Lia de Itamaracá, Ava Rocha, Boogarins, Amaro Freitas, Bell Puã, a britânica Perera Elsewere e a revelação do Trap, Derek são alguns dos nomes escalados na série inédita do Festival No Ar Coquetel Molotov, que estreia nesta sexta-feira (22) e sábado (23), às 21h, em todo o Brasil. Apostando em vivências digitais, o festival criou uma alternativa aos shows presenciais, para continuar com a sua missão de fomentar a cena cultural brasileira e manter cerca de 200 empregos. A produção audiovisual que encerra o festival, apresenta um material inédito e com linguagem cinematográfica. A exibição acontece tanto no site do festival como em seu canal do Youtube e depois seguirá para a TV.
O evento que teve início no dia 11 de janeiro abre a agenda de festivais nacionais com um formato imersivo e sensorial híbrido onde dinâmicas virtuais unem música, arte, workshops, mentorias, oficinas e um inédito Mundo 3D onde é possível vivenciar as experiências de um festival físico, dentro de suas casas. Além de assistir shows, participar de exposições e oficinas, no “Mundo Imersivo em 3D”.
Na vanguarda, o festival promove muito mais que apenas uma live. A Série CQTL MLTV, que tem direção musical de Benke Ferraz (produtor e guitarrista do Boogarins), produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação e mixagem de áudio da Fábrica de Estúdios, convida o público para uma imersão numa paisagem bucólica, cercada pela natureza num verdadeiro respiro em meio à quarentena pela pandemia vigente, gravada com parte das atrações no espaço Criatório, em Gravatá, interior de Pernambuco. A outra parte foi gravada em São Paulo, na Fauhaus com fundo chroma key, dando espaço para a experimentação.
O filme, dividido em duas partes, pode ser pensado como uma busca. Primeiro, a de traduzir para a linguagem cinematográfica a emoção de estar presente no festival Coquetel Molotov e, segundo, o ato de tentar compreender o ano que passamos: uma reflexão, um registro histórico de um momento em que uma fissura apareceu na nossa sociedade, revelando algumas das nossas contradições mais profundas.
“Quisemos focar na luz no final do túnel, que é a arte, e o sentido de se fazer arte. Aquilo que nos faz ser humanos – a esperança daquilo que é o nosso maior potencial. Nesse processo, decidimos incorporar o som do “aqui agora” nas performances. Não se trata de um apanhado de clipes gravados em estúdio nem tampouco uma live. Pensamos no registro videográfico como uma mosquinha que voa ao redor ou se aproxima daquilo que está acontecendo no intenso agora. São performances irreproduzíveis. Acreditamos que existe uma verdade nesse registro”, pontua Daniel Edmundson, da Bateu Castelo.
De São Paulo, fica o registro das participações de Alessandra Leão, Jup do Bairro, Tuyo, o encontro de Ava Rocha com Boogarins, Test, Aretha Sadick e Derek.
Já em Gravatá, o registro em meio à natureza foi com Lia de Itamaracá, Amaro Freitas e a novíssima cena musical pernambucana: Luiz Lins, Martins, Bella Kahun, Bell Puã, o coletivo Avoada, e o experimentalismo de Hrönir e Miãm. Do lineup, Lia de Itamaracá, Tuyo e Amaro Freitas são artistas do casting da Natura Musical.
“A série traz de fato um recorte do que há de melhor na cena local de Recife, com alguns artistas reconhecidos internacionalmente como o Amaro Freitas, Lia de Itamaracá e Bell Puã. A curadoria teve esse cuidado de trazer todas as vertentes locais que têm alguma ligação com o Coquetel Molotov. O Thelmo Cristovam mesmo vem do experimental, da música instrumental, assim como o Amaro Freitas que também vem do instrumental mas tem uma pegada mais jazz e o Miã, um projeto completamente novo”, destaca Benke Ferraz, diretor da série.
O festival foi o primeiro a levar para Recife nomes importantes da cena como Tortoise e Hurtmold. Ainda da cena local, o Luiz Lins traz o hip hop, junto com a Bella Kahun que tem uma pegada meio brega também. Uma diversidade que traz um recorte digno do Coquetel
Entre os destaques dos registros e uma das apresentações mais impactantes, o primeiro show pós pandemia com a formação original, em trio, de Amaro Freitas. O experimento com o chroma key vai poder promover encontros emocionantes como o de Lia de Itamaracá, que gravou sua participação no Criatório, com Alessandra Leão, registrada em São Paulo com o fundo verde.
“Quando começamos a discutir as possibilidades de formatos para a realização desta edição online, em agosto, já sabíamos que queríamos criar um conteúdo perene e que pudéssemos assistir em 10 anos e entender o momento que vivemos. Quando chegamos a conclusão que queríamos fazer uma série e nos juntamos com as idéias da Bateu Castelo, tudo pareceu fazer sentido e focar em Pernambuco seria o caminho. Acho que a série traduz como o Coquetel Molotov vê um festival na tela, com a câmera entrando no meio dos artistas, como se estivessem ali conseguindo assistir a cada detalhe. Mas ainda teremos um lado experimental trazendo outros nomes através de uma tela verde e isso nos possibilitou abrir mais a nossa curadoria para artistas de outros estados”, complementa Ana Garcia, diretora do festival.
SERVIÇO
TNT Energy Drink apresenta
No Ar Coquetel Molotov – 17ª edição
11 a 23 de janeiro de 2021
com Jup do Bairro, Tuyo, Ava Rocha+Boogarins e mais
Patrocínio: Natura Musical, Itaipava, Oi Pontes e Uninassau
Apoio: Pitú e Rappi
Mídia Oficial: O Grito!, Brasileiríssimos, Minuto Indie, Rádio Universitária FM
Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br