Z_Destaque_economia2 - Página: 8 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Pesquisa da Fecomércio-PE revela expectativas otimistas para o Dia dos Pais

Em 2024, 70% dos consumidores em Pernambuco planejam comemorar o Dia dos Pais, conforme pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), em parceria com a CEPLAN. Dos entrevistados, 40,3% pretendem comprar presentes, 30,4% celebrarão em casa, 17,8% optarão por restaurantes ou lanchonetes, e 11,3% planejam viagens ou passeios. Entre os itens mais procurados, roupas e acessórios lideram com 40,3%, seguidos por calçados (23,8%) e perfumes e cosméticos (19,6%). A média de gasto estimada é de R$164 por presente, um aumento de 6,3% em comparação a 2023. A pesquisa também revela que 50,8% das compras serão realizadas em lojas de comércio tradicional, enquanto 40,5% ocorrerão em shopping centers. Em relação às formas de pagamento, 46,1% dos consumidores utilizarão o cartão de crédito, enquanto 50,6% preferem pagamento à vista em dinheiro ou PIX. Além disso, 58,4% dos consumidores planejam fazer suas compras na mesma semana do Dia dos Pais, e 20,3% até duas semanas antes. Estes dados destacam a importância de campanhas de marketing e promoções próximas à data comemorativa para atrair compradores de última hora. No setor de comércio e serviços de alimentação, há uma maior intenção de contratar colaboradores temporários, especialmente em serviços de alimentação, com 27,1% dos estabelecimentos indicando essa necessidade. A estimativa é de um crescimento de 14,3% no volume de vendas no comércio, chegando a 15,9% nos shopping centers. Nos serviços de alimentação, espera-se uma variação de 16,0% em relação ao ano passado. A Confederação Nacional do Comércio projeta que o Dia dos Pais movimente R$ 187 milhões em Pernambuco. Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE “Os dados são positivos e demonstram otimismo para essa data comemorativa. O aumento nas intenções de compra e no valor médio gasto por presente indica uma recuperação econômica gradual e a confiança dos consumidores no comércio local. As expectativas para o Dia dos Pais de 2024 são promissoras e acreditamos que o setor de comércio e serviços de Pernambuco terá um desempenho ainda melhor nesta data comemorativa. A Fecomércio-PE acredita que esses indicadores são um reflexo das boas estratégias adotadas pelos comerciantes para atrair os consumidores, como descontos especiais, facilidades de pagamento e um atendimento de qualidade”.

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Nível de consumo das famílias recua no Recife em julho

Em julho de 2024, o nível de consumo das famílias no Recife registrou uma queda de 1,8%, segundo a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada localmente pela Fecomércio Pernambuco. Essa retração ocorre após um modesto avanço no mês anterior, refletindo um cenário econômico desafiador para os consumidores da capital pernambucana. A pesquisa revelou quedas em várias áreas, incluindo perspectiva profissional, renda atual, compras a prazo e nível de consumo atual. No entanto, houve uma melhoria de 6% na intenção de adquirir bens duráveis, como geladeiras e fogões. A perspectiva profissional caiu 6,1% entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos e 1,4% entre aquelas com renda superior a 10 salários mínimos. A renda atual manteve-se quase estável, com uma leve queda de 1,3%, sendo mais significativa entre as famílias de maior renda. A situação atual do crédito apresentou uma depreciação de 4,4%, e o nível de consumo atual teve uma queda de 5,2%, particularmente acentuada entre as famílias de menor renda. Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, comentou sobre o cenário de incerteza, apontando que a percepção negativa em relação à renda e ao crédito está impulsionando essa retração no consumo. "As famílias sentem que o acesso ao crédito está mais difícil e a renda atual está pior do que no mesmo período do ano passado. A perspectiva profissional também é negativa, com a maioria das famílias acreditando que não haverá melhora nos próximos meses", destacou.

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Tambaú investe em novos produtos e amplia linha premium

Para satisfazer os consumidores mais exigentes e amantes de novos sabores, a empresa pernambucana Tambaú Alimentos apresentou ao mercado neste mês três lançamentos exclusivos na sua linha premium: Catchup Premium com Goiabada, Mostarda Premium Amarela e Mostarda Premium com Mel. Os novos produtos são voltados para alcançar paladares sofisticados, oferecendo uma experiência gourmet com a marca. “Queremos ampliar o público A/B com esses lançamentos. São produtos diferenciados, feitos com receitas especiais”, destaca o gestor comercial da Tambaú, Igor Gonçalves. O Catchup Premium com Goiabada traz em sua receita a união do sabor do catchup, campeão de vendas da Tambaú, com os ingredientes da goiabada. “O novo produto é uma demanda antiga de vários players, como os chefs de cozinha, que já usavam a nossa tradicional goiabada para fazer o tal catchup com goiabada”, conta Gonçalves. “O mercado tem sido bem receptivo com a novidade, através do qual temos a expectativa de aumentar em torno de 25% o volume da linha premium da Tambaú”. A Mostarda Premium Amarela tem como diferencial o sabor intenso da mostarda. Ela também pode ser usada no hot dog, hamburguer, salgados em geral e uma infinidade de receitas. Já a Mostarda Premium com Mel apresenta a mesma formulação da Mostarda Amarela, além da doçura do mel de abelha, uma combinação equilibrada e perfeita para os consumidores. “Com os dois novos produtos, esperamos um incremento de 25% nas vendas da linha de mostarda da Tambaú”, frisa o gestor comercial. As duas novas mostardas chegam ao mercado na embalagem de 185g. Nova campanha publicitária A Tambaú Alimentos investe fortemente em uma campanha publicitária institucional, destacando a vasta gama de produtos que enriquecem o dia a dia dos consumidores. Com o mote “Tudo que é bom fica melhor com Tambaú”, a campanha celebra momentos especiais em família e com amigos, realçando as refeições como ocasiões únicas e memoráveis, sempre aprimoradas pelo toque especial que só a marca oferece. “Os produtos são versáteis e podem ser usados em qualquer refeição e a qualquer hora do dia. Foi isso que quisemos mostrar nessa campanha: a versatilidade e qualidade dos produtos Tambaú”, afirma a executiva de marketing Raissa Gonçalves. A campanha destaca a goiabada, o barbecue 100% nordestino, azeitona, catchup 100% nordestino, leite de coco, molhos de tomate, mostarda, shoyu, e o mais novo lançamento do ano, o Catchup Premium com Goiabada. Esses produtos são apresentados no filme publicitário e nas peças promocionais, enfatizando seu papel na criação de refeições deliciosas e momentos inesquecíveis.

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Recife receberá encontro sobre investimentos e previdência complementar nesta semana

Nos dias 25 e 26 de julho, Recife se transformará na capital dos investimentos e da previdência complementar, recebendo alguns dos mais respeitados especialistas do Brasil para debater as oportunidades e desafios do setor. O Encontro dos Profissionais de Investimentos e Previdência dos Fundos de Pensão do Norte e Nordeste (EPINNE-EPB 2024) ocorrerá no Mar Hotel Conventions e será organizado pela Fachesf, a maior entidade de previdência complementar do Norte e Nordeste, em parceria com a CompesaPrev e a BandePrev. “O EPINNE-EPB é um evento de extrema relevância para a nossa área, ao trazer uma programação diversificada sobre o cenário econômico, estratégias e inovações para que possamos avançar no atendimento à enorme demanda reprimida por previdência complementar que temos no Brasil”, destaca o presidente da Fachesf, Armando Barros, coordenador geral do encontro. Com o tema "Previdência Complementar: Tendências e Inovações para um Mercado em Transformação", o EPINNE-EPB contará com painéis e palestras de líderes do setor público e privado. Entre os convidados estão o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, o superintendente da Previc, Ricardo Pena, o presidente da Abrapp, Jarbas Biagi, e o presidente da Anapar, Marcel Barros. Além deles, profissionais de alto escalão de instituições renomadas como BTG Pactual, Icatu Vanguarda, XP Banco de Atacado e TAG Investimentos também marcarão presença, trazendo suas perspectivas sobre o mercado. As discussões irão girar em torno das inovações tecnológicas, tendências, mudanças competitivas e estratégias de atuação no setor. Em 2023, os ativos totais administrados por entidades de previdência complementar no Brasil alcançaram R$ 2,74 trilhões, representando 25% do PIB brasileiro. O EPINNE-EPB 2024 conta com o apoio da Abrapp e do Instituto de Certificação Institucional e dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS). A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento: EPINNE-EPB 2024.

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Para cumprir marco fiscal, governo suspende R$ 15 bilhões do orçamento

Do total, R$ 11,2 bi serão bloqueio e R$ 3,8 bi, contingenciamento (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil) (Da Agência Brasil) Após reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ontem (18) que o governo federal fará uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir as regras do arcabouço fiscal e preservar a meta de déficit zero das despesas públicas prevista para o fim do ano. Desse total, segundo o ministro, R$ 11,2 bilhões serão de bloqueio e outros R$ 3,8 bilhões de contigenciamento.    "A Receita fez um grande apanhado do que aconteceu nesses seis meses [na arrecadação]. O mesmo aconteceu com o Planejamento, no que diz respeito às despesas. E nós vamos ter que fazer uma contenção de R$ 15 bilhões, para manter o ritmo do cumprimento do arcabouço fiscal, até o final do ano, consistindo em R$ 11,2 bilhões de bloqueio, em virtude do excesso de dispêndio acima dos 2,5% [de crescimento acima da inflação] previstos no arcabouço fiscal. E de R$ 3,8 bilhões de contigenciamento, em virtude da Receita, particularmente em função do fato de que ainda não foram resolvidos os problemas pendentes [reoneração da folha de pagamento das empresas] junto ao Supremo Tribunal Federal, ao Senado Federal", explicou o ministro, em declaração à imprensa.  Ele estava acompanhado das ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. A decisão foi tomada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os detalhes sobre os cortes serão informados na apresentação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, na próxima segunda-feira (22), como a queda na projeção de receitas e os aumentos de despesas. Em seguida, o governo deve editar um decreto listando as pastas afetadas pelos cortes. Tanto o contingenciamento como o bloqueio representam cortes temporários de gastos. O novo arcabouço fiscal, no entanto, estabeleceu motivações diferentes. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo crescem mais que o limite de 70% do crescimento da receita acima da inflação. O contingenciamento ocorre quando o governo ocorre quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública).  No caso do contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, segundo Haddad, há maior possibilidade de que possa ser revisto, caso as negociações com o Senado para a reoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia avancem, com a aprovação da medida pelos parlamentares, em acordo com o governo.   Já a meta fiscal estabelecida para este ano, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de déficit zero, com uma banda de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruno (PIB). Essa projeção segue mantida, garantiu o ministro. 

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Endividamento e inadimplência recuam no Recife

Em junho de 2024, a taxa de endividamento das famílias em Recife alcançou 78,8%. Esse dado reflete uma ligeira queda comparado ao mesmo período do ano anterior e ao mês anterior, quando o índice era de 82,7% em junho de 2023 e 81,0% em maio de 2024, culminando em 78,8% em junho de 2024. A proporção de famílias com contas em atraso também diminuiu. Em junho de 2023, 31,1% das famílias enfrentavam atrasos nos pagamentos, número que caiu para 29,1% em maio de 2024 e, posteriormente, para 27,8% em junho de 2024. No entanto, a porcentagem de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas variou levemente, passando de 15,5% em junho de 2023 para 16,4% em maio de 2024, e depois reduzindo para 15,9% em junho de 2024. Os principais tipos de dívidas das famílias recifenses em junho de 2024 foram liderados pelo cartão de crédito, que representava 93,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (21,8%), financiamento de casa (7,4%), financiamento de carro (5,9%) e crédito pessoal (6,9%). “Para Recife, os dados mostram uma leve redução no nível de endividamento e inadimplência das famílias, indicando uma possível melhoria na gestão financeira familiar. Segue sendo importante que as famílias continuem buscando alternativas para reduzir suas dívidas e evitar a inadimplência, mantendo um equilíbrio financeiro saudável”, comentou o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima.

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Banco Central eleva estimativa do PIB para 2,3% neste ano

(Da Agência Brasil) O Banco Central (BC) elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 1,9% para 2,3%, segundo o relatório de inflação do segundo trimestre, divulgado nesta quinta-feira (27). No primeiro trimestre do ano, o PIB cresceu 0.8%, ritmo considerado “robusto e superior ao esperado” pelo BC. O banco avaliou ainda que as enchentes no Rio Grande do Sul terão um impacto menor na atividade econômica do que o esperado. Segundo o relatório, no cenário doméstico, a atividade econômica e o mercado de trabalho se mostraram aquecidos, o que contribuiu para a queda no desemprego e aumento nos salários. “Esses fatores justificaram revisão para cima da projeção de crescimento do PIB em 2024, de 1,9% para 2,3%. As enchentes no Rio Grande do Sul causaram expressiva queda na atividade econômica gaúcha, mas já há sinais de recuperação”, disse o BC. Cenário externo Em relação ao cenário externo, a instituição avalia que ambiente se mantém adverso e segue exigindo cautela por parte dos países emergentes. O relatório aponta que permanecem elevadas as incertezas sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e quanto à velocidade na queda da inflação de forma sustentada em diversos países. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, diz o relatório. Inflação Para o BC, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4%, em 2024. A previsão anterior era de inflação em 3,5% O relatório diz que, apesar de ter havido um recuo na inflação, aumentou a expectativa de desancoragem. No acumulado de 12 meses, o IPCA apresentou um recuo de 4,5% em fevereiro para 3,9% em maio. A inflação também registra queda, quando se observam seus núcleos e quando se considera a métrica trimestral. “Contudo, o recuo da inflação no último trimestre foi menor do que o projetado no cenário de referência apresentado no Relatório anterior (surpresa de +0,14 p.p.), destacando‑se alta mais intensa dos alimentos. Em meio a aumento de incertezas nos cenários doméstico e externo, as expectativas de inflação para 2025 e 2026, que já se encontravam acima da meta de inflação para o período, aumentaram de 3,5% para 3,8% e 3,6%, respectivamente, segundo a mediana apurada pela pesquisa Focus”, diz o documento. Para o BC, as projeções indicam aumento da inflação no segundo trimestre de 2024, mas com retomada da trajetória de declínio, permanecendo, porém, acima do centro da meta, que é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres, depois de terminado 2023 em 4,6%, com projeção de queda para 4,0%, em 2024, 3,4%, em 2025, e 3,2% em 2026, diante da meta de 3%. O BC destaca, contudo que, em relação ao relatório anterior, a projeção de inflação para 2024 e 2025 aumentou. A elevação para 2024 atingiu 0,5 p.p. e para 2025 alcançou 0,2 p.p. “Para o horizonte relevante, o aumento resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado. Contribuíram ainda o aumento das expectativas de inflação, a depreciação cambial, a inércia do aumento da projeção de curto prazo e a utilização de taxa de juros neutra maior. Por outro lado, o aumento da taxa de juros real foi fundamental para evitar um aumento mais significativo na projeção”, aponta o documento.

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Pernambuco registra 4 mil novos empregos gerados em maio

Pernambuco registrou um saldo positivo de empregos no último mês de maio, com a criação de 3.992 novos postos de trabalho formal, um aumento de 760% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 464 novos empregos. Este resultado eleva para 8.810 o número total de empregos gerados nos primeiros cinco meses deste ano, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quinta-feira (27). Além disso, o salário médio real de admissão em maio foi de R$ 1.889,96, um aumento de 4,35% em relação a abril e 9,11% em comparação ao mesmo mês do ano passado, colocando a média salarial do estado acima da média do Nordeste. A secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco, Amanda Aires, ressaltou o aumento da empregabilidade feminina no Estado, especialmente no setor de serviços. Dos novos postos de trabalho gerados em 2024, 11.546 foram ocupados por mulheres. No entanto, o setor da agropecuária registrou um saldo negativo de -725 postos, principalmente devido ao cultivo da uva e do melão. A maioria dos grandes setores produtivos apresentou saldo positivo, com destaque para serviços, comércio, construção civil e indústria.

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CMN define centro da meta contínua de inflação em 3%

(Da Agência Brasil) Horas após a edição do decreto que instituiu um novo sistema de metas de inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O colegiado reuniu-se nesta quarta-feira (26) e precisava regulamentar o indicador, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025. O CMN também definiu que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será usado para medir a inflação. "O Banco Central do Brasil efetivará as necessárias modificações em seus regulamentos e normas, visando à execução do contido nesta resolução", diz o texto. Com a fixação da meta contínua, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Apenas caso queira mudar a meta, o Conselho Monetário se reunira e publicará os novos limites de inflação, que só entrará em vigor depois de 36 meses (três anos). Formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, o CMN reúne-se todos os meses. Para 2024, continua em vigor a regra antiga, que estabeleceu meta de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto, os mesmos valores da meta contínua.

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Como a ideologização, a coletivização e a monetização estão formatando as "tribos-bolhas"

*Por Bruno Queiroz Ferreira Tenho discutido aqui na coluna da Algomais inteligência artificial, transição energética, crise climática, envelhecimento da população e intergeracionalidade como fatores que vão impactar o futuro das pessoas, das empresas e dos governos. No artigo desta edição, trago um novo fator que precisa ser observado e analisado com a mesma importância dos demais: a consolidação das tribo-bolhas. A primeira causa desse novo estilo de vida é a ideologização. Se o comportamento ideológico estava associado historicamente às religiões e, mais recentemente, à disputa eleitoral, o que se vê agora é o espalhamento para vários segmentos da sociedade. Podemos dizer, inclusive, ser uma tendência em processo de consolidação, que deve ser incorporada ao estilo de vida daqui para frente. O debate ideológico se ampliou da moral religiosa e do posicionamento político para as questões de gênero (binários X não binários), de raça (brancos X pretos), geográficas (nordestinos X sulistas), econômicas (socialismo X neoliberalismo), de regimes de governo (democracia X autocracia) e, até mesmo, científicas (pró-vacinas X antivacinas). Não basta mais casar, ter filhos, emprego, pagar boletos e fazer um churrasco no final de semana, é preciso ter uma opinião sobre quase tudo, como diria Raul Seixas. Se antes era possível viver ao largo disso, atualmente há uma “pressão” para que a ideologia seja expressa e se torne uma bandeira de vida. Não apenas nas rodas de amigos, mas também no trabalho, na família, na vizinhança e em outros grupos sociais. O mais grave é que a ideologização leva a uma lógica binária (se não está do meu lado, está contra mim) que segrega as pessoas e impede o convívio com as diferenças. Na prática, é o “nós contra eles” permanente: das expressões artísticas às manifestações públicas, diferentemente do ato de torcer por um time, por exemplo, que separava as pessoas apenas no momento do jogo. A segunda causa é a coletivização. Potencializada pela ideologização, pelo amplo alcance e alta velocidade de disseminação das redes sociais, grande parte dos temas subiram de patamar e se tornaram coletivos. Uma guerra no Leste da Europa ou no Oriente Médio, por exemplo, é de todos nós agora. Não basta ser Lula ou Bolsonaro, também temos que escolher um lado entre ucranianos e russos, palestinos ou judeus e, até mesmo, entre Biden e Trump, mesmo que isso não afete nossas vidas, na prática. Além disso, a coletivização está diminuindo o espaço de expressão individual. Estigmatizado pelo maniqueísmo e pela simplificação, o comportamento coletivo acaba se sobressaindo em relação ao ser humano. Portanto, se você é homem, logo você é machista. Se você é mulher, logo você é feminazi. Se você é preto, logo você é ladrão. Se você é branco, logo você é opressor. Conviver com as contradições está ficando mais difícil a partir da ótica da ideologização e da coletivização das causas. O contraditório está perdendo espaço. A terceira causa é a monetização. A começar pela carona pega na ideologização e na coletivização, marcas se associam às causas criando produtos específicos para explorar mercados cada vez mais segmentados e desconectados com o todo. O que poderia ser, em um primeiro momento, perda de consumidores de ideologia contrária, na verdade, se configura em aumento de vendas e fidelidade de consumidores de ideologia a favor. Isso reforça ainda mais o comportamento das tribos-bolhas. A monetização avançou também para a exploração da “pessoa”. Se antes apenas o produto resultante da agricultura, das fábricas e dos serviços eram comercializados, o indivíduo é o grande produto agora. Por outro lado, o estilo de vida ou a opinião não é mais baseada nas próprias convicções. Elas estão a serviço da construção de notoriedade, para vender palestras, cursos, treinamentos, livros etc., mesmo que não se tenha autoridade no assunto. Do lado institucional, isso também vale para as causas. A ideologização, a coletivização e a monetização estão nos levando, no final das contas, à radicalização e ao separatismo, como no passado remoto das tribos, que viviam isoladas, voltadas para suas próprias questões. Infladas pelas redes sociais, as tribos-bolhas promovem uma visão distorcida de uma realidade mais complexa. As tribo-bolhas limitam o debate amplo – desconsideram a diversidade e a inclusão – e se tornam um grande meio de propagação de intolerâncias e preconceitos.

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