Urbanismo - Página: 74 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

Fotos do Recife das décadas de 40 e 50 à venda no Museu da Cidade

Fotografias memoráveis do Recife das décadas de 40 e 50 e que já fizeram parte de antigas exposições do Museu da Cidade do Recife poderão ser adquiridas pela população a partir do próximo domingo (16), com o lançamento do projeto "Mercado de Fotos". Além da oportunidade de ter uma bela imagem histórica em sua residência ou onde desejar, quem comprar as fotografias também estará ajudando a financiar futuras exposições do museu. No lançamento do projeto, serão colocadas à venda imagens do Carnaval do Recife dos anos 40, do Rio Capibaribe e das praças do paisagista Burle Marx. São mais de 100 fotografias em preto e branco, com tamanhos que variam de 33cm X 33cm a 40cm X 1m. As imagens também já possuem moldura em PVC, as mesmas usadas nas exposições do museu. Atrás das molduras, constam a identificação do autor, ano da foto, local, e a numeração correspondente negativo (original) que faz parte do acervo do Museu. Os preços variam de acordo com o tamanho das fotos, de R$ 50 a R$ 80, com possibilidade de pagamento à vista ou no crédito. "A iniciativa também é uma forma de 'reciclar', já que vamos utilizar os recursos arrecadados com as vendas em novas exposições. E as imagens, que estavam guardadas, agora serão compartilhadas", afirmou a diretora do Museu da Cidade, Betânia Corrêa de Araújo. A venda no próximo domingo começa às 9h, acompanhando o funcionamento do Museu, que fica no Forte das Cinco Pontas, Bairro de São José. EXPOSIÇÃO - Também no domingo (16), acontece no Museu o lançamento de mais uma exposição do projeto "Novo Olhar", com imagens produzidas pelos alunos da especialização e do curso superior de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco. A série de retratos mostra a beleza, resiliência e positividade das pessoas como deficiência, e também funciona como denúncia de algumas condições que dificultam a vida dessas pessoas. O projeto contou com a parceria da ONG Deficiente Eficiente. A abertura da exposição acontece às 16h. SERVIÇO: Projeto Mercado de Fotos 16 de dezembro, domingo, às 9h No Museu da Cidade do Recife

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Caminhada sobre o Estilo Arquitetônico do Ferro no Recife acontece domingo

O grupo Caminhadas Domingueiras fará no próximo dia domingo, dia 9 de dezembro, o circuito do Estilo Arquitetônico do Ferro no Recife. O ponto de partida será no Cais da Alfândega. Conduzido pelo arquiteto e consultor Francisco Cunha, os participantes passarão pelos Bairros de Santo Antônio e São José, com visitas no Mercado de São José, na Casa da Cultura e no Museu do Trem. Não é necessária inscrição para acompanhar o grupo. Serviço Data: Domingo 09.12.18 Ponto/Hora de Encontro: Cais da Alfândega, em frente ao Shopping Paço Alfândega, junto à estátua do poeta Ascenso Ferreira sentado, às 8h. Percurso: Bairros de Santo Antônio e São José com visitas ao Mercado de São José e à Casa da Cultura. Encerramento: visita ao Museu do Trem, na antiga Estação Central que está comemorando 130 anos de inaugurada. Hora Prevista de Finalização: 11h.

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São José e Santo Antônio: região dos contrastes

Santo Antônio e São José são bairros centrais do Recife marcados por diversos contrastes. De um passado protagonista, para um presente coadjuvante na dinâmica da cidade. Do patrimônio arquitetônico de valor mundial, às paredes descascadas e pichadas dos edifícios abandonados. De ruas comerciais com intensa movimentação durante o dia a pátios vazios e marginalizados à noite. Para compreender essa realidade, iniciamos a partir desta edição uma série de reportagens sobre os desafios para reabilitação dessa região histórica da capital pernambucana. O Forte das Cinco Pontas, o Mercado de São José e a Estação Central são algumas edificações que marcam a identidade recifense e pernambucana. Além delas, um conjunto de prédios eclesiásticos que incluem a Basílica da Penha, a Capela Dourada, a Matriz de Santo Antônio e a de São José, entre tantos outros, são relíquias da arte sacra e da arquitetura religiosa que resistem a uma degradação intensa que afeta a região. Lugares com grande potencial para o turismo, mas pouco acionados pelo trade turístico por causa do entorno nada convidativo para os visitantes. Os lojistas se queixam do comércio informal e da falta de segurança. Para os trabalhadores e consumidores do local, as calçadas irregulares e a dificuldade de mobilidade − pelas ocupação desordenada do espaço, e pelo transporte público pouco eficiente − são alguns dos problemas mais graves. Esses são alguns dos principais sintomas dessa região adoecida, que tem como contraponto a todas essas barreiras uma inacreditável dinâmica. O comércio popular forte, com uma diversidade de produtos e serviços que não se encontra em outros lugares da cidade, gera uma circulação de pessoas que se assemelha aos corredores de muitos shoppings. “O principal problema hoje é a falta de ordenamento do comércio informal. O Recife tem muito essa característica do comércio ambulante, não queremos que acabe, mas precisa ser controlado. Isso é fundamental para melhorar o fluxo de pessoas nos bairros. Também pedimos melhorias na segurança, com um policiamento mais ostensivo”, aponta Cid Lôbo, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Recife). Numa caminhada breve pela Rua das Calçadas ou pela Avenida Dantas Barreto é fácil entender o incômodo apontado por Lôbo. Produtos dispostos no passeio somam-se às calçadas desniveladas e feitas com todos os tipos de materiais (com cerâmica, pedras portuguesas, lajota). De brinquedos e eletrônicos made in China, às panelas e frutas de todas as cores compõe-se o painel de produtos dispostos no chão ou pendurados nas paredes. O emaranhado de fios nos postes e as placas e banners expostos nas ruas compõem a poluída paisagem urbana dos bairros, que o leitor pode conferir na foto ao lado. O diagnóstico feito pelo sócio-diretor da tradicional loja Irmãos Haluli, Paulus Haluli, aponta para a necessidade de organizar questões urbanísticas básicas. “Precisamos de ruas onde seja possível o pedestre caminhar, com a garantia de segurança e com banheiros públicos decentes. Nem entro no mérito sobre a necessidade de estacionamento, mas esse tripé básico no cuidado do espaço urbano não existe”, declara o empresário. Paulus afirma que até bem pouco tempo chegava ao trabalho de transporte público, mas a insegurança fez com que mudasse a rotina e passasse a se deslocar de Uber até a loja. “Infelizmente os furtos são uma constante. Desisti de vir trabalhar de ônibus, porque já tentaram me assaltar”. Ele lamenta também a situação do Mercado de São José. “Infelizmente os turistas que visitam o bairro encontram o mercado em condições tristes, com um banheiro da Idade Média”, critica. Para os especialistas, há motivações locais que geraram o abandono de São José e de Santo Antônio, como intervenções urbanísticas pouco eficientes ao longo das últimas décadas. Mas, eles ressaltam que em muitos países houve um fenômeno perverso de esvaziamento dos centros urbanos, que afetou também a capital pernambucana. “Os problemas que encontramos hoje no Centro do Recife são dificuldades sofridas pelas cidades europeias no século passado e que foram superados com muita garra”, afirma a arquiteta e professora da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), Amélia Reynaldo, em audiência pública realizada na Câmara do Recife, promovida pelo vereador Jayme Asfora para discutir soluções para a região. Nessa ocasião, a CDL sugeriu que fosse incluído no Plano Diretor da cidade um dispositivo que obrigue o poder público a fazer um plano específico para o Centro que contemple as esferas econômicas, ambientais, sociais e espaciais. A especialista ressalta que grandes destinos turísticos internacionais dos nossos dias, como Paris e Barcelona, estavam esvaziados, com prédios históricos ameaçados, ruas tomadas por veículos e com área comercial completamente desregulada em meados do século passado. “As cidades fediam, o comércio informal estava colado a edifícios notáveis, que estavam em ruínas. Era uma situação que se parecia muito com a realidade do Recife que conhecemos”, conta a arquiteta. A negação do Centro da cidade no mundo todo teria origem na teoria dos higienistas de que esses locais não serviam para habitação e que todo o espaço precisava ser renovado e, posteriormente dos racionalistas, que sugeriram a demolição das quadras e prédios insalubres para a verticalização das cidades, preservando apenas alguns edifícios simbólicos. No Recife, o processo de “modernização” desses bairros contribuiu significativamente para o esvaziamento do seu uso para moradia. Apesar dessa análise histórica, Amélia avalia que o caso do Centro do Recife − considerando um espaço que extrapola esses dois bairros − tem mais potenciais que dificuldades. “A região é uma oportunidade, muito mais do que um problema. Temos uma geografia fantástica, um patrimônio cultural incrível e um comércio dinâmico, que não existe nada que não se encontre nele”, elogiou a arquiteta. O camelódromo e a localização dos pontos de ônibus são alguns dos aspectos a serem modificados na opinião do arquiteto e urbanista José Luiz da Mota Menezes. “As estações de BRT na Avenida Guararapes deveriam ser removidas e colocadas mais adiante. Quem desce hoje nessa via precisa seguir a pé um longo percurso até a área comercial”. A quantidade excessiva de linhas de ônibus em algumas paradas, como na frente da Praça do Diario de Pernambuco, também foi criticada pelos

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Por um bairro todo caminhável

O Bairro do Recife hoje é uma ilha, embora tenha começado como um pequeno povoado portuário na ponta do istmo que ia desde o sopé das colinas de Olinda até o estuário dos rios Capibaribe, Beberibe, Jordão, Tejipió e Jiquiá, de frente para a linha dos arrecifes que protege a costa da “fúria do mar” e propiciou à localidade excelentes condições para o aportamento de navios, desde os primórdios da colonização, no início dos anos 1500. A região virou ilha com a abertura de uma passagem do Rio Beberibe direto para o mar, hoje junto ao Terminal de Açúcar, durante os trabalhos inconclusos de construção de uma base naval (que terminou sendo transferida para a cidade de Natal), no final da década de 1940. Uma área importante do bairro ainda é ocupada por atividades portuárias, mas a maior parte é destinada a atividades comerciais e de serviços que tiveram um grande incremento após a instalação do Porto Digital lá no início dos anos 2000. Pois é, justamente, neste território hoje insular que acontece no mês de novembro a segunda versão do festival Rec’n’Play que, dentre outros temas, conforme pode ser visto em matéria desta edição da Algomais, vai tratar de cidades inteligentes. Na versão do ano passado, tive oportunidade de coordenar no próprio festival uma oficina sobre a caminhabilidade no bairro (inclusive com caminhada guiada) e uma das conclusões a que chegamos foi que a cidade inteligente é caminhável ou, então, não é inteligente! Este ano proponho que a discussão se amplie para avançar em direção a uma primeira proposta de caminhabilidade radical da parte que não é porto na ilha do Recife. Um exemplo muito bom que pode servir de referência para isso é o chamado Boulevard Rio Branco cuja pedestrianização a prefeitura inaugurou no final do ano passado. E se todo o bairro fosse daquele jeito ali? A justificativa para isso é que muita gente já circula por lá e as distâncias no bairro são perfeitamente percorríveis a pé, desde que, claro, a condições de caminhabilidade (como regularidade do piso, acessibilidade, sombra, fachadas ativas, etc.) sejam garantidas. Isso, sem excluir os carros como pode ser visto no Boulevard Rio Branco. Parece ousado? Mas para que uma coisa possa vir a ser implantada, algum tipo de de antecipação “sonhática” precisa existir. Como disse o escritor francês Victor Hugo: “Nada como o sonho para construir o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”.

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10 fotos da Praça da República Antigamente

No dia em que comemoramos a Proclamação da República, a coluna Pernambuco Antigamente publica uma série de 10 fotos da Praça da República, no Recife. Selecionadas do acervo da Villa Digital, as imagens destacam a vegetação e a beleza dos prédios do entorno dessa praça histórica do Recife, como o Palácio do Campo das Princesas, o Teatro Santa Isabel e o Palácio da Justiça. Clique nas fotos para ampliar a imagem. Vista da Praça para o Teatro Santa Isabel em 1901 (segundo descrição do Acervo Josebias Bandeira) Vista da Praça da República em 1905, segundo o acervo Manoel Tondella Postal da Praça em 1908   Praça da República em 1920, com vista para o Prédio do Tesouro do Estado Destaque para arborização em frente ao Palácio do Campo das Princesas Estátua do Conde da Boa Vista Destaque para o Baobá, em 1940, na foto do Acervo Benício Dias   Destaque da Praça nas proximidades do Palácio da Justiça Fonte Luminosa Vista aérea da praça *Faça sugestões de posts ou mande suas fotos antigas da cidade para o e-mail: rafael@algomais.com

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Novo espaço de lazer será inaugurado na Orla de Brasília Teimosa

A comunidade de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, inaugura neste sábado (17), o campinho e espaços de lazer públicos requalificados pelos próprios moradores. A inauguração da Arena Brasília Teimosa terá início às 15h, no campinho localizado na orla do bairro. Haverá cerimônia de corte da fita com representantes da comunidade e das instituições envolvidas na ação, apresentações de grupos culturais locais de Capoeira, Frevo, Maracatu e danças populares e as partidas de futebol inaugurais. O projeto, realização da love.fútbol, foi financiado por campanhas de arrecadação de fundos da ONG estadunidense Negus World e da love.fútbol Japão. No total, as organizações levantaram 71 mil reais para a iniciativa, que contou também com recursos do Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife; com a coordenação local do projeto social Driblando o Crack; e com o apoio Prefeitura do Recife, que doou tintas, material de grafitti e mudas, viabilizou a melhoria da iluminação do entorno e a liberação de uso do terreno para o projeto. Este é o sexto projeto da love.fútbol em Pernambuco e o primeiro realizado na capital do estado, sede da organização no Brasil. "Estou muito feliz por poder representar os 200 japoneses que doaram para a realização desse projeto, que vai contribuir com a vida de tantas crianças. É muito bonito como as pessoas estão participando ativamente dele, pelas crianças e pela comunidade. Isso nos mostra como o espaço é uma plataforma para conectar pessoas", afirmou o fundador do capítulo japonês da love.fútbol Ryoya Kato, que veio ao Brasil para acompanhar o projeto e a inauguração. Kato coordenou a campanha de doação online, no Japão, realizada no primeiro semestre deste ano. Já a Negus World, anualmente realiza a "Negus World Wide Party", festa que ocorre simultaneamente em diversos países, em prol de projetos sociais. A edição de 2015 foi dedicada à realização de um projeto love.fútbol no Brasil. Na ocasião, o grupo criou uma música exclusiva para a campanha, chamada "Tamo Junto", que mistura ritmos brasileiros e afroamericanos. "Ficamos felizes em contribuir com as crianças do Recife com a nova arena. Escolhemos o Brasil porque depois da Copa do Mundo de 2014, percebemos que muitas crianças ficaram de fora desse grande evento e assim buscamos a love.fútbol. Naquela edição, contamos com 20 comunidades diferentes, de diversos países, como por exemplo Senegal, Uganda e China. Conectar comunidades por meio da música e de eventos simultâneos nos permite compartilhar e aprender sobre nossas culturas, dando início a um processo reparador. É um momento em que nós não pensamos sobre todas as coisas que geram preconceitos no mundo", explicou o co-fundador e Diretor Executivo da Negus World Johwell St-Cilien, que também está no Recife para acompanhar o projeto e a inauguração. O campinho, localizado na faixa de areia entre a Avenida Brasília Formosa e o quebra-mar, recebeu novas traves, alambrado de eucalipto tratado e redes de nylon, para evitar a "fuga" das bolas para áreas de risco para as crianças. O entorno também passou por requalificação com pintura de parques infantis, grafitagem de muros, instalação de bancos, pergolado, lixeiras, traves de futevôlei e placas de sinalização para conscientizar motoristas a reduzirem a velocidade ao passar pelos espaços e os cidadãos a cuidar da manutenção dos equipamentos. Desde a fase inicial, de mobilização dos moradores do bairro até a fase final, voluntários da comunidade dedicaram mais de mil horas de trabalho ao projeto. No mutirão realizado no dia 10 de novembro, 110 voluntários colaboraram com atividades de construção, pintura de equipamentos de lazer, limpeza da orla, plantio de mudas e instalação de sinalização de segurança e atitude cidadã no entorno do campo. "O mutirão do último sábado me fez acreditar que quando estamos juntos tudo é possível. Foi muito gratificante trabalhar de novo com algumas pessoas, como no começo de tudo no bairro. O projeto traz uma oportunidade de usar a orla de Brasília Teimosa de uma forma recreativa e educativa", afirmou Celeste Valença, 62 anos, voluntária e Capitã de Meio Ambiente da Rede de Vizinhos formada durante o projeto. Antes do projeto ter início, o espaço era usado para as atividades do Driblando o Crack, que atende 130 crianças e jovens do bairro; e por uma média de 270 pessoas por semana. "A expectativa é que esse número cresça e que a comunidade use e se aproprie cada vez mais do espaço, tanto para lazer quanto para projetos de impacto social. Nosso objetivo em todos os projetos é redefinir o espaço público, criando um sentimento de valorização e apropriação, aproveitando o processo de construção físico para a formação e reforço dos laços e da capacidade da comunidade se organizar coletivamente e liderar seus próprios projetos", explica o Gerente de Projetos da love.fútbol Pedro Leal. Sobre a love.fútbol: A love.fútbol desenvolve, em parceria com as comunidades, campos e quadras de futebol que agem como centros comunitários e catalisadores para mudanças sociais sustentáveis. A comunidade é capacitada para ter um papel de liderança no planejamento, construção e gestão dos espaços. Mais do que campos de futebol, os projetos simbolizam conquistas comunitárias e promovem a apropriação e valorização do espaço público. Desde 2006, a organização já alcançou 33 comunidades rurais e urbanas, na Guatemala, no Brasil, na Argentina, no México, na Índia, no Egito e na Colômbia. Em Pernambuco, a organização já realizou projetos em São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho, Olinda e Garanhuns, no Agreste do estado. Sobre a Negus World: Organização social estadunidense fundada em 2007, com o objetivo de criar conectar comunidades do mundo por meio da arte e de eventos e usar essa conexão para beneficiar crianças em situações de vulnerabilidade em lugares diferentes do mundo.

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Makeathon Comunidades será realizada em Recife

Uma oportunidade de utilizar as facilidades apresentadas pelos meios digitais como forma de fazer a mudança acontecer em lugares reais. Esse é o objetivo da Makeathon Comunidades, projeto resultado da parceria entre a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e o Fab Lab Recife que pretende encontrar soluções práticas e inovadoras para a população que habita a Comunidade do Pilar, no Bairro do Recife. A maratona, que acontece no Fab Lab Recife do Paço Alfândega, tem abertura oficial no dia 30 de novembro e vai até 02 de dezembro, dia em que os protótipos serão apresentados e divulgadas as equipes vencedoras. Os participantes concorrem a 30 mil reais em prêmios. A makeathon, ou hackathon maker, é uma maratona colaborativa que utiliza a fabricação digital para a rápida materialização de artefatos que minimizem ou solucionem problemas urbanos, sobretudo em comunidades em condições de vulnerabilidade social. Projetos já desenvolvidos em Pernambuco por meio da metodologia maker incluem o Parkletric, um parklet com pontos de carregamento USB e wifi gratuita que uniu arte, tecnologia, funcionalidade e estética na Praça do Arsenal; e o Pedeluz, uma luminária fotovoltaica sensitiva criada para prover uma maior sensação de segurança para as pessoas nas calçadas. “Estamos vivendo momentos de grandes e profundas transformações no mundo. As cidades buscam um novo modelo de convivência social, além de participativo, mais colaborativo, onde as pessoas tenham a oportunidade de ser os agentes transformadores de suas próprias realidades. Por isso, precisamos buscar e criar novas ferramentas que ajudem a impulsionar essas expectativas. O movimento da fabricação digital representa a ponta de lança dessas mudanças de comportamento, principalmente por permitir a materialização da nossa capacidade de fazer coisas, de transformar nossas ideias em algo palpável”, analisa Edgar Andrade, CEO do Fab Lab Recife. A maratona no Recife, que é uma ação em comemoração aos 70 anos da Chesf, será dividida em etapas. Primeiro, os organizadores do Fab Lab Recife estarão presentes na Comunidade do Pilar apresentando a ação, realizando uma roda de diálogo sobre cultura maker e também uma dinâmica para identificação das principais questões locais. Nessa atividade, serão selecionados os 10 participantes da comunidade que deverão integrar as equipes da Maratona, trazendo o olhar e a experiência do cidadão-usuário das possíveis soluções que surgirão. A partir do dia 19 de novembro estarão abertas as inscrições em www.fablabrecife.com/makeathonchesf que ficarão disponíveis até o dia 21/11. As vagas serão divididas entre cidadãs (seleção por sorteio) e técnicas (seleção por currículo). No dia 23 será divulgado o resultado com a composição de 10 equipes formadas por cinco pessoas cada. Para que os participantes da Makeathon tenham total capacidade de colocar os seus projetos em prática e conquistar a comissão julgadora, o Fab Lab Recife vai disponibilizar toda sua estrutura, sua equipe de gurus técnicos multidisciplinares, e convidar profissionais do mercado local para mentoria das equipes. Localizado no Paço Alfândega, no Bairro do Recife, o laboratório dispõe de ampla estrutura de maquinário e ferramentas, que inclui: impressoras 3D, cortadora a laser, fresadoras CNC, bancada de eletrônicos com microcontroladores arduino, sensores e diversos componentes, além de um conjunto amplo de equipamentos e ferramentas de marcenaria, como plaina, microrretífica, lixadeiras e serras. Os projetos serão avaliados com notas de 0 a 10 de acordo com os seguintes critérios: impacto social, qualidade e visibilidade e, por fim, criatividade e inovação. A equipe vencedora receberá a premiação em vale compras, equivalentes a R$ 15 mil reais (R$ 3 mil por participante), além da oportunidade de desenvolver o artefato vencedor em escala real no Fab Lab Recife, instalá-lo na comunidade e monitorá-lo por até 03 semanas; a segunda colocada receberá a premiação no equivalente a R$ 10 mil reais também em vale compras (R$ 2 mil por participante); e a terceira colocada, R$ 5 mil (R$ 1 mil por pessoa). De acordo com Cris Lacerda, CTO do Fab Lab Recife e pesquisadora de fenômenos hackathons e makeathons, esses eventos constituem novas ferramentas e métodos de trabalho divertidos, acelerados e atrativos à geração nativa digital. “Jovens de hoje podem não ter experiência, mas são colaboradores natos e têm ideias relevantes com o uso da tecnologia – o que falta é oportunidade e orientação para concretizá-las. Para que isso aconteça, é preciso ter uma cultura empresarial receptiva às novas formas de trabalho, que enxerguem valor na inovação aberta e incentivem essa jovem colaboração externa”, conclui Cris. Fab Lab Recife - Laboratório de Inovação Maker para criativos, empresas, cidades e escolas, que atua no desenvolvimento de novos produtos e na resolução criativa de problemas com o objetivo de estimular a aprendizagem de tecnologias exponenciais de Fabricação Digital e facilitar a prototipagem de ideias que visam Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Social. O Fab Lab Recife nasceu em 2014 - foi o 3º Fab Lab inaugurado no Brasil e o 1º no Nordeste - e é a única iniciativa local da rede mundial mundial de laboratórios de fabricação digital criada pelo MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 2001, que hoje conta com mais de 1.500 laboratórios em mais de 100 países, sendo 68 deles no Brasil. Serviço - Makeathon Comunidades Data: 30/ 11 a 02/12 Período de inscrições: 19 a 21/11 Site para inscrições: www.fablabrecife.com/makeathonchesf Divulgação das pessoas selecionadas: 23/11 Local: Fab Lab Recife – Paço Alfândega. Rua da Alfândega, nº 35, loja 307

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Recife recebe especialistas internacionais para discutir iluminação pública

Para quem entende que a iluminação pública é um elemento essencial no desenvolvimento das cidades, uma boa notícia. O Recife sedia encontro internacional, reunindo especialistas que contribuíram de forma direta para o crescimento econômico e social de suas regiões, a partir de intervenções na iluminação pública. O evento conta com o apoio da Revista Algomais.   O II Seminário Internacional de Iluminação Pública do Recife será realizado nos dias 7 e 8 de novembro de 2018, no Espaço A Ponte (Cais do Apolo, 594, Bairro do Recife), na capital pernambucana.  Esta edição terá como tema “Iluminação pública e inovação: o desafio para as cidades avançarem”.   Entre nomes internacionais já confirmados, o prefeito de La Montagne, Pierre Hay, e os especialistas Dany Joly (Nantes/França), Thomaz Klug (Paris/França), Christophe Canadell  (Bordeaux/França) e Bernhard Dessecker (Alemanha/Munique). Estes profissionais atuaram em projetos que transformaram suas cidades em referência na área de iluminação pública, com ações de requalificação de espaços, promovendo cidadania, incrementando o lazer a economia.   Nesta edição, o evento o Seminário estará conectado a um dos mais importantes festivais de empreendedorismo, criatividade, conhecimento e inovação de Pernambuco, o Rec’n’Play. Projeto do Porto Digital, a iniciativa transformará o Recife em um grande laboratório de experiências digitais criativas, de 7 a 10 de novembro.   Parceiros – Iniciativa da Unidade de Eficiência Energética (UNEE), conta com apoios institucionais da Prefeitura do Recife e dos Consulados da França e da Alemanha e Porto Digital. Entre os parceiros, iniciativas como o Oxe! Minha Cidade é Massa, que incentiva a valorização de espaços públicos no Recife.   A programação está disponível no site www.iluminacaorecife.com.br.   Sucesso – A primeira edição do Seminário Internacional de Iluminação Pública do Recife recebeu mais de 200 participantes, durante os dias 19 e 20 de setembro de 2016. Foram quase 20 horas de um intenso debate, visitas técnicas e troca de conhecimento com renomados profissionais brasileiros e da França, entre eles Laurent Fachard, Dany Joly e Thomas Klug. Eles compartilharam suas experiências em cidades consideradas referências mundiais de iluminação pública de excelência e eficiência energética, como Lyon e Nantes.   O Seminário deixou como legado a consolidação das relações internacionais para fortalecimento da iluminação pública para o desenvolvimento sustentável regional, com a publicação da Carta da França, com princípios a serem observados para o Recife se torne referência em iluminação pública.

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Pães & Delícias celebra premiação e inaugura o Espaço Nelson Barbalho

Eli James Laureano e Rildete Laureano estão em celebração por dois motivos. No mês de outubro a Pães & Delícias foi indicada mais uma vez para o ranking das 100 melhores padarias do Brasil e na semana passada inaugurou o Espaço Nelson Barbalho, homenageando o escritor caruaruense. A premiação é realizada pela revista especializada Baker Top e acontecerá em São Paulo no Espaço Apas no dia 27 de novembro. Os empresários e o seu filho Jonathas Laureano, que também é chefe confeiteiro da padaria irão participar da premiação. Já o novo espaço da Capital do Agreste fica localizado na ‘Rua da Matriz’, Praça Deputado Henrique Pinto. Ele promete ser um novo ponto de encontro para os músicos e contribuir para a melhor a mobilidade do centro da cidade. “A nossa proposta é homenagear o escritor e fazer com que as novas gerações conheçam e saibam da sua importância para a cultura da cidade e presentear Caruaru com um novo ponto turístico bem no centro comercial, acessível a todos”, explica Eli James. O memorial homenageia o escritor caruaruense em seu centenário. A inauguração foi prestigiada com presença da filha de Nelson, Valéria Barbalho, e da prefeita Raquel Lyra. “Precisamos nos unir e fazermos juntos. Então, espero que a iniciativa da Pães & Delícias, desperte o mesmo desejo em outros empresários da nossa cidade”, afirmou Raquel.   O projeto começou a ser planejado em fevereiro de 2018 e foi desenvolvido pelo escritório Eleve Arquitetura e visa contemplar também o paisagismo e importância histórica do local. Segundo Jónatas de Carvalho, arquiteto responsável pela obra, a calçada já possui uma árvore que era ponto de encontro de músicos desde a época de Nelson Barbalho. “Tudo foi preservado conforme solicitado pelos idealizadores. A obra recebeu piso intertravado que facilita a mobilidade e acessibilidade dos pedestres e um banco de concreto com acabamento em madeira de 14 metros que favorece a organização do transito ao redor.” O consultor empresarial, arquiteto e escritor Francisco Cunha, autor do livro ‘Calçada - o primeiro degrau para a cidadania’ esteve presente no evento e destacou como o projeto desenvolvido pela Pães & Delícias foi algo grandioso e marcante para mobilidade urbana. “Esse projeto não é só um degrau, mas tornou-se o verdadeiro palco pra cidadania já que proporciona a tantas pessoas encontra-se de novo com Caruaru”, comemorou. VEJA TAMBÉM Padaria de Caruaru se diferencia no pão de cada dia

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A história aos pés dos recifenses nas calçadas portuguesas

Muitas calçadas feitas em pedras portuguesas que ornamentam alguns cartões postais da capital pernambucana foram escolhidas num concurso realizado pela Prefeitura do Recife e que está prestes a completar 50 anos. Alguns dos trechos que foram construídos com essa técnica, que são parte da memória e identidade do espaço urbano dos bairros mais tradicionais, estão sendo recuperadas dentro do Projeto Calçada Legal, que está sendo executado pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB). Muitos dos desenhos sobre os quais caminhamos diariamente foram criados pelo arquiteto e professor aposentado da UFPE, Geraldo Santana. Aos 80 anos, ele lembra que o poder público queria dar um ordenamento ao design das calçadas em um momento de grandes transformações que a cidade passava. “Essa opção pelo uso das pedras portuguesas é antiga. Mas as calçadas precisavam de uma ordem, uma padronização. E a prefeitura buscou no concurso uma diretriz para as obras”, conta. Geraldo ficou em segundo lugar no Concurso de Projeto para Revestimento dos Passeios Públicos da Cidade do Recife, realizado em 1969. O arquiteto afirma que muitas das matérias-primas que compõem as calçadas vieram da demolição de obras no Recife que possuíam grandes lápides de pedras portuguesas. Ele afirma, no entanto, que o período de maior valorização do uso dessas técnicas foi no início do Século 20, entre 1920 e 1930. “Nessa época foram construídas as calçadas na Praça da República, na Rua Princesa Isabel e em grandes avenidas. Apesar desse passado recifense mais antigo, as pedras portuguesas ganham mais projeção com a construção do maior trecho dessa técnica em Copacabana, no Rio de Janeiro”, comenta. Um tanto entristecido pela desvalorização das calçadas construídas com essa técnica, ele se diz pouco confiante numa recuperação ou mesmo manutenção desses espaços públicos. “Infelizmente, sou pessimista”, lamenta o mentor, que teve vários modelos contemplados pelo concurso realizado pela prefeitura, como no trecho que circunda a Academia Pernambucana de Letras e na Praça de Casa Forte. Fazendo uma análise histórica desses ladrilhos, as professoras da Unicap Maria de Lourdes Carneiro da Cunha e Clarissa Duarte, no artigo científico A Memória das Pedras (em publicação da Revista Vitruvius) já lamentaram a descaracterização de parte da cidade com a remoção de alguns desses passeios públicos. Em especial nos sítios históricos. “Incompreensível então, aos olhos da lei, a substituição de revestimentos de calçadas em sítios históricos em detrimento do restauro. Todavia, analisando-se as intervenções ocorridas caso a caso, percebe-se que houve duas formas de intervenções: aquela que trocou o revestimento de um passeio já descaracterizado e sem registro histórico e aquela que realmente trocou o revestimento, degradado, mais ainda caracterizado, com possibilidade de restauro de seus elementos”, informaram no artigo. Elas sugeriram que todas as intervenções nos bairros antigos preservem as características históricas existentes, a exemplo da técnica do mosaico português, seus desenhos e materiais. Parte dessas calçadas, como o trecho da Avenida Rui Barbosa que passa pela Academia Pernambucana de Letras, está sendo revitalizada dentro do projeto Calçada Legal. “Estamos considerando a manutenção do desenho desses passeios como um elemento importante para identidade urbanística do Recife”, afirma Vera Freire, que é gerente de projetos urbanos da URB. Vera afirma que trechos da Rua Princesa Isabel, Rua Amélia e da Avenida Rosa e Silva, além dos canteiros centrais da Avenida Mário Melo são alguns lugares que também foram contemplados pelo projeto. “Nesse esforço de requalificação dos passeios, atuamos principalmente em frente aos imóveis de preservação ou zonas de preservação”, explica a gestora. Uma das novidades dessas obras é que, apesar de manter o desenho e a técnica, o tipo de pedras (que antes eram graníticas) foram substituídas pelas chamadas pedras mineiras (calcárias), que são mais regulares. A técnica dessas calçadas, inspirada nos mosaicos romanos e nascida no Século 19, teve sua primeira aplicação provavelmente em 1842 em Lisboa. De difícil manutenção, a continuidade e valorização desses passeios recifenses sob os pés dos seus pedestres contribuem, na opinião dos especialistas, para a preservação da história urbana da cidade e da própria identidade paisagística recifense. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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