Condromalácia Patelar: Como Driblar A Dor No Joelho Com Musculação E Orientação Profissional - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
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Jademilson Silva

Condromalácia patelar: como driblar a dor no joelho com musculação e orientação profissional

Rosana Farias convive com condromalácia patelar, uma condição dolorosa no joelho causada por má formação. Com acompanhamento e exercícios específicos, ela encontrou na musculação uma aliada. Veja o que diz o educador físico Max Lima sobre treinos adaptados para quem tem lesões nos joelhos.
Rosana Farias e o profissional de educação física Max Lima durante sessão de fortalecimento muscular adaptado para condromalácia patelar. Exercícios bem orientados são fundamentais para quem convive com dores no joelho

Má formação congênita no joelho levou Rosana Farias, de 47 anos, a adaptar a rotina de exercícios. Com apoio do profissional de educação física, Max Lima, ela fortalece a articulação sem dor e mostra que é possível se movimentar com segurança.

A música ambiente da academia toca ao fundo, os pesos se movimentam em ritmo constante e as repetições seguem com foco e cuidado. Entre uma série e outra na máquina de extensão de joelhos, Rosana Farias, 47 anos, 1,71m de altura e 77 kg, inspira e expira com controle. Desde o início da vida adulta, ela convive com uma condição que exige atenção especial: uma má formação congênita na estrutura dos joelhos que provoca condromalácia patelar — desgaste da cartilagem da patela, o osso popularmente conhecido como "rótula".

A condromalácia patelar, que afeta principalmente mulheres adultas, pode provocar dores crônicas e limitar movimentos. Mas, ao contrário do que muitos pensam, o exercício físico não só é possível como recomendado — desde que com acompanhamento adequado.

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Condromalácia patelar atinge especialmente mulheres e pode ser controlada com exercícios adequados.

Sob orientação profissional e com foco no fortalecimento muscular, Rosana superou o medo da dor e adaptou sua rotina de treinos. "Evito impacto, mas não deixo de me movimentar", conta. Especialista alerta: quem tem problemas no joelho deve, sim, treinar.

Rosana descobriu a condromalácia no início da fase adulta, após anos convivendo com dores inexplicáveis ao agachar ou subir escadas. “A dor era uma constante. Só fui entender o que estava acontecendo quando procurei um ortopedista e ele me explicou que havia uma má formação na estrutura do joelho que levava ao desgaste da cartilagem”, lembra.

A má formação congênita que provoca condromalácia patelar geralmente envolve um desalinhamento da patela, que em vez de deslizar suavemente sobre o fêmur durante os movimentos, acaba atritando de forma irregular, provocando inflamação e dor. É uma condição comum em mulheres, especialmente na faixa dos 30 a 50 anos, e pode ser agravada pelo excesso de peso ou sedentarismo.

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“Evito correr e pular, mas a musculação virou minha aliada”, diz Rosana Farias.

“Hoje, evito correr, pular ou fazer qualquer atividade de alto impacto”, conta Rosana Farias. “Mas a musculação faz parte da minha vida. É ela que fortalece meus joelhos e me permite viver sem dor.”

Essa é, segundo o profissional de educação física Max Lima, a escolha mais acertada. "Na verdade, pessoas com problema no joelho devem treinar. O exercício é parte do tratamento, desde que seja adaptado para a realidade de cada pessoa", explica.

"É importante ter cuidado especial com indivíduos que possuem histórico de inflamações, lesões ou patologias no joelho. Um bom planejamento de treino faz toda a diferença", destaca o especialista.

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“Mesmo com histórico de lesão, é possível agachar — com avaliação e adaptação”, afirma o professor Max Lima.

Max orienta que atividades de baixo impacto são as mais recomendadas, como musculação controlada, bicicleta ergométrica, natação e caminhada leve. Ele também defende o uso de exercícios funcionais, como o agachamento — quando bem orientado e adaptado.

"O agachamento pode fazer parte do programa de fortalecimento do joelho. É um movimento natural do ser humano. O ideal é fazer uma avaliação funcional antes de incluir esse tipo de exercício", orienta Max Lima.

Rosana segue essa cartilha à risca. Com orientação, ela foca no fortalecimento do quadríceps, posterior de coxa e panturrilha — músculos que fazem parte do complexo do joelho e oferecem estabilidade à articulação. “O que aprendi é que não posso parar. A dor me visitava com mais frequência quando eu era sedentária”, afirma.

"Fortalecer os músculos ao redor do joelho é fundamental. Eles ajudam a proteger e estabilizar a articulação. Mas não podemos esquecer da mobilidade e da flexibilidade, que também são parte essencial da prevenção", pontua Max.

Rosana também teve o suporte de um ortopedista e de um fisioterapeuta antes de retornar aos treinos. "Passei por fisioterapia e só depois iniciei o treino com musculação. Comecei devagar, e fui evoluindo. Hoje, tenho mais autonomia e menos dor", diz.

A relação entre peso corporal e saúde articular também é um ponto importante. Max Lima alerta que o excesso de peso pode sobrecarregar os joelhos e agravar o quadro. “Por isso, o trabalho deve ser multiprofissional: médico, fisioterapeuta, profissional de educação física e, muitas vezes, nutricionista.”

"Quem tem dor no joelho precisa, sim, se exercitar. Mas sempre com orientação. Comece devagar, respeite seu corpo, e busque ajuda especializada", recomenda o professor.



A história de Rosana Farias mostra que problemas no joelho não são sentença de sedentarismo. Com orientação, foco no fortalecimento muscular e atividades adaptadas, é possível reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida. A chave está em respeitar os limites do corpo — e nunca abrir mão do movimento.

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Larissa Carrazzoni: "vitória da população"

Uma importante vitória para a saúde de crianças e adultos com lábio leporino ou fenda palatina acaba de ser sancionada no último dia 06 de maio. A Lei nº 15.133 estabelece a obrigatoriedade do Sistema Único de Saúde (SUS) em realizar a cirurgia reconstrutiva e o tratamento pós-cirúrgico dessas condições.

Para a advogada Larissa Carrazzoni, especialista em direito médico, odontológico e da saúde, a nova legislação representa um marco significativo ao garantir o acesso universal a um tratamento essencial que impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes. “Apesar de já terem sido realizadas cirurgias reconstrutivas em centros de referência no âmbito do SUS, esta lei democratiza o acesso ao tratamento, viabilizando um atendimento aos pacientes mais constante, qualificado e de maior alcance”, comenta.

Segundo Larissa, essa evolução também estabelece um compromisso que passa a ter maior amparo institucional e salvaguarda legal para o prosseguimento do tratamento. Assim, a rede de unidades públicas ou conveniadas vai ter o dever de oferecer as cirurgias bem como o tratamento pós-cirúrgico, incluindo as especialidades de fonoaudiologia, psicologia e ortodontia, além de outras áreas relacionadas à recuperação e ao tratamento completo da condição.


Corrida
Inscrições estão abertas

A organização da 20º Corrida das Pontes do Recife Drogasil que será realizada no dia 1 de junho, às 6h30, com largada e chegada no forte do Brum, traz novidades no percurso deste ano. Além dos 5Km e 10Km já tradicionais nos anos anteriores, a competição teve a rodagem da categoria profissional ampliada para 15Km. “A idéia é justamente contemplar o desejo de uma grande maioria dos atletas adeptos das corridas de rua e instigar outros tantos a cumprir o novo desafio”, comemora o fundador da corrida e ex-atleta olímpico José João da Silva. Completando duas décadas, a corrida ganhou centenas de adeptos ao longo desses anos, demonstrando o quanto a modalidade é sinônimo de saúde e bem-estar. “É muito gratificante ver os nordestinos e recifenses cada vez mais apaixonados pelas provas de rua. Sou muito feliz por contribuir com esse movimento bom”, comemora.

As inscrições para as modalidades de corrida 5km, 10km e 15km, e caminhada 5km, estão abertas e podem ser efetuadas no site oficial www.corridadaspontesdorecife.com.br e nos parceiros ativo.com, ticket sports, minhas inscrições e ticket next. Os valores variam e estão disponíveis no site oficial. O público com idade a partir de 60 anos têm desconto de 50% no valor das inscrições.


Algomais Mais Saude

Alimentação inadequada está entre os principais gatilhos para condições como retocolite ulcerativa e doença de Crohn

Intestino

O mês de maio traz uma importante pauta de saúde: a campanha Maio Roxo, que tem como foco a conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Entre as mais comuns estão a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa — ambas condições crônicas que afetam o sistema digestivo e provocam inflamações persistentes no trato gastrointestinal.

Essas doenças, apesar de pouco faladas, podem comprometer seriamente a qualidade de vida do paciente, exigindo acompanhamento médico contínuo, mudanças de hábitos e atenção à alimentação.

Segundo o médico Gustavo Lima, especialista em doença inflamatória intestinal do Hospital Santa Joana Recife, da rede Américas, o número de diagnósticos está aumentando em todo o mundo, e o Brasil não está fora dessa estatística.

“A alimentação é um dos principais fatores desse crescimento, com destaque para os fast foods, alimentos enlatados e industrializados”, explica o especialista.

A principal ferramenta para detectar a doença ainda é a colonoscopia, um exame que permite observar o interior do intestino por meio de uma pequena câmera introduzida pelo reto com o paciente sedado.

“Contudo, a identificação da doença não se resume apenas ao exame. É necessário montar um verdadeiro quebra-cabeça, envolvendo também avaliação clínica, exames laboratoriais, biópsias e, muitas vezes, a análise de imagens”, afirma Gustavo Lima.

O sinal mais comum de alerta para as DIIs é a diarreia crônica, muitas vezes acompanhada de sangue nas fezes. Ainda assim, há casos com apresentações atípicas, o que pode dificultar o diagnóstico.

O tratamento varia de acordo com o estágio e a gravidade da doença. Pode ir desde o uso de medicações convencionais, como mesalazina e azatioprina, até opções mais avançadas, como terapias biológicas e pequenas moléculas.

Além dos medicamentos, a alimentação desempenha papel fundamental tanto na prevenção quanto no controle das doenças inflamatórias intestinais.

“Pacientes devem priorizar alimentos naturais e minimizar o consumo de produtos industrializados. Recomenda-se a ingestão regular de frutas, legumes, fibras, raízes e uma hidratação adequada. A carne vermelha, especialmente para portadores de retocolite ulcerativa, deve ser consumida apenas uma vez por semana”, alerta o médico.

Nos momentos de crise, com diarreia intensa, alguns alimentos devem ser evitados.

“Durante períodos de crise, é aconselhável evitar leite e derivados, bem como alimentos gordurosos. Após a fase ativa, a reintrodução desses alimentos pode ser feita de forma moderada”, complementa o médico Gustavo Lima.


Se você apresenta algum desses sintomas, procure atendimento médico. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida e evitar complicações.

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