utilizada, as outras devem ficar “respirando”, presas ao varal, por exemplo, em um lugar com ventilação. Além disso, não devem ser guardadas em sacos plásticos, para que fiquem úmidas. O melhor é conservá-las em caixas de papel ou envelopes. Ainda segundo o biomédico, Dr. Djair Lima, embora tenha variações de modelos, é de extrema importância a utilização das máscaras. ‘‘Mesmo que alguns modelos tenham um fator de qualidade muito baixo, é importante lembrar que qualquer máscara é melhor do que não usá-la. Embora dentro do espectro das máscaras haja modelos melhores e piores, eles continuam sendo todos eficientes’’, finaliza.

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Ômicron corresponde a mais de 90% de testes sequenciados em PE

Da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Mais um relatório de circulação de linhagens de SARS-CoV-2 elaborado pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) e divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) apontou a prevalência da variante Ômicron no território pernambucano. Dos 158 genomas analisados, 145 (91,8%) foram identificados como linhagem Ômicron e 13 amostras (8,2%) foram identificados como linhagem Delta. As amostras analisadas foram coletadas entre os dias 28/12/2021 e 13/01/2022. Na última sexta-feira (14/01), a prevalência da variante Ômicron foi de 68% nas amostras analisadas. Os casos de Delta foram registrados a partir da coleta de pacientes provenientes das cidades: Araripina (1), Cabrobó (4), Recife (6), Petrolina (1) e Serra Talhada (1). Já as amostras coletas que registraram a variante Ômicron, foram de Recife (94), Fernando de Noronha (45), Paulista (2), Carnaubeira da Penha (1), Sertânia (1), Garanhuns (1) e Jaboatão dos Guararapes (1). "Por meio de nossa parceria com a Fiocruz-PE temos ampliado constantemente e agilizado o sequenciamento genético no Estado. Ontem anunciamos que, segundo análise da Opas/OMS, Pernambuco é o segundo Estado do país que mais realizou sequenciamentos genéticos, detectando a presença da variante Ômicron. Isso não significa que o Estado tenha mais casos, mas que conseguiu detectar mais, a partir de parceria firmada com o Instituto Aggeu Magalhães, responsável por esse trabalho", comenta o secretário estadual de Saúde, André Longo. De acordo com o secretário, nesse cenário de transmissibilidade da ômicron, a importância da vacinação ganha ainda mais importância. "A variante ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior às outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. No entanto, não podemos esquecer que mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior. O fato de não estar vacinado, ou só parcialmente vacinado, pode significar hospitalização e morte. Portanto, uma nova onda da Covid-19 terá seu tamanho e gravidade diretamente proporcional à cobertura vacinal completa que tivermos. Por isso, precisamos vacinar o maior quantitativo possível de pessoas, e rápido. Além disso, também é fundamental o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados para minimizar a aceleração viral e evitar ainda mais pressão sobre a rede de saúde", afirmou Longo.

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Prefeitura do Recife abre dois novos centros de testagem para covid-19

Da Prefeitura do Recife Com o objetivo de ampliar a capacidade de testagem para covid-19 na capital pernambucana, a Prefeitura do Recife vai abrir dois novos pontos fixos para realização do exame que detecta o vírus. Na última sexta-feira (21), começou a funcionar um centro montado no Sesc Santo Amaro, na área central da cidade. Já o segundo, entra em operação hoje (24), no Sesc de Casa Amarela, na Zona Norte do município. Os locais vão funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Como forma de garantir um maior conforto e segurança aos usuários, o acesso aos testes será feito mediante agendamento via aplicativo Conecta Recife. O agendamento será disponibilizado diariamente a partir das 18h com marcação para o dia seguinte. No Sesc Santo Amaro, o centro de testagem vai funcionar no ginásio esportivo. Já na unidade de Casa Amarela, o espaço será montado na área de estacionamento. Nesses locais, serão disponibilizados testes rápidos de antígeno, que detectam a doença ativa. Qualquer pessoa pode se submeter ao teste e serão ofertados 600 testes por dia em cada um dos centro. “A gente faz a abertura de novos centros entendendo a importância de se ampliar a testagem para a covid-19. Todos os dias, a partir das 18h, abriremos essas vagas para o dia seguinte através do Conecta Recife. Com isso, a gente aumenta a oferta de testes e garante os protocolos, evitando aglomeração”, explicou a secretária de Saúde, Luciana Albuquerque. Somente este ano, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife já realizou mais de 26.500 testes rápidos. Além dos centros de testagem nas unidades do Sesc, a Secretaria oferece testagem no Parque Urbano da Macaxeira, no bairro de mesmo nome, e outro no Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro. Esses centros funcionam de domingo a domingo, das 9h às 16h. A Sesau ainda oferece exames gratuitos em oito unidades de saúde da rede municipal, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os pontos funcionam na Policlínica Waldemar de Oliveira, em Santo Amaro; na Upinha Eduardo Campos, na Bomba do Hemetério; no Centro de Saúde Professor Mário Ramos, em Casa Amarela; na Upinha Vila Arraes, na Várzea; no Centro de Saúde Professor Romero Marques, no Prado; no Centro Social Urbano (CSU) Afrânio Godoy, na Imbiribeira; na Upinha Moacyr André Gomes, no Morro da Conceição; e na Policlínica Arnaldo Marques, no Ibura. Para ter acesso ao serviço nestes locais, a população deve agendar o teste através do aplicativo Atende em Casa ou pelo site https://testecovid19.recife.pe.gov.br.

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Férias: é hora da revisão oftalmológica do seu filho

Erros de refração, como miopia, astigmatismo e hipermetropia, ainda são a principal causa de deficiência visual entre crianças com idade escolar, no Brasil. O mais recente levantamento do Ministério da Saúde, sobre diretrizes na saúde ocular na infância, aponta que são cerca de 13 milhões de crianças, entre 5 e 15 anos, com erros refracionais não corrigidos, o que interfere em seu desempenho. “A deficiência visual incide negativamente no aprendizado na escola, na inserção social e mesmo na autoestima dos pequenos. Os pais podem aproveitar as férias para agendar uma revisão oftalmológica, especialmente se tiverem alguma suspeita em relação à visão dos filhos”, recomenda a oftalmopediatra do Instituto de Olhos do Recife (IOR), Priscila Andrade. Segundo a especialista, são sinais de alerta se a criança aproximar o rosto demais das telas de aparelhos eletrônicos, apertar os olhos para conseguir enxergar melhor, trocar letras parecidas, se queixar de tontura ou dor de cabeça, ficar sonolenta, coçar os olhos constantemente, lacrimejar ou tiver diminuído o rendimento na escola. “Diante desses comportamentos, os pais devem procurar um oftalmopediatra, inclusive, porque na maioria das vezes as crianças não reclamam de nada”, orienta a médica. Com base em dados da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, é possível estimar que no Brasil há 26 mil crianças cegas por doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou controladas precocemente. A melhor estratégia é, portanto, prevenir, diagnosticar e tratar a queixa ocular logo no seu início, pois quanto mais cedo a detecção do problema, maior a possibilidade de correção e tratamento. “Até os 6 anos é recomendado levar a criança ao oftalmologista, ao menos uma vez por ano. Mas, dependendo do caso, ela deve ir ao consultório com maior frequência”, indica a doutora Priscila. ESTRABISMO - Outro problema bastante diagnosticado na infância é o estrabismo que, se não tratado adequadamente e no tempo certo, pode ser uma das principais causas de cegueira monocular. A condição pode surgir nos primeiros meses de vida ou em crianças maiores, por diferentes razões. “É uma alteração que gera um desalinhamento dos olhos, podendo ser de origem genética, estar relacionada à problema neurológico, síndromes, graus elevados, ou até mesmo ser de etiologia desconhecida”, explica a oftalmopediatra. O sintoma mais frequente é o olho desviado, mas também pode se apresentar de forma intermitente, podendo gerar tontura ou até visão dupla. ​ “Ao perceberem algum estrabismo, os pais devem levar a criança ao oftalmopediatra, para confirmar ou não a suspeita. Se confirmado, o tratamento precoce é essencial para reduzir os danos visuais decorrentes do problema”, esclarece.

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Crianças ansiosas pela vacina

*Por Rafael Dantas Desde que começou a pandemia, a preocupação maior do sistema de saúde esteve focada nos idosos e pessoas com comorbidades. Menos vulneráveis ao vírus, as crianças estiveram como coadjuvantes neste triste drama da crise sanitária. Em 2022, finalmente, elas ganharam mais atenção com o começo da vacinação infantil. Muitas estão ansiosas para ser imunizadas. Mas, muito antes disso, a maioria delas ficou sem escolas, perdeu muito do tempo de lazer que teriam fora de casa, sem contar aquelas que sofreram com a partida de pais, avós ou amigos das suas famílias. Mais do que a vacina, há uma série de outras preocupações de saúde emocional dos pequenos a que os pais e a sociedade devem estar atentos. Mesmo mais protegidas e não compreendendo completamente o momento que o mundo atravessa, as crianças perceberam parte da gravidade da pandemia. Bernardo Tashiro, 6 anos, disse as razões porque acha que esse período não foi nada bom. “A pandemia foi um desastre, porque eu não fui para a escola, porque muita gente morreu. Por causa disso. É ruim porque faz todo mundo ficar doente. O coronavírus é muito mau. Antes ele era pequeno e depois evoluiu. Ficou do mal”. Enquanto muitos adultos parecem não ter compreendido a gravidade da pandemia, as crianças entrevistadas sempre associaram o coronavírus à enfermidade e a mortes. E o que foi recorrente nas reclamações foi o fato de terem ficado longe da escola e dos amigos e perdido os passeios que faziam em família. Bernardo, por exemplo, reclamou que com as aulas remotas no primeiro ano da pandemia, ficou sem o recreio da escola, que ele gostava muito. No artigo científico A percepção de crianças cariocas sobre a pandemia de Covid19, SARS-CoV-2 e os vírus em geral, publicada no Caderno de Saúde Pública (CSP), uma revista da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, o coronavírus foi descrito pelas crianças como “um vírus, parecido com a gripe, só que é capaz de causar morte, seu nariz escorre, você não consegue respirar direito...”, ou como “uma doença que mata pessoas!”. Maria Clara Almeida, 8 anos, também mencionou o risco de morte quando explicou o que era o coronavírus. “Coronavírus é um vírus que gosta de muita bagunça e gosta de matar. Todas as pessoas devem usar máscaras e lavar as mãos direitinho, passarem muito álcool. Mas não adianta. Ninguém lava as mãos direito. Eu tenho medo porque muita gente não está usando máscaras”. Essa descrição dos cuidados básicos de prevenção da pandemia foi percebida também na maioria das crianças pesquisadas no artigo publicado pela CSP. “Notamos que as crianças participantes do estudo se mostraram conscientes dos riscos envolvidos e dos cuidados que devem ser tomados para a prevenção e a contenção do novo coronavírus, como o uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social. Portanto, estão cientes das principais recomendações dadas pela OMS. Diante desse contexto, enfatizamos a importância de as estratégias e decisões que envolvam e impactem diretamente a vida das crianças, como o retorno às aulas presenciais, levem em consideração seus sentimentos, preocupações e percepções do risco”, afirmaram as autoras do artigo Carolina Folino, Marcela Alvaro, Luisa Massarani e Catarina Chagas. De acordo com a médica psiquiatra da infância e adolescência, Helena Cerqueira, o medo gerado pela pandemia (de contrair a doença ou transmiti-la para familiares) é um possível agente desencadeador de adoecimento mental a que os pais devem estar atentos. “Além disso, as medidas restritivas e lockdowns se traduziram em uma perda da rotina da escola, esportes, recreação, contato com amigos e oportunidades de desenvolvimento social e emocional. É de se esperar, portanto, um prejuízo emocional nessas faixas etárias”. A psiquiatra conta que um estudo sobre o impacto da pandemia na saúde mental em crianças e adolescentes publicado no JAMA Pediatrics, em 2021, com 80 mil crianças e adolescentes menores de 18 anos, apontou que chegaram a dobrar os índices de ansiedade significativa e até de depressão nesse público. “O estudo também observou que crianças mais velhas e adolescentes tinham taxas maiores de depressão. Entre outros fatores, este último achado pode refletir o impacto do isolamento social em uma faixa etária que depende fortemente do convívio com os pares”. *Leia a reportagem completa na edição 190.4 Revista Algomais: assine.algomais.com  

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Anvisa libera CoronaVac para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos

Da Agência Brasil A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a aplicação do imunizante CoronaVac em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos - exceto em casos de menores imunossuprimidos (com baixa imunidade). A decisão foi tomada durante reunião extraordinária da diretoria colegiada. Crianças e adolescentes com comorbidades também poderão receber a vacina, que será aplicada em duas doses, com intervalo de 28 dias. A vacina é a mesma utilizada atualmente na imunização de adultos, sem nenhum tipo de adaptação para uma versão pediátrica. A decisão foi unânime. Ao todo, cinco diretores votaram a favor da liberação: Meiruze Sousa Freitas, Alex Machado Campos, Rômison Rodrigues Mota, Cristiane Rose Jourdan e o próprio diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Por meio das redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou a aprovação do uso emergencial da CoronaVac para a faixa etária de 6 a 17 anos. "Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19]. Aguardamos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU", disse, em sua conta no Twitter. Butantan Por meio de nota, o Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, informou que a autorização ocorreu após avaliação de pedido enviado à Anvisa no dia 15 de dezembro, embasado em estudos de segurança e resposta imunológica vindos de países como Chile, China, África do Sul, Tailândia e também do Brasil. "A CoronaVac é cientificamente comprovada como a vacina mais segura e com menos efeitos adversos, além de ser a vacina mais utilizada em todo o mundo, com mais de 211 milhões de doses administradas no público infantil e juvenil (de 3 a 17 anos) somente na China", destacou o comunicado. "O Instituto Butantan, que há 120 anos trabalha a serviço da vida, está preparado para fazer parte de mais esta batalha para derrotar o vírus da covid-19 no país", concluiu a nota.

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