Urbanismo – Página: 2 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Urbanismo

Governo de Pernambuco investe R$ 15 milhões na restauração do Mosteiro de São Bento

Obras de conservação e consolidação das fundações serão realizadas em 30 meses. Foto: Miva Filho O governo de Pernambuco vai restaurar o patrimônio artístico do Mosteiro de São Bento, em Olinda, com um investimento de R$ 15,3 milhões. A governadora Raquel Lyra assinou as ordens de serviço para as obras, que incluem a preservação dos bens decorativos da igreja e a consolidação das fundações do prédio, tombado pelo Iphan. “Esse é mais um passo importante na recuperação do patrimônio histórico, cultural e religioso do nosso estado”, disse a governadora. Os serviços, que começarão em novembro, incluem a restauração de espaços como a nave, sacristia, capela-mor e sala capitular. A empresa Grifo Diagnóstico e Preservação de Bens Culturais será responsável por essa etapa, orçada em R$ 14,2 milhões, com prazo de 30 meses para conclusão. Além disso, a obra civil, no valor de R$ 1 milhão, será executada pela Multiset Engenharia, focando na drenagem e prevenção contra incêndios. A secretária de Cultura, Cacau de Paula, enfatizou que “essa era uma obra desejada há muito tempo”. A iniciativa integra um conjunto maior de ações de revitalização de patrimônios históricos, como o Cinema São Luiz e a Igreja Matriz de Santo Antônio. O Mosteiro de São Bento é um dos primeiros mosteiros brasileiros, que abrigou a primeira faculdade de direito no Brasil. Localizado em um terreno com quase 38 mil m², na Rua de São Bento, configura-se entre os principais conjuntos arquitetônicos barrocos do País, formado por igreja, mosteiro, pátios e edificações anexas.

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15 anos das Caminhadas Domingueiras (por Francisco Cunha)

Sempre gostei de caminhar e, bem pequeno, ia e voltava do colégio a pé, distante alguns quarteirões de casa, no Bairro do Espinheiro, ainda hoje um dos mais arborizados e, portanto, mais caminháveis do Recife, apesar das calçadas maltratadas. Quando passei a estudar no Colégio de Aplicação da UFPE, na época localizado na Rua Nunes Machado, na Soledade, do lado da fábrica dos refrigerantes Fratelli Vita, voltava todo dia a pé pra casa na Avenida João de Barros, quase esquina com a Conselheiro Portela. Quando entrei na Faculdade de Arquitetura, na Cidade Universitária, passei a me locomover predominantemente de ônibus e, ocasionalmente, de carona com colegas que moravam perto de casa. Logo depois de formado, comecei a trabalhar e, estimulado pelos amigos e familiares, comprei um carro. Feito isso, saí da cidade e passei exatos 25 anos, uma geração inteira, fora do Recife. Digo isso porque, só vim entender depois que, quando entramos num automóvel, saímos da cidade, passando a vê-la como numa espécie de filme projetado continuamente no para-brisa. Com a popularização do ar-condicionado, então, é como se ficássemos confinados dentro de uma cápsula refrigerada, completamente apartados do que está acontecendo do lado de fora, a não ser pelo contágio da raiva dos outros motoristas que querem passar na nossa frente… Fiquei apartado da cidade, aboletado dentro de cockpit refrigerado, mas não deixei de gostar de caminhar e fazia isso sob a forma insana de, nos sábados e domingos, ir de carro da Zona Norte, onde nunca deixei de morar, até Boa Viagem, andar na praia e voltar de novo de carro pra casa. Isso até que, em 2006, resolvi ilustrar um livro sobre a história de Pernambuco, que estava escrevendo junto com Carlos André Cavalcanti, com fotografias do Recife atual por entender, como o historiador Leonardo Dantas Silva, que a cidade é “um museu vivo da história de Pernambuco”. Então, fazendo as locações para o estudo fotográfico, de dentro do carro, fui ficando com a impressão de que estava deixando de ver alguma coisa que escapava à visão em movimento a cada locação. Então, resolvi que, publicado o livro, voltaria a pé aos locais marcados para tentar ver o que não estava conseguindo de dentro do carro. Aí, então, digo que atirei no que vi e acertei no que nem sequer imaginara. Abriu-se para mim um mundo completamente novo e imenso. Passei a fazer caminhadas, sempre aos domingos (e nos feriados também), pela cidade toda, incialmente sozinho, depois com o amigo de infância Plínio Santos, em seguida, com amigos mais próximos interessados na união do exercício físico, com a aventura exploratória, a pesquisa histórica, a conversa descontraída e, porque não dizer, a cerveja restauradora no final da caminhada. Depois de algum tempo, com o conhecimento adquirido, eu e Plínio escrevemos e publicamos dois guias ilustrados, um de Olinda e outro do centro do Recife (Um Dia em Olinda e Um Dia no Recife). Em seguida, para tentar organizar as coisas que estávamos vendo e descobrindo, montamos um blog que chamamos de “Recife Passo a Passo – O Blog das Caminhadas Domingueiras” e, algum tempo depois, criamos um perfil no Facebook. Com essa publicidade, logo a coisa escalou e passamos a ter semanalmente dezenas de caminhantes pelas ruas antes desertas do Recife. No domingo de manhã, logo cedo, eu recebia uma chuva de mensagens perguntando por onde seria a caminhada do dia, o local de encontro, o tema… Para não enlouquecer (e preservar minhas madrugadas dos domingos), resolvi instituir a periodicidade mensal para dar tempo de organizar e divulgar adequadamente as Caminhadas Domingueiras. Desde então foram centenas de caminhadas, milhares de caminhantes e quilômetros percorridos, praticamente pela cidade toda. Pessoalmente calculo que, desde o início, já andei cerca de 40.000 km (a medida da circunferência da terra!) exclusivamente dentro dos limites geográficos do Recife. Outro dia, fui fazer uma pesquisa para tentar identificar quando o movimento coletivo começou e descobri que a primeira publicação do blog que torna público, pela primeira vez, a expressão “Caminhadas Domingueiras” se deu no dia 04 de fevereiro de 2010. Há quase 15 anos, portanto. Daí, me dei conta de que, passadas quase duas décadas de minha decisão de sair do carro para tentar ver, conhecer e entender mais e melhor o que não estava conseguindo de dentro dele, um mundo totalmente novo se abriu para mim e, creio, para muitas das pessoas que me deram o privilégio de caminhar junto com elas. Conheci lugares e pessoas antes desconhecidos, passei a pesquisar a história da cidade e do seu desenvolvimento urbano, fiz descobertas interessantíssimas e conexões inusitadas. Ouso dizer que a caminhada no Recife representou uma revolução na minha maneira de ver a cidade e, mesmo, o mundo e a vida. Digo também, fazendo blague, que me graduei em arquitetura pela UFPE mas me pós-graduei em urbanismo e em história do Recife, mesmo, pelos pés. Se é assim, portanto, nada mais justo do que encontrar uma maneira de comemorar à altura a data redonda dos 15 anos das Caminhadas Domingueiras no Recife, um movimento que tem ajudado a mudar o ponto de vista das pessoas em relação à cidade e, deixando um pouco a modéstia de lado, também a mudar a própria cidade para melhor. Vamos ver como fazer a comemoração. Os caminhantes e a cidade merecem! *Francisco Cunha é formado em Arquitetura e Urbanismo e sócio da TGI e da Algomais

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Capitais brasileiras enfrentam desafio para reduzir emissões de gases de efeito estufa

Capital pernambucana ocupa 8ª posição entre as 10 capitais estudadas em levantamento sobre emissões líquidas, com 1,56 toneladas de CO2 por habitante. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil Um levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) apontou que Recife está na 8ª posição entre as 10 capitais brasileiras analisadas em relação às emissões líquidas de gases de efeito estufa, com 1,56 toneladas de CO2 por habitante. O estudo, baseado em dados de 2022 do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), coloca a capital pernambucana acima da meta da Agenda 2030 da ONU, que estipula 0,83 tonelada por habitante. As emissões vêm sendo impactadas principalmente por questões ligadas ao transporte, à gestão de resíduos e à expansão urbana. O biólogo Conrado Galdino, professor e pesquisador da PUC Minas, ressalta a urgência de medidas para enfrentar esse cenário. Segundo ele, embora o controle das emissões dependa, em grande parte, do governo federal, os municípios têm um papel fundamental. “O município pode fazer muita coisa. A simples piora da qualidade do ar já deveria ser um motivo para os candidatos a prefeito priorizarem propostas que reduzam as emissões. A situação traz muita preocupação, principalmente diante das queimadas e do crescimento desordenado das cidades”, comenta Galdino, reforçando que políticas locais como a melhoria no transporte público e a gestão adequada de resíduos podem contribuir significativamente para mitigar as emissões. Além disso, Galdino destaca a importância de engajar a população no debate sobre sustentabilidade. “A gente precisa de uma sociedade sensibilizada para as mudanças. Sem uma população ciente e engajada, qualquer política corre o risco de ficar no papel, sem impacto prático. Educação é fundamental para gerar essa consciência e facilitar a aceitação de medidas que possam ir contra o conforto imediato, mas que são necessárias para garantir o bem-estar no longo prazo”, completa o biólogo. Marco Antonio Milazzo, professor de arquitetura e urbanismo do Ibmec no Rio de Janeiro, também destaca a necessidade de ações locais para frear as emissões de gases de efeito estufa, sobretudo no setor de transporte e na gestão do lixo. “O município pode regulamentar o transporte e investir em modais que emitam menos gases de efeito estufa, como a eletrificação do transporte público e a criação de ciclovias. Além disso, é crucial eliminar os lixões e investir em aterros sanitários adequados. Medidas assim trazem resultados rápidos e significativos”, afirma Milazzo. Ele reforça ainda que soluções como a tarifa zero no transporte público, já adotadas em algumas cidades brasileiras, são bons exemplos de iniciativas que podem incentivar o uso de transporte coletivo e reduzir o trânsito de veículos individuais movidos a combustíveis fósseis. A Agenda 2030, estabelecida pela ONU, propõe metas ambiciosas para os governos de todo o mundo, e o estudo do ICS vem como um alerta para os municípios brasileiros. Recife, apesar de avanços em algumas áreas, precisa acelerar políticas públicas mais eficazes para alcançar as metas globais de sustentabilidade e enfrentar a crise climática em um contexto local.

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Sudene e BNB articulam linha de crédito para revitalização de centros históricos

Nova linha de crédito para 2025 visa reformas e retrofit de áreas urbanas degradadas no Nordeste, com regulamentação em andamento. A Sudene e o Banco do Nordeste iniciaram as discussões para a criação de uma linha de crédito específica do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para requalificação e retrofit de centros históricos e áreas urbanas degradadas. A medida, aprovada em junho pelo Conselho Deliberativo da Superintendência, está em fase de regulamentação, e a expectativa é que a nova linha seja incluída na Programação Financeira do FNE para 2025, com aprovação prevista para a próxima reunião do conselho em dezembro. Enquanto a regulamentação não entra em vigor, empresas da construção civil podem utilizar outras linhas de financiamento já disponíveis, como o FNE Industrial, Proatur, e Comércio e Serviços. “Na Programação Financeira do FNE para 2025, vamos construir uma linha específica para atender as demandas de reforma, requalificação e retrofit dos centros históricos”, afirmou Danilo Cabral, superintendente da Sudene. A regulamentação da nova linha de crédito incluirá a definição das áreas urbanas de interesse dos municípios, além dos segmentos e etapas que serão financiados. Segundo Wandemberg Almeida, coordenador-geral de Fundos de Desenvolvimento, as condições de financiamento seguirão as mesmas diretrizes já aplicadas pelo FNE, com prazo de até 12 anos, carência de quatro anos e garantias oferecidas pelo Banco do Nordeste. Esse movimento busca estimular a revitalização de centros históricos, com o objetivo de atrair moradores para essas áreas. “O déficit habitacional no Brasil é superior a seis milhões de unidades”, destacou Cabral, frisando que essas áreas já possuem infraestrutura e serviços adequados, mas carecem de moradias atrativas que incentivem a ocupação urbana sustentável. Pernambuco inaugura a primeira Pizzaria Down do mundo no Shopping Norte Janga Na próxima segunda-feira, 7 de outubro, às 11h, Pernambuco receberá a primeira Pizzaria Down do mundo, localizada no Shopping Norte Janga, em Paulista. O estabelecimento contará com uma equipe formada por pessoas com síndrome de Down, que foram treinadas e especializadas no preparo de pizzas. A iniciativa é fruto do projeto idealizado por Erilene Monteiro, comendadora e mestre em pizzas, que há seis anos trabalha na capacitação profissional de pessoas com Down, oferecendo-lhes oportunidades de inserção no mercado de trabalho. “Decidi criar esse projeto para proporcionar cidadania e renda ao meu sobrinho e a outras pessoas com Down”, afirma Erilene. Cléia Alves, CEO do Shopping Norte Janga, destaca a importância de apoiar um empreendimento inclusivo e gerador de emprego para pessoas com deficiência. O projeto também é celebrado por familiares dos contratados, como Maria Margaret Silva Rocha, mãe de um dos jovens contratados, que enaltece a oportunidade como uma forma de promover autonomia e superação. Empresas investem na CasaCor PE De olho no potencial do valor agregado que a CasaCor PE representa para o lançamento de produtos e tendências no segmento de arquitetura, decoração e paisagismo, as empresas Evviva, Empório da Luz e Refinare apostaram na parceria com o escritório DuoPL Arquitetura, das sócias Catarina Lins, Mariana Perazzo e Carolina Puttini. Elas assinam o Quarto Infantil com Brinquedoteca da edição 2024. Todos os móveis planejados, iluminação e revestimentos que garantem a sofisticação e funcionalidade necessárias ao espaço foram desenvolvidos e fornecidos pelas marcas. Vale ressaltar que a mostra é uma grande oportunidade de negócios e estreitar o networking entre as lojas e os profissionais do segmento é uma forma de fidelizar cada vez mais essa parceria.  Intitulado Viva Ceça!, o Quarto Infantil com Brinquedoteca presta uma homenagem ao santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Recife, trazendo referências conceituais a partir da sua arquitetura, tradições e costumes, traduzidas em 4 pilares fundamentais para uma infância saudável que são dormir, brincar, relaxar e estudar. O ambiente preza pelo incentivo à saúde social e emocional das crianças através do resgate de elementos lúdicos da infância tradicional, excluindo totalmente o uso de tecnologias. No próximo dia 8, em comemoração ao Dia das Crianças, as arquitetas promovem uma ação social conjunta com patrocínio da Evviva e Empório da Luz, onde um grupo com 22 crianças da Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima, localizada nos arredores do Morro da Conceição, terá uma tarde voltada para atividades lúdicas e educativas no ambiente. 6ª edição da HFN lota Centro de Convenções e destaca tendências de hotelaria e alimentação A 6ª HFN – Hotel & Food Nordeste começou lotando o pavilhão do Pernambuco Centro de Convenções. O público esperado até hoje é de 26 mil visitantes. Considerada uma das maiores feiras do setor no Brasil, o evento reúne inovações em hotelaria e alimentação fora do lar, com destaque para ESG e contratação de mão de obra nos meios de hospedagem. Organizada pela ABIH-PE, Abrasel-PE e Insight Feiras e Negócios, a HFN é uma plataforma de negócios e networking, conectando mais de mil marcas a oportunidades e novos parceiros.

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Avançam obras de Estação de Tratamento de Esgoto no bairro do Cordeiro

Obra de saneamento beneficiará mais de 70 mil pessoas e contribuirá para o aumento da área saneada da cidade A prefeitura do Recife, através da Secretaria de Saneamento, segue em ritmo acelerado com as obras da estação de tratamento de esgoto (ETE) do Cordeiro, localizada na Avenida Maurício de Nassau, às margens do Rio Capibaribe. Com 40% dos trabalhos concluídos, o projeto faz parte do Sistema de Esgotamento Sanitário do Cordeiro (SES Cordeiro), que está recebendo um investimento de R$ 196 milhões. Além da estação, serão implantados 150 km de rede coletora e construídas seis estações elevatórias. “A implantação do SES Cordeiro vai aumentar a área saneada do Recife dos atuais 44% para 49%. A gente tá fazendo uma estação de tratamento, seis estações elevatórias e estamos assentando 80 km de tubo para conectar tudo que já tinha sido executado no passado”, explicou o secretário de Saneamento do Recife, George Scavuzzi. O projeto vai beneficiar mais de 70 mil pessoas em diversos bairros, como Cordeiro, Iputinga, Engenho do Meio, e outros. A ETE foi planejada para tratar até 410,6 L/s de esgoto doméstico. O esgoto gerado na área será coletado e bombeado para as estações elevatórias, que, por sua vez, enviarão os resíduos até o coletor tronco ou diretamente para a ETE Cordeiro. A obra da estação, juntamente com as seis estações elevatórias, está orçada em R$ 72 milhões. As obras do SES Cordeiro estão divididas em dois lotes. No Lote 1, com investimento de R$ 51,6 milhões, já foram concluídos 2,43 km de rede coletora. No Lote 2, que contempla outras unidades de esgotamento, foram executados 2,51 km de rede, totalizando um investimento de R$ 71,6 milhões.

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Candidatos mostram suas visões sobre o Recife que Precisamos

Série de encontros do projeto O Recife que Precisamos, promovidos pela CDL Recife, pela Rede Gestão e pela Algomais, recebeu os principais nomes do pleito municipal na capital pernambucana. *Por Rafael Dantas A capital pernambucana chega na reta final da campanha pela prefeitura. Nas últimas semanas, a Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife e a Revista Algomais receberam cinco candidatos, que fizeram suas propostas para os principais problemas da cidade e tiveram acesso às sugestões do projeto O Recife que Precisamos. Com perfis e trajetórias bem distintas, João Campos (PSB), Gilson Machado (PL), Dani Portela (PSOL), Tecio Teles (Novo) e Daniel Coelho (PSD) debateram nesses encontros sobre temas como a mobilidade, o Centro do Recife e a segurança pública. O projeto O Recife que Precisamos, uma iniciativa da Rede Gestão, da CDL Recife e da Revista Algomais, propõe desde 2012 prioridades estratégicas para o desenvolvimento da cidade, influenciando a implementação de importantes empreendimentos e políticas públicas municipais. Entre suas principais diretrizes estão: planejamento de longo prazo com foco nos 500 anos da cidade em 2037 (O Futuro), controle urbano e qualificação dos espaços públicos (A Cidade), melhorias na mobilidade urbana e incentivo aos deslocamentos a pé, de bicicleta e de transporte público (O Caminho), revitalização do Centro Histórico (A História), a transformação das margens do Rio Capibaribe em parques urbanos (O Rio) e o aproveitamento das oportunidades internacionais (O Mundo). SEGURANÇA PÚBLICA Uma temática que causa grande interesse dos candidatos foi a segurança pública. Dos cinco, apenas Dani Portela se posicionou contrária ao armamento da Guarda Municipal. O projeto O Recife que Precisamos apresentou dados que apontam a sensação de insegurança pública como um dos motivos que tornam o Centro menos atraente para a população. Tecio Teles afirmou ter sido o primeiro dos prefeituráveis a defender a pauta. Nessa agenda, ele sugeriu a separação dos agentes de trânsito e da guarda patrimonial. “Uma parte do efetivo fica dedicada a organizar o trânsito, enquanto a Guarda Municipal vai fazer a segurança do cidadão. Em recente decreto do Governo Federal, o Ministério da Justiça emitiu uma norma que aumenta a atuação da Guarda Municipal para que ela cada vez mais tenha o poder de polícia atuando como membro da segurança pública”, afirmou o candidato do Novo. Tecio disse ainda que a Guarda Municipal desarmada do Recife é motivo de chacota dos bandidos que circulam na cidade. O prefeito João Campos informou durante o evento o plano de promover treinamentos especializados e realizar o armamento do efetivo. “Fizemos um compromisso de começar o armamento gradual da Guarda Municipal, sem confundir o que é papel de polícia e o que é de guarda”. Ele sugeriu começar pelo Centro da cidade, com um Grupo Tático Operacional. “Faremos esse movimento, focando no patrimônio, olhando para as principais ruas, praças e corredores comerciais”. Em paralelo, o prefeito afirmou que avançará também no sistema integrado de videomonitoramento, com uso de inteligência artificial à disposição do efetivo que atuará na região. Além de também defender o armamento da guarda, como proposta adicional para combater a violência, Gilson Machado Neto destacou a necessidade de avançar no monitoramento por câmeras na cidade. O ex-ministro do Turismo prometeu ainda ampliar o efetivo da Guarda Municipal para 2,5 mil profissionais (atualmente é de 1,7 mil) e propôs um sistema tecnológico para mobilizar parte da sociedade no apoio à segurança. “Vamos criar um programa estratégico de qualificação dos profissionais que podem trabalhar nessa área e ajudar a prefeitura. Por exemplo, policiais aposentados, vigilantes, porteiros, motoristas de aplicativo serão todos cadastrados, terão um QR Code para ser fiscal da segurança.” Dani Portela difere dos demais candidatos na pauta da segurança. Ela considera que combater a precariedade das condições de trabalho e melhorar a remuneração dos guardas municipais deve ser a prioridade. “Entendemos o conceito de segurança para além da atuação ostensiva. Armar uma parcela pequena da Guarda não resolve a questão. É um discurso fácil para uma questão complexa. A Guarda pode usar vários armamentos não letais. Ela tem um dos piores salários do País e não tem as mínimas condições de trabalho”. A candidata do PSOL propõe uma melhor estrutura para o trabalho da Guarda e uma ação integrada com o programa federal de Segurança Urbana. Daniel Coelho afirmou que entre todas as capitais brasileiras apenas o Recife não conta com guarda armada. Entre suas críticas, ele afirmou que os servidores concursados acabam deixando a atividade por ser pouco valorizada, tanto em termos de estrutura como de carreira. Sobre o Compaz, ele considera que não pode ser considerado como uma política de segurança. “O Compaz não funcionou como política de combate à criminalidade, mas como equipamento social, sim. A diferença da experiência de Medellín e do Recife é que o equipamento semelhante ao Compaz de lá foi feito com a reestruturação urbana das comunidades. No Alto Santa Terezinha [onde está localizada uma das unidades do Compaz], existem vários morros com lonas e toque de recolher. A intervenção urbana completa junto com ação social previne violência”. MOBILIDADE URBANA A requalificação da mobilidade urbana é uma das prioridades do projeto O Recife que Precisamos, invertendo a prioridade dos deslocamentos motorizados individuais para dar atenção aos pedestres, ciclistas e ao transporte público. Os candidatos mostram-se favoráveis ao estímulo do uso das bicicletas, mas abordaram propostas e preocupações bem distintas nos encontros. João Campos relatou os investimentos em calçadas, ciclovias e na entrega das primeiras pontes e pontilhões na sua gestão. Além de fazer esse balanço, o candidato do PSB à reeleição destacou que uma das prioridades será o avanço na integração da cidade com novas pontes, que ele considera ser um dos principais gargalos no trânsito da capital. Ele destacou ainda os aportes realizados em novas tecnologias na sinalização semafórica. Com o uso de semáforos adaptativos, as novas tecnologias em implantação devem beneficiar o fluxo dos veículos nos horários de pico. As intervenções na mobilidade, em especial na Avenida Agamenon Magalhães e na Avenida Conde da Boa Vista, foram criticadas pelo candidato do Novo. Ele avalia

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Crea Pernambuco realiza seminário sobre mobilidade e transporte público na RMR

O evento será realizado em 24 de setembro, das 14h às 18h, no auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com inscrições gratuitas e aberto ao público. Com o crescente congestionamento e desafios no transporte público, o Crea Pernambuco promove o seminário “Desafios da Mobilidade e do Transporte Público da RMR”. O evento contará com especialistas renomados, como Nazareno Affonso, do Instituto MDT, Matheus Freitas, presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, e a jornalista Roberta Soares. A proposta é debater soluções para o tráfego intenso e os problemas no sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife (RMR), que recentemente foi apontada como a cidade mais congestionada do Nordeste. Nazareno Affonso apresentará o Sistema Único de Mobilidade Urbana (SUM), uma proposta que visa melhorar o transporte público com foco na mobilidade sustentável e de qualidade. Segundo o especialista, a falta de investimento adequado no transporte público tem agravado a situação nas grandes cidades. Roberta Soares, por sua vez, afirma que “é tão importante discutir esse tema e, principalmente, cobrar a prioridade viária para os ônibus nas ruas das cidades”, destacando o impacto do trânsito desorganizado no transporte coletivo. Matheus Freitas vai detalhar os investimentos em infraestrutura e tecnologia, que estão sendo utilizados para melhorar o transporte público na RMR, como o monitoramento em tempo real das rotas. O seminário será mediado por Oswaldo Lima Neto, especialista em mobilidade, que fará uma apresentação sobre os principais desafios enfrentados pelos usuários e operadores do transporte público na região. Serviço:

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O Recife que precisamos: caminhos para uma cidade parque sustentável

Projeto que propõe requalificação urbana, mobilidade humanizada e preservação histórica para enfrentar os desafios socioeconômicos e climáticos da capital pernambucana é apresentado aos prefeituráveis. *Por Rafael Dantas O que deve ser prioridade para a gestão da cidade nos próximos quatro anos? Essa é a pergunta que move diversos debates, pesquisas de opinião e a manifestação de muita gente a cada eleição. O Observatório do Recife e a CDL Recife, com apoio da Revista Algomais, têm promovido debates técnicos há mais de 20 anos para destacar propostas concretas e que estão além do tripé básico da educação, saúde e segurança, no projeto O Recife que Precisamos. No pleito municipal de 2024, os destaques estão para importantes intervenções urbanísticas e socioeconômicas nos bairros centrais e no aprofundamento do projeto Parque Capibaribe, com o objetivo de tornar a capital pernambucana uma Cidade Parque até 2037. O projeto tem sido discutido com candidatos à Prefeitura do Recife desde as eleições de 2012. Os cinco eixos iniciais foram o futuro (em referência à necessidade de planejamento de longo prazo), a cidade (destacando a urgência no controle urbano), o caminho (numa proposta humanizada de mobilidade), a história (propondo a preservação do nosso patrimônio) e o rio (sugerindo um olhar sobre o Capibaribe como um vetor fundamental para o desenvolvimento sustentável urbano). A partir de 2020 entrou nessa agenda o eixo mundo (diante do fato de o Recife ser um hub diplomático). Confira a seguir as principais propostas sugeridas nesses encontros com os prefeituráveis por O Recife que Precisamos. Essa agenda para o desenvolvimento sustentável da cidade foi construída a partir de workshops, caminhadas e estudos acadêmicos realizados nos últimos anos. GESTÃO DO CENTRO E INVESTIMENTOS OPORTUNOS Os bairros centrais e históricos do Recife sempre foram alvos de uma atenção especial do projeto. Com a criação do Gabinete do Centro, o Recentro, e com iniciativas de reativação desse território, como o Viva Guararapes e a requalificação de algumas vias e espaços notáveis, as propostas iniciais começaram a ser atendidas pelo poder público. “É preciso potencializar a experiência bem-sucedida da gestão territorial do Centro com a incorporação da dimensão do planejamento de longo prazo como direcionador da ação, inclusive com a definição de projetos estratégicos orçamentados a serem coordenados pelo Gabinete do Centro”, sugeriu o sócio da TGI Consultoria, Francisco Cunha, acerca do Recentro. Além dos investimentos municipais, nos últimos anos, os bairros do Recife, de São José e Santo Antônio começaram a receber empreendimentos privados de grande porte. Uma das âncoras desse novo ciclo de investimentos é o Novotel Marina Recife, que trouxe junto um Centro de Convenções para uma área amplamente degradada da cidade. As sugestões de O Recife que Precisamos dialogam com os avanços dos últimos anos e das oportunidades que esses novos empreendimentos estão trazendo ao território. Neste sentido, uma proposta objetiva do projeto é a requalificação da área que fica entre o novo Hotel Marina e o Centro de Convenções, de um lado, e do Mercado de São José, que já está em reforma. Nesse investimento estaria incluído o reordenamento do Mercado de Santa Rita, que foi desvirtuado de seus objetivos originais. Essa região entre as duas âncoras (o hotel e o mercado) hoje é ocupada principalmente por estacionamentos irregulares. AVENIDAS GUARARAPES, DANTAS BARRETO E CORREDOR DO COMÉRCIO Há um pedido da classe empresarial pela revitalização de outros eixos desses bairros centrais. O principal deles, atualmente, é a Avenida Guararapes. “No Centro tivemos um grande exemplo de reforma e requalificação que foi a Avenida Conde da Boa Vista. Hoje é uma via muito organizada. Foi feita a mudança e ela permaneceu. Atualmente, uma das regiões que nos preocupa é a Avenida Guararapes, que é um espaço público estratégico, mas mal utilizado”, afirma Fred Leal, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife. Antigo cartão postal da cidade, a Avenida Guararapes foi abandonada nas últimas décadas, perdendo seu protagonismo de centro econômico. Há importantes investimentos anunciados recentemente, como a chegada do IFPE ao Trianon e mesmo a prometida reforma do antigo prédio do Diário de Pernambuco. Há ainda importantes discussões de retrofit nas proximidades da avenida para uso de moradia, um antigo pleito para a região. A proposta registrada pelo O Recife que Precisamos é reabilitar a Avenida Guararapes e o seu entorno por intermédio da viabilização da moradia nos prédios desocupados, de modo a fazer retornar o dinamismo histórico da via e da região polarizada por ela. Em relação à moradia, um dos pontos de preocupação mais recente é o aumento da população em situação de rua. Uma das pautas do projeto é o avanço da política de acolhimento, considerando cada caso individualmente, com estreita articulação dos agentes envolvidos. Além da questão da habitação, há uma proposta pelo ordenamento da distribuição de alimentos. Em continuidade a essa reabilitação do Centro, Fred Leal destaca dois outros eixos de alto interesse do setor. “Associada à Avenida Guararapes, defendemos ser muito importante a abertura da Avenida Dantas Barreto até a Bacia do Pina, sem esquecer do Corredor do Comércio”, afirmou Fred Leal, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife. A abertura da Dantas Barreto até o atual Cais José Estelita é um projeto antigo que sempre esbarrou nas linhas da Rede Ferroviária. No entanto, neste ano, a Prefeitura do Recife conseguiu um acordo com a Advocacia-Geral da União para incorporar a área do desativado Pátio Ferroviário das Cinco Pontas ao projeto de requalificação do terreno dos armazéns no Cais José Estelita. “Essa abertura e a requalificação poderá transformar a Avenida Dantas Barreto, uma ‘ferida’ urbanística histórica, numa espécie de ‘sutura’ do território pela via da trajetória temporal dos séculos na cidade (Século 16 ao Século 21) até a sua ‘chegada’ na frente d’água da Bacia do Pina na Praça dos 500 Anos do Recife”, sugere o consultor Francisco Cunha. A praça é um projeto sugerido pelo O Recife que Precisamos. A referência dos diferentes séculos se dá pelo fato dessa via integrar diversos pátios e praças que dialogam com os principais momentos da história

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Mudanças climáticas podem agravar os problemas de segurança alimentar

A relação entre fome e mudanças climáticas foi aprofundada por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), durante debates recentes sobre segurança alimentar e nutricional. A professora Rosana Salles da Costa, coordenadora do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UERJ, destacou como a insegurança hídrica, uma consequência das mudanças climáticas, pode diminuir o acesso a alimentos saudáveis. Segundo ela, a redução da qualidade e quantidade de água prejudica áreas de cultivo e, consequentemente, o abastecimento de alimentos para a população. Além disso, o aumento dos preços dos alimentos, causado pela diminuição da produção, também foi discutido. A professora enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a segurança alimentar, através de ações coordenadas entre os diferentes níveis de governo. A segurança alimentar está relacionada ao direito a uma alimentação adequada, enquanto a insegurança alimentar se manifesta quando esse direito não é garantido em termos de quantidade ou qualidade. No Brasil, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) classifica a insegurança em três níveis: leve, moderada e grave. A insegurança alimentar grave, que reflete a fome, é particularmente alarmante, afetando famílias que frequentemente passam o dia sem comer ou fazem uma única refeição diária. Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que 10,8% dos lares chefiados por mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 7,8% dos lares chefiados por homens. A pesquisa também revela que 74,6% dos lares com insegurança alimentar grave são liderados por pessoas pretas e pardas. A professora Rosana Salles da Costa observou que os lares chefiados por mulheres, especialmente mulheres negras, são os mais afetados. O estudo incluiu a apresentação de dados preliminares de pesquisas da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), além de novas ferramentas como o aplicativo VIGISAN e a plataforma FomeS. Essas ferramentas, financiadas por diversas instituições, fornecem dados essenciais sobre mudanças climáticas, insegurança alimentar, insegurança hídrica, saúde e estado nutricional infantil.

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CASACOR PE 2024 abre no Edf. Palazzo Itália, no Bairro do Recife, neste sábado (14)

Maior mostra de arquitetura e design de Pernambuco reúne 34 ambientes e estará aberta ao público até 3 de novembro A 37ª edição da CASACOR PE começa neste sábado, 14 de setembro, no Edf. Palazzo Itália, localizado no Bairro do Recife. O evento promete atrair turistas e moradores da região ao apresentar 34 ambientes, entre quartos, salas, cozinhas e estúdios, todos distribuídos em uma área de 2.500m². Os ingressos já estão disponíveis e custam R$ 90 (inteira), com opções de meia-entrada e ingresso social. A mostra, que vai até 3 de novembro, funcionará de terça a sábado, das 14h às 22h, e aos domingos e feriados, das 11h às 19h. O tema deste ano, “De presente, o agora”, convida o público a refletir sobre a importância de desacelerar e viver o momento. Carla Cavalcanti, uma das diretoras da CASACOR PE, destaca a relevância de movimentar o histórico Bairro do Recife mais uma vez. “Ficamos felizes em dar luz a outro prédio do nosso rico casario histórico do Bairro do Recife”, afirma. Além de explorar a exposição, os visitantes também poderão aproveitar operações de gastronomia e lazer, como o restaurante Cá-Já, o Kisu Sushi Bar e o Borsoi Café, com acessos gratuitos e independentes da mostra. Uma das grandes homenagens desta edição será à arquiteta Janete Costa, cujo ambiente foi projetado por seu filho, Mário Santos. Outras homenagens serão feitas ao pintor pernambucano Montez Magno e ao escultor Abelardo da Hora, que teria completado 100 anos em 2024. A curadoria da CASACOR PE 2024 traz uma mescla de talentos locais e nacionais, com a participação de jovens arquitetos e designers ao lado de nomes já consagrados do setor, criando uma diversidade de estilos e vivências. A CASACOR PE faz parte de um circuito nacional com edições em vários estados do Brasil, além de franquias internacionais. O evento é uma oportunidade única para quem deseja mergulhar no universo da arquitetura, decoração e paisagismo, além de oferecer uma rica experiência cultural no coração do Recife Antigo. Serviço – CASACOR PE 2024

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