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DPO, a profissão de um futuro que já chegou

Sancionada em 2018, mas em vigor desde agosto de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não forneceu apenas uma legislação que regule o tratamento que os dados pessoais devem ter no ambiente de qualquer empresa que atue na era digital no Brasil. Ela foi mais além, pois criou a necessidade de uma nova profissão: o DPO, ou “Data Protection Officer”. Da mesma forma que as empresas ainda estão em busca de uma adequação à legislação, a fim de evitar vazamento de dados e possíveis penalidades, o mercado de trabalho ainda sente a falta de mão de obra especializada desse profissional, especialista em promover a proteção de dados e monitorar empresas para garantir que elas estejam em compliance com as regras e boas práticas do setor. Mas, afinal, o que é necessário para ser um DPO? De acordo com Rodrigo Pellegrino, DPO da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e sócio da Lumi Consult, empresa especializada na gestão de dados e business intelligence, embora o raio de atuação desse profissional envolva conhecimentos na área de tecnologia, da legislação propriamente dita e em gestão de negócios, qualquer profissional pode trabalhar como DPO. Segundo o especialista, por ainda ser uma profissão rara e que exige bastante conhecimento em vários campos de atuação, a faixa salarial tem sido remunerada à altura da responsabilidade do cargo: em média, acima dos R$ 15 mil mensais, ou de 13 salários mínimos. “Para trabalhar na função de DPO, é necessário que o profissional tenha três competências essenciais - jurídica, tecnológica e de gestão de processos. Digo isso em razão de ser impossível ao bom profissional exercer essa função sem ter conhecimento razoável nesses três campos. É impossível a adequação plena à LGPD somente com o enfoque em um desses três campos”, afirma o especialista. Ainda segundo Pellegrino, tanto alguns profissionais do direito, quanto da tecnologia, passaram a ofertar adequação à LGPD, ora com foco meramente jurídico ou meramente tecnológico, o que pode não funcionar. Vale destacar que a Lei Geral de Proteção de Dados prevê uma série de regras para que as empresas assegurem a proteção na coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. “Sem conhecimento dos processos internos organizacionais e, dependendo do tamanho do negócio, sem as ferramentas necessárias para se fazer a gestão das informações pessoais que transitam pelo ambiente organizacional, será impossível garantir a conformidade com a LGPD”, adverte o consultor, que também é advogado, tem especialidade em propriedade intelectual e em transformação digital. Ele alerta que toda formação adequada a essa nova profissão deverá passar pela adequação jurídica e pelo domínio das ferramentas de cibersegurança. “De que adianta se ter a melhor ferramenta sem que as pessoas entendam a importância de uma política interna de uso de e-mail e se a organização não pratica a ‘due diligence’ na gestão de seus contratos?”, indaga o sócio da Lumi Consult.

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Credito Jose Paulo Lacerda CNI

Exportações pernambucanas apresentaram desempenho histórico para o mês de janeiro

Da Fiepe A balança comercial de Pernambuco apresentou um desempenho expressivo no mês de janeiro, segundo dado mais recente divulgado pelo Ministério da Economia. É que as exportações do Estado registraram um aumento de 70,2%, enquanto as importações pontuaram uma elevação de 20,5%. Com isso, o mês em questão entra para a história como o janeiro que mais movimentou as vendas no mercado internacional. De acordo com análise da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), em números absolutos, o saldo foi de US$ 236,5 milhões em vendas externas. Já o das importações foi de US$ 486,2 milhões. Porém, mesmo com um bom comportamento das vendas para o exterior, o saldo final da balança comercial do Estado continua deficitário, em US$ 250 milhões. Em 2021, era de US$ 265 milhões. “Essa discrepância no percentual entre os crescimentos das exportações e das importações foi suficiente para reduzir o déficit em 5,7% no saldo final da balança do Estado”, afirmou o analista do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEPE, Vinicius Torres. Segundo Torres, apesar do persistente desarranjo logístico do comércio internacional, com a alta dos fretes e a escassez de containers, alguns fatores contribuíram para dar mais dinamismo às vendas internacionais, entre eles estão a manutenção do dólar ainda em patamares elevados – que deixou os produtos locais mais competitivos –, os sinais de recuperação da economia global e a diversificação de parceiros comerciais. Nas exportações, o crescimento foi impulsionado principalmente pelas vendas de óleo combustível com destino à Singapura e de açúcares para Angola e Togo, com elevação de 316,7% e 157,7% respectivamente, em relação a janeiro de 2021. Considerado um dos parceiros mais importantes de Pernambuco, o desempenho das vendas para a Argentina subiu 2,7% nesse mesmo período, mesmo com a queda na comercialização de automóveis, que registrou retração de 47,6%. “Embora as vendas de automóveis tenham caído, a comercialização de poli tereftalato de etileno (+722,6%) e de rolhas, tampas e acessórios para embalagens (+268%) foram as responsáveis por segurar o bom comportamento das exportações para o país”, explicou o analista. Com relação às importações, foram protagonistas o querosene de aviação (US$ 64,4 milhões), os propanos liquefeitos (US$ 57 milhões) e as caixas de marcha (US$ 27,9 milhões), vindos de países como os Estados Unidos, Índia e China, e também, uma pequena fatia, vinda do Japão.

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