Mais de um bilhão de pessoas no mundo, 1 a cada 8, vivem com obesidade. Os dados são do estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado na revista científica The Lancet , recentemente. Os dados, de 2022, revelam que a obesidade entre adultos mais que duplicou desde 1990 e quadruplicou entre crianças e adolescentes (5 a 19 anos). Além disso, 43% dos adultos têm excesso de peso. O Brasil terá 40% da população com obesidade em 2035. A obesidade é um dos problemas de saúde pública mais urgentes e complexos enfrentados atualmente. Além das questões estéticas, a obesidade está intimamente ligada a uma série de complicações de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e quase todos os tipos de câncer. O impacto da obesidade não se limita apenas aos adultos, pois cada vez mais crianças e adolescentes estão enfrentando esse problema. O médico Rafael Coelho, que lida com as questões da obesidade e suas consequências para o corpo e a mente, faz um panorama da doença para os nossos leitores. Os desafios da obesidade na saúde cardiovascular A obesidade é prejudicial ao sistema cardiovascular. O excesso de peso pode sobrecarregar o coração, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. “A obesidade está fortemente associada a doenças cardiovasculares, como hipertensão, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. O excesso de gordura gera bastante inflamação, o que aumenta a carga sobre o coração, levando a alterações na estrutura e função cardíacas, bem como ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, aumentando o risco de eventos cardiovasculares graves”, relata o médico Rafael Coelho. Comorbidades associadas à obesidade: além das doenças cardiovasculares, a obesidade também está relacionada a uma série de outras comorbidades, incluindo diabetes tipo 2, apneia do sono, osteoartrite, esteatose hepática, câncer e uma das maiores doenças do século, a Depressão. “Essas condições podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e na expectativa de vida das pessoas afetadas pela obesidade”, alerta Rafael Coelho. O sedentarismo é prejudicial ao sistema cardiovascular. A falta de atividade física regular pode aumentar o risco de doenças cardíacas. Mexa-se, mantenha-se ativo para um coração saudável. O papel dos pais no exemplo saudável A alimentação das crianças muitas vezes reflete a dos pais. Como exemplo, é importante oferecer às crianças uma dieta equilibrada e saudável Os pais desempenham um papel fundamental na prevenção e no combate à obesidade, pois são os principais modelos de comportamento para seus filhos. Ao adotarem um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física e a valorização do sono regenerador, os pais podem influenciar positivamente os hábitos de saúde de seus filhos e ajudá-los a evitar a obesidade. Prevenção da obesidade A obesidade é considerada uma doença. No sistema de classificação internacional de doenças, conhecido como CID (Código Internacional de Doenças), a obesidade é classificada como CID-10 E66. O CID-10 é a décima revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A obesidade é definida pela OMS como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que pode ser prejudicial à saúde. A prevenção da obesidade começa na infância e envolve a adoção de hábitos saudáveis desde cedo. Isso inclui uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, a prática regular de atividade física, o combate ao sedentarismo e a garantia de um sono regenerador. “Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de alimentos processados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, que contribuem para o ganho de peso”, diz o médico. A obesidade é um problema de saúde multifatorial que requer uma abordagem integrada e sistêmica. A prevenção e o combate à obesidade exigem mudanças comportamentais significativas, tanto individualmente quanto coletivamente. “É fundamental que os pais, educadores, profissionais de saúde e governantes trabalhem juntos para criar um ambiente favorável à adoção de hábitos saudáveis e ao combate à obesidade, garantindo assim um futuro mais saudável e sustentável para as gerações futuras”, alerta Rafael Coelho. A obesidade é uma doença e deve ser encarada com seriedade. O tratamento adequado envolve acompanhamento médico especializado, além do nutricionista e outros profissionais de saúde. O levantamento completo da OMS está divulgado no Observatório Global de Saúde. Fonte da reportagem Rafael Coelho é Diretor Médico do Instituto Coelho. @rafaelcoelhomed Qual a importância da atividade física para quem tem endometriose? A doença já atinge 6,5 milhões de mulheres no Brasil. A ginecologista e obstetra, Natascha Fox, responde as nossas leitoras A prática regular de atividade física para mulheres que sofrem de endometriose é essencial. Estudos apontam para os benefícios do efeito vasodilatador e analgésico que a endorfina libera no organismo, em decorrência dos exercícios. Quem tem a doença pode optar por caminhadas ao ar livre, pedalar, correr ou nadar, ao menos três a quatro vezes por semana. O tempo pode variar entre 30 e 40 minutos. Além dos benefícios tradicionais do exercício, como a regulação do peso, a atividade física ajuda a controlar os sintomas da enfermidade, tais como cólica menstrual, inchaço na barriga, cansaço, desconforto ao urinar, dentre outros. “Isso porque a malhação acelera o metabolismo, fortalece o sistema imunológico e regula os níveis de estrogênio, contribuindo para controlar e desacelerar a doença”, explica ginecologista e obstetra, Natascha Fox, Coordenadora da Emergência Obstétrica do Hospital da Mulher do Recife (HMR). Entretanto, antes de começar a se exercitar, vale a pena consultar um médico para avaliação física e acompanhamento. Responsável pelo crescimento anormal de tecido (endométrio) fora do revestimento uterino, a endometriose pode produzir lesões e inflamações nos ovários, nas tubas uterinas ou no intestino, causando dor e infertilidade. A doença já atinge 6,5 milhões de mulheres no Brasil. @dranataschafox Funcional para lembrar a Síndrome de Down O Dia Internacional da Síndrome de Down, lembrado no dia 21 de março, é a data que marca a conscientização sobre a condição genética. A Clínica Despertar, em parceria com a Academia VIP Fitness, realiza, no dia 16 de março, a partir das 16h,