Arquivos Urbanismo - Página 25 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

MATRIZ CASA FORTE

Igreja de Casa Forte e Colégio da Sagrada Família são classificados como Imóveis Especiais de Preservação

(Da Prefeitura do Recife) A Igreja Matriz de Casa Forte e o Colégio da Sagrada Família são, oficialmente, Imóveis Especiais de Preservação (IEP). A classificação foi publicada no Diário Oficial do Recife desta quinta-feira (27), através do decreto 36.035, assinado pelo prefeito João Campos (PSB). Com isso, desde a aprovação da lei 16.284/1997, o município tem um total de 263 edificações dentro da categoria, que garante a preservação do patrimônio histórico e da memória da cidade. No caso da igreja e do colégio, trata-se de um dos poucos casos no Recife em que a configuração de casa grande, templo religioso e campina de um antigo engenho conseguiu ser mantida. A Igreja e o Colégio da Sagrada Família são remanescentes do antigo Engenho Casa Forte, construído em meados do século XVI, e remetem ao período inicial da ocupação do bairro. Em 1645, o Engenho, que teve diversos nomes anteriormente, passou a ser conhecido como Casa Forte, após ter presenciado, no dia 17 de agosto, uma das batalhas da guerra de reconquista de Pernambuco, então sob ocupação holandesa. O local onde hoje está situado o Colégio corresponde à antiga Casa Grande do Engenho. Já a Igreja Matriz resultou de uma reforma da Capela de Nossa Senhora das Necessidades do Engenho Casa Forte, concluída em 1672. Ficavam diante de uma grande esplanada, conhecida como Campina da Casa Forte. O engenho foi extinto e loteado a partir do século XVIII. No começo do século XIX, o Padre Roma - José Inácio de Abreu e Lima, religioso e um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817 - adquiriu a casa grande do engenho e reformou-a, levantando uma vivenda que posteriormente caiu no abandono, sendo comprada, em 1907, pelas irmãs francesas da Congregação da Sagrada Família, que instalaram ali a instituição de ensino. Em 1909, a capela do colégio foi reconstruída e virou, em 1911, o que hoje é a Igreja Matriz da Paróquia de Casa Forte. A campina que fica em frente ao Colégio e à Igreja foi remodelada na década de 1930, recebendo projeto do paisagista Roberto Burle Marx, transformando-se na atual Praça de Casa Forte, reconhecida como patrimônio do Recife, nos níveis municipal, estadual e federal. As edificações do Colégio da Sagrada Família e da Igreja Matriz de Casa Forte apresentam-se, atualmente e em termos de suas fachadas principais – voltadas para a Praça de Casa Forte –, com as mesmas feições que tinham desde suas últimas reformas/acréscimos, na primeira metade do século XX. Trata-se, portanto, de uma importante permanência em relação a esse conjunto do entorno da Praça, que passou por modificações de grande porte, sobretudo no que diz respeito à construção de novos imóveis com escala verticalizada. A classificação das duas edificações em IEP foi aprovada em reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade em 27 de novembro de 2020. O objetivo é preservar exemplares de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade, de forma a manter viva a memória da identidade do Recife. Para a catalogação de um IEP, os pedidos são concedidos pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), a quem juridicamente cabe a apreciação e deliberação sobre a inclusão dos imóveis da cidade como IEPs. O passo a passo inclui uma análise prévia feita pela Gerência Geral de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC/ICPS) para avaliar tecnicamente os pré-requisitos para classificação do bem como Imóvel Especial de Preservação. Caso o imóvel preencha os critérios estipulados em Lei, o parecer então é submetido ao CDU, que decide pela sua inclusão no rol de IEPs, com criação de Decreto Municipal. Ainda de acordo com a legislação, cabe ao proprietário da edificação manter as características originais do imóvel. Fica vedada a demolição, descaracterização dos elementos originais e alteração da volumetria e da feição da edificação original. À Prefeitura cabe gerar mecanismos de incentivo que estimulem os proprietários a manter a conservação do imóvel. Para tanto, a lei prevê a isenção total ou parcial do IPTU nos seguintes termos: • 25% pelo prazo de dois anos para imóveis que passam por obras de conservação • 50% pelo prazo de quatro anos no caso de imóveis que passaram por recuperação ou reparos • 100% no prazo de quatro anos para os imóveis que passaram por restauração total Segundo a lei, “as intervenções de qualquer natureza nos IEPs ficam sujeitas à consulta prévia e à análise especial por parte dos órgãos competentes do Município". De 2013 até hoje já foram 106 imóveis transformados em IEPs, a exemplo das sedes do Sport, América, do Jockey Clube do Recife e do Colégio Marista, entre outros

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ponte ferro iluminada

Recife ganha iluminação cênica nos pontos turísticos da cidade

Parques, praças, igrejas, pontes e locais de grande movimento ganharão mais luz e cor com o Programa Ilumina a Vista (Fotos: Rodolfo Loepert / PCR) (Da Prefeitura do Recife) O programa Ilumina a Vista foi lançado na Casa do Carnaval, situada no Pátio de São Pedro, um dos primeiros locais beneficiados pelo programa. A proposta da Prefeitura do Recife é implantar iluminação cênica especial em diversos pontos turísticos do município, valorizando ainda mais esses espaços. A iniciativa vai beneficiar parques, praças, igrejas, pontes e locais de grande movimento da cidade. O prefeito do Recife, João Campos, conduziu o lançamento ao lado da secretária de Infraestrutura da cidade, Marília Dantas. O prefeito aproveitou para visitar a Ponte da Boa Vista, um dos locais beneficiados pela iniciativa. “Depois de a gente atingir a marca de 100% da cidade com iluminação de LED nas escadarias, nas vias, na cidade como um todo, a gente hoje dá mais um passo importante na cidade com o Ilumina a Vista. Vamos fortalecer, a partir de agora, o programa de iluminação do nosso patrimônio histórico e cultural. O Pátio de São Pedro está com a iluminação reformulada, inclusive está bem claro aqui a noite, tanto com a requalificação da iluminação colonial que são esses postes menores, como também a iluminação cênica da Casa do Carnaval”, afirmou João Campos. “Esse espaço é um patrimônio do município, com mostra permanente do nosso Carnaval e agora recebe a iluminação cênica da fachada. E a gente vai entrar num ciclo de 60 em 60 dias inaugurando a iluminação de um equipamento cultural, como o Parque Dona Lindu, Teatro Santa Isabel, assim como a passarela Joana Bezerra e em outros equipamentos. Por outro lado, já fizemos no Geraldão, na Ponte Estaiada da Via Mangue, na Ponte de Ferro”, finalizou ele. Além da Casa do Carnaval e do Pátio São Pedro, a iniciativa já iluminou a Ponte da Boa Vista e iniciou os trabalhos no Parque Dona Lindu, na passarela Joana Bezerra e no Parque das Esculturas. A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) está finalizando o processo para contratação de projetos especiais de iluminação cênica para locais como Praça de Casa Forte, Praça do Derby, Praça do Internacional, Canal da Agamenon, Sítio Trindade,  Igreja Madre de Deus, Igreja Nossa Senhora do Carmo, Igreja do Pátio de São Pedro, Rua do Bom Jesus e Casario da Rua da Aurora. “O programa Ilumina a Vista tem o objetivo de potencializar o conjunto arquitetônico da cidade do Recife. O programa traz iluminação cênica para os pontos turísticos e culturais da cidade,  com o objetivo de incentivar a circulação de pessoas no período noturno e fazer com que elas façam a contemplação dessas localidades”, explicou a secretária de Infraestrutura do Recife, Marília Dantas. O próximo equipamento beneficiado será o Teatro Santa Isabel. A expectativa é ter um projeto aprovado a cada 60 dias e, à medida que estiverem prontos, realizar a licitação para a execução das obras. No Pátio de São Pedro, foi implantada iluminação com projetores LED com tecnologia RGB voltados para as fachadas do tradicional casario e para a área de eventos, embelezando ainda mais a riqueza arquitetônica do endereço, além de levar a alegria e colorido do próprio carnaval aos equipamentos. Foi feita também a recuperação dos sete postes coloniais, resgatando sua identidade histórica. O investimento foi de R$ 92.869,07. Para a remodelação do Pátio de São Pedro, foram recuperados sete postes coloniais, instalados sete luminárias LED modelo colonial e 18 projetores LED de 240 watts. O objetivo da revitalização na parte central do local foi, além de contribuir na melhoria da segurança pública, promover valorização arquitetônica e reativação do espaço no período noturno. Por sua vez, a iluminação cênica na fachada da Casa do Carnaval foi feita com nove projetores LED com tecnologia RGB. PONTE – Na Ponte da Boa Vista, conhecida como Ponte de Ferro, a obra foi realizada contemplando a remodelação dos pontos de iluminação pública, sendo instalados 48 projetores RGB com tecnologia LED para iluminação cênica de destaque, 96 projetores LED distribuídos para o passeio público e faixas de rolagem, 04 luminárias de piso destacando as colunas, lampiões de LED e rede elétrica embutida. A ação, além de promover uma iluminação de destaque a fim de realçar a beleza arquitetônica da Ponte, também trouxe melhoria e eficientização dos equipamentos de iluminação instalados atualmente na avenida minimizando as intervenções de manutenção preventiva e corretiva. O custo do investimento da obra foi de R$ 302.263,89. A ponte liga a Rua Nova, no Bairro de Santo Antônio, à Rua Imperatriz Tereza Cristina, no Bairro da Boa Vista.

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parque capibaribe

Parque Capibaribe ganhará novo trecho com a urbanização da Vila Vintém

(Da Prefeitura do Recife) Cais da Vila Vintém ficará em área próxima ao Museu Murillo la Greca e abaixo da Ponte do Vintém. Prefeito João Campos visitou espaço nesta sexta-feira (21) A obra de urbanização da Vila Vintém, que integra o projeto do Parque Capibaribe e fica na Zona Norte da cidade, entre os bairros da Jaqueira e Casa Forte, segue avançando. O novo espaço de lazer às margens do Rio Capibaribe começará a tomar forma  com a intensificação dos serviços. O prefeito do Recife, João Campos, visitou a área onde os serviços serão executados. Neste novo trecho, será urbanizada e ganhará uma arquibancada em três níveis de altura que fará uma conexão com um pier que avança sobre o rio, dando acesso à embarque e desembarque de pequenas embarcações. Além disso, também contará com uma área de lazer para crianças, com espaço lúdico. As obras estão sendo executadas pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), em parceria com o Porto Digital e a Prefeitura do Recife, dentro da estratégia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. O projeto tem co-execução do CITinova, iniciativa financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), cujo foco é viabilizar financeiramente projetos de enfrentamento aos principais desafios ambientais. O Cais da Vila Vintém fica na área próxima ao Museu Murillo la Greca e abaixo da Ponte do Vintém (que vai do Carrefour em direção ao Shopping Plaza, na Zona Norte). “A gente está dando início hoje a mais um trecho do Parque Capibaribe, aqui no Cais da Vila Vintém. Vamos ter um novo trecho requalificado, restaurado, na margem do Rio Capibaribe, à disposição dos recifenses para viverem a cidade, protegerem e estarem perto do nosso grande patrimônio, que é o Rio Capibaribe. Aqui é um projeto feito a várias mãos, com a Universidade Federal de Pernambuco, Porto Digital, Aries, Prefeitura do Recife, a ONU, uma captação feita através do GEF e é isso que a gente pode celebrar aqui. São várias instituições que se juntam para poder construir um legado para a cidade. A obra começa agora  e será concluída no início do próximo ano”, destacou João Campos. Os trabalhos de urbanização da Vila Vintém, juntamente com a obra de urbanização já iniciada no Parque do Caiara, na Zona Oeste, configuram os dois novos blocos que se somam ao Jardim do Baobá, a Praça Otávio de Freitas e, mais recentemente, o Parque das Graças, equipamentos conectados ao rio e que já fazem parte da rotina do recifense. A previsão de entrega é o primeiro trimestre de 2023 e o investimento nessas duas urbanizações é  mais de R$ 5 milhões.

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aida pontes

"Segurança, acessibilidade e diversão são as palavras-chave de uma cidade amiga das crianças"

No mês das crianças, a Algomais está discutindo o que é uma cidade amigável para as crianças. Aída Pontes, consultora do projeto Urban95 do Instituto de Arquitetos do Brasil, uma das entrevistadas da reportagem Uma cidade amiga da garotada, publicada na semana passada, do repórter Rafael Dantas, explica os elementos que tornam o espaço público mais convidativo para o público infantil. Dominada por carros, sem cuidado urbano e estético, além de desagradáveis para os adultos, as metrópoles se transformaram em lugares bem repulsivos para os pequenos cidadãos. Quais as características de uma cidade amigável para as crianças?Três palavras chave são importantes quando se pensa em uma cidade amigável para as crianças: segurança, acessibilidade e diversão. Para um ambiente urbano ser pensado para as crianças, ele também é pensado nas pessoas que as acompanham ou são responsáveis pelo seu cuidado. Logo, uma cidade amigável para as crianças necessariamente é uma cidade amigável para todas as pessoas.Para se projetar uma cidade para crianças, é preciso enxergar o espaço urbano a partir dos 95 centímetros de altura, que é a altura média de uma criança de três anos. É projetar espaços que sejam seguros, saudáveis, confortáveis, adequados, inspiradores e criativos. Mais especificamente, garantir a segurança através de um desenho urbano que atrai pessoas a usarem o espaço público e coloca os veículos motorizados no seu lugar, desincentivando o uso de veículos motorizados e priorizando as calçadas e espaços cicláveis. Inserir arborização e paisagismo de forma a garantir a permanência confortável nos espaços públicos, tanto nas ruas quanto em parques e praças. Assegurar a plena acessibilidade na circulação, com um ambiente livre de barreiras arquitetônicas, rampas e travessias adequadas. Tudo isso em um ambiente divertido, com espaços para brincadeiras e aprendizagem. "Desenhar ou redesenhar as ruas urbanas através da perspectiva das crianças nos mostra por que é necessário elevar o padrão de segurança, acessibilidade e diversão. O ambiente pode ter efeitos de longo prazo sobre a saúde das crianças, em seu desenvolvimento físico e cognitivo e no bem-estar social. Quando as lideranças da cidade investem em um projeto de ruas que seja bom para as crianças, criam ruas que atendem melhor a todas as pessoas." Quais os principais pontos críticos das metrópoles brasileiras atualmente em relação às crianças?O planejamento voltado à primeira infância deve pertencer a todos os setores da sociedade, especialmente quando se pensa em instituições governamentais. Apesar da importância do tema, as políticas públicas no Brasil ainda estão engatinhando no entendimento que focar na primeira infância é central na construção de uma sociedade com um futuro mais promissor, e que traz benefícios para toda a sociedade.Dados da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, no site Primeira Infância Primeiro, mostram que falta acesso a creches a ⅓ das crianças entre 2 e 3 anos e que apenas 26% das crianças que estão no quartil mais pobre da população estão em creches.É preciso reorientar as políticas públicas para que haja investimento na orientação das cidades pensadas na primeira infância, invertendo a lógica que vem sendo dada nas cidades: no lugar de priorização dos transportes motorizados, priorizar uma cidade na escala humana, onde você tem a oportunidade de ter a maioria das suas necessidades cotidianas de uma cidade a uma distância caminhável - a exemplo da cidade de 15 minutos.Existem diversos guias e orientações para que os tomadores de decisão, gestores e demais profissionais estejam habilitados a lidar com a linguagem do desenvolvimento infantil. É preciso que a informação chegue nesse grupo e que eles sejam sensibilizados a garantir espaços urbanos mais completos, onde as famílias possam prosperar de modo saudável. Como uma cidade pensada para as crianças contribui para o desenvolvimento delas?Fácil. Uma cidade acolhedora é aquela que forma bons cidadãos. Garantir um bom alicerce no desenvolvimento de uma criança é imprescindível e esse crescimento saudável passa por cuidados pessoais, como acesso a médicos e nutrição adequada, mas também cidades com espaços seguros e saudáveis, contando com planejamento e design urbanos que incorporam as necessidades de bebês, crianças na primeira infância e seus cuidadores.Crianças nos primeiros anos de vida e, principalmente, bebês e mulheres grávidas fazem parte de um grupo que são mais suscetíveis a impactos negativos causados pelo sistema urbano, impactos esses que podem ter efeito para o restante de suas vidas. Segundo o guia Urban 95:“O cérebro de uma criança cria mais de um milhão de novas conexões neurais por segundo. As primeiras experiências de vida, particularmente entre o nascimento e os três anos de idade, influenciam quais conexões serão reforçadas, estabelecendo uma base sólida para futuras funções cerebrais de nível superior, e quais conexões serão limitadas, deixando uma criança sujeita a ficar para trás.”Para criar uma base sólida como um futuro adulto, é importante estimular o desenvolvimento cerebral saudável ainda nos primeiros anos de vida, proporcionando ferramentas necessárias para conquistas educacionais, produtividade econômica, cidadania responsável, saúde ao longo da vida, comunidades fortes e parentalidade bem-sucedida para as futuras gerações. A provisão de um ambiente urbano adequado, é o cenário que as crianças necessitam para se desenvolver de forma saudável e se tornarem adultos saudáveis.

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rua bom jesus Recife

Bairro do Recife ganha esquema especial para dar mais espaço e segurança aos pedestres

(Da Prefeitura do Recife) Ação acontecerá sempre aos domingos  e devolve a turistas e munícipes a plenitude das ruas para contemplação de um dos mais belos bairros da cidade. Medida será possível através de suspensão de circulação e estacionamento de veículos em cinco vias do Recife Antigo. De olho na ampliação da política da Prefeitura do Recife em estimular cada vez mais uma mobilidade centrada nas pessoas e não apenas nos veículos, a Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) -  iniciará, neste domingo um esquema especial de ordenamento com proibição de estacionamento e circulação de veículos em cinco vias para garantir maior acessibilidade de munícipes e turistas. Entre as 0h e 18h dos domingos, a população irá ganhar a plenitude das ruas do Bom Jesus (entre a Avenida Barbosa Lima e Rua do Observatório), Rua Domingos José Martins (entre a Avenida Barbosa Lima e a Rua Barão Rodrigues Mendes), Rua da Guia (entre a Avenida Barbosa Lima e a Rua Barão Rodrigues Mendes), Avenida Alfredo Lisboa (do Marco Zero até as imediações da Torre Malakoff) e toda extensão da Rua Barão Rodrigues Mendes.  A iniciativa acontecerá todos os domingos e visa aumentar o espaço para pedestres em um dos mais emblemáticos pontos turísticos do Recife. O trabalho  será conduzido pela Secretaria Executiva de Controle Urbano, em parceria com a CTTU, Guarda Municipal e o programa Recentro. Os bloqueios serão instalados pela Autarquia de Trânsito e Transportes do Recife (CTTU) a cada domingo, quando agentes e orientadores de trânsito estarão nos locais para auxiliar o trânsito e visam deixar dentro do perímetro das cinco vias apenas os comerciantes autorizados e a tradicional Feirinha do Bom Jesus, estimulando ainda mais a mobilidade ativa no local, que é um convite à contemplação. A circulação de veículos segue permitida na Rua do Apolo e Avenida Barbosa Lima. Às pessoas que pretendem ir ao Bairro do Recife em seus veículos, a Prefeitura alerta para que sempre observem os locais onde o estacionamento é permitido. No bairro do Recife, três vias já foram pedestrianizadas nos últimos anos: a Avenida Rio Branco, Rua da Moeda e Rua do Bom Jesus. As mudanças representam benefício para mais de 45 mil pessoas que transitam no Recife Antigo diariamente - e além de promoverem maior segurança viária, proporcionam uma vivência diferenciada da cidade. Outra iniciativa de mobilidade para as pessoas é a adoção das áreas de trânsito calmo, ou urbanismo tático. Desde 2019 já foram implantados 44 espaços, sendo 20 deles desde 2021.

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Suape entrega praça para moradores da Comunidade Engenho Massangana

(Do Complexo de Suape) O espaço de lazer e convivência fica localizado em frente à Estação Compartilhar e conta com equipamentos de lazer, jardins e coreto Os moradores da comunidade Engenho Massangana, localizada no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, passaram a contar, desta quinta-feira (13), com novo equipamento de lazer e de convivência. Contemplando uma área de quase dois mil metros quadrados, a praça da localidade, ainda sem nome definido (a ser escolhido pelos moradores), foi revitalizada pela estatal portuária e já se encontra pronta para atender ao público de todas as idades. A solenidade de inauguração contou com a presença do diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão; do prefeito do Cabo, Keko do Armazém; e de representantes da comunidade, da autarquia portuária e do poder executivo. O equipamento foi entregue, oficialmente, à municipalidade, que ficará responsável pela manutenção da praça. Com o aporte de R$ 859.449,39, provenientes de recursos próprios da empresa Suape, a requalificação do espaço beneficia 324 famílias da comunidade e demais moradores do entorno. “Uma boa gestão se faz com parcerias. Agradeço a Roberto Gusmão e toda a equipe de Suape pelo excelente trabalho que estão desempenhando na comunidade. Aqui, vemos um gesto que, aparentemente, parece simples, mas tem grandiosidade. As crianças já estão brincando, os adultos se divertindo. Enfim, é o coroamento de um trabalho realizado por muitas mãos”, agradeceu o prefeito Keko do Armazém. O projeto, desenvolvido pela Diretoria de Engenharia de Suape, foi aprovado pelos representantes da comunidade em reuniões promovidas pela Coordenadoria de Assistência Social do atracadouro. O equipamento conta com área de lazer infantil, academia, mesas e bancos de concreto em ambiente aberto e coberto, pista de cooper, campinho de areia e rampas de acessibilidade. No local, foram plantadas 29 mudas de acácia (Vachellia farnesiana) de médio porte, espécie conhecida pelas flores amarelas e por ser muito usada para fins paisagísticos.  Segundo o diretor de Engenharia da estatal, Cláudio Valença, o projeto teve por objetivo criar uma área verde que desempenhasse função ecológica, paisagística e recreativa. “O espaço estava degradado, sendo usado até como estacionamento. A nossa intenção foi entregar um ambiente agradável, com equipamentos públicos sintonizados com as demandas locais e propiciar melhorias na qualidade de vida dos moradores da comunidade e da região”, salientou. Para o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, o novo equipamento simboliza a atenção que a gestão do complexo tem dado às comunidades inseridas em seu território estratégico. "Sempre tivemos a preocupação de promover ações e projetos sociais voltados para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Suape não é apenas um complexo industrial portuário. Representa algo muito maior. É um projeto de desenvolvimento sustentável, com foco na melhoria das condições ambientais e sociais da região e das comunidades nela inseridas”, pontuou. “Uma obra como essa beneficia a todos, desde crianças, com o parquinho, aos adultos e idosos, que podem aproveitar o espaço para se divertir, jogar, conversar. Estamos muito felizes, e só tenho a agradecer a todos os profissionais que ajudaram a transformar nosso sonho em realidade”, agradeceu o morador Amaro Bartolomeu. INTEGRAÇÃO SOCIAL A requalificação da praça foi um compromisso firmado pelo Complexo de Suape com os comunitários em janeiro deste ano, durante a inauguração do espaço Estação Compartilhar. Para o diretor de Articulação Social e Gestão Fundiária de Suape, João Alberto Faria, a praça passa a ser uma extensão do equipamento e se torna realidade para celebrar os nove meses de funcionamento da unidade. “Desde a inauguração, a Estação Compartilhar registra uma frequência mensal de 300 a 400 pessoas. Mais de 4 mil pessoas já visitaram o espaço e cerca de 1.000 já participaram das mais de 80 atividades promovidas no período, entre oficinas, cursos e rodas de conversa. Com essa entrega, a perspectiva é de que mais gente se sinta atraída para frequentar o centro multifuncional”, comentou João Alberto. A Estação Compartilhar dispõe de biblioteca com cerca de 700 livros, computadores com acesso gratuito à internet, sala multimídia, espaço infantil, cozinha-escola e área externa para atividades recreativas. No espaço, há atividades de incentivo à leitura e realização de cursos para capacitação dos moradores da região.

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Casacor desembarca no Chanteclair neste sábado

Com o tema Infinito Particular, a mostra deste ano ocupa o icônico edifício apresentando 25 ambientes a partir do dia 15 É grande a expectativa para a abertura da CASACOR Pernambuco 2022, no próximo dia 15 de outubro. A mostra deste ano marca também a reabertura do Edf. Chanteclair, um dos mais imponentes do Recife Antigo, e que estava fechado há mais de 20 anos. O tema da mostra de 2022 é Infinito Particular, em diálogo perfeito com o Chanteclair – um prédio finito, mas com uma dimensão única e esplendorosa. A edição deste ano ficará em cartaz até 27 de novembro, lá no Chanteclair (edifício pertencente à Santa Casa de Misericórdia, mas é cedido à Realesis Empreendimentos, gestora do Complexo Paço Alfândega), que fica situado na Marquês de Olinda, 286, no bairro do Recife Antigo. A CASACOR Pernambuco 2022 vai contar com 25 ambientes (somados à iluminação da fachada) de jovens talentos e nomes consagrados na arquitetura e no design brasileiros, escolhidos pelo olhar multidisciplinar da curadoria da mostra, que busca sempre revelar variados estilos, olhares e vivências. Os projetos vão ocupar o térreo e o mezanino do Chanteclair, entre apartamentos, estúdios, lofts, ilhas de bem-estar e operações de restaurante, bar, café, loja de óculos design e até uma praça modelo pet friendly, que fazem parte desta edição da CASACOR. O projeto de iluminação da área externa da mostra foi todo feito por um dos maiores luminotécnicos do Brasil, Carlos Fortes, e será um dos legados deixados para a cidade. A ideia é que na edição do próximo ano, que também vai acontecer no edifício, Fortes complete a iluminação do prédio completo deixando esse presente para o Recife. “Para nós, um dos pontos centrais da mostra é o que vai ficar para a cidade. Este ano, conseguiremos deixar parte da iluminação do prédio, graças a essa parceria que fizemos com Carlos Fortes e a LightSource. Mesmo depois do fim da CASACOR, teremos parte do Chatenclair iluminado. No ano que vem, completamos essa entrega”, comemora Isabela Coutinho, uma das diretoras da mostra. Os visitantes vão conhecer os projetos de André Carício, Ana Cristina Cunha, Ana Moura e Ana Higino, Camila Bittencourt, Casa Arquitetura, Cecília Lemos, Cadu Arquitetura, Dubeux Vasconcelos (Luiz Dubeux e João Vasconcelos), DV Arquitetos (Diogo Viana), Daniela Pessoa, Fábrica Arquitetura, LM Arquitetura (Luciana Dias e Mariana Carvalho), Juliana da Mata, Ju Nejaim, Marylia Nogueira, Marabuco Arquitetos, Módulo 4, Nejaim Azevedo, Patrícia Janine, Polígonus, Rafaela Bitencourt/Lorena Veloso, Romero Duarte, Tiago Monteiro, Vieira ao Quadrado, Vitru Arquitetos (Magno Costa/Thaísa Tenório). Desde 2016, Carla Cavalcanti, Gabriela e Isabela Coutinho estão à frente da gestão da mostra em Pernambuco. “Faremos uma CASACOR com todo respeito e admiração que temos pelo edifício Chanteclair, será um resgate do Bairro do Recife, do incônico equipamento, unido à CASACOR, para a nossa cidade, mantendo a experiência que tivemos em edições passadas, como a de manter esses espaços de acesso gratuito à população”, conta Isabela Coutinho.Como acontece todos os anos, a CASACOR PE reserva parte da verba arrecadada com a mostra e reverte em doação para algum projeto social. O escolhido para esta edição é a Casa Zero, espaço sociocultural de criatividade, empreendedorismo social, inovação cultural, educação e impacto social, recém-inaugurada na Rua do Bom Jesus. Esse ano também marca os 35 anos da CASACOR. Os ingressos para a CASACOR PE 2022 podem ser adquiridos no site https://casacorpe.byinti.com/ aos valores de R$70 (inteira), R$55 (entrada social mediante doação de 1kg de alimento na entrada do evento) e R$35,00 meia-entrada estudante, idoso, PcD, doadores de sangue ou medula óssea e meia entrada professor (mediante comprovações). Lembrando que arquitetos e urbanistas têm desconto de 20% mediante a apresentação da carteira profissional do CAU e crianças de até 12 anos não pagam ingresso. A Praça Modelo e as demais operações, podem ser acessadas sem o ingresso da mostra. OPERAÇÕES Além da Praça Modelo, quem for à CASACOR 2022 também poderá experimentar comidinhas saudáveis, feitas no Bistrô Recentro, que será comandado por Manu Tenório e funcionará durante toda a mostra. Na mesma área operacional, também haverá o Restaurante Vivix, operado pelo Kisu, servindo comida contemporânea e japonesa e o prato Gambrinus – filé ao Chateaubriand, em homenagem ao famoso restaurante que já funcionou no Chanteclair. Ainda na área de comes e bebes, vai funcionar o The Bar da Diageo, com assinatura do Tresor (mesmo grupo Kisu), servindo drinks autorais. No local ainda vai ter a Galeria de Arte Popular e a loja de óculos design, Gus Eyewear. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:Operacionais (restaurante, bistrô, bar e lojas):De terça a sábado, das 12h às 22h Domingos e feriados, das 12h às 20hVisitação na mostra: De terça a sábado, das 14h às 21h (visitação até 22h) Domingos e feriados, das 12h às 19h (visitação até 20h)Valor dos ingressos: R$70,00 – InteiraR$55,00 – Entrada social (mediante doação de 1kg de alimento na entrada do evento) R$35,00 – Meia entrada estudante, meia entrada idoso, meia entrada PcD, meia entrada doadores de sangue ou medula óssea e meia entrada professor (mediante comprovações)

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Por uma cidade amiga da garotada

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais A s cidades como conhecemos foram pensadas e construídas por adultos. Arranha-céus, vias rápidas para carros, centros urbanos esquecidos e poucos parques são uma realidade na maioria das metrópoles. Mas, como seriam esses espaços se as crianças fossem consultadas? O que os pequeninos observam, valorizam ou rejeitam quando estão no espaço público? Essas são algumas perguntas feitas por organizações focadas no desenvolvimento infantil e no urbanismo sustentável que tem o objetivo de provocar mudanças na organização dos bairros e municípios. Cecília Gomes, 4 anos, moradora de Olinda, gosta de sair de casa para parquinhos, praia e para o shopping. Ela disse também que gosta de andar na rua com os pais. Quando perguntada sobre o que ela aprecia quando sai de casa, a pequena não hesitou em lembrar dos brinquedos e da arborização. “Brincar no parquinho. Correr. Gosto de balanço e escorregador também. Árvores grandes. Gosto das árvores porque têm passarinhos”. Quem tem os gostos semelhantes aos de Cecília é a pequena Pâmela Cavalcanti, de 6 anos, que mora em Petrolina. Entre sair ou ficar em casa, ela prefere um bom passeio em família. “Gosto de parque e shopping. Não gosto de buracos na rua. Gosto de parque de diversão e rua sem buracos”, afirmou a criança. Para captar as percepções das crianças, pais e cuidadores, existe no Brasil a Rede Brasileira Urban95, uma iniciativa da Fundação Bernard van Leer e do Instituto Cidades Sustentáveis, com o objetivo de promover programas e políticas públicas voltadas ao bem-estar e qualidade de vida das crianças. “O ponto de partida é a possibilidade de escutar o que é uma cidade boa para elas. Escutá-las nos seus territórios, sobre os espaços relacionados à escola e aos seus arredores, ao trajeto. Uma cidade boa permite que elas exerçam seu papel de investigadores ao brincar. Normalmente elas estão sempre explorando coisas novas, pessoas novas. É importante criar oportunidades para elas aprenderem com os espaços, exercendo a sua curiosidade, com as pedrinhas, a natureza, as cores, a água que escorre”, afirma Cláudia Vidigal, representante do Brasil da Fundação Bernard Van Leer. Leia a reportagem complta na edição 199.1 da Algomais: assine.algomais.com

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Rio Capibaribe Wikipedia

A trágica urbanização brasileira, o Recife e a possibilidade de redenção

O Brasil é um dos países de mais rápida e avassaladora urbanização do mundo. Passou de um percentual de 31% da população urbana (e 67% rural), em 1940, para 84% da população urbana (e 16% rural), em 2010. Como o Censo de 2020 ainda não foi feito, estima-se que o percentual já esteja hoje acima de 86%. Esse fluxo campo-cidade, acentuadíssimo, funcionou, sobretudo para as cidades mais antigas do País, como um fator de desorganização urbana de proporções nunca antes vivenciadas por elas. Rio de Janeiro, Salvador e o Recife, em especial, sofreram demais. O Recife, por exemplo, a mais antiga das três (pois é a capital mais antiga do País, a primeira a completar 500 anos em 2037) e centro regional desde a colonização, teve a sua população duplicada, de 500 mil, em 1950, para 1 milhão de habitantes, em 1970. Do início do Século XX até 1970 este crescimento foi de 10 vezes, de 100 mil para 1 milhão de habitantes. Além de um “tsunami” populacional dessas proporções, como popularmente se diz, “por cima de queda, coice”. Esse fenômeno migratório nacional e regional, digamos assim, foi coadjuvado por outro de proporções mundiais: a fenomenal ascensão do veículo individual motorizado, o nosso querido automóvel que, atuando como uma espécie de “gás” sólido, se expande até ocupar praticamente todo o espaço viário disponível. Atualmente estima-se que os veículos individuais motorizados ocupam, só eles, 80% de todo o espaço viário nas cidades brasileiras (considerando as calçadas como inclusas no espaço viário). No caso do Recife, que passou cerca de 4/5 (ou 80%) de sua história de vida sem veículos motorizados, essas duas “catástrofes” concatenadas contribuem para a frequente conquista periódica do “título” de uma das cidades mais engarrafadas (do País ou do mundo, dependendo de quem “mede”). Isso por se tratar de uma cidade de muitos rios e canais que forçam o trânsito estreitado a passar frequentemente por pontes. Além disso, devido à sua idade, praticamente toda a malha viária da chamada Zona Norte da cidade foi traçada antes da chegada do automóvel (diferente da malha da Zona Sul que foi lançada, praticamente toda ela, quando o automóvel já tinha chegado). Por ela passavam pessoas a pé, montadas em animais ou sobre carroças puxadas a equinos ou bovinos. De repente, tiveram que se adaptar à passagem de veículos móveis de, no mínimo, uma tonelada de peso, em duas mãos. Resultado: as vias tiveram que ser alargadas ao máximo, com as calçadas segregadas nas bordas, de preferência as menores possíveis. O fato é que nenhuma cidade do mundo, por mais desenvolvida e/ ou bem aquinhoada com recursos que fosse, passaria sem sérias consequências por uma conjugação de fenômenos tão poderosa e desorganizadora como a ocorrida. Muito menos o Recife que cresceu sobre um sítio de terras frágeis, alagáveis na planície e “dissolventes” nas encostas dos morros que circundam a planície, em forma de anfiteatro, desde Olinda aos Montes Guararapes, ocupados pelo grosso da população que chegava à procura de chão para erguer suas precárias moradias. Além das encostas frágeis de argila, a população habitacionalmente desassistida ocupou também os piores terrenos da planície, aqueles dos “córregos e alagados” como costumava dizer um folclórico prefeito da capital. Além disso, os recursos passaram a ser escassos para uma cidade que, desde há muito até os dias atuais, passou a constituir-se metade “formal” e metade “informal”. A consequência do ponto de vista urbanístico-administrativo foi uma realidade mais próxima do caótico do que de qualquer outra situação menos desordenada. Esta realidade torna-se ainda mais contrastante quando verificamos que no início do Século XX, até a fatídica década de 1940, o Recife chegou a transformar-se numa cidade que se poderia considerar até organizada. Que o digam os filmes do “Ciclo do Recife”, feitos nas décadas de 1920/30 que retratam uma cidade quase “europeia” com belos jardins (Praças da República, Adolfo Cirne, Derby, Sérgio Loreto, Casa Forte, Parque 13 de Maio etc.), bondes elétricos, pontes de ferro e cimento armado, porto e bairro portuário reformados à moda francesa, praticamente 100% saneada por Saturnino de Brito, com sua praia urbanizada etc. Além disso, com um intenso debate urbanístico instalado entre os formadores de opinião, com o aporte dos principais urbanistas da época (fora os locais como Domingos Ferreira, José Estelita e outros), como é o caso de Nestor de Figueredo, Attílio Correia Lima, Ulhôa Cintra. Até o lendário Agache esteve na cidade (e eu desconfio que Le Corbusier esteve por aqui também, a bordo do Zepellim). Pois bem, o que de fato aconteceu foi que, depois dessa espécie de “visita da saúde” urbanística, a cidade só andou, em se tratando de organização e gestão urbana, e qualidade de vida citadina, ladeira abaixo, não obstante os esforços (que, aliás, não foram poucos) de evitar ou reverter a queda geral de qualidade. Viveram os recifenses décadas de efetiva decadência da qualidade de vida urbana que até pareceu sem remédio… Até que, de onde menos se esperava, surge uma possibilidade de salvação: o Rio Capibaribe, tão maltratado, coitado! Uma pesquisa feita, durante 7 anos, em parceria pela UFPE e a Prefeitura do Recife, concluiu que o Rio era não só o nosso principal ativo ambiental como urbanístico também. Capaz de “recosturar” o fragmentado território recifense, transformado numa “colcha de retalhos” pelos loteamentos que se sucederam sem adequada orientação de desenho urbano mas apenas de legislações sem visão de conjunto… Por conta disso, não é exagerado dizer que o que resultou foi um “quebra-cabeças desmontado” que urge remontar e o Capibaribe pode e deve ser essa “linha”, possibilitando a criação de um parque de 30 km (15 km de cada margem), desde sua “entrada” na cidade pelo Bairro da Várzea, até a sua junção com o Beberibe para, nada mais nada menos, formar o Oceano Atlântico… Esse parque nas margens é capaz de articular um sistema de parques que conectará as principais áreas verdes da cidade e, surpresa das surpresas descoberta pela pesquisa UFPE/PCR: transformar, até o seu aniversário de 500 anos (em

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Comunidade da Charneca, no Cabo, ganha quadra poliesportiva colaborativa

No Brasil, a paixão pelo futebol começa nas ruas, dentro dos campinhos de terra batida e das pequenas quadras. Entretanto, muitas pessoas não têm oportunidade de desfrutar de algo que pode parecer simples para muitos: um lugar seguro para jogar. Buscando proporcionar isso para a comunidade de Charneca, que fica no Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife, o projeto “Arena Charneca”, patrocinado pela Solar Coca-Cola, com apoio da Amazon, em parceria com a ONG love.fútbol, inaugurou sua mais nova quadra poliesportiva em Pernambuco. A love.fputbol já atendeu mais 68 mil pessoas e está presente em 55 comunidades, de 14 países, em 5 continentes. Em Pernambuco existem projetos no Recife, Cabo de Santo Agostinho, Garanhuns, São Lourenço e Olinda. Na ocasião, cerca de 300 pessoas da comunidade estiveram presentes, acompanhando o evento que contou com apresentações culturais de grupos da comunidade, falas da Solar Coca-Cola, da Amazon, da prefeitura, da Secretária de Esportes de Pernambuco, das diretoras da escola, que fica ao lado da quadra, da love.fútbol e dos líderes comunitários de Charneca. Além disso também tivemos corte da fita, representando a abertura da quadra e o primeiro jugo de futebol, sendo composto por duas equipes de meninas da comunidade. Além de verem o sonho de um lugar tranquilo para viver sua paixão virar realidade, as crianças desfrutaram de música e um lanche especial. Após o mutirão, o local se prepara para receber algumas atividades, a quadra já está com boa parte da agenda preenchida pelos moradores de Charneca. “A quadra na comunidade hoje, era um sonho que está se tornando realidade, e, sem dúvida, os benefícios são muito grandes quando chega uma quadra pra comunidade. Porque além de trazer momentos de convívio social, momentos de lazer, de cultura para esse povo, é um bem que está sendo dado a comunidade, para que ela possa zelar, possa cuidar. E sem dúvida, é um momento de muita alegria, de muita satisfação para todos nós, estar recebendo essa quadra pelo projeto love.fútbol, que tem essa belíssima iniciativa nas comunidades e que a gente só tem a ganhar, com certeza.”, afirmou Lenilda Maria da Silva, diretora da Escola Municipal Vereador João Ciríaco da Silva. 

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