Arquivos Urbanismo - Página 88 de 92 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

O poder do marketing de experiências

Em cinco anos de atuação, a Mova investiu num perfil de comunicação que está em ascensão no mundo inteiro: o marketing de experiências ou live marketing. “Relações humanas são essencialmente analógicas e nós acreditamos que relações entre marcas e consumidores também devem ser. Por isso, criamos experiências que envolvem relações diretas e autênticas. Juntamos entretenimento com conteúdo. Gerenciamos sensações para criar vivências únicas. E, assim, criamos memórias e histórias que são compartilhadas”, explica Lula Pessoa de Mello, um dos sócios da empresa que cresceu o faturamento numa média de 30% ao ano desde 2012. O maior case de sucesso da empresa é a realização do The Final (que antes era conhecido como Champions Experience), da Heineken, que une a marca da cerveja à exibição da partida final da UEFA Champions League em um lugar de grife, como o castelo do Instituto Ricardo Brennand. “Esse evento, que acontece desde 2012, representa bem o que é a Mova. Criamos do zero esse conceito de reunir formadores de opinião para assistir aos jogos”, afirma Lula. A ação da Heineken atinge diretamente 400 pessoas. Nesse grupo estão 16 formadores de opinião, chamados capitães, cada um desses convida mais 10 pessoas para formar seu time “O impacto direto do evento é pequeno, mas cada capitão tem uma rede social com no mínimo de 5 mil a 10 mil pessoas. Um deles chega a ter 300 mil seguidores no Instagram. Um post, via um formador de opinião, tem muito mais impacto do que a empresa falando dela mesma, com uma publicação patrocinada”. Os outros convidados são capitães de anos anteriores e parceiros comerciais da Heineken. O executivo afirma que o crescimento do marketing digital tem potencializado o live marketing. “Experiências presenciais nunca foram tão valorizadas. Com os influenciadores digitais corretos podemos ampliar exponencialmente o número de pessoas impactadas e, consequentemente, o retorno do investimento feito pelo cliente”. Por ano, a empresa promove entre 30 e 50 eventos. Entre eles, lançamentos de veículos, como Hilux e Etios, e a inauguração de lojas, a exemplo da Harley Davidson. Nessa, uma ação ousada foi fazer o sorteio de seis tatuagens da marca de motocicletas para os participantes do evento. Para a surpresa dos organizadores, dos 350 convidados, 100 se inscreveram para concorrer. “Parece surreal que a pessoa queira tatuar uma marca no seu corpo. Mas nesse caso, ela representa atitude, um estilo de vida. Com marcas assim nosso trabalho fica facilitado”, afirma. Essas experiências foram tão positivas que algumas empresas que promoveram lançamentos passaram também a investir em um outro segmento que a Mova está apostando, o marketing com eventos esportivos. Junto à Heineken foram organizados a Champions Cup (Torneio de Futebol) e o Champions Bowling League (campeonato de boliche). Essas competições têm a proposta de levar uma estrutura de esporte profissional para amadores. No segmento esportivo, outro evento de destaque foi a realização de um rally em Gravatá, promovido pela Toyolex, e o Torneio Lagoa Azul de Tênis, de iniciativa de Sérgio Monteiro Cavalcanti. Apesar de promover eventos de grande porte, a Mova tem um time enxuto, de 11 pessoas. Mas chega a envolver até 200 em uma ação. Os sócios são Lula Pessoa de Mello, Jorginho Peixoto, Gabriel Freire, Henrique Pereira e Anselmo Albuquerque. A empresa se uniu à Duca, liderada por Queiroz Filho e Daniel Queiroz. “O grupo Duca tem um ambiente que cria uma sinergia muito bacana entre as empresas, o que favorece a inovação e criatividade”, elogia Lula. Em 2016, com a crise, a Mova repensou algumas estratégicas e está construindo um novo direcionamento que seguirá por três frentes: gestão de experiências, eventos esportivos e de conteúdo. “Agora que entramos para o grupo estamos focados não somente em realizar eventos para clientes, mas também em criarmos eventos que atendem diretamente uma necessidade do mercado, que são financiados por patrocínio e ingressos”. A primeira ação dentro do segmento de marketing de conteúdo será o Cidades Algomais – CAM, realizado em parceria com a Algomais. “Esse projeto tem como principal objetivo promover iniciativas positivas e transformadoras ligadas a temas urbanos”. Caruaru foi a cidade escolhida para fazer o lançamento do projeto. “O marketing de conteúdo tem um poder muito forte. A inspiração mexe com o sentimento das pessoas”. Lula defende que eventos como o CAM podem ajudar a transformar a experiência urbana de uma cidade como o Recife ou Caruaru. E essa expectativa de transformação gera grande interesse da população e das marcas. (por Rafael Dantas - repórter da revista Algomais)

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Urbanismo Sustentável: quando o cidadão se apropria da cidade

As casas do Recife eram voltadas para o Rio Capibaribe nos primórdios da cidade. Com a modernização da capital pernambucana e o crescimento da indústria dos automóveis no País, o modelo de urbanização foi invertido. A população deu as costas ao seu principal ativo ambiental e se voltou para as avenidas. A mobilidade ancorada pelos veículos motorizados individuais resultou numa experiência urbana caótica e poluída. Desse desconforto cotidiano e da eclosão de movimentos sociais em defesa de uma cidade mais humana e verde operou-se uma mudança. O recifense voltou a olhar para o rio, a andar de bicicleta e a cobrar por mais qualidade nas calçadas. Nasceu um novo protagonismo cidadão que associa conhecimento técnico e mobilização popular por um urbanismo sustentável. A criação do Jardim do Baobá, nas Graças, representa bem essa tendência na luta por uma cidade mais sustentável. Ele é uma das peças do Parque Capibaribe, que é a principal aposta do poder municipal de reordenamento urbano para o Recife num cenário de longo prazo. “O Jardim do Baobá é o marco zero de um modelo que pretendemos implantar na cidade. O parque traz um alto padrão de mobiliário urbano, com prioridade aos pedestres e ciclistas”, diz Bruno Schwambach, secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. Schwambach considera como um dos diferenciais da iniciativa a intensa participação popular. “Não é um projeto da prefeitura, mas da cidade”. Para envolver a sociedade, segundo o secretário, foi fundamental o convênio com o Inciti/UFPE, que promoveu diversos fóruns e debates com atores locais para discutir o projeto. “Para que haja sustentabilidade as decisões não podem ser tomadas sem a conexão com a população, precisa de um amplo engajamento”, ressalva Schwambach. Outros movimentos de apropriação do espaço urbano fervilharam no Recife nos últimos anos. Desde grandes mobilizações, como no caso do Ocupe Estelita, até a organização de vários grupos locais, como o Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável. A associação surgiu para combater a insegurança local e acabou atuando na defesa de um bairro mais humanizado. Possui cinco núcleos que cuidam de áreas específicas da comunidade, como o Sítio da Trindade, a Biblioteca Municipal (reaberta com a ação dos moradores) ou a Horta Comunitária (plantada num terreno baldio adotado pelos vizinhos). “O mais importante é engajar as pessoas na preocupação com o espaço público. A horta era uma área com lixo que foi ocupada e é cuidada pela população. Virou um point ambiental, criado sem recursos, mas com muito carinho da comunidade”, afirma o coordenador Vandson Holanda. Movimentos semelhantes se espalham por diversos bairros, como em Casa Forte, Setúbal, Graças e Brasília Teimosa. O doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e professor da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Padovano, considera essencial essa participação dos cidadãos. “Nada mais pode ser realizado de cima para baixo, sem envolver todos os interessados, até porque na interface dos diversos atores sociais podem surgir ideias muito melhores do que aquelas que muitas vezes se originam em paradigmas superados”. Nos últimos anos cresceu também o número de movimentos que criticaram o padrão de mobilidade. Surgiram o Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé, a Frente de Luta pelo Transporte Público e a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). O assunto é estratégico, pois a forma como os pernambucanos se locomovem tem um grande impacto ambiental. Segundo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Cidade do Recife, 65% do CO2 emitido na capital provém do transporte. Com quatro anos de atividade, a Ameciclo ampliou sua atuação ao mesmo tempo que aumentou sensivelmente o número de ciclistas na cidade. O movimento participou da construção do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana, promoveu a primeira Conferência Livre de Mobilidade do Recife e desenvolveu um sistema de reutilização e compartilhamento de bikes em duas comunidades carentes do Recife, o Bota pra Rodar. Além disso, tem investido na realização de pesquisas para embasar sua atuação. “É importante fazer o Recife ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência”, afirma Lígia Lima, uma das coordenadoras da Ameciclo e integrante do Observatório do Recife. Ela afirma ser necessário diminuir a velocidade nas ruas, diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e de bicicleta. “Quando as pessoas não só passam pelas vias, mas vivem a cidade, passam a se preocupar com esse espaço se fosse sua própria casa. A partir daí, começam a querer cuidar mais da área pública”, avalia.   Uma característica desse novo protagonismo cidadão é a preocupação com o longo prazo. Uma organização da sociedade civil especializada nessa perspectiva é a Agência Recife para Inovação Estratégica (Aries). “É do povo que emergem as prioridades, a alma do tipo de cidade que queremos ser. Só acertando a interpretação dessa vontade que vamos conseguir um projeto de longo prazo que represente de verdade o recifense”, declara Guilherme Cavalcanti, diretor da Aries. “A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não o lugar que merecemos. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade de que precisamos?”, afirma Roberto Montezuma, presidente do CAU-PE. (Reportagem do jornalista Rafael Dantas - rafael@revistaalgomais.com.br)   LEIA TAMBÉM: Três perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável “O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana”, entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

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"O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana", entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

Lígia Lima é uma das coordenadoras da Ameciclo, que é a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife. Nesta entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas, ela avalia a implementação do  Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana e fala da relevância do incentivo ao modal para tornar a capital pernambucana numa cidade mais humana. Qual a sua avaliação sobre os avanços da implantação do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC)? LÍGIA - Avançou bem pouco. Tem uma parte da sua malha que é para o Estado fazer e tem uma parte que é para as cidades executarem, cada uma das 14 cidades. Sendo que a maior parte dessa malha está dentro do Recife. A ideia do plano é interligar as várias zonas da região metropolitana para onde tem mais empregos, que é o Recife. O plano foi bem construído e bem pensado, mas está sendo negligenciado até hoje. A PCR não executou esse plano. O projeto que eles têm de infraestrutura cicloviária é o das 12 rotas, que é a parte do PDC. Destaco que o plano partiu de pesquisas de contagem de ciclistas, de destinação, motivos de cidade e da avaliação das zonas de maior perigo. Tem toda justificativa para a malha correr naquelas vias que o PDC indica. O Governo do Estado começou a trabalhar esse plano recentemente. O plano tem metas de curto, médio e longo prazos. O Estado lançou nesse ano o primeiro trecho, de cinco quilômetros. Ele vai da Av. Rio Branco até a Fábrica do Tacaruna. Em 2016 o Estado tinha construído um projeto para ciclofaixa na Avenida Caxangá. Mas o projeto ficou atrelado ao corredor do BRT. Pelo que nos informaram, a ciclofaixa da Caxangá só sairia depois que o corredor do BRT estiver completamente terminado. Nossa luta hoje é para descasar esse projeto do BRT para ver se ele sai antes. Recentemente a questão da ciclomobilidade foi para secretaria de turismo. Está a passos lentos, mas ao menos o Governo do Estado está trabalhando para o plano se concretizar. Como o estímulo ao uso das bicicletas na cidade contribui para o desenvolvimento do urbanismo sustentável? A gente conversa muito sobre a importância de fazer o Recife ser uma cidade mais humana. Ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda sua malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência. Quando diminui a velocidade na cidade é possível fazer que as pessoas não só passem pelas vias, mas vivam a cidade. E uma das formas de reduzir essa velocidade é diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e o andar de bicicleta, que são os percursos de menor distância. Quando as pessoas vivem a cidade, elas conseguem enxergar tanto as potencialidades que ela tem quanto as suas mazelas. E aí, enxergando as mazelas, a população passa a se preocupar com o seu bem estar, como se preocupa com a sua casa. Isso faz com que as pessoas comecem a querer cuidar mais do espaço público. Isso gera um sentimento de cidadania e um empoderamento coletivo, de responsabilidade coletiva maior. Isso é muito a visão que a gente tem de quem começa a andar de bike. Os novos ciclistas passam a ter esse outro olhar da cidade. Deixam de ver as ruas apenas como ponto de passagem e começam a enxergar a cidade inteira como sua casa. E começam a se engajar e exercer a sua cidadania. Do ponto de vista ambiental, qual o impacto na inversão dessa lógica de deslocamento? A Secretaria de Meio Ambiente do Recife conseguiu fazer em 2014 o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, a partir dos dados de 2012. A partir desse cenário a gente vê que 69% das emissões de gases de efeito estufa têm especificamente origem no transporte. E Recife é uma das cidades listada pelo IPCC como uma das que mais vai sofrer com as mudanças climáticas no mundo. Literalmente vai ficar metade do seu território embaixo d'água. Precisamos começar a construir ações de mitigação por causa desses efeitos. Ano passado a prefeitura lançou um Plano de Baixo Carbono que abraça o PDC como um dos eixos prioritários de ação, que é justamente diminuir as emissões. Quando se consegue tirar as pessoas que estão no carro para usar o transporte coletivo e usar as bicicletas, andar um pouco mais a pé, vamos fazer cair drasticamente as emissões de gases no Recife. É gritante que mais da metade dessa poluição seja do transporte. Nesse ponto é importante a gente dizer que não negamos a necessidade do carro, mas ele não pode ser o principal modal de transporte do dia a dia. Isso é insustentável em qualquer cidade do mundo. Todas as principais cidades que estão conseguindo resolver os problemas do trânsito estão fazendo a partir dos eixos do que fala a Política Nacional de Mobilidade do Brasil, que é primeiro mobilidade a pé, segundo os meios ativos, que é onde está a bicicleta. E o terceiro o transporte público. O uso do carro é direcionado para viagens, compras, emergências ou alguns tipos de profissionais que realmente precisam, mas não é uma opção para todo mundo. Vocês têm ideia de qual a participação das bicicletas na mobilidade do Recife? A gente não tem um número certo. A última pesquisa de Origem-Destino aqui foi feita em 1997. Tem uma nova do Instituto Pelópidas Silveira (IPS), mas não dá para comparar porque a metodologia é diferente. Essa nova, do IPS, aponta que a mobilidade de bicicletas está entre 10% e 14%. A pesquisa antiga indicava em torno de 7%. Não conseguimos dizer se aumentou, porque as metodologias são diferentes. Mas como o estudo promovido pelo IPS será realizado a cada ano, poderemos comparar se aumentou ou não. O que poderíamos dizer, a partir da nossa observação nas ruas, é que aumentou a quantidade de ciclistas desde o

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CAM - Cidades Algomais acontecerá em Caruaru

A Revista Algomais lança na próxima terça-feira (13/06) o CAM - Cidades Algomais. O projeto compreende uma série de eventos que tem o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O workshop de inauguração acontecerá em Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora, a partir das 8h30. Os palestrantes serão o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, o fundador da Colab, Gustavo Maia, e a prefeita de Caruaru Raquel Lyra. "O primeiro evento do CAM será um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos", afirma o diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. As inscrições para o evento serão gratuitas. Os interessados em participar deverão fazer seu cadastro enviando o nome completo pelo email: ingresso@cidadesalgomais.com.br     CAM. O Cidades Algomais é uma das novidades da Revista Algomais em 2017, numa proposta criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça.  

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Bairro do Recife é tema dos passeios do Olha!Recife deste fim de semana

Em mais uma semana de roteiros históricos e passeios gratuitos, o Olha!Recife, projeto da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife, oferece duas opções para recifenses e turistas. Nesta semana, no domingo (4) e na quarta-feira (7), os passeios terão como pano de fundo o Recife Antigo. As inscrições acontecem por meio do site do projeto www.olharecife.com.br. No fim de semana, as pedras portuguesas das calçadas do Bairro do Recife serão o ponto de partida que contarão a história do local. No roteiro, os participantes poderão entender como se deu a evolução e as transformações do bairro, por meio da beleza dos mosaicos que decoram os passeios públicos. Também estão no roteiro duas paradas estratégicas no Museu a Céu Aberto, que teve seu painel recuperado pela PCR, e na exposição de mapas "Recife Através dos Tempos", de Terciano Torres, na Caixa Cultural. Os passeantes ainda participarão de um sorteio do livro "Caminhos de Pedra: calçadas do Bairro do Recife", de Raul Córdula Filho, para levar para casa toda a história vivenciada na excursão. Já na quarta-feira (7), o Recife Antigo será visto pelo ângulo dos monumentos e espaços culturais. Os visitantes vão conhecer o Paço do Frevo, passarão pelo Museu a Céu Aberto, e a terão a oportunidade mergulhar na história da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel. Depois, no Marco Zero, todos vão descobrir as características arquitetônicas e artistas do local que foi e é palco de vários eventos históricos da cidade. O passeio será finalizado na Caixa Cultural. Para o domingo, as vagas são abertas na sexta-feira (2). Já para o passeio da quarta-feira, as inscrições ficam disponíveis na segunda (5). São 50 vagas para cada roteiro, saindo sempre do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em frente a Praça do Arsenal. No fim de semana a saída está programada para às 9h e durante a semana, às 14h. É importante que ao se inscrever, o participante se programe para levar no dia do passeio, um quilo de alimento não-perecível. Desta vez, tudo que for arrecadado será encaminhado às famílias das cidades do interior do estado que sofreram com as enchentes dos últimos dias. Serviço: Olha!Recife a Pé Dia: 04/06 Tema: Caminhos de Pedra Hora: 09h Dia: 07/06 Hora: 14h Tema: Monumentos e espaços artísticos do Recife Antigo (PCR)

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Prefeitura autoriza início das obras da segunda etapa do projeto Parque Capibaribe

Na manhã desta quinta-feira (1), o prefeito Geraldo Julio assinou a ordem de serviço autorizando o início das obras da segunda etapa do projeto Parque Capibaribe - Caminho das Capivaras, que inclui a urbanização das margens do rio, no trecho de 1 km entre as Pontes da Torre e da Capunga, no bairro das Graças. O investimento total será de R$ 26.574.446,75, com recursos assegurados por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal/ Ministério das Cidades. O andamento das obras será acompanhado pela Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Urbanização do Recife (URB). "Este é um projeto importante, que prevê a construção de mais de 30 km de parque pela cidade. Nós já fizemos o Jardim do Baobá e agora vamos fazer esta parte do bairro das Graças. Quando esta área estiver pronta, as pessoas poderão viver a cidade de outra forma, andando, de bicicleta ou com qualquer outro meio de locomoção. Essa vai ser uma experiência nova para a cidade, uma obra construída com um urbanismo moderno, discutido com a população e onde teremos a oportunidade de fazer as pessoas curtirem a cidade e o Rio Capibaribe", explicou o prefeito Geraldo Julio. Em vez de uma via expressa com quatro faixas de largura, prevista em proposta anterior, o projeto foi readequado de acordo com os conceitos do Parque Capibaribe, após amplo debate com a população, e ganhou características de via local. A área será equipada com passeios, ciclovia, áreas de convivência e espaços de aproximação com o rio, além de um refúgio para capivaras. A obra contempla também a implantação de faixa única para carros, compartilhada com bicicletas, em dois trechos: da Ponte da Capunga até a Rua Dom Sebastião Leme e da Rua Manoel de Almeida em direção à Ponte da Torre. Também haverá duas passarelas sob as pontes, um mirante na Rua Dom Sebastião Leme e dois píeres para pequenas embarcações. O prazo para execução é de 18 meses. O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Bruno Schwambach, falou da importância da iniciativa. "Pela primeira vez a cidade está sendo pensada a longo prazo, em todos os outros projetos dentro da prefeitura, assim como este, que é estruturador, que ressignificam o que a cidade precisa, dialogando com as pessoas e com o entorno. Tive a oportunidade de acompanhar e apresentar esse projeto e todos se impressionam como estamos alinhados à nova agenda urbana, na forma como devemos preparar a cidade e entregar ela para as pessoas, alinhados também à redução de carbono, dando prioridade ao pedestre, ao ciclista", declarou. O projeto foi contratado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente e elaborado pelo grupo Inovação e Pesquisa para as Cidades (InCiti), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A proposta foi amplamente discutida com a sociedade civil e prevê a requalificação urbanística do espaço, priorizando pedestres e ciclistas, integrando todo o bairro das Graças. PARQUE CAPIBARIBE – O projeto pretende transformar o Recife em uma cidade-parque, visando elevar a taxa de área verde pública, que hoje é de 1,2 m² por habitante, para 20 m² por habitante em 2037, quando o Recife completa 500 anos. A intervenção envolve mais de um terço da área da cidade, numa extensão de 30 km, prevendo ações num raio de 500 metros a partir de cada margem, o que resulta em uma área de influência de 7.250 hectares. O projeto total abrange 35 bairros, que vão gradualmente se transformar em bairros-parque, beneficiando 400 mil habitantes do Recife. O Parque Capibaribe teve início em 2013, sendo fruto de um convênio de cooperação técnica entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), através da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). JARDIM DO BAOBÁ - A primeira etapa do Parque Capibaribe entregue à população foi o Jardim do Baobá, nas Graças, que ocupa a margem do Rio Capibaribe entre as Ruas Madre Loyola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti, próximo à antiga estação Ponte D’Uchoa. O jardim tem 2.200 m2 e conta com uma mesa de uso coletivo de 10,5 metros de comprimento para piqueniques e jogos, além de três balanços-escultura de 6 metros de altura que comportam crianças e adultos. O espaço fica no entorno de um baobá, que faz parte da lista das 54 árvores e palmeiras tombadas do Recife.

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3 perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável

Roberto Montezuma é presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo em Pernambuco (CAU/PE). O que é a Nova Agenda Urbana da ONU e qual a sua importância para a transformação das cidades? A Nova Agenda Urbana uma visão compartilhada sobre o desenvolvimento sustentável das nossas cidades. Trata-se de um documento consolidado pela UN-Habitat e assinado em 2016 por centenas de países e instituições, inclusive o Brasil. Ela é uma diretriz mundial que reverbera aqui na nossa realidade, com objetivos que se adaptam perfeitamente às demandas e desafios brasileiros. O documento aponta desafios concretos, metas e ações a serem perseguidos por gestores públicos, sociedade civil organizada e demais stakeholders da transformação urbana nos próximos 20 anos. No que tange especificamente às cidades, a ONU propõe, por meio de campanha de pensadores urbanos, objetivos ainda mais específicos, como a cidade inovadora, resiliente, sustentável, criativa. A ONU coloca a cidade no centro do debate. Nesse contexto, o que chama atenção para a realidade brasileira é o alinhamento com a ideia de planejamento de longo prazo que o CAU/PE tanto defende. A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não a cidade que precisamos e merecemos. Uma cidade não se planeja em quatro anos, mas em 15, 20, 30 anos. Por isso, se queremos transformar as cidades, temos uma ordem a seguir. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade que precisamos?”. Só então partimos para a espacialização desses anseios, traduzidos em planos e projetos que dão a concretude a essa visão. A partir disso podemos pensar em legislação, que deve estar em alinhamento com o planejado. Por fim, chegamos à etapa do financiamento que permitirá que tiremos os planos do papel. Essa perspectiva diagonal do planejamento de longo prazo precisa ser repetida como um mantra em todos os espaços de discussão sobre as cidades. Como você vê o protagonismo cidadão na busca por uma cidade mais sustentável? Como lembra a ONU em movimentos como o da Agenda Urbana e o Urban Thinkers Campus: nós somos a mudança. Isso é a mais pura verdade: nós somos a cidade, nós somos o trânsito, nós produzimos o lixo, a energia. Portanto, nós somos ao mesmo tempo o problema e a solução. A partir do momento em que eu sou sustentável, eu estou fazendo uma cidade mais saudável. Não tem outra saída. Por isso, o empoderamento cidadão é tão urgente e é uma das metas do CAU enquanto instituição que endossa a Nova Agenda Urbana. Em Pernambuco, iniciativas do Conselho como o projeto Cadernos de Arquitetura e Urbanismo vão ao encontro dessa demanda por mais conteúdo para formar um olhar crítico que leve a atitudes transformadoras. O empoderamento parte da consciência, da observação teórica que se traduz em construção prática de outra realidade possível bem como no monitoramento. Ao se apropriar do conceito de cidade, o cidadão passa a monitorar a transformação, blindando o planejamento de governo contra de qualquer desvio da visão macro e cobrando o planejamento de estado que vai garantir sustentabilidade ao desenvolvimento. Como tem sido a atuação do CAU-PE na defesa de um urbanismo sustentável para as cidades pernambucanas e especialmente em relação ao projeto Parque Capibaribe? Ao nos alinharmos à Nova Agenda Urbana, defendemos a importância de pensar global e agir local. Nesse sentindo, todos os movimentos que estão surgindo dentro da proposta positiva de transformação urbana têm seu lugar estratégico na construção de cidades mais sustentáveis. Além de projetos como os cadernos e da interlocução com o poder público em espaços como o Conselho das Cidades, o Conselho de Desenvolvimento Urbano e a Comissão de Controle Urbano, o CAU/PE tem se articulado a redes locais, nacionais e internacionais de iniciativas que fazem a diferença para as cidades brasileiras. São muitos os movimentos já em curso em torno da temática urbana, mas falta a visão sistêmica, traço marcante na formação de arquitetos e urbanistas e que tem pautado nossa atuação em espaços como a #RedeRecife500anos e a #RedeBrasilUrbano, por exemplo. Juntos e articulados temos mais força tanto para pautar o poder público como para construir junto com a sociedade a visão do todo indispensável à transformação das nossas cidades. As 20 iniciativas que integram a #RedeRecife500anos – o próprio Conselho, as Universidades Federal e Católica de Pernambuco, o Parque Capibaribe, o Movimento Olhe pelo Recife, a Ameciclo, o FabLab, a agência ARIES, entre outros – costuram essa visão macro do Recife que precisamos, do Recife que tem alma, anseios e potencialidades únicos, o Recife com uma forte relação com as águas que precisa ser resgatada por um futuro sustentável.

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Mercado se prepara para o Feirão da Caixa

Todos os anos, milhares de famílias aguardam o momento certo para comprar sua nova casa: o Feirão Caixa da Casa Própria. Em 2017, o evento acontecerá entre os dias 26 e 28 de maio e terá um novo endereço: o Shopping Rio Mar. Construtoras e imobiliárias já planejam estratégias para oferecer as melhores ofertas para os clientes. "O público-alvo do Minha Casa Minha Vida é um cliente exigente, que gosta das informações claras, faz a conta na ponta do lápis para saber o que vai pagar para a caixa e o que vai pagar para a construtora", afirma Roberto Rios, diretor executivo da Imobiliária Eduardo Feitosa. A empresa estará presente no evento com 100 corretores, distribuídos em 8 construtoras. A Imobiliária destaca a criação da faixa 1,5 para o Minha Casa Minha Vida, que torna os imóveis mais acessíveis: "agora famílias com renda a partir de R$1400 podem sonhar com seu imóvel", completa Roberto Rios. Além da presença no evento, a imobiliária vai contar com um site exclusivo para as ofertas do feirão, o www.plantaodacasapropria.com.br. O endereço contará com vídeos exclusivos em 360 graus, onde os clientes poderão fazer um tour virtual pelos empreendimentos. Entre as empresas que marcarão presença no evento está a construtora Tenório Simões. com sede no Recife (PE), é uma empresa jovem que está se destacando com dois produtos: o Costa Blanca e o Costa Del Sol têm revestimento em cerâmica e estrutura em pilotis, oferecendo garagem coberta aos moradores. Além disso, os empreendimentos, com 44 unidades cada, tem menos unidades do que um Minha Casa Minha Vida tradicional. Outros diferenciais são os itens de lazer, equipados e decorados: piscina, forno de pizza, playground e salão de festas e jogos. Enquanto o Costa Blanca foi 100% vendido, o Costa Del Sol foi lançado em novembro de 2016 e está com últimas unidades à venda. Dessa vez o projeto terá ainda apartamentos com varanda. Os interessados podem ainda contar com mais um recurso: um tour virtual ao apartamento decorado, através de um dispositivo configurado com fotos 360 graus. "A gente fez um produto fora do padrão do mercado e está conseguindo atrair um público que procura comprar um Minha Casa Minha Vida sem ter a cara tradicional que os produtos costumam ter. Temos recebidos muitos elogios dos clientes", afirma Rafael Simões, diretor da Tenório Simões. Outra construtora que tem saído dos projetos tradicionais é a Porto Engenharia, também do Recife (PE). A empresa assinará nada menos do que três projetos residenciais em 2017: Caruaru, no agreste Pernambucano, receberá Multiporto Indianópolis. O Porto do Cabo será lançado na cidade do Cabo de Santo Agostinho (Litoral Sul) e finalmente, em Igarassu (Litoral Norte), será lançado o Porto dos Marcos. Os três projetos, somados, terão 728 unidades residenciais. “O perfil do cliente que busca um imóvel dentro do programa MCMV mudou muito desde 2009. Ele está mais exigente, por isso precisamos ser mais competitivos”, afirma Thiago Melo. O Multiporto Indianópolis, de Caruaru, será um multiuso, com espaços para home office, lojas e unidades residenciais. Assinado pela GAMA Arquitetura, o projeto abrange dois edifícios de 14 pavimentos tipo, com 224 unidades residenciais de 1 quarto. No térreo ficará o centro de conveniência e serviços, com 10 lojas administradas pela Porto. Quem adquirir uma unidade durante o Feirão da Caixa vai ganhar um bônus de R$5mil reais. Já o Residencial Porto dos Marcos, localizado em frente à fábrica da Alcoa em Itapissuma, será o primeiro T4 (térreo + 4 andares) com elevador e projeto paisagístico exclusivo. Ficará às margens da PE-35, em frente à fábrica da Alcoa, em Itapissuma. A primeira etapa, chamada Pier I, terá 280 unidades, além de uma galeria de lojas. Por fim, o Porto do Cabo será o único Minha Casa Minha Vida a ficar dentro de um bairro planejado. Isso significa que os moradores já poderão contar com ruas calçadas, paisagismo, iluminação pública, drenagem de água e tratamento do esgoto. Entre os itens de lazer, Piscina Adulto e Infantil, salão de festas, playground, mini campo, quadra poliesportiva. A primeira etapa terá 192 unidades, distribuídas em prédios do tipo térreo + 7 andares.

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Uma governança para a ilha de Antônio Vaz

Diversas instituições que vivem e pesquisam os bairros centrais do Recife propõem que seja instituída uma governança e uma gestão territorial para a chamada Ilha de Antônio Vaz, que abrange bairros de Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra. Também indicam a criação de um plano urbanístico para essa área. Organizações como a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), o Observatório do Recife, e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, que já tinham seus estudos e propostas de intervenção nesse território, trabalham em conjunto para atacar os problemas agudos do presente – que são mais ligados ao controle urbano – e para orientar o desenvolvimento da localidade, que, além de ser central, é estratégica do ponto de vista histórico. A Ilha de Antônio Vaz é o espaço onde convivem de forma não planejada patrimônios arquitetônicos de grande destaque da nossa história, comércio de rua, as habitações de baixíssima renda, grandes galpões, duas estações de metrô, faculdades, entre diversos outros usos, além de muitos prédios ociosos. De acordo com Paulo Monteiro, coordenador do Centro de Apoio ao Lojista do CDL Recife, no final de 2015 aconteceu o primeiro seminário Viver Recife com o intuito de discutir o desenvolvimento e a revitalização dessa região. “Nosso objetivo é debater os problemas e buscar alternativas para termos o Centro que precisamos, com a proposta de levar posteriormente essa experiência para outras áreas da cidade”, afirma. Depois do primeiro encontro, outros cinco workshops ocorreram, quando foram apresentados projetos de diversas organizações para a revitalização desses bairros históricos. Para embasar esse trabalho foi realizada também a pesquisa Cenário Atual do Centro do Recife. O estudo foi elaborado pelo Instituto Maurício de Nassau. Após todo esse trajeto de estudos e eventos, Monteiro afirma que as instituições chegaram a um produto final que foi apresentado ao prefeito do Recife, Geraldo Julio. “Defendemos que seja criada uma governança, com um conselho consultivo, uma gestão territorial, e que seja desenvolvido um planejamento urbanístico”. Ele lembra que foram tratadas também alternativas de captação de recursos para as intervenções na região. Em duas oportunidades, em reuniões promovidas na Amcham e no CDL, o prefeito se mostrou favorável à proposta. “Ele comprou essa ideia de se ter uma governança e um gestor para vivenciar 24 horas por dia a dinâmica do local”, diz o coordenador da CDL. O próximo passo será a organização de um evento de maior porte, onde serão apresentados todos os projetos já construídos. “Nossa ideia é que seja um fórum para alinhar e unificar diretrizes urbanísticas para que o planejamento seja feito de forma integrada e não como uma colcha de retalhos. A partir daí, apresentar uma sugestão com propostas finais ao poder público. Além da prefeitura, pretendemos apresentar também ao Ministério das Cidades”, explica Monteiro. ENCAMINHAMENTOS O secretário de Desenvolvimento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, sinaliza que existem duas agendas nas discussões traçadas até hoje. A primeira é de curto prazo, para atacar problemas do cotidiano de quem trabalha, mora ou transita por esses bairros, como limpeza, iluminação e segurança. “Os lojistas sentem a necessidade de uma interlocução única, um canal com a responsabilidade de dar retornos de forma integrada. O prefeito acha justa a reivindicação e ficou de responder qual será o canal de interlocução”. Quanto à instalação de uma governança exclusiva para a área, Antônio Alexandre afirma tratar-se de uma medida a ser implantada no médio a longo prazo. “É preciso definir o modelo mais adequado para exercer a gestão dos territórios. Já temos a experiência de um escritório no Bairro do Recife, que articula ações ligadas ao turismo, esportes e lazer, entre outras áreas. É possível ter um escritório semelhante também na Ilha de Antônio Vaz”. O secretário, no entanto, sinaliza uma posição contrária a uma experiência de descentralização administrativa, a exemplo das subprefeituras. Entre as agendas discutidas para o bairro, ele indica medidas que considera prioridade. “É necessário o estímulo ao desenvolvimento das novas atividades econômicas que estão chegando a esses bairros e um maior cuidado com a qualidade dos espaços públicos, como praças e áreas de permanência. Também é prioritária a mobilidade, para garantir a circulação das pessoas, e o incentivo à habitação no Centro, onde existe a demanda por moradia e um estoque construído ocioso ainda grande”, aponta Alexandre. No estudo realizado pelas organizações que estão participando do movimento em prol de uma governança da região, foram identificados como vocações para a ilha a consolidação de um polo educacional e uma maior dinamização do Porto Digital. Foram mapeadas grandes oportunidades de desenvolvimento nas frentes d’água (áreas defronte dos rios) e a necessidade de investimentos em infraestrutura nas Zonas Especiais de Interesse Social. Um dos projetos de maior porte apresentados para a região é a transformação da Avenida Dantas Barreto em um boulevard, que projeta a abertura da avenida até o Cais José Estelita. Participam do movimento as seguintes organizações: Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries), UFPE, Observatório do Recife, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PE), Faculdade Joaquim Nabuco, Sindilojas Recife, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Prefeitura do Recife, CDL-Recife, Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Instituto Pelópidas da Silveira, Parque do Capibaripe, Unicap, Inciti e INTG. (Por Rafael Dantas/Algomais)

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Algomais em ritmo de transformação

Nestes tempos regidos pelas novas tecnologias, a realidade das pessoas e das empresas está em constante transformação. Tudo flui, nada permanece. Nunca a frase do filósofo Heráclito foi tão atual. Ciente de que “a única coisa que perdura é a mudança”, Algomais também se renova e anuncia três importantes novidades: o lançamento da assinatura paga, a criação do CAM – Cidades Algomais) com o intuito de debater questões da vida urbana, e a entrada de novos sócios na estrutura de gestão da Editora INTG, que passa a ser responsável pela publicação. “O mercado de mídia está num grande processo de transformação, por isso, implantamos essas inovações para acompanhar as demandas atuais”, justifica Ricardo de Almeida, diretor-geral da Algomais e sócio da TGI, empresa responsável pela marca. Uma das demandas mais urgentes refere-se ao crescente número de pessoas interessadas em ser assinantes da revista, incluindo as residentes fora de Pernambuco. Para atendê-las, a solução foi instituir a assinatura paga. “Queríamos um modelo que fosse fácil para o leitor tanto fazer a assinatura como cancelá-la”, explica a diretora de inovação da Algomais Mariana de Melo. Optou-se por um padrão semelhante ao utilizado pela Netflix (empresa de vídeo on demand), no qual o contrato para se tornar assinante renova-se a cada mês e o assinante pode cancelá-lo a qualquer momento. O pagamento é realizado por meio de cartão de crédito, acessando o site assine.revistaalgomais.com, ao preço de R$ 14,90 mensal. “Um dado importante é que a assinatura paga dá acesso à versão digital da revista”, salienta Mariana. Outra vantagem: frete gratuito para todo o Brasil, permitindo aos pernambucanos residentes fora do Estado manterem-se conectados com as notícias de Pernambuco. Nesse processo de inovações, aAlgomais passa a ser uma marca que atua em diferentes plataformas e lança novos produtos. O CAM – Cidades Algomais é uma das novidades criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. A partir desse projeto, serão promovidos eventos com o objetivo de debater temas ligados à vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça. Esse, na verdade, sempre foi o espírito que moveu a Algomais, ao noticiar os fatos de Pernambuco, mesmo aqueles mais problemáticos, sempre do ponto de vista propositivo. “Estamos muito satisfeitos e cheio de perspectivas com a parceria com a Mova, uma agência conhecida pela competência e criatividade dos eventos que promove”, ressalta Ricardo de Almeida. O primeiro resultado dessa união será concretizado no encontro que acontece dia 13 de junho na cidade de Caruaru. Haverá um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos. Participarão ainda como palestrantes a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra e o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha. Outro palestrante confirmado é Gustavo Maia, sócio fundador do Colab, aplicativo desenvolvido em Pernambuco, premiado e reconhecido internacionalmente. É uma plataforma que permite interação direta do cidadão com as prefeituras cadastradas. SOCIEDADE As mudanças promovidas pela Algomais alcançaram também a sua configuração societária. Novos sócios passaram a integrar a sua direção em conjunto com a TGI: o repórter Rafael Dantas e o editor de arte Rivaldo Neto, Mariana de Melo, que passa a gerir a diretoria de inovação, e Cláudia Santos, responsável pela diretoria editorial. Dentro da nova estrutura de gestão, a assembleia de sócios permanece soberana e os sócios da TGI Ricardo de Almeida e Fábio Menezes são respectivamente diretor geral e diretor comercial. A revista continua com o apoio consultivo do seu conselho editorial. “Abrir a participação dessas pessoas na sociedade faz parte do processo de reestruturação. Nós da TGI acreditamos que elas trazem novos ares e vão contribuir para que a Algomais permaneça inovando sempre para levar ao público pernambucano ideias e análises que contribuam para a realidade do Estado”, assegura Ricardo de Almeida.

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