Batman: a jornada de 80 anos do cavaleiro de Gotham
Quem diria que um personagem dos quadrinhos que não é um Deus, um alienígena, sem poderes sobrenaturais ou radioativos estaria completando 80 anos de existência, de sucesso e tão presente em nossa cultura nerd, pop e geek? Só mesmo o Cavaleiro das Trevas para conseguir esta façanha. . Mesmo não havendo uma explicação sobre a data do Dia do Batman, neste ano a DC instituiu 21 de setembro de 2019 para celebrar o aniversário do herói. Só neste mês já tivemos uma série de atividades em todo o mundo, com direito a exposições, corrida na rua, lançamento de produtos e até a projeção do Bat-Sinal na Av. Paulista em São Paulo! Bem que podia ter acontecido no Recife também, não era meu vei!! O Batman que conhecemos apareceu pela primeira vez na edição de número 27 da HQ “Detective Comics”, em maio de 1939, após o sucesso do Pipoco de Zion da HQ de Superman. Na época o editor Vin Sullivan, da DC Comics, estava em busca de um novo herói que pudesse ter o mesmo nível de empatia com o público e, lógico, vender mais. O personagem que já teve um hífen em seu nome, é inspirado no universo vampiresco, o filme “The Bat”, de 1926, no equipamento voador de Leonardo da Vinci chamado de Ali Volanti ou Ornitóptero, no herói da década de 1920, o Zorro, e na personalidade de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle, e do famoso mosqueteiro D’Artagnan. Tudo isso era reflexo dos gostos de seu criador, o ilustrador americano Bob Kane, que também teve ajuda do roteirista e cocriador Bill Finger. Só poderia dar em um herói extrapower! Mas há controvérsias sobre o surgimento do Batman, pois em 1932, um estudante de arte em Boston Frank D. Foster II tinha entrado no ramo de quadrinhos e criou um personagem mascarado, que combatia o crime, não tinha superpoderes e se chamava Batman, pense!! Foster chegou a mostrar seu personagem na DC Comics, mas os editores disseram que não gostaram e não poderiam usar. Tempo depois Foster II viu seu personagem nas bancas, mas sem recursos financeiros para contratar um advogado, nem provas de sua autoria para entrar com um processo na justiça, nada foi feito, e até hoje ele não é reconhecido. Sua família criou o site OriginalBatman.com, que apresenta essa história e algumas imagens, inclusive um detalhe mais sinistro: anotações em um dos desenhos em que Foster II tinha em mente outros nomes para o cavaleiro das trevas: “Night-Wing” ou “Nightwing”, o Asa Noturna, versão adulta do personagem Dick Grayson, o Robin original. Santo apocalipse!!! Mas voltando ao nosso herói extrapower, Batman fez grande estrondo nos quadrinhos, na época usava armas de fogo e não tinha o Batmóvel. Só em 1940, ele surgirá com o seu companheiro Robin, na edição de número 38 da Detective Comics. Não demorou muito para alçar novas mídias, sendo elas a TV, o cinema e os games. O morcegão apareceu na TV, ainda em preto e branco nos anos de 1943 em “The Batman” estrelado por Lewis Wilson, e depois apareceu em 1949, na série “Batman & Robin”, com os atores Robert Lowery e Johnny Duncan. Na década de 1960 temos a icônica série cômica de que trazia Adam West no papel de Batman, junto com Burt Ward, como Robin. Após as tragédia dos filmes no cinema na década de 1990 (já já lembro você), guardião de Gotham City ressurgiu na série de 2002, Birds of Prey, com o ator Bruce Thomas. Ainda na TV, o herói apareceu também em forma de desenho animado. Durante os anos 1980 e 1990, tivemos Batman e Robin na série “Super Amigos”, você lembra?? Era muito bom as aventuras da dupla dinâmica e os membros da Liga da Justiça combatendo Lex Lutor e a Legião do Mal. Em 1995, foi apresentado “Batman: The Animated Series”, que teve 85 episódios. A abertura desta série é muito show. E lógico, os embates do herói com seu arqui-inimigo Coringa. Em sequência, quase uma continuação, teve “Batman: Gotham Knights”, que mudava um pouco o traço artístico e com temática mais infantil. Uma versão extrapower, foi “Batman Beyond” (2001), focada no futuro e o morcegam estava com outro uniforme e encarnado pelo jovem Terry McGinnis, sob as orientações do seu mentor, o velho Bruce Wayne. Pense numa série da Gota!! Outras animações irão continuar a saga do cavaleiro das trevas, totalizando mais de dez animações, apresentando as mais diversão versões do Batman. Aliás, essa característica do herói é fascinante, pois ele já apareceu com uniforme clássico com a capa azul, todo preto e dark, e foi mais além com versões que vão de ninja, vampiro, cavaleiro medieval, no velho oeste, e como um morcego (literalmente). É um herói mutante, ou melhor, versátil!!! Ao todo, Batman apareceu 11 vezes no cinema, incluindo a atuação de Michael Keaton, em “Batman” (1989 e 1992), os dantescos “Batman Forever” (1995) e “Batman & Robin” (1997), pense numa bagaceira, na trilogia extrapower de Batman de Nolan (2005,2008 e 2012), além de “Batman x Superman” (2016) e a “Liga da Justiça” (2017). Tem que lembrar que ele aparece também no filme do “Esquadrão Suicida” (2016) e tem sua versão da Lego (2017). Falando dos Games, o herói aparecia nesta mídia como reflexo de sua estreia nas telonas. O primeiro game foi “Batman: The Movie” (1989), da Sunsoft, baseado no filme de Tim Burton de 1989. Esta versão de ação-aventura 2D possuia cinco fases. Na sequência, tivemos jogo de plataforma side-scrolling, “Batman: Return Of The Joker” (1991), da mesma empresa, mas com a possibilidade pilotar o Batmóvel e o Batwing (nave). Em 1993, foi lançado Batman Returns, mas apenas a versão para o Super Nintendo fez “sucesso” segundo a crítica e os jogadores. Lógico que se o filme é ruim, o game (na época) poderia ficar pior, é o caso de “Batman Forever” (1995), um Beat’em up, criado pela Acclaim Studio, e que possuía um “tom” de “Mortal Kombat”. Em 2001, baseado na
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