A cólica é um dos problemas que mais preocupam mães e pais de crianças. Responsável por atingir majoritariamente recém-nascidos, o desconforto será um dos temas discutidos no 17º Congresso Brasileiro de Gastropediatria – Gastroped. O evento, promovido pela Sociedade de Pediatria de Pernambuco em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, mobilizará cerca de 1.500 especialistas, entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, no Hotel Armação, praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca.
Apesar de serem relacionadas a vários fatores, as chamadas “cólicas” que atingem os bebês não estão necessariamente ligadas a doenças. Esse comportamento “tipocólica” caracterizado por choro e contração nos primeiros meses de vida, costuma acontecer no fim do dia e faz parte do desenvolvimento e amadurecimento da criança.
As cólicas geralmente ocorrem ao longo dos três primeiros meses de vida porque é nesta fase que todos os sistemas do bebê ainda estão muito imaturos para conviver com os estímulos ambientais. O intestino é um dos sistemas que está se adaptando para dar conta da digestão alimentar e também está aprimorando sua flora intestinal, componente importante deste processo digestório. Quando a criança nasce, ela ainda não está totalmente formada, e o bebê precisa passar por esse período difícil para desenvolver de forma adequada seu intestino. Esse processo será muito beneficiado pelo leite materno, que possui várias propriedades que auxiliam no amadurecimento do intestino e da flora.
Por outro lado, o cérebro também está sendo muito desafiado nesta fase, por muitos estímulos emocionais e sensoriais, que não existiam no ambiente intrauterino. Os dias começam a ser “mais estressantes” à medida que o bebê vai interagindo mais com o mundo e, ao final do dia, ele estará “esgotado”. Esse tempo é necessário para que o cérebro e corpo aprendam a lidar com esses desafios.
“Não existe remédio ou tratamento específico para combater a cólica, o que se tenta fazer é levar mais conforto, fornecendo uma rotina mais agradável para o bebê. Existem algumas estratégias, por exemplo, para proporcionar relaxamento para a mãe e o bebê através da interação entre os dois”, explica a gastropediatra Kátia Brandt, vice-presidente da Sopepe e presidente do Gastroped.
A gastropediatra detalha, ainda, que a cólica do recém-nascido é diferente da dor abdominal que atinge crianças maiores, que possui outra origem e deve ser investigada pelo médico.
As inscrições para o 17º Gastroped ainda podem ser feitas, presencialmente, no local do evento. Já a programação completa pode ser conferida através do sitewww.gastroped2018.com.br.
SERVIÇO
17º Congresso Brasileiro de Gastropediatria – Gastroped. De 29/8 a 1º de setembro, no Hotel Armação, Porto de Galinhas, Ipojuca (PE). Mais informações:www.gastroped2018.com.br