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Imagens do Cehibra compõem exposição que celebra os 429 anos de Jaboatão

Mostra gratuita “Lendas de Jaboatão”, realizada em parceria com a Prefeitura, está em cartaz no Shopping Guararapes e resgata histórias locais. A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) participa de mais uma iniciativa que resgata a memória de momentos importantes da formação do estado de Pernambuco e da Região Metropolitana do Recife. Uma exposição gratuita que utiliza imagens pertencentes ao acervo do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj, entrou em cartaz nesta semana no Shopping Guararapes, localizado no bairro de Piedade, em Jaboatão. A mostra “Lendas de Jaboatão”, realizada em parceria com o mall e a Prefeitura da cidade, faz parte das comemorações pelo aniversário do município, que completou 429 anos no dia 4 de maio. Na exposição, são apresentados painéis que resgatam contos populares e histórias locais. A ação é inspirada em um livro do professor James Davidson, que assina a curadoria. Entre as imagens cedidas pelo Cehibra, está uma fotografia de um engenho do século 17 conhecido pela lenda da Casa Mal-Assombrada de Megaípe, em Comportas. Segundo conta a tradição, o casarão, descoberto por Gilberto Freyre no início do século passado, assustava os moradores do entorno com barulhos de louça na sala de jantar, choros de crianças e correntes se arrastando, além de restos mortais de pessoas sepultadas sob a edificação, que acabou demolida em 1928. A exposição “Lendas de Jaboatão” segue disponível no corredor do Cinema do Shopping Guararapes até dia 15 de maio, no mesmo horário de funcionamento do mall, que abre de segunda a sábado, das 9h às 22h, e aos domingos, das 12h às 21h. Serviço - Lendas de Jaboatão Período: até 15 de maio Horários: de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h, e aos domingos, das 12h às 21h Local: Shopping Guararapes, Av. Barreto de Menezes, 800, Piedade Acesso gratuito

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Novo encontro do frevo com o jazz no coração do Recife

Festival Do Frevo ao Jazz realiza sua segunda edição, de 12 a 15 de maio, oferecendo rodas de conversa, oficinas e shows gratuitos, a partir da curadoria da Spok Frevo Orquestra e produção geral da Jaraguá Produções A cadência eletrizante do frevo encontra as melodias envolventes do jazz para a segunda versão de um projeto cultural que promete, mais uma vez, marcar a história da música pernambucana. O festival Do Frevo ao Jazz realiza a sua nova edição, após um duro hiato de seis anos. De 12 até 15 de maio, em locais como o Paço do Frevo e a Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife, será oferecida uma programação com artistas que são reconhecidos pela importância de suas trajetórias, em uma série de shows gratuitos. A curadoria é assinada pela Spok Frevo Orquestra (Spok e Gilberto ‘Giba’ Pontes) e a produção geral é da Jaraguá Produções, com Luiz Barbosa na direção geral e Carol Ferreira na produção executiva. O projeto conta com incentivo do Governo do Estado, via Funcultura, Secretaria de Cultura, Fundarpe e apoios do Paço do Frevo e da Prefeitura do Recife. O festival, que fez sua estreia há sete anos, foi pontuado pelo fato histórico de trazer a Pernambuco, para shows no Recife e em Olinda, o trompetista norte-americano Wynton Marsalis e a Jazz at Lincoln Center Orchestra, criando uma ponte até então inédita daqueles músicos de jazz, com o nosso frevo. E com os músicos pernambucanos, que também foram convidados para tocar em Nova York. Segundo Spok, o público pode esperar para esta edição “a força da música brasileira e pernambucana de portas abertas para a influência e a liberdade do jazz. Todos os caminhos livres para todas as direções possíveis, em noites inesquecíveis para quem estiver presente”. Agora, estão previstas performances que vão desde atrações nacionais, como a união entre a cantora Mônica Salmaso, o pianista Nelson Ayres e o icônico Quinteto da Paraíba, até a prata da casa, com representantes de Pernambuco como a violeira Laís de Assis e o flautista César Michiles, com a sua Transversal Frevo Orquestra. Os shows serão no Palco Cidade da Música, montado na Praça do Arsenal da Marinha, e começam na quinta-feira, dia 12 de maio, com Mônica Feijó e seu Frevo para Ouvir Deitado, e culminam, no domingo, dia 15, com Orquestra 100% Mulher, Rubacão Jazz e Spok Frevo Orquestra, reunidos numa big band com mais de 25 músicos no palco. “Brinco que este dia é a nossa Avenida Caxangá, pela quantidade grande de artistas reunidos”, comenta Spok. Os curadores detalham como foi montada esta seleção de primeiro naipe: “Foi uma curadoria pensando em cada timbre e no encontro de gerações, que será muito bacana. Tudo foi feito com muito carinho, verdade e dignidade, dentro do trabalho de cada um deles”, diz Giba. Spok destaca a apresentação derradeira do evento. “Posso citar uma homenagem que será feita no último dia, no meio da nossa apresentação, quando receberemos o maestro Edson Rodrigues, um dos primeiros a trazer o jazz para dentro do frevo. Ele é um dos ‘Sete Corações’, do filme que realizamos, e está completando 80 anos neste ano. Vamos recebê-lo e será um momento muito emocionante”, acredita. Roda de conversas e oficinasTambém integram a agenda do festival rodas de conversas, que serão realizadas no Paço do Frevo. Uma delas será sobre como aumentar a presença das mulheres no universo do frevo, com a presença de Carmen Pontes e Gabi Apolônio. Para contemplar mais ainda os instrumentistas, haverá oficinas descentralizadas, em parceria com grupos culturais como o Bongar, na comunidade Nação Xambá; o Grêmio Henrique Dias, no Sítio Histórico de Olinda, e a Orquestra Criança Cidadã, no bairro do Coque. Na opinião de Spok, neste casamento do frevo com o jazz, os dois se destacam da mesma maneira, sem suplantar um ao outro. “O frevo, ao lado do choro, muito possivelmente são as únicas músicas genuinamente instrumentais brasileiras. E o frevo é a única que nasce para uma orquestra, um grande grupo. São dois irmãos, que passaram mais de 100 anos, e quando se viam só acenavam um para o outro. Mas posso dizer que, no primeiro festival Do Frevo ao Jazz, eles conseguiram sentar, conversar, trocar ideias. Agora, vão conseguir se encontrar novamente por quatro dias inteiros”. O músico segue argumentando que os ritmos são duas forças incríveis, que carregam o poder de seus lugares. “Um conseguiu sistematizar e se espalhar de uma forma gigantesca para o mundo. E o outro está começando. O jazz está ajudando o frevo a ir para lugares cada vez mais distantes. São duas expressões poderosíssimas, de resistência muito grande e que estão mais do que nunca juntos. Se um é absurdamente forte, imagina os dois juntos. Um viva ao frevo! Um viva ao jazz! Um viva ao Do Frevo ao Jazz!”, conclui o maestro. Programação: CONVERSAS NO PAÇO DO FREVO (13 e 14 de maio – das 10h às 12h) Onde: Paço do Frevo – Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife. 13/05 – Frevo Mulher Palestrantes: Carmen Pontes + Gabi Apolônio – mediação do Paço do Frevo 14/05 – Do Frevo ao Jazz Palestrantes: Nelson Ayres +Spok + Mônica Salmaso + Xisto Medeiros + maestro Edson Rodrigues - mediação Spok SHOWS GRATUITOSOnde: Praça do Arsenal QUINTA-FEIRA 12/05 19h – Monica Feijó com o show “Frevo para ouvir deitado” 20h10 – Augusto Silva & Frevo Novo com o show “Quebra-cabeça” 20h20 – Henrique Albino Quarteto com o show “Música Troncha” SEXTA-FEIRA 13/05 19h – Renato Bandeira com o show “Cheiro de Terra” 20h10 – Pife Urbano – convidado: Rafael Marques 21h20 – César Michiles e a Transversal Frevo Orquestra SÁBADO 14/05 18h – Duo Frevando com Maria Aida e Nilsinho Amarante 19h10 – Laís de Assis 20h20 – Mônica Salmaso, Nelson Ayres e Quinteto da Paraíba DOMINGO 15/05 16h30 – Culminância Workshops 17h – Orquestra 100% Mulher 18h10 – Rubacão Jazz 19h20 – Spok Frevo Orquestra

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Tânia Alves se apresenta no projeto Seis e Meia no Parque em maio

Com abertura de Ganga Barreto e Sérgio Lima, Teatro do Parque recebe programação nodeb próximo dia 6 de maio No próximo dia 6 de maio, Tania Alves e Gangga Barreto se apresentam no palco do Teatro do Parque. O projeto tem datas até o fim de 2022 para apresentar talentos da música popular brasileira no histórico cineteatro pernambucano, recém reaberto após restauro. Depois do sucesso da dupla apresentação de Marcelo Jeneci e o duo Benza, a produção do projeto Seis e Meia, leia-se Flávio Perruci, confirma a atriz e cantora Tania e seu show “ALMA LATINA” para o palco do Parque. “Retornar com o Seis e Meia no Parque foi um alívio e uma felicidade muito grande. Tivemos duas noites emocionantes, com o público cantando junto e ocupando esse espaço cultural histórico. Estamos de volta e com datas até o fim de 2022 para muitas noites de boa música”, anuncia Perruci. O espetáculo de Tania, que viveu Filó na primeira versão da novela Pantanal, homenageia artistas ícones da música romântica como Nelson Gonçalves e Altemar Dutra ao trazer grandes sucessos do rádio com a voz e emoções típicas da artista. Como uma verdadeira diva da música romântica, a cantora e atriz promete misturar os maiores clássicos do gênero, passando de Roberto Carlos até Rita Lee, de boleros a bossa nova. Por fim, a apresentação mais que especial se encerra com toda alegria e festividade das marchinhas de carnaval, celebrando o tão especial espírito latino-brasileiro. Os clássicos “Mulata IÊIÊIÊ”, “Chiquita Bacana e “Pierrot Apaixonado” não irão faltar no imperdível repertório de Tania. A abertura da noite fica à cargo da cantora, compositora e percussionista pernambucana, Gangga Barreto, a famosa “Voz de Trovão”. Após turnê ao redor do mundo, Gangga volta ao seu estado natal para apresentar o seu show solo “O ano em que nasci” ao lado do pianista Sérgio Lima. Essa apresentação foca em grandes sucessos da música brasileira lançados no ano de 1979. Sucessos como “Tola foi você” de Angela Rôrô e “Atrás da Porta” de Elis Regina são presença certa no rico repertório da ganhadora do prêmio BBC de “Melhor Disco do Mundo”. As entradas já estão à venda no Sympla, custam R$50 (meia-entrada), R$60 (entrada social + 1kg de alimento não perecível). Todas as exigências do Governo do Estado serão seguidas: uso de máscaras, distanciamento social e apresentação do comprovante de vacinas com esquema vacinal completo. Sobre o Seis e Meia O projeto Seis e Meia no Parque fez história na cidade do Recife. Em atividade constante entre as décadas de 80 e 90, o Seis e Meia foi um importante como canal para o surgimento da nova e brilhante cena musical pernambucana, que hoje encanta o país. Foi na sua janela local que vieram a público os então desconhecidos Chico Science e a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Belchior, Edson Cordeiro, Emílio Santiago, Itamar Assunção, Paulinho Mosca, Cauby Peixoto entre outros. Teatro histórico em permanente atividade com capacidade para abrigar confortavelmente 803 pessoas, o Teatro do Parque é palco do projeto. Localizado no centro do Recife, próximo de todos os terminais de ônibus para o subúrbio, a casa é parte da memória afetiva e cultural da Cidade do Recife. Todas as edições anteriores do projeto SEIS E MEIA bateram todos os recordes de público de sua história, abrindo sessões extras de alguns shows. Cerca de 13 mil pessoas assistiram as 15 apresentações realizadas com apoio da iniciativa privada e pública. Serviço - Seis e Meia no Parque Com Tania Alves e show de abertura de Gangga Barreto Sexta-feira, 6 de maio A partir das 18h30 Onde: Teatro do Parque - R. do Hospício, 81 - Boa Vista, Recife Ingressos: R$50 (meia-entrada), R$60 (entrada social + 1kg de alimento não perecível) à venda no Sympla

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Vanessa da Mata traz "Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina" ao Teatro Guararapes, dia 7 maio

Prestes a lançar o clipe "Hoje Eu Sei", nesta terça (3 de maio), Vanessa da Mata continua fazendo a ponte perfeita entre regionalismo, vida urbana e, mais do que nunca, o amor. "Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina", sétimo álbum de estúdio da artista, prossegue seus achados poéticos e melodias intuitivas. A cantora traz ao Teatro Guararapes o show homônimo para única apresentação, dia 7 de maio. "Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina" é o disco mais autoral de Vanessa. Ela se aventurou pela primeira vez como produtora musical, propondo arranjos diretamente aos músicos, criando a dinâmica sonora do álbum como captação de voz, mixagem, acentuando ou reduzindo as intenções dos instrumentos em função de cada canção. O repertório do show é composto por "Só Você e Eu”, "Nossa Geração", "Vá Com Deus", "Dance um Reggae Comigo”, "Tenha Dó de Mim", "Hoje Eu Sei" e "Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina". Os grandes hits de Vanessa, que fizeram dessa cantora e compositora uma das maiores estrelas do mercado fonográfico brasileiro, também estão no set-list: “Ai, Ai, Ai”, “Amado”, “Caixinha de Música”, “Gente Feliz”, “Boa Sorte/GoodLuck”, “Não Me Deixe Só”, “Ainda Bem”. “A história de todos nós, todos lutando pela sobrevivência de seus próprios sentimentos no dia a dia. Meu disco trata disso, com músicas leves e curtas letras. O pop romântico, a brasilidade, a canção, o reggae californiano, os ritmos dançantes. Fiz questão de juntá-los sem distinção. Intelectuais e populares", define Vanessa. SERVIÇO Vanessa da Mata no show "Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina" Dia 7 de maio (sábado), às 21h Teatro Guararapes: Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182-8020 Ingressos: Plateia Especial: R$ 220 e R$ 110 (meia) Plateia: R$ 180 e R$ 90 (meia) Balcão: R$ 140 e R$ 70 (meia) À venda no site Sympla, lojas Ticketfolia e bilheteria do teatro.

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Fundaj abre nova turma do curso de Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil

(Da Fundaj) A Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) volta a promover, em maio, o curso de Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil. A formação, que já foi oferecida em abril do ano passado, abre agora sua segunda turma, com novas discussões sobre o patrimônio sacro da região, fortemente ligado à História do país, e o potencial turístico dele. A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo Sympla. O curso é remoto, voltado para servidores públicos federais, agentes públicos ligados ao Turismo e à Cultura, demais agentes públicos, terceiro setor do Turismo e da Cultura, profissionais do Turismo e da Cultura e pessoas com vínculo religioso. A ação formativa contará com cinco encontros, a serem realizados em formato remoto entre 16 e 20 de maio, sempre das 10h às 12h. As aulas serão conduzidas pela professora Andréa Berenguer, mestra em Direito e professora de Turismo; que receberá como convidados Ciema Mello, antropóloga do Museu do Homem do Nordeste (Muhne); Mario Helio, diretor de Memória, Educação Cultura e Arte da Fundaj; Múcio Aguiar, jornalista e doutorando em Arqueologia; e Olga Santos, monitora do Muhne. A Coordenação Técnica é por conta de Pedro Coelho, coordenador de Conteúdos e Publicações da Fundaj. Coordenadora do curso, a professora André Berenguer recorda que, na primeira edição, a iniciativa reuniu alunos do Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Bahia e Distrito Federal. “O segmento religioso é muito forte, porque no Nordeste nós temos muitas manifestações, das mais diversas matizes. E o turismo é um fenômeno universal assim como a religiosidade. Todo agrupamento humano gosta de se deslocar e crê. Juntos, ambos podem propiciar movimentação, intercâmbio cultural, respeito, geração de emprego e renda e arrecadação de tributos”, afirma. Serviço - Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil Período: 16 a 20 de maioHorário: das 10h às 12hCarga horária: 10hVia Google Meet

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Judeus: o misterioso Jacob tirado de Amsterdã

No final do Século 16 em Olinda, uma das figuras de destaque da sociedade, era o exportador de açúcar e cristão novo James (Jaime) Lopes da Costa, nascido na cidade do Porto, em 1544, cujo nome aparece citado, por mais de uma vez, nas Denunciações do Santo Ofício (1593) como onzeneiro (indivíduo que pratica onzena; usurário, agiota). Em 21 de setembro de 1593, para surpresa dos habitantes de Olinda, desembarca no Arrecife (como era então chamado o Recife), o Visitador do Santo Ofício Heitor Furtado de Mendoça (sic) e seus oficiais provenientes da capitania da Bahia. A presença em Pernambuco de um representante da Inquisição de Lisboa, em busca de possíveis práticas judaizantes, veio a revelar aspectos da vida privada dos habitantes de Olinda, Recife, Itamaracá e Paraíba, naquele final de Século 16, como se depreende dos depoimentos que integram os volumes das Confissões e Denunciações, cuja edição conjunta vem a ser publicada no Recife (Coleção Pernambucana – v. 72, 2ª fase, 1984). Caracterizou-se a Primeira Visitação do Santo Ofício a Pernambuco pela criação de um Tribunal da Inquisição em Olinda, como bem observa José Antônio Gonsalves de Mello. O inquisidor Heitor Furtado de Mendoça (sic), não somente determinou a prisão de alguns denunciados, como também os mandou aos cárceres da Inquisição em Lisboa. Mas, no que diz respeito aos processos cujas culpas exigissem apenas abjuração de levi, como bigamia, sodomia, blasfêmia e outros, tinham o visitador e seus assessores autoridade suficiente para pronunciar a decisão final. Observa o autor de Gente da Nação (1989), serem “amplos os poderes do tribunal olindense, e as penas por ele impostas eram acatadas por autoridades civis fora do Brasil, inclusive da metrópole, como nos casos de degredo e de galés”. Justificando o seu raciocínio, Gonsalves de Mello chega a relacionar, com a devida numeração contida nos autos que se encontram no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 55 processos de réus cujas sentenças foram prolatadas pelo tribunal olindense. No caso especial de James Lopes da Costa, um rico senhor de engenho e exportador de açúcar em atividade em Pernambuco, não foi ele encontrado por ter-se ausentado da capitania. O seu nome, porém, aparece em vários depoimentos como suspeito de práticas judaicas e de atividades de onzeneiro; aquele que empresta dinheiro a juros de 11%. Em 1598, juntamente com sua mulher, Bárbara Henriques, transfere-se para Amsterdã, onde se declara judeu, mudando o seu nome para Jacob Tirado. Radicado naquela cidade, logo transformou-se em um dos ilustres membros da comunidade judaica, sendo alvo de significativa homenagem do rabino Moses Uri B. José Halevi, que lhe dedicou o seu livro por ele editado em 1612. Na Holanda, o nosso Jacó Tirado vem a ser responsável pela criação da primeira sinagoga portuguesa, denominada de Bet Yahacob (Casa de Jacob). Por falta de prédio próprio, os serviços da primeira sinagoga foram realizados em sua casa, pelo menos até 1610. Curioso é que sua passagem pelo Brasil, porém, é totalmente desconhecida dos seus biógrafos europeus; daí o seu epíteto de Misterioso Tirado. Por volta de 1608, encontrava-se ele entre os fundadores da comunidade sefardita de Amsterdã, juntamente com Samuel Palache e o poeta Jacob Israel Belmonte” […] “Em documentos notariais da época, o seu nome aparece como um comerciante rico com o nome de James (Gammez) Lopes da Costa; tendo o seu comércio de açúcar registrado atividades em Portugal e Veneza. [ Encontrava-se ele entre os primeiros subscritores do parnassim (fundador da sinagoga, que contribuía com os recursos para criação do templo; subscritor) da comunidade tendo doado os rolos da Sefer Torá. Depois de 1612, ele deixou Amsterdã e mudou-se para Veneza, onde atuou em caridade e angariação de fundos para Ere E Israel; de lá transferindo-se para Jerusalém, onde veio a falecer em 1620. Foi, ainda, James Lopes da Costa que, em 1615, constituiu, com um grupo de 15 judeus portugueses, a Santa Companhia de Dotar Órfãs e Donzelas, mais conhecida entre os sefardins pela sigla DOTAR, ao qual foram acrescidos os nomes de quatro judeus ausentes, dois dos quais residentes em Pernambuco: João Luís Henriques e Francisco Gomes Pina.

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Produtora cultural da Mata Norte lança filme sobre danças populares do interior de Pernambuco

A produção audiovisual, inédita, é assinada pela produtora cultural, coreógrafa e instrutora de danças populares, Juçara,  e será lançada neste sábado (30), no canal do Youtube Os movimentos, passos, misticismo, roupas e toda performance ligadas às manifestações de cultura popular da região da Mata Norte de Pernambuco, como Maracatu Rural, Caboclinho e Cavalo Marinho, considerados Patrimônios Culturais do Brasil, vão ser tema do filme “Cabocla da Mata”, que será lançado neste sábado (30).  A produção audiovisual, inédita, é assinada pela produtora cultural, coreógrafa e instrutora de danças populares, Juçara, idealizadora e protagonista da obra audiovisual. O público pode acompanhar a estreia no canal do Youtube (https://www.youtube.com/channel/UC0dGDYFKwDmiUicq7EtjKYg) da Cabocla Produção, gratuitamente. Produzido de forma independente, o curta-metragem traz, como cenário, o Museu Poço Comprido, que é Ponto de Cultura, localizado em Vicência e o  Vale da Onça, em Paudalho-PE, ambos municípios da Zona da Mata canavieira. No centro das atenções, Juçara, protagonista do filme, busca retratar todo o ritual presente nas brincadeiras populares. “Cabocla da Mata” é uma entidade que permeia todos os personagens presentes no Maracatu Rural, Cavalo Marinho e Caboclinho, trazendo a mensagem de que toda arte vem do divino e é corporificada nas pessoas que transmitem a mensagem através de seus dons. “A Cabocla da Mata'' nasce da observação da dança do personagem Arreiamá do Maracatu Rural. Nele, enxerguei toda a força indígena. E, a partir dos seus passos, visualizei o Caboclinho e o Cavalo Marinho, brincadeiras que são símbolos da região da Mata Norte de Pernambuco, lugar de onde vim” enfatiza Juçara.  Diante das lentes cinematográficas, a “Cabocla da Mata”, protagonizada por Juçara, apresenta os ritmos do baião, perré e guerra, que compõem a brincadeira do Caboclinho, trazendo movimentos semelhantes aos Caboclinhos tradicionais de Goiana, na Mata Norte. Logo depois, ela interpreta dois dos importantes personagens do Cavalo Marinho. O primeiro deles é a Ambrósia, uma adaptação do Ambrósio, personagem vendedor de todas as figuras, que faz sua propaganda dançando os passos de cada uma. A outra é a Véia do Bambu, que traz todo o fogo presente na mulher, a energia sexual da criação, demonstrando seu desejo sem nenhum medo, afirmando com a sabedoria de uma mulher vivida que o prazer sexual faz parte do ser humano. Ainda dentro dos papéis dos personagens, a anfitriã finaliza com o Maracatu Rural, dançando os passos do Arreiamá, personagem que representa a espiritualidade da Jurema nesse brinquedo. Seus movimentos passam pelo caboclinho e cavalo marinho, misturando tudo com o movimento do caboclo de lança. “Poder trazer essa interpretação feita pelo meu corpo é uma honra, me identifiquei bastante, pois tem, em sua essência, a sintonia de todos os ritmos da Mata Norte pernambucana”, acrescenta.  O figurino também será uma produção contemplativa especial para o público. As peças, que têm a direção artística do produtor cultural, Kleber Camelo, fazem um recorte das cores, tecidos e detalhes das três brincadeiras populares.  A roupa do caboclinho, por exemplo, foi inspirada nas tribos que habitavam essa região, com características mais simples que os indígenas da região da Amazônia. A proposta traz a personagem principal vestida com saia da fibra de bananeira produzida por artesãs de Vicência e São Vicente Férrer, que trabalham com esse tipo de matéria prima em seus artesanatos. Já no Cavalo Marinho, a caracterização traz elementos dos personagens da Ambrósia e da Véia do Bambu.  Inicialmente, foi realizada uma adaptação da roupa do personagem que seria o "Ambrósio" para um vestido e chapéu de palha com uma flor. A proposta é destacar o papel das mulheres na atualidade, onde elas podem dançar no folguedo, reafirmando a importância da ousadia da mulher e sua persistência na retomada do seu lugar. No Arreiamá, o figurino foi o tradicional, porém o toque final passou pela maquiagem. A boca vem pintada com batom vermelho, trazendo, também, a mensagem de que as mulheres podem ocupar os lugares que elas quiserem.  Toda a fotografia do filme foi feita por Mila Nascimento, cineasta parceira da Cabocla em outros projetos, e Caio Dornelas, produtor audiovisual da 9oitavos. Para garantir toda emoção e atenção do público, o curta-metragem contará com uma paisagem sonora autoral, que pretende deixar um clima ainda mais entusiasta. O rabequeiro, cantor, compositor, mestre de maracatu rural e militante das tradições populares, Maciel Salú é um dos artistas que estará no elenco musical. Também se soma ao time, o músico e instrumentista, Nino Alves. Além de encenar, Juçara colocará a voz, juntamente com Tati Pureza e Viviane Albuquerque, em uma das músicas do filme. Além disso, a produção musical tem a coordenação do artista da cultura popular, Ricco Serafim.

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Doc pernambucano Elos da Matriarca tem sessão no Recife e em Curitiba

O documentário Elos da Matriarca retrata a vida de Luzinete Lupercina a partir de imagens de arquivo da família de 1995 até a pandemia. A matriarca de 85 anos foi mãe de 12 filhos e é uma das moradoras mais antigas de Água Fria, bairro da zona norte do Recife. A produção é dirigida pelo neto de Luzinete, o cineasta Thor de Moraes Neukranz. O recifense conduz o olhar do espectador para as mudanças estéticas e ideológicas do Brasil que se expressam em sua própria família.  O filme será exibido no Cinema da UFPE na quinta, dia 5 de maio, às 17h. A sessão especial será gratuita e contará com a presença do diretor e da matriarca, que vão debater com o público ao fim da projeção. Na semana seguinte Elos da Matriarca estará no 6ª FIDÉ Brasil, festival de cinema que ocorre na Cinemateca de Curitiba de 11 a 15 de maio. A obra pernambucana tem a sessão marcada na capital paranasense para às 20h30 do dia 12 de maio. Realizado de forma independente, o documentário foi parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Neukranz na UFPE em 2021 e já ganhou as telas de festivais em cidades como Chicago, Rennes e Rio de Janeiro. A estreia de Elos da Matriarca aconteceu no 17ª Festival Brésil en Mouvements, e foi o único representante de Pernambuco no evento que ocorre anualmente em Paris. A combinação ousada com misturas de formatos de tela e técnicas cinematográficas convenceu os jurados da III Jornada de Estudos do Documentário, que concederam ao filme o prêmio de Melhor Montagem juntamente com VAI!, de Bruno Christofoletti Barrenha.  Veja aqui o trailer de Elos da Matriarca: https://youtu.be/c4V0KOQdG_A

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Mestres da cultura popular do interior embarcam para turnê inédita na Europa

Evento faz parte do projeto “ Show Música Rural'', que vai circular durante 20 dias de maio, levando música, poesia e danças culturais populares da região da Zona da Mata pernambucana, por cidades do exterior Expectativa, emoção e alegria marcam a estreia do projeto “Show Música Rural'', que vai levar mestres da cultura popular, da região da Zona da Mata Norte de Pernambuco para uma turnê, inédita, na Europa. A iniciativa tem como proposta difundir, registrar, preservar e transmitir, no exterior, os ritmos, danças e histórias das manifestações de raiz da região, como coco de roda, maracatu rural e ciranda. Além disso, o projeto vai ofertar rodas de diálogo, debates, oficinas de dança e percussão para estudantes de cidades europeias. A turnê, prevista para acontecer em 2020, só será possível ser realizada em maio deste ano, após a flexibilização dos protocolos da Covid-19. Serão 20 dias de muito trabalho e realização de sonhos, para muitos dos artistas que já estão de malas quase prontas e de passaporte em mãos. O embarque dos artistas está programado para próximo dia 11 de maio. Os ritmos presentes na turnê fazem parte da tradição pernambucana e são considerados patrimônio imaterial do Brasil, um reconhecimento oficial da importância dessa manifestação para a cultura do país. A região da Zona canavieira é um dos importantes territórios culturais do Nordeste, berço de vários mestres, mestras da tradição oral, que terão um espaço especial para brilhar durante a passagem do “Show Música Rural'', na Europa. Entre eles, um ex-trabalhador rural, cortador de cana de açúcar, e que hoje leva a vida como mestre de maracatu, ciranda e coco de roda, o Mestre Bi, da cidade de Nazaré da Mata, que está de passaporte em mãos e de malas prontas para o embarque. Também integra a delegação de artistas populares, o produtor cultural e músico, Ricco Serafim, de Carpina, que há mais de 30 anos se apresenta como coquista, uma das maiores expressões do gênero no estado de Pernambuco. O projeto tem, ainda, a presença do educador social, cirandeiro, mestre de maracatu , defensor da cultura popular e de origem de família rural, Josivaldo Caboclo, da cidade de Lagoa de Itaenga - filho do Poeta Bio Caboclo, falecido recentemente. Além deles, participam o percussionista, compositor e poeta, Nino Alves; e a coreógrafa, dançarina popular e produtora cultural, Juçara. Juntamente com os músicos, Henrique Albino, Josias Costa, Guilherme Otávio, Valdir Felix e Larissa Michele. Lançamentos - A apresentação em solo internacional marcará uma nova página na cultura pernambucana e na vida dos artistas. Durante os dias de shows, serão lançadas cerca de 15 músicas autorais, inéditas. As produções, criadas em meio a pandemia, pelos artistas, trazem poesias e versos embalados pelos ritmos do coco de roda, ciranda, e maracatu rural. O conteúdo musical também será disponibilizado nas plataformas de streaming da turnê, disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcast, para acesso gratuito do público. Uma equipe audiovisual será escalada para acompanhar, de perto, os dias da passagem do grupo no exterior. Fruto deste trabalho é lançar um documentário, que ilustra música e depoimento dos artistas na realização do espetáculo. A ideia é que, quando retornarem ao Brasil, a produção audiovisual seja distribuída em emissoras de rádios e tvs públicas do Estado, para conhecimento do público. Toda produção audiovisual está aos cuidados do cineasta pernambucano, Nilton Pereira. Já os registros fotográficos são de Hugo Muniz. Produção do Figurino - Há mais de dois anos o grupo, que é formado por cerca de 25 pessoas, entre músicos, artistas e produção, segue realizando todos os preparativos para realização da turnê internacional. Semanalmente têm sido realizadas várias reuniões e encontros virtuais e presenciais, para afinar todos os detalhes. O figurino, por exemplo, é um quesito à parte. O figurinista, Kleber Camelo, importante artista ligado à moda popular, foi convidado para projetar as roupas dos artistas, que trazem características das manifestações culturais e retratam cenários da região, como os canaviais, engenhos de cana de açúcar e a força do povo da Zona da Mata. A produção, feita toda à mão, segue a todo vapor, com muito carinho e atenção aos detalhes. Além de gerar a oportunidade da criatividade, a construção dos figurinos movimenta a economia, já que conta com o apoio de lojas locais para fornecimento das peças em tecido e, também,de costureiras, para acelerar o trabalho. Agenda de atividades culturais -A turnê do “Show Música Rural'', está programada para acontecer a partir da segunda quinzena de maio. O retorno dos artistas será realizado antes do ciclo junino, no Estado. Durante 20 dias, o projeto cultural vai circular por eventos culturais, espaços públicos, como escolas e pontos turísticos da Europa, levando diversão, música, conhecimento e trocas de experiências e culturas, gratuitamente. O projeto conta com o incentivo do Governo do Estado, por meio dos recursos do Funcultura. “Estamos com coração alegre, mas muito animados também, por poder reunir tantos artistas em um projeto que fala de nossas raízes. Viver tudo isso, depois da pandemia, sem dúvidas, nos enche de orgulho”, enfatiza, emocionada, a produtora cultural e coordenadora do projeto, Joana D’Arc Ribeiro.

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Do forró à música armorial: multiartista Gus sobe ao palco do Teatro de Santa Isabel

O lançamento de seu projeto musical acontece na noite de sexta, dia 29 de abril O Teatro de Santa Isabel, berço da cultura pernambucana, recebe em seu palco um novo rosto na música, Gus Arruda Lins, o Gus, que embora já tenha percorrido uma longa jornada fixando seu nome nos bastidores de produções artísticas, se lança agora como músico para chancelar o título de multiartista. Recifense, radialista de formação, ator e diretor audiovisual, Gus desenvolveu sua carreira em diversas funções do meio artístico. Dirigiu videoclipes para nomes fortes como os grandes Geraldo Azevedo e Nando Cordel e dirigiu a miniwebsérie “Recife é um ovo”, que teve grande repercussão de público e na mídia, rendendo a Gus prêmios e indicações no Rio WebFest, die Seriale (Alemanha) e DC WebFest (USA). Como extensão deste projeto, também realizou a miniwebsérie "A Maior História de Amor em Linha Reta do Mundo", em parceria com a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife. Compositor desde a adolescência, Gus decidiu que este é o momento ideal para soltar a voz e apresentar seu trabalho ao público. Em seu espetáculo autoral o que se pode esperar é uma apresentação de total entrega e paixão, íntima, na voz suave de um artista essencialmente pernambucano, que bebeu na fonte de mestres como Dominguinhos, Accioly Neto e Geraldo Azevedo. O ritmo cantado por Gus é, por convergência, xote: das primeiras 5 músicas da setlist do show, 3 são ritmos de forró. O primeiro single de lançamento, chamado “Primavera”, já pode ser ouvido nas plataformas de streaming. No dia do evento, será a vez de "Então Pronto", música que canta a inquietude do artista com sua cidade, Recife, fazendo com que ele rume para São Paulo e precise lidar com tantas idas e vindas. “Eu iniciei minha carreira em cima do palco, há mais de 10 anos. Por conta das poucas oportunidades, deixei o ofício de ator para me dedicar à direção, e também me apaixonei. De certa forma, acabei “arrudeando” e voltando aospalcos através do meu trabalho como diretor. Mas tudo bem! Ser artista tem a ver com sensibilidade, não apenas ofício. Sobre o espetáculo, confesso que a ansiedade está imensa. Vou retomar algo que amo, já no Teatro de Santa Isabel. Que responsabilidade! Estamos preparando o show com muito carinho, para que as pessoas me conheçam também como artista dos palcos e da música.” A apresentação "Gus - Show de Lançamento" é um projeto aprovado pelo edital "Recife Virado na Cultura", que premiou artistas e projetos culturais em 2021, para serem realizados este ano. Serviço: Gus (Show de Lançamento); Dia 29 de Abril no Teatro de Santa Isabel Estilo Musical: Forró / MPB Ingressos: https://www.guicheweb.com.br/gus-show-de-lancamento_16587 Ouça o Single Primavera em:

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