Z_Destaque_culturaHistoria - Página: 29 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Projeto de promoção à leitura implanta bibliotecas comunitárias no interior de Pernambuco

Ação visa contribuir para a redução dos Índices de Desenvolvimento Social e Humano, por meio do acesso gratuito à leitura, à cultura e novos conhecimentos, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos, em áreas rurais e urbanas. Em 2021, estão sendo inauguradas quatro novas unidades, mas a proposta é que, até o fim de 2023, mais sete unidades sejam inauguradas em Pernambuco (Foto: Jennyfhem Mendonça) Os municípios pernambucanos, de Joaquim Nabuco (Mata Sul) e Manari (Sertão), serão contemplados, neste mês de outubro, que é dedicado às crianças e à leitura, com duas novas bibliotecas ambulantes, para acesso gratuito das comunidades. Em 2021, estão sendo entregues quatro novas unidades, mas a proposta é que, até o fim de 2023, mais sete unidades sejam inauguradas em Pernambuco. A iniciativa, pioneira, faz parte do Projeto ‘Ler Pra Ser’, e tem como objetivo atuar na inclusão cultural e na transformação social, de crianças, adolescentes, jovens e adultos, de cidades com os menores Índices de Desenvolvimento Social e Humano, do Estado.  As atividades, nas duas cidades, devem ser realizadas no período de 18 a 25 de outubro. A realização do projeto é da produtora cultural e empreendedora social, Eliz Galvão, por meio da Liga Criativa, com incentivo do Governo do Estado, e recursos do Funcultura. Com a proposta de formar novos leitores e escritores nas cidades, o projeto consiste na doação de uma ‘Caixa de Histórias’ - uma espécie de biblioteca ambulante, que vai circular pelos espaços públicos, de áreas rurais e urbanas dessas cidades, como pontos de cultura, sede de agremiações culturais, praças, associações e a própria casa dos moradores, levando conhecimento, diversão e rodas de diálogo. A caixa decorada, feita em madeira e com rodinhas, conta com uma estrutura de 3m². Dentro dela, um acervo especial, na qual reúne 50 livros físicos e audiolivros. As publicações visam atender público infantil, juvenil e adulto, e, também, pessoas com deficiência, já  que incluem recursos de acessibilidade em Braille e Libras.  A inauguração da biblioteca, na cidade de Joaquim Nabuco, será marcada por uma agenda de atividades lúdicas e culturais, gratuitas. Durante uma semana (18 a 21), a comunidade receberá, dentro da programação festiva de entrega da biblioteca, oficina de contação de histórias para crianças de 08 a 10 anos. Além disso, haverá oficina de mediação de leitura para crianças de 11 a 13 anos. O encontro será realizado sempre das 14h às 17h, no Centro de Educação Musical de Joaquim Nabuco - CEMJN, na Travessa São José, 50, Centro.  Já em Manari, a festa para receber a nova biblioteca ambulante acontece, entre os dias 25 a 27. Lá, a programação se concentra no Sítio Alto do Morcego, s/n, zona rural, no horário das 08 às 12h. As crianças de 08 a 10 anos, que moram na área, vão poder participar da oficina de contação de histórias, ministrada pela equipe de arte-educadores do projeto. Quem tiver, entre 13 e 15 anos, vai assistir a oficina de mediação de leitura. Neste caso, a oficina de contação de história será ministrada pelo arte-educador Anderson Abreu. Já as atividades de mediação de leitura têm à frente o arte-educador, Guga Bezerra.  A coordenadora do projeto, Eliz Galvão, explica que a iniciativa visa ser um instrumento de atuação na desigualdade social, do conhecimento e da cultura, que se faz tão real, no atual momento do País. “Eu acredito que, a educação, somada ao poder da cultura, serão fundamentais para que possamos assegurar o direito dessas crianças e comunidades poderem conquistar novos conhecimentos para transformarem suas vidas e o lugar que nasceram e vivem. Estamos escrevendo uma nova história na vida de cada participante, e lugar que é contemplado com o projeto. ”, destaca. 

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Aldeia ganha Centro de Artes e Cultura

Na manhã deste domingo, dia 09 de outubro, acontece em Aldeia o 1º Café com Arte. Com proposta de ser um evento mensal, o encontro marca a abertura do Centro de Artes e Cultura de Aldeia (CAC - Aldeia). No próximo domingo será inaugurado o Centro de Artes e Cultura de Aldeia (CAC - Aldeia). A iniciativa faz parte da Aldeia Antroposófica, Fundação que abrigará além do CAC - Aldeia, um centro de saúde antroposófica, a escola de pedagogia Waldorf Aquarela e a incubadora Semear, com projetos de economia associativa. O espaço está situado na localidade do Oitenta, na altura do Km 5,5 da Estrada de Aldeia, em Camaragibe. O local que já foi um haras, fica em meio a uma mata preservada, com uma vista privilegiada, é um lugar para escutar os pássaros e encontrar animais da nossa mata atlântica, como cutias, tatus, raposas, tejus, etc. A programação de inauguraç]ao inicia às 9h, com um café da manhã com vista para a paisagem local, misturando o cheiro do café ao ar puro e fresco da mata de Aldeia, uma experiência para se integrar a natureza, encontrar pessoas e ao mesmo tempo satisfazer o famoso apetite matinal pernambucano. Depois do café, tem a apresentação musical do cantor e compositor recifense Rafael Duarte, que traz seu cancioneiro autoral no formato voz e violão. Rafael que já foi integrante das bandas Rivotril e Cordel do Fogo Encantado, e assinou produções musicais conhecidas na cena regional, escolheu Aldeia como seu refúgio para morar e se inspirar, e vai dividir com o público sua música e alguns detalhes e curiosidades sobre seu processo criativo. A manhã conta ainda com atividades recreativas para as crianças e uma conversa inspiradora com o Mestre Mago, fundador do Centro de Capoeira São Salomão, ponto de cultura sem fins lucrativos, que por meio do projeto social Caxinguelês vêm contribuindo há mais de 20 anos com a formação de jovens em comunidades carentes do Recife. Segundo Viviana Borchardt, integrante da organização do evento, a expectativa é que o 1º Café com Arte possa fortalecer o calendário cultural da Região, que apesar de seu extenso território, divido entre oito municípios, possui poucos locais voltados a cultura, mesmo abrigando grandes comunidades de interesse social. A intenção do projeto é iniciar e trazer visibilidade para as atividades do CAC - Aldeia, que além do Café com Arte prepara uma programação de cursos e encontros diversos ligados a arte e ao bem estar comunitário, buscando ser um centro de referência para a celebração das manifestações culturais e associando também o olhar de cuidado ao meio ambiente, em especial a Área de Proteção Ambiental - Aldeia Beberibe. Serviço: 1º Café com Arte Centro de Artes e Cultura de Aldeia - Aldeia Antroposófica Rua SD 5174, n. 369 – Oitenta, Camaragibe (terceira à esquerda do Oitenta – Km 5,7) Valor: R$ 25,00 (Café da manhã + Couvert + Palestra) Informações: 81 98777 1498

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Última semana do Festival Internacional de Dança em Pernambuco

Evento segue até dia 30 de setembro em Pernambuco O Cena CumpliCidades chega em 2022 com foco na singularidade da dança, do corpo e da performance. A programação segue até o dia 30 de setembro, com apresentações de artistas internacionais e nacionais. “Desde 2008 o festival se dedica à experimentação de linguagem, à formação de plateias no Recife, ao fomento de novos talentos na cidade, e à cooperação dos artistas locais e regionais com estrangeiros, dando ênfase ao intercâmbio com a produção ibero-americana.”, comenta Arnaldo Siqueira, curador e coordenador geral do Cena CumpliCidades. Um dos destaque para esse ano é a apresentação do Curitiba Cia de Dança, que retorna ao Festival com o espetáculo 'Dançando Villa', inspirado na vida e obra do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, baseando-se nas suas célebres cirandas e quarteto de cordas. A apresentação é uma mistura de elementos que fazem parte da história e daquilo que era referência para Villa-Lobos, em suas composições e viagens pelo Brasil. A edição de 2022 deu foco na produção artística considerada de superação e enfrentamento tanto dos impactos da pandemia do Covid 19, como das agruras do atual cenário de descaso e precariedade do país no âmbito da cultura. O Festival resolveu dar visibilidade a uma produção local que investiu em criação artística presencial, oportunizou a contratação de coreógrafos, técnicos e bailarinos locais, e, assim, contribuiu com a cadeia produtiva da dança do Recife. No âmbito internacional, e seguindo o mesmo raciocínio de consideração de investimento na produção local, o Festival programou os trabalhos desenvolvidos na Região NE (PB e RN) por artistas estrangeiros com artistas brasileiros ou trabalhos desenvolvidos fora do país por artistas nordestinos. Serviço:Festival Internacional Cena CumpliCidades 2022▪️ Dia 29 (quinta-feira)19h - Um Mero Deleite | Teatro Hermilo Borba Filho ▪️ Dia 30 (sexta-feira)19h - Um Mero Deleite | Teatro Hermilo Borba Filho20h - Dançando Villa | Teatro Santa Isabel22h - Santa Barba (PT) | Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro)

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Cepe lança Coleção Pernambuco na Independência

Primeiros títulos serão apresentados na quinta-feira (29) durante evento no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (Da Cepe) No mês do Bicentenário da Independência do Brasil, a Cepe Editora lança a Coleção Pernambuco na Independência (1822-2022). O conjunto, com dez livros, traz um olhar sobre o tema na perspectiva pernambucana, mostrando que a emancipação do país vai além das ações de personagens do centro do poder imperial, a exemplo de dom Pedro, e tem raízes nas lutas ocorridas em várias províncias. Dos dez livros, cinco serão lançados no próximo dia 29, às 19h, no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), bairro da Boa Vista. “A coleção é um esforço de conjugar leituras contemporâneas sobre o processo da Independência, com textos clássicos e documentos de época”, afirma o historiador e coordenador científico da coleção, George Félix Cabral de Souza. De acordo com ele, as obras oferecem um olhar contemporâneo sobre o tema, principalmente na perspectiva de Pernambuco e diferente da historiografia centrada no Sudeste e em Dom Pedro, que desconsidera os olhares de outras regiões e estados fora do eixo Rio-São Paulo. Coordenadora editorial da coleção, a jornalista Silvia Bessa considera o conjunto de obras como “um documento necessário para se entender a História do Brasil, mostrando a importante – e muitas vezes esquecida – contribuição de Pernambuco para a Independência”. Ela diz que a coleção restaura verdades históricas, à medida que revela o papel de Pernambuco como protagonista no período que vai da chegada da Família Real, em 1808, até a Confederação do Equador, em 1824. Obras - Duas das cinco obras são inéditos os títulos 1821: A “revolução” liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego, do historiador Josemir Camilo de Melo, além de Pernambuco na Independência do Brasil: Olhares do nosso tempo, organizado por George Félix Cabral de Souza. Por sua vez, os livros Oliveira Lima: Obra seleta – História e A propósito da Independência e do Império: Escritos de Gilberto Freyre, organizados pelo historiador, diplomata e escritor André Heráclio do Rêgo, trazem estudos introdutórios inéditos, seguidos de um conjunto de textos pouco conhecidos dos dois mestres pernambucanos. Esses textos foram criteriosamente selecionados em edições antigas de periódicos, publicações acadêmicas e memórias oficiais, por exemplo. Considerado referência para o estudo da história pernambucana, Liberais & liberais: Guerras civis em Pernambuco no século XIX, com edição esgotada há tempo, ganha edição revisada dentro da Coleção Pernambuco na Independência. O livro é de Socorro Ferraz, historiadora e professora associada do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A coleção inclui os relançamentos de O patriotismo constitucional: Pernambuco 1820-1822, do historiador e jurista Denis Bernardo (1948-2012), e de Pernambuco: da Independência à Confederação do Equador, de Barbosa Lima Sobrinho (1897-1897). Com edição esgotada no mercado, a obra de Denis Bernardo refuta a ideia da unidade nacional construída a partir do centro do poder, sem o contraponto das visões regionalistas sobre o estado e a nação brasileira. Entre os inéditos ainda será publicada a Biografia de Gervásio Pires Ferreira, organizada por Antônio Joaquim de Mello. Outras duas obras vão trazer uma seleta de Nilo Pereira (organização de George Cabral e Roberto Pereira) e um conjunto documentos de época sobre a história da independência em Pernambuco (organização de George Cabral e Josemir Camilo de Melo). A coleção, faz parte de uma série de iniciativas da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil instituída pelo governador Paulo Câmara e da qual a Cepe faz parte. Sinopses dos primeiros títulos: Liberais e liberais: Guerras civis em Pernambuco no século XIX O estudo contribui para a discussão do papel das revoluções e insurreições fundamentadas na ideologia liberal, em Pernambuco, no século XIX, durante o processo de Independência do Brasil. A falta de um consenso sobre a formação do Estado nacional gerou conflitos que se apoiaram nas duas faces do liberalismo: uma que enfatiza a sociedade civil, em oposição ao Estado; a outra que encontra no Estado o garantidor da liberdade individual. Ao ganharem força as ideias liberais radicais de Frei Caneca, que se colocaram em oposição ao liberalismo orgânico que fundamentava os escritos e ações de José Bonifácio de Andrada e Silva, esses dois modelos de liberalismo se enfrentaram pela política, pela astúcia e pelas armas. 1821: A “revolução” liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego Resultado de pesquisa inédita, o relato de Josemir Camilo situa a atuação dos liberais de Goiana no movimento libertário que levou à formação da República instituída pelos pernambucanos em 1817, que durante 74 dias estiveram livres do jugo português. O autor resgata o conturbado ambiente de violenta repressão que se sucedeu ao movimento, sob a tutela do general Luís do Rego, enviado por Dom João VI a Pernambuco. Em Goiana, o general teve de enfrentar as investidas dos jovens dispostos a pegar em armas pela Independência, que marcharam para o Recife a fim de participar do cerco às tropas do governo e suas estratégias no trato com o governador da província. Pernambuco na Independência do Brasil: Olhares do nosso tempo A publicação pretende oferecer uma visão sobre como ocorreu o processo de Independência em Pernambuco e a partir de Pernambuco. Ao questionar interpretações cristalizadas na historiografia, os autores dos 10 textos desta coletânea provocam novas reflexões e jogam luz sobre questões que dialogam diretamente com a nossa problemática atual. Os textos são fruto das experiências de pesquisa e docência de especialista, versando sobre temas como a relação da escravidão e a Independência, o papel dos magistrados nas lutas políticas e os protestos, embates e guerras da época. Os autores dosam o rigor acadêmico e a fluidez do texto, construindo narrativas que são, ao mesmo tempo, acessíveis e densas. Oliveira Lima: Obra seleta – História Considerado o maior historiador da Independência, o pernambucano Oliveira Lima fundamentava sua interpretação dos acontecimentos na documentação histórica incontestável, além da capacidade de correlacionar os contextos históricos internacionais e nacionais. Seu legado é reavaliado neste livro, em que se destaca o caráter interpretativo de sua obra. Oliveira Lima se propunha a alcançar uma visão integradora da História, para além das glórias militares, das guerras e dos acontecimentos políticos, mas também a História do povo, seu ambiente moral, as relações de dependência, a História geográfica da conquista do Sertão e a crônica íntima das relações entre os portugueses de Portugal e os do Brasil. A propósito da Independência e do Império: Escritos de Gilberto Freyre O livro

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Sesc Santo Amaro sedia exposição do ilustrador pernambucano Lorde Jimmy

Com incentivo do Funcultura, mostra ficará em cartaz de 27 de setembro a 10 de novembro, com visitação aberta ao público O Sesc Santo Amaro sedia a exposição individual “O Sublime Obscuro: Narrativas do Inconsciente Grotesco”, que apresenta um recorte da produção do ilustrador pernambucano Lorde Jimmy, com curadoria de Enrique Andrade. A mostra reúne mais 30 ilustrações de dimensões variadas e técnicas diversas (lápis, carvão, bico de pena, óleo e guache), uma escultura de personagem e fragmentos de um curta-metragem de animação stop motion, que revelam aspectos da poética visual do artista. A exposição ficará em cartaz de hoje (27 de setembro) até o dia 10 de novembro, com visitação gratuita e atividades abertas ao público. O projeto conta com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura. Lorde Jimmy é o pseudônimo usado por Emmanuel Martins, 26 anos, natural de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco. Vivenciou a liberdade criadora e imaginativa da infância, como uma criança que via no desenho uma maneira de expressar seus mundos. Só mais tarde, no ensino médio, percebeu a possibilidade da arte enquanto profissão. Em 2020, concluiu o curso de bacharelado em Design, na Universidade Boa Viagem. Lorde Jimmy utiliza do imaginário mítico comumente presente nos contos de fadas, dos séculos 17, 18, 19 e 20, para construir narrativas fantásticas e absurdas em cenários obscuros, usando a estética do grotesco. A construção das ilustrações vem do traço característico em bico de pena e lápis do Ilustrador, entre o preto e branco, que usa o gótico para basear seus universos oníricos. As construções de narrativas baseadas em contos de fadas assumem importância simbólica e norteiam o desenvolvimento da exposição, levando o autor a cumprir um dos seus objetivos, que é a de gerar discussão acerca da ressignificação dos temas abordados, pois o sentido de contos de fadas é usado pelo artista em sua totalidade, apresentando temas que levam a uma evolução pessoal. Seguindo essa ideia, outros temas são trazidos para agregar mais camadas às narrativas, como a depressão, solidão, angústia e a morte, questões frequentes na obra do artista. As influências regionais do artista, que nasceu e viveu no Sertão de Pernambuco, influenciam a composição obscura dos cenários desenvolvidos nas imagens, que tem ligação com o exagero da visão infantil e suas experiências ligadas às lendas contadas pelas crianças nas fazendas do interior pernambucano. As imagens pretendem encarnar a dramaticidade desse ambiente rico em mística e mitos, ao mesmo tempo em que dialogam com outras influências que participam da construção do imaginário do artista, tais como Victor Hugo, Mary Shelley, Edward Lear, Edward Gorey, Tim Burton, John Kenn Mortensen, Gustave Doré, Albrecht Durer, Goethe, entre outros. Junto às ilustrações expostas, também serão exibidos trechos de contos e estudos preliminares que integraram o processo criativo do artista, revelando ao público seu percurso de construção visual. Haverá também a apresentação de fragmentos do curta-metragem de animação stop motion “O Guia e as Crianças Perdidas”, que se encontra em desenvolvimento. Protagonizado pelo personagem “O Guia”, o curta é conduzido por uma narrativa tragicômica e nonsense em meio a cenários obscuros. A história apresenta a figura grotesca do personagem principal como o fio condutor da trama. O Guia é incumbido de resgatar crianças perdidas nesta realidade soturna, mas tem sua missão mal sucedida pelo fato delas fugirem com medo, devido à sua aparência bizarra. Assim, consequentemente, essas crianças acabam desaparecendo. PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES Durante o período da exposição, haverá uma programação de atividades abertas ao público. Serão quatro visitas guiadas e três palestras. Confira a seguir. VISITAS GUIADAS Memento Mori A vivência levantará questões como mortalidade, memória e utilização do patrimônio arquitetônico local como espaço de construção afetiva com a cidade, iniciado no território do Cemitério de Santo Amaro. Data: 30 de setembro, das 14h30 às 16h30 Criação de personagem A vivência propõe a criação de seres fantásticos através da imersão no mundo sublime e obscuro do Lorde Jimmy, utilizando algumas técnicas no desenho para dar corpo ao personagem. Público: dos 15 aos 21 anos Data: 04 de outubro, das 14h30 às 16h Meu amigo imaginário Através da imersão no mundo sublime e obscuro do Lorde Jimmy, a vivência para crianças se propõe na criação dos amigos imaginários, utilizando o desenho como ferramenta criadora. Público: dos 9 aos 14 anos Data: 07 de outubro, das 14h30 às 16h Memórias e Afetos, uma tarde de Chá A vivência pensada para a terceira-idade convida para uma tarde de chá e muita conversa, abordando questões sobre memórias como um lugar de afeto e como essas lembranças abraçam a exposição. Público: a partir dos 60 anos Data: 10 de outubro, das 14h30 às 16h PALESTRAS Construindo mundos fantásticos Apresentação da construção temática das peças produzidas pelo artista e expostas na galeria. Abordagem do processo técnico a lápis, finalização em nanquim e construção dos bonecos de animação. Data: 13 de outubro, com Lorde Jimmy, das 14h30 às 16h30 Momemóriabilia Colecionismo, antiquarismo e objetos como portadores de memórias e afetos. Exploração da arte em antigos objetos do cotidiano, suas formas, funções, valor estético e usabilidade no decorrer do tempo. Data: 18 de outubro, com Lorde Jimmy, das 14h30 às 16h30 Hogwarts uma história No formato de mesa redonda, serão abordados os aspectos técnicos, conceituais, narrativos e artísticos do universo de Harry Potter adaptado ao cinema. Data: 20 de outubro, com Lorde Jimmy e equipe do @potterando, das 14h30 às 16h30

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Literatura de horror é tema da Fenelivro desta sexta-feira (23)

Programação da feira fecha a noite com a banda Café Preto, projeto paralelo de Cannibal, às 20h30 O gênero literário de terror será o tema do bate-papo desta sexta-feira (23), às 18h30, durante a 6ª Fenelivro, que segue até o domingo (25). Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea terá participação dos autores de terror Márcio Benjamin e Paula Febbe, e mediação do jornalista, escritor e criador do site O Recife Assombrado, Roberto Beltrão. “Márcio e Paula fazem parte de uma geração que, de certa forma, ‘desafia’ o cânone da literatura brasileira que, por décadas, desde o fim do século XIX, foi o realismo. Em outras palavras, a literatura de gênero sempre foi considerada ‘marginal’ ou ‘menor’ por grande parte dos acadêmicos e quase desconhecida do público”, analisa Roberto. Esse cenário, no entanto, vem se modificando desde meados da primeira década do século XXI, segundo Beltrão, com uma revalorização da literatura de horror em detrimento do fantástico e do realismo mágico que vem ocorrendo na América Latina. Para a paulistana Paula Febbe, escrever sobre terror é como colocar para fora os próprios medos. “Minha literatura é resultado do meu insconsciente”, define Paula, que estudou psicanálise justamente para entender seus processos mentais e colocá-los no papel. “É como uma catarse que pode nos salvar das nossas dores. Quando entendemos o que nos assombra, fica mais fácil superar”, explica Paula, acrescentando que o mercado do terror tem crescido bastante no Brasil. “A minha geração fala mais sobre sentimentos, sobre o que incomoda”, explica a escritora, que também é roteirista, está fazendo mestrado em psicologia criminal, e ainda ministra o curso Serial Killer: a construção do personagem, na escola Roteiraria, em São Paulo. A banda pernambucana Café Preto é um projeto de Cannibal (vocalista da banda Devotos), DJ PI-R e Bruno Pedrosa. Diferente do som pesado do Devotos, a Café Preto traz músicas com referências da cultura local e letras e melodias no modelo Sound System, com delays, reverbs e sonoridades de Dubs e Reggae. O grupo se apresenta às 20h30. Confira programação completa: 23.09 - Sexta-feira 9h – Contação de Histórias / Arena A palavra da boca pra fora, de Clara Angélica, com Lili 9h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 10h – Oficina / Tenda Entorninho: a pintura da Cidade, com Emerson Pontes 10h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 14h – Contação de Histórias / Arena A palavra da boca pra fora, de Clara Angélica, com Lili 14h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 15h – Oficina / Tenda Grafitte, com Larone 15h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 16h – Oficina / Cine Fenelivro Os princípios da animação, Pablo Ferreira da Escola VIU CINE de Criatividade 18h30 – Bate-papo / Palco Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea, com Paula Febbe (SP) e Márcio Benjamin (RN). Mediação de Roberto Beltrão (PE). 19h30 – Lançamento / Arena Feiticeiros de Acbar (Cepe) de Simone Aubin. Apresentação de Clara Barboza de Lucena e Sérgio Pires Barbosa 20h30 - Show / Palco Café Preto, projeto musical de Cannibal e dos DJs PI-R e Bruno Pedrosa

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Bairro do Recife recebe a sexta edição da Fenelivro 

Lançamentos literários, oficinas, conversas, artes visuais, teatro e shows integram a programação gratuita. Na foto, Matheus Abel, do espetáculo infantil Madalena, eu, Madalena. Foto Thiago Oliveira O Bairro do Recife recebe até domingo a sexta edição da Feira Nordestina do Livro, evento que integra o Circuito Cepe de Cultura 2022. Ocupando cinco mil metros quadrados da Avenida (Boulevard) Rio Branco e com a participação de 25 editoras, a Fenelivro volta ao formato presencial depois de dois anos, homenageando o poeta Miró da Muribeca e o cantor e compositor Chico Science. Inspirada no pensamento do precursor do Manguebeat, traz como tema central “Há fronteiras nos jardins da razão?” costurando a programação gratuita. Com uma estrutura física de três palcos e arena para lançamentos, a 6ª Fenelivro contará com mais de trinta atrações entre lançamentos literários, saraus, shows, oficinas, espetáculos infantis, rodas de conversas, exibição de filmes e videoteatro. “Essa edição se tornou especial a partir do momento que a levamos para uma área aberta e no coração do Recife. O diálogo com o território seria, portanto, mais necessário. Por isso, estamos oferecendo uma programação onde literatura, música, teatro, cinema e artes visuais falam sobre a cidade, transmitem o que pensam e o que sentem às pessoas que transitam por ela," destaca a curadora Jamille Barbosa. Entre os lançamentos, a Cepe Editora apresentará o inédito Além do Ipiranga, a extraordinária vida de Pedro Américo e suas incríveis facetas. Escrito pelo advogado Thélio Queiroz Farias, o livro detalha a vida do pintor paraibano, revelando sua importância para além do quadro Independência ou Morte!, de sua autoria. A editora também lançará Feiticeiros de Acbar, Os Governantes - Volume I. Primeiro título de uma série de cinco,  escrita por Simone Aubin, a obra propõe um mergulho na literatura fantástica para os leitores adolescentes. Conversas com os autores dos já lançados Memórias de um motorista de turnês (Paulo André Pires), Bicho Geográfico (Bernardo Brayner) e da HQ Ragu 8 (Christiano Mascaro, João Lin, Dandara Palankof e Paulo Floro) também estão previstas. Outras editoras aproveitam a feira para lançar livros: A falta (Tusquets, 2022), do jornalista e escritor Xico Sá, e o infantojuvenil A Festa da Cabeça (Arole Cultural, 2022), de Kemla Baptista, são destaques.  Bate-papos - Todos os dias a programação traz um bate-papo diferente, com temas culturalmente relevantes. Na quarta-feira, às 18h30, a roda de conversa Manguebeat: o movimento e a memória, reunirá o cineasta Jura Capela, realizador do documentário Manguebit, a professora de sociologia da UFPE Luciana Moura, autora do livro Manguebeat: a cena, o Recife e o mundo (Appris, 2020), com mediação do crítico musical, jornalista, escritor e pesquisador José Teles, autor do livro Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco (Edições Sesc São Paulo, 2022). Outro bate-papo instigante vai abordar os caminhos do quadrinho no Brasil, com o ilustrador e artista visual paulistano João Pinheiro, um dos principais autores do quadrinho nacional contemporâneo, e a artista visual e quadrinista de São Paulo Mariana Waechter. A mediação é da editora de quadrinhos recifense Dandara Palankof, na quinta-feira (22), às 18h30. Um dos destaques de sexta-feira (23) fica com o bate-papo Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea, com a participação dos autores de terror Márcio Benjamin e Paula Febbe e mediação do  jornalista, escritor e criador do site O Recife Assombrado, Roberto Beltrão. “Márcio e Paula fazem parte de uma geração que, de certa forma, ‘desafia’ o cânone da literatura brasileira que, por décadas, desde o fim do século XIX, foi o realismo”, destaca Roberto. Para a paulistana Paula Febbe, escrever sobre terror é como colocar para fora os próprios medos. “Minha literatura é resultado do meu inconsciente”, define Paula, que estudou psicanálise justamente para entender seus processos mentais e colocá-los no papel. O escritor paulistano Sacolinha (pseudônimo de Ademir Alves de Sousa), a cordelista e poeta cearense Jarid Arraes e a escritora carioca Clara Alves mostrarão como as suas experiências sociais se refletem nas suas produções literárias. A conversa entre Sacolinha e Jarid Arraes será no sábado (24) e terá mediação do poeta pernambucano Fred Caju. Clara Alves participa do bate-papo no domingo (25), com mediação de Gianni Gianni, editora assistente da Cepe. Todas a partir das 16h. Morador de Suzano (SP), com dez livros publicados, Sacolinha tem 39 anos e celebra 20 anos de carreira em 2022. “Costumo dizer que eu coloco a minha pele no fogo. Como morador de periferia, escrevo aquilo que eu vivo. Não é que eu escreva a realidade, mas um pouco da minha vivência social se reflete na minha produção literária”, declara o escritor. “Desde que me entendi como mulher bissexual, o foco da minha produção literária passou a ser o protagonismo LGBTQIAP+. Eu demorei muito a me entender e me aceitar, justamente por essa invisibilidade com que crescemos. As histórias que eu lia nunca eram sobre mim”, acrescenta Clara Alves, 28 anos. A performance do coletivo Slam das Minas de Pernambuco é uma boa pedida para o domingo (25), às 19h, quando oito mulheres negras estarão juntas para recitar poesias autorais sobre resistência e ancestralidade. “A poesia feita a partir da nossa vivência é uma característica do nosso grupo”, destaca Amanda Timóteo, poeta e uma das organizadoras do coletivo. Nos shows do fim de semana, a banda Geração Mangue leva sua mistura de música regional com hip-hop para o palco da Fenelivro, às 20h do sábado (24). A banda pernambucana Café Preto, projeto de Cannibal, DJ PI-R e Bruno Pedrosa, que mistura ragga, dub, funk e EDM, é a atração do domingo (25), também às 20h.  Oficinas e crianças - Atividades voltadas para a garotada ocupam as manhãs e tardes da programação com opções de oficinas (dublagem/voz original, trilha sonora, animação e roteiro, desenho artístico, pintura e grafite), contações de histórias e espetáculos infantis. O Coletivo Teatro de Retalhos leva para a Fenelivro clássicos da literatura (Moby Dick, Dom Casmurro e Hamlet) em linguagem adaptada para a criançada, enquanto o ator Mateus Abel encarna o palhaço Abelardo

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7 fotos das sorveterias de antigamente

Pernambuco, principalmente o Recife, possui algumas sorveterias bem tradicionais e outras antigas também foram fechadas nos últimos anos. O saudosismo por esses estabelecimentos e as boas memórias levaram ao escritor Gustavo Arruda a publicar o livro "No tempo das Sorveterias" (Uiclap Editora, 2022, 158 páginas), que traz fotos, curiosidades e histórias desses lugares que marcaram a infância e juventude de muitos pernambucanos. O livro pode ser adquirido pelo site: https://loja.uiclap.com/titulo/ua21823/ O escritor Gustavo Arruda, que é pernambucano do Recife e colecionador de fotos antigas da cidade, compartilhou algumas imagens raras com a coluna Pernambuco Antigamente, que você pode conferir abaixo. Sorvetes Bacana, em Olinda, no ano de 1992 Fachada da primeira loja da John's, no bairro da Madalena, em 1980(Acervo da John's) Fachada da Beijo Frio Sorveteria, em Bairro Novo, Olinda (Acervo APO) Prédio da Fábrica de Sorvetes Xaxá, na Praça Oliveira Lima, no Recife(Acervo Fernando Machado) Sorveteria Glacier, em Olinda, 1990(Acervo de Ricardo Prestrelo) Fachada da primeira loja da futura FriSabor, na Rua Joaquim de Brito, no Recife, em 1957(Acervo de Luiza Maria) Sorveteria Peixe, em Vitória de Santo Antão, nos anos 1950(Acervo Rosângela Peixe) *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Últimos dias da exposição Semprenunca fomos modernos no Museu do Estado

(Da Cepe) A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) realiza a exposição Semprenunca fomos modernos até o dia 25, no Museu do Estado. São 109 obras baseadas no livro Pernambuco Modernista, do jornalista e antropólogo Bruno Albertim - editado pela Cepe e lançado este ano. Com curadoria assinada pelo diretor do Mepe, Rinaldo Carvalho, ao lado de Bruno Albertim, da historiadora Maria Eduarda Marques e da especialista em Artes Visuais Maria do Carmo Nino, o objetivo desta exposição é trazer novas narrativas visuais, inclusivas, diversas e plurais sobre a arte moderna no Estado.  As obras se distribuem em núcleos argumentativos, desde os primórdios do modernismo pernambucano, com Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias e Vicente do Rêgo Monteiro, no início do século 20, até meados dele, com Francisco Brennand, Tereza Costa Rêgo, José Cláudio e Guita Charifker, até chegar aos modernistas contemporâneos. “São artistas do século 21 que socialmente fazem parte de grupos invisibilizados, como mulheres, negros e pessoas trans, que até pouco tempo não tinham o direito de escrever a história visual de Pernambuco”, resume Bruno. O curador define este último grupo como vozes dissonantes, mas que confirmam filiação a partidos estéticos e éticos muito caros ao modernismo pernambucano. “Sobretudo com o figurativismo e a adoção de uma paleta de cores que traduz a luz local. Além da revisitação às questões de identidade”, explica o curador, citando nomes como Clara Moreira, Fefa Lins, Juliana Lapa, Max Mota e Diogum. A exposição ocupará todas as galerias do Mepe e o Centro de Documentação Cícero Dias - Biblioteca do Mepe.

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Fundaj e Oficina Francisco Brennand promovem seminário internacional dedicado à obra do artista

De 21 a 25 de setembro, programação traz painéis com importantes nomes das artes visuais, uma mostra de cinema com filmes que habitaram o pensamento criativo de Brennand e uma visita guiada pela Oficina com a Diretora Artística Júlia Rebouças (Foto: Breno Laprovitera) Pela primeira vez, a Oficina Francisco Brennand e a Fundação Joaquim Nabuco se unem institucionalmente para celebrar a obra e história de um dos mais prestigiados artistas do país. Entre 21 e 25 de setembro, as instituições promovem, no Cinema da Fundação/Museu (Casa Forte) e na Oficina (Várzea), o seminário internacional “Francisco Brennand: a Oficina como território” com uma programação de palestras e filmes que visam a fomentar e difundir a arte, a memória e a história social do escultor, pintor e pensador pernambucano – falecido em 2019. Entre os palestrantes, estão curadores e pesquisadores como Paola Santoscoy (México), Tício Escobar (Paraguai), Clarissa Diniz, Júlia Rebouças, Rose Lima e Jacob Klintowitz. Veja a programação completa abaixo e nos sites www.oficinafranciscobrennand.org.br e www.gov.br/fundaj. “A obra singular de Francisco Brennand permanece e inspira. Tudo o que diz respeito à sua arte provoca curiosidade e tem uma forte identidade. Essa parceria, com a realização do seminário, mostra de cinema e curso formatado em parceria com o Museu do Homem do Nordeste, trará para o público novas reflexões e olhares sobre a arte e a cultura do Nordeste. A Fundaj, como instituição que atua na região, tem esse compromisso. Trazer para o debate a obra de Brennand é levar para o público a genialidade desse artista, proporcionando que cada vez mais seu nome e arte sejam perpetuados”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos. “Este seminário acontece no âmbito da celebração dos 50 anos da Oficina Francisco Brennand, iniciada em novembro de 2021, o que pra nós é motivo de bastante alegria, e é o primeiro projeto que se desdobra a partir dessa importante parceria firmada com a Fundaj. Temos interesse recíproco em promover cooperações técnicas e diálogos em educação e cultura e, certamente, esta será a primeira de muitas colaborações entre a Oficina e a Fundaj”, afirma Ingrid Melo, Diretora de Operações da Oficina Francisco Brennand. Nascido na cidade do Recife, Francisco Brennand herdou o lugar no qual viveu e construiu ao longo de quase meio século o “sonho que não deveria ser interrompido” - a Oficina Francisco Brennand, espaço único no mundo erguido a partir das ruínas da antiga fábrica de telhas e tijolos refratários, a Cerâmica São João, que pertenceu a seu pai Ricardo Lacerda de Almeida Brennand. Localizada na Várzea, segundo maior bairro da cidade do Recife, a Oficina conflui sua existência com a do próprio lugar. Como anunciado por Francisco Brennand: a “Várzea é o seu mundo”. “A trajetória artística de Francisco Brennand, ainda que tenha sido pontuada por importantes leituras críticas ao longo de seu desenvolvimento, merece renovados debates sobre a qualidade de seu trabalho e as reverberações que este tem na contemporaneidade, tanto em termos formais, ao apresentar uma técnica cerâmica única, com motivos característicos de seu trabalho, mas também por evocar discussões que se fazem mais atuais do que nunca, como as relações entre seres, ambientes e história.”, pontua Júlia Rebouças, Diretora Artística da Oficina Francisco Brennand. PALESTRAS A estrutura da programação está alinhada aos eixos temáticos “Outros modernismos na obra de Francisco Brennand: reverberações fora de territórios hegemônicos” e “Reflexões sobre museus de artistas: Oficina Francisco Brennand e seus processos”. O primeiro discutirá os movimentos de articulação artística que aconteciam em Pernambuco e no Nordeste, analisando como tais movimentos se aproximavam ou se distanciavam dos adventos modernistas que ocorreram na década de 1920, mas que continuaram a borbulhar principalmente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. O painel também insere na discussão as parcerias entre Francisco Brennand com outros artistas e intelectuais contemporâneos a ele como Aloísio Magalhães, Ariano Suassuna, Cícero Dias, Lina Bo Bardi, Paulo Freire, Vicente do Rego Monteiro e Teresa Costa Rêgo. A curadora Clarissa Diniz e o professor Anco Márcio são os convidados do debate que terá a mediação de Gleyce Kelly Heitor, Diretora de Educação e Pesquisa da Oficina Francisco Brennand. A mesa “Reflexões sobre museus de artistas: Oficina Francisco Brennand e seus processos” apresentará um debate sobre a criação de museus que antes foram ateliês de artistas, lançando questões de como estes espaços se transformam, quais são suas contribuições para repensar as distintas naturezas institucionais e como construir convivências entre o acervo, a própria espacialidade criada pelos artistas e outras poéticas/processos. O debate, com mediação de Júlia Rebouças, contará com as participações de Rose Lima, Diretora do Teatro Castro Alves e curadora da exposição comemorativa de 90 anos de Francisco Brennand, e Paola Santoscoy, diretora do Museo Experimental El Eco, na Cidade do México. O Seminário contempla ainda conferências de dois importantes pensadores no campo das artes, influentes referências em museus nacionais e internacionais. O crítico e curador paraguaio Ticio Escobar mostrará as contribuições de sua pesquisa a respeito das culturas do barro, enquanto o gaúcho Jacob Klintowitz, um especialista no trabalho cerâmico de Brennand, com diversos textos publicados sobre o assunto, apresenta o seu olhar sobre o processo criativo do escultor. MOSTRA DE CINEMA Além da grade de palestras, o evento dividirá com o público uma mostra de cinema composta por um recorte de filmes e cineastas que povoaram o pensamento criativo do artista, um grande apreciador da sétima arte: “Maluco Genial” (de Ronald Neame); “Henrique V” (Kenneth Branagh); “O Anjo Azul” (Josef von Sternberg); “Barton Fink” e “Fargo” (Irmãos Cohen); “Veludo Azul” (David Lynch) e a trilogia “As Mil e Uma Noites” (Miguel Gomes), além de “Francisco Brennand”, um filme sobre a sua trajetória dirigido por Marianna Brennand, sua sobrinha-neta, cineasta e Presidente da Oficina Francisco Brennand. VISITA GUIADA NA OFICINA FRANCISCO BRENNAND No sábado, dia 24 de setembro, às 11h, o seminário promove uma visita guiada com Júlia Rebouças pela exposição “Devolver a terra à pedra que era: 50 anos da Oficina Brennand”, uma mostra antológica do artista da

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