Ambientes com grande circulação de pessoas e suor, como academias, exigem atenção redobrada à higiene para prevenir infecções de pele, respiratórias e até oculares. Mas não há motivo para alarde: com cuidados simples e rotinas adequadas de limpeza, é possível manter o treino seguro e saudável.
Frequentar a academia traz inúmeros benefícios à saúde física e mental. No entanto, o ambiente que promove qualidade de vida também pode esconder armadilhas invisíveis: vírus, bactérias e fungos. Por isso, manter boas práticas de higiene é fundamental para evitar infecções comuns nesse tipo de espaço coletivo.
Segundo especialistas, infecções respiratórias como Covid-19 e influenza, além de problemas dermatológicos como foliculite e impetigo, bem como oculares, podem ser transmitidos em academias por meio do contato com superfícies contaminadas e da exposição a ambientes fechados sem ventilação adequada, como em diversos ambientes públicos.
“As academias, por terem muitas superfícies tocadas por diferentes pessoas e, muitas vezes, por serem ambientes fechados, podem facilitar a disseminação de vírus e bactérias caso não haja higiene adequada”, alerta a infectologista Millena Pinheiro.
Quais infecções são mais comuns nas academias?
Ambientes compartilhados e com muita circulação de pessoas favorecem a transmissão de alguns tipos de infecção. Nas academias, as mais comuns são:
- Infecções virais: como Covid-19, influenza e conjuntivite viral, que podem ser transmitidas por secreções respiratórias (espirros, tosse) ou pelas mãos contaminadas.
- Infecções bacterianas de pele: como foliculite e impetigo, que surgem pelo contato direto com equipamentos ou superfícies contaminadas.
“Essas doenças podem surgir mesmo em pessoas com a pele íntegra, mas o risco aumenta se houver pequenos machucados ou lesões que possam entrar em contato com áreas sujas”, explica a infectologista.
Por isso, redobrar a atenção com a higiene pessoal e com a limpeza dos equipamentos é fundamental para quem deseja manter a rotina de treinos sem comprometer a saúde.
Equipamentos mais críticos na contaminação
Qualquer aparelho pode se tornar um vetor de microrganismos, mas alguns itens merecem atenção redobrada:
- Bicicletas ergométricas
- Colchonetes
- Máquinas de remo
- Pesos e halteres
“São equipamentos em que a atividade gera suor com maior intensidade ou pela dificuldade de higienizar”, afirma a infectologista Millena Pinheiro.
A recomendação é sempre limpar os aparelhos antes e depois do uso com produtos adequados fornecidos pela academia. Essa prática simples ajuda a reduzir significativamente o risco de contaminação e garante um ambiente mais seguro para todos.
O papel do suor e da umidade
A combinação de temperatura elevada e suor favorece a proliferação de microrganismos, principalmente bactérias.
“Umidade e calor criam o ambiente perfeito para bactérias se multiplicarem. Por isso, é essencial higienizar os equipamentos antes do uso e se houver lesões ou feridas na pele, mantê-las cobertas sempre que possível”, reforça a especialista.
Além disso, usar roupas leves e respiráveis e evitar permanecer com peças úmidas por muito tempo também ajuda a prevenir infecções cutâneas, como micoses e foliculites.
Como se proteger nas academias?
As boas práticas de higiene fazem toda a diferença. Confira as principais orientações:
- Higiene das mãos: se estiverem visivelmente sujas, lave com água e sabão. Caso contrário, o uso de álcool em gel, spray ou espuma é suficiente.
- Evite tocar o rosto com mãos não higienizadas.
- Limpe os aparelhos antes do uso, com produtos indicados pela academia.
- Evite treinar com lesões abertas ou cobertas apenas por curativos frágeis.
- Use toalhas limpas e evite roupas úmidas guardadas na bolsa.
Frequência e qualidade da limpeza
A limpeza das academias deve ser diária nas áreas de uso comum, com produtos antissépticos capazes de eliminar bactérias, vírus e fungos. Já a limpeza geral deve ser feita semanalmente.
“Não basta passar um pano. É necessário usar saneantes apropriados para garantir a desinfecção real dos equipamentos”, alerta Millena Pinheiro.
Essa higienização criteriosa não só protege os frequentadores de possíveis infecções, como também contribui para a credibilidade e segurança oferecidas pelo espaço fitness.
Ventilação e ar-condicionado: vilões ou aliados?
Ambientes mal ventilados podem facilitar a propagação de partículas virais pelo ar. E mais: um sistema de ar-condicionado sem manutenção adequada pode acumular fungos prejudiciais à saúde
“A ventilação inadequada não influencia tanto na propagação de bactérias, mas pode sim favorecer a permanência de vírus no ar por mais tempo. Além disso, fungos presentes em sistemas de climatização que não passem por manutenção periódica, podem causar infecções respiratórias graves em pessoas imunossuprimidas”, completa a infectologista Millena Pinheiro.
Importante manter ventiladores e condicionadores de ar, higienizados e limpos.
MITOS E VERDADES SOBRE INFECÇÕES EM ACADEMIAS
Afirmativa | Verdadeiro ou Mito? | Explicação |
Equipamentos compartilhados, como halteres, podem transmitir vírus e bactérias. | ✅ Verdade | O contato com superfícies contaminadas pode facilitar a transmissão por toque ou pele. |
Apenas academias muito movimentadas oferecem risco de infecção. | ❌ Mito | O que importa é a qualidade da limpeza, não o número de frequentadores. |
Usar chinelos no vestiário protege contra fungos e verrugas plantares. | ✅ Verdade | Minimiza o contato direto com pisos úmidos e possíveis fontes de contaminação. |
Álcool em gel é suficiente para limpar aparelhos de treino. | ❌ Mito | Se houver sujeira visível, o álcool não é eficaz. É necessário usar produtos desinfetantes. |
Roupas úmidas dentro da bolsa aumentam o risco de proliferação de fungos e bactérias. | ✅ Verdade | A umidade favorece o crescimento de microrganismos. |
Sentar sem roupa íntima em banco de banheiro pode causar ISTs. | ❌ Mito | As ISTs não são transmitidas por superfícies, mas sim por contato sexual direto. |
Treino com proteção é treino seguro
Cuidar da higiene pessoal e respeitar as regras de limpeza da academia são atitudes que protegem não apenas você, mas toda a comunidade que compartilha o mesmo espaço de treino. Leve sua garrafa de água, toalha individual e mantenha os cuidados com a pele e as mãos — seu corpo agradece dentro e fora da academia. Em caso de você apresentar algum sintoma infeccioso como por exemplo febre, espirros, coriza e se sentir bem para frequentar a academia, usar máscara e higienizar as mãos.
“Treinar com segurança é possível. Basta ter atenção aos detalhes e adotar medidas preventivas simples no dia a dia”, finaliza a infectologista Millena Pinheiro.
Pequenas atitudes, como higienizar os equipamentos e evitar o uso de objetos compartilhados sem limpeza, fazem toda a diferença na prevenção de doenças. E vale lembrar: a academia é um espaço como qualquer outro. Manter hábitos de higiene deve ser uma prática constante — seja no treino, no trabalho ou em casa — para garantir saúde e bem-estar em todos os ambientes.
Millena Pinheiro é médica infectologista do Real Hospital Português (RHP) @realhospitalportugues - @millenapinheiro

Escritório de advocacia promove walking tour pelo Recife Antigo

O escritório de advocacia Portela Soluções Jurídicas promoveu, no sábado (12), um walking tour pelo Recife Antigo. Os participantes caminharam pelas ruas e pontes da cidade e foram auxiliados por um guia, que deu explicações sobre a história e curiosidades dos pontos encontrados pelo caminho. A iniciativa é mais uma ação do projeto P+Saúde, desenvolvido pelo escritório para incentivar práticas saudáveis entre os colaboradores.“O projeto linka alma, vida, bem-estar e é muito bom fazer isso dentro de um escritório de advocacia. O P+Saúde promove momento de respiro, de reflexão, de dar uma pausa no corre corre do dia a dia para a prática da atividade física”, destaca a sócia do escritório Adriana Jansen.
Franquia da Anitta em Caruaru

Com pouco mais de três meses de lançamento a Laser&Co Caruaru, é uma clínica especializada em procedimentos estéticos não invasivos e tem a Anita como sócia. O espaço oferece conforto, equipamentos de alta tecnologia e procedimentos inéditos na região do agreste. Entre os procedimentos oferecidos estão como Bichectomia sem cortes, Fox Eyes, Full Face, Rejuvenescimento Íntimo e Lipo de Papada, além da Black Peel, Lip Glow, Rejuvenescimento de Colo e Pescoço e Rejuvenescimento Facial 4D, além da tradicional depilação a laser. O atendimento pode ser agendado via (87) 99905-8127.
Abril destaca o Dia Mundial da Hemofilia

O mês de abril alerta para o Dia Mundial da Hemofilia, destacado na data 17 de abril. A doença, geralmente hereditária, se caracteriza por uma deficiência do fator VIII, para hemofilia A ou fator IX, para o tipo B, proteínas essenciais para conter sangramentos após ferimentos ou traumas. “Com a ausência parcial ou total dos fatores de coagulação, pacientes hemofílicos podem apresentar sangramentos prolongados e intensos, com risco aumentado de complicações”, alerta, Cláudia Wanderley hematologista do Hospital Santa Joana Recife. A especialista destaca a importância do diagnóstico precoce, “é fundamental e, na maioria dos casos, ocorre ainda nos primeiros anos de vida, quando surgem hematomas frequentes e sangramentos incomuns durante atividades simples”, explica. “A doença é classificada em três graus, leve, moderado e grave, de acordo com a quantidade de fator de coagulação presente no sangue. O tratamento principal consiste na reposição intravenosa do fator de coagulação deficiente, fabricado de derivados de plasma humano ou produzidos por engenharia genética, sob supervisão médica, de forma preventiva, podendo oferecer uma vida saudável ao paciente”, complementa a médica.

Prática de exercícios físicos e atividades esportivas abertas ao público é a novidade no ambiente escolar

A Escola Vila Aprendiz, de educação infantil e ensino fundamental I e II, localizada em Boa Viagem, na zona Sul do recife, acaba de lançar um programa inédito de exercícios físicos e práticas esportivas. É o Movimenta Vila, pensado para quem deseja unir saúde, lazer e integração. “Abrimos turmas em três modalidades para pais, professores, alunos e colaboradores, todos no início da noite”, informa Milton Neto, um dos idealizadores do projeto e professor das aulas de funcional.
Além do funcional, a Vila Aprendiz oferece aulas de vôlei de praia, com o professor Marcelo Jorge, e beach tênis, com Lucas Menezes. O projeto da escola vem ancorado em uma filosofia implantada na Vila desde que foi fundada, há 16 anos. “Nossa inspiração tem como base o cuidado, o cuidado de olhar para o funcionário, de olhar para os pais, e tentar estimular neles o autocuidado; porque quando a gente cuida de si, a gente está mais pronto para cuidar do outro, isso além dos benefícios físicos e mentais que as práticas esportivas comprovadamente têm”, destaca Milton.
Com um espaço verde amplamente arborizado e favorável às práticas esportivas ao ar livre, a escola - instalada em uma área de mais de 4 mil metros quadrados – mantém ativo o secular e sábio provérbio africano que diz que “é preciso uma aldeia inteira para se educar uma criança”, ou seja, só com a formação de um grupo com diversas pessoas é possível se criar as redes de apoio e o amor essencial.
A engenheira Simone Pontes, mãe da ex-aluna da Vila, Alice Lopes, 15 anos, foi uma das primeiras a se matricular nas aulas de vôlei de praia. “Na minha juventude joguei vôlei, mas fazia muitos anos que estava longe das quadras. Foi uma alegria imensa voltar a jogar e mais ainda voltar ao convívio da Vila, em um ambiente que nos acolhe e faz todos nos sentirmos em casa. E as aulas de vôlei não poderiam ser diferentes”, comenta acrescentando que a iniciativa da escola é muito bem-vinda!
A grade de aulas está assim distribuída: o beach tênis é oferecido terças e quintas-feiras às 18:45h e 19:45h; o vôlei de praia nas segundas e quartas-feiras, também às 18:45h e 19:45h; e as aulas de funcional são segundas e quartas, às 17:45h e 18:45h, e nas terças-feiras e quintas, às 18:45h e 19:45h. Quem se interessar pode pegar informações pelo celular (81) 99278.1438

Campanha Abril Marrom busca aumentar a conscientização sobre doenças oculares

Márcia Ferrari, oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da rede Vision One, lembra que os cuidados com os olhos devem começar enquanto o bebê ainda está na barriga da mãe. A médica reforça que “doenças infectocontagiosas adquiridas durante a gestação podem afetar a formação das estruturas oculares ou causar processos inflamatórios que podem provocar a perda da visão do bebê”. Ela diz quais são as enfermidades de maior risco para a saúde ocular do feto:
- -Sífilis – infecção causada por uma bactéria, adquirida pelo sexo sem proteção;
- -Toxoplasmose – causada por um protozoário, é transmitida por alimentos e água contaminados ou fezes de animais;
- -Rubéola – doença viral aguda altamente contagiosa, transmitida por meio de gotículas expelidas pelo paciente, causa febre e erupção cutânea, entre outros sintomas;
- -Zika Vírus – transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, provoca o desenvolvimento anormal do cérebro do bebê, além de poder afetar a visão;
- -HIV – pode ser adquirido por relações sexuais desprotegidas, sangue contaminado, compartilhamento de seringa contaminada ou passar da mãe para o bebê na gravidez, parto ou amamentação;
- -Citomegalovírus – infecção causada por vírus da mesma família do herpes, transmitida pelo contato com fluídos corporais.
“É essencial a mulher fazer o acompanhamento pré-natal durante toda a gestação e desta forma, receber as orientações sobre os cuidados que deverão ser adotados para que o feto se desenvolva de forma saudável e possa formar as estruturas da visão”, afirma a oftalmologista. O acompanhamento gestacional também ajuda a prevenir a Retinopatia da Prematuridade (ROP), doença relacionada ao parto prematuro, que ocorre quando os vasos sanguíneos da retina, a parte do olho responsável pela visão, não se desenvolvem normalmente. Em casos mais graves, pode evoluir para descolamento de retina e cegueira.
Outra medida importante para a prevenção das doenças que podem provocar cegueira é o Teste do Olhinho, realizado na maternidade assim que o bebê nasce. O exame é feito com a ajuda de um aparelho chamado oftalmoscópio, que emite um feixe de luz vermelho nos olhos do recém-nascido, após a dilatação da pupila. “O Teste do Olhinho possibilita detectar precocemente doenças como a catarata congênita, o glaucoma congênito e o retinoblastoma, um tipo de câncer mais comum na infância, entre outras possíveis alterações nas estruturas oculares. O objetivo é agilizar o diagnóstico, pois quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores serão as chances de sucesso”, explica a Márcia Ferrari.
De acordo ela, os pais também devem ficar atentos aos sintomas que podem indicar doenças oculares:
- - reflexo vermelho do olho durante fotos com flash;
- - pupila que não diminui ao estímulo da luz ou que não possui a cor preta;
- - tremores dos olhos;
- - superfície ocular com aspecto azulado e alteração do brilho;
- - alteração do tamanho dos olhos.
A médica esclarece que “a prevenção das doenças que podem causar cegueira deve ser mantida ao longo da vida, com check-ups oftalmológicos regulares. No período da infância, a recomendação da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica é realizar a primeira consulta até os seis meses de vida e a segunda quando o bebê completar um ano”. Depois disso, as visitas ao oftalmologista deverão ser anuais, até a criança completar oito anos.
