Mais da metade das mulheres em todo o mundo está desistindo ou parando completamente de se exercitar. Pelo menos foi o que levantou, em fevereiro, o estudo global Move Her Mind, da marca esportiva Asics. Entre as 25 mil pessoas entrevistadas online, todas disseram enfrentar barreiras, desde questões relacionadas ao tempo disponível (74%) e à baixa autoconfiança (35%). Quase dois terços (61%) das mães citaram a maternidade como o principal motivo pelo qual interromperam suas práticas de exercícios ou esportes, demonstrando o impacto que as responsabilidades de cuidado materno têm nos níveis de atividade das mulheres.
É, minha gente, só uma mãe sabe como são grandes os desafios do maternar. Os nove meses de gestação passam por explosões hormonais, preocupação intermitente com a saúde do bebê, e, ao mesmo tempo, trazem o doce encantamento da espera por um filho, que não nos prepara para as tantas mudanças que estão por vir. Mas tem quem fuja das curvas estatísticas e faça sua própria história, como a redatora digital recifense Suellen Macedo, de 36 anos. A mãe de Joaquim, de 1 ano e 8 meses, e de Francisco, de apenas 2 meses, aderiu às corridas, mas, pense como é o esquema familiar!
“Diariamente, somos só eu e meu marido em casa. Ele trabalha de home office e quando precisa visitar algum cliente, leva o mais velho à casa da minha sogra. Minha mãe me ajuda sempre que pode também, mas no fim de semana, aí, cozinha frango, feijão, carne, para nos ajudar. Até minha avó nos manda almoço, algumas vezes”, explica.
Enquanto o caçula ainda demanda muito nas mamadas, Suellen não tem ido à academia, mas, não se deu por vencida.
“Meu personal passou um treino para eu fazer em casa. Faço todos os dias, e até ‘tô’ subindo as escadas do prédio (são 25 andares!), várias vezes, pra não ficar parada!”, acrescenta. E os benefícios foram notórios para a mamãe corredora. “Corri nas duas gestações. Na primeira, eu tava meio pra baixo, por causa dos hormônios e foram a corrida e os treinos que me ajudaram a levantar da cama e a ter disposição. Quando eu corria, melhorava 100% meu dia. Não tinha enjoos, não tinha enxaqueca, nem insônia. Mas foi nessa segunda gestação que eu estava mais focada. Fazia musculação quase todos os dias na semana, corria na rua, na esteira, fazia tiro e participei até de corrida nos morros”, conta Suellen.
Segundo o profissional de Educação Física, Deco Nonato, toda mulher pode correr durante a gravidez, mas, é fundamental estar em concordância com os profissionais que a acompanham, especialmente o obstetra, para que possa praticar com segurança a atividade física.
“Além disso, nada de se aventurar sem um profissional de Educação Física, para lhe monitorar e lhe ajudar a evoluir. Porque, à medida que a barriga cresce, o centro de gravidade e o equilíbrio mudam, por isso, o risco de queda é um pouco maior. Mas, sem dúvida, respeitando essa premissa, a mãe só tem a ganhar – correr estabiliza a frequência cardíaca, equilibra o peso, diminui o risco de diabetes gestacional, reduz estresse e ansiedade, melhora o sono e a saúde óssea”, enumera o especialista que atua em corridas há mais de 20 anos.
No próximo dia 10 de novembro, Suellen Macedo volta a correr, pela primeira vez depois do nascimento de Chico, seu caçulinha. Ela vai participar da Cross Urbano CAIXA, na Arena Pernambuco. Será a quarta edição do evento no Grande Recife, depois de passar por Manaus e Teresina neste circuito 2024, que vai se encerrar em Fortaleza, no Ceará. A corrida é de 6Km e explora por completo o estádio que já foi palco da Copa do Mundo FIFA, oferecendo desafios únicos aos atletas.
“Eles passam por túneis, rampas, passarelas, arquibancadas, dão volta olímpica ao redor do gramado, potencializando a prova de forma multidisciplinar. Acho que esse é o maior diferencial do nosso evento, atraindo a curiosidade dos participantes – sejam eles novatos ou experientes na modalidade”, explica Nonato, da Corpore Sano, que organiza o evento.
Criado durante a Copa do Mundo de 2014, o Cross Urbano CAIXA transforma estádios pelo Brasil em verdadeiros playgrounds aeróbicos. É um evento esportivo para todas as idades. Os três primeiros classificados em cada faixa etária recebem premiações.
Confira como funciona
16 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos, 40 a 44 anos, 45 a 49 anos, 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos e acima de 65 anos, tendo troféus e medalhas para os três primeiros colocados em cada categoria – masculino e feminino.
Entenda os horários das largadas
7h – 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos e acima de 65 anos (masculino e feminino)
7:15 – 45 a 49 anos, 40 a 44 anos (masculino e feminino)
7h30 – 35 a 39 anos, 30 a 34 anos, 25 a 29 anos e 16 a 24 anos (masculino e feminino)
8h30 – Cerimônia de Premiação
Como se inscrever
As inscrições para esse grande desafio estão abertas até 5 de novembro e custam a partir de R$ 59,95. São feitas através do link na bio do perfil do Instagram @crossurbanocaixa ou pelo site www.crossurbanocaixa.esp.br, onde há outras informações para os atletas. A retirada dos kits será feita na loja Centauro do Shopping Recife, no dia 8 de novembro, das 12h30 às 20h30 e, no sábado (09/11), das 10h às 17h. O Cross Urbano CAIXA é patrocinado pela CAIXA e Governo Federal, além de contar com o apoio de parceiros. Organização e realização: Corpore Sano.
Saiba mais: @sukamacedo | @decononato
Invicto, pernambucano Matheus Evangelista, o Golden Boy, estreia no Jungle Fight, maior evento de MMA da América Latina
O lutador pernambucano Matheus Evangelista de Souza, mais conhecido como Golden Boy, fará sua estreia no prestigiado evento de MMA Jungle Fight, que chega ao Recife pela primeira vez. Com 25 anos, 1,86 m de altura e 70 kg, Matheus representa a equipe Pitbull Brothers e enfrentará o sergipano Júnior Tarquíno na categoria até 70 kg. O combate acontecerá no dia 19 de novembro, a partir das 19h, no Ginásio de Esportes Geraldão, na Imbiribeira.
Invicto tanto como amador quanto como profissional, Golden Boy é apontado como uma das maiores promessas do MMA pernambucano, destacando-se pela firmeza e agilidade no combate e pela precisão de seus golpes.
“Estou pronto para dar o meu melhor e representar o Recife no maior palco do MMA latino-americano”, afirmou Matheus, que se diz motivado para mostrar seu talento diante do público.
O evento, apoiado pela Prefeitura do Recife, será transmitido pela TV Globo e pelo canal Combate.
Histórico do Jungle Fight
Fundado em 2003 pelo ex-lutador Wallid Ismail, o Jungle Fight é o maior evento de MMA da América Latina, promovendo combates de alto nível e revelando grandes talentos. Desde sua criação, tornou-se referência internacional e um trampolim para atletas que almejam competições globais no MMA, como o UFC.
Ingressos: @junglefcoficial | Saiba mais: @matheusevangelistamma
Palestra gratuita sobre saúde e bem-estar
No próximo dia 07 de novembro, às 18h30, a Farmácia Viveza promove um evento gratuito voltado ao público em geral, visando passar informações e orientações de saúde para 2025. O momento, que acontecerá no auditório da Faculdade Maurício de Nassau, no Shopping Patteo Olinda, será composto por três profissionais: a clínica geral Diana Campos, com formação ortomolecular; a nutricionista Carla Ribeiro, e o personal trainer Bruno Gonçalves. O tema central será: “Rumo a 2025: Como o trinômio exercício físico, nutrição saudável e terapia ortomolecular podem fazer de seu ano realmente novo.
Inscrições gratuitas: 81 9 9193. 2851 | Saiba mais: dra.dianacampos.ortomolecular
Sono e qualidade de vida
Durante o sono ocorre a reposição de energia, restauração dos tecidos e fortalecimento do sistema imunológico. Entre as principais causas de noites mal dormidas estão distúrbios do sono como insônia, ronco e apneia. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, 24% dos homens e 18% das mulheres de meia-idade roncam. Já 60% dos homens e 40% das mulheres acima dos 60 anos de idade sofrem com a condição. Sabia que o dentista pode ajudar a acabar com o ronco? O ortodontista Pedro Miranda, integrante da Comissão de Odontologia do Sono do CRO-PE (Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco), explica que existe uma área específica da odontologia que atua no diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono, a Odontologia do Sono. Em alguns casos, o ronco pode ser tratado com um aparelho intraoral prescrito por um ortodentista. O ronco deve ser investigado de forma multidisciplinar por profissionais de saúde, destaca Pedro Miranda.
Saiba mais: @cro_pe
A importância da atividade física e da fisioterapia na prevenção, tratamento e reabilitação do câncer
Ao longo da minha carreira, tenho presenciado de perto como a prática da atividade física e a atuação da fisioterapia são fundamentais em várias fases do tratamento oncológico. Este artigo explora a importância da atividade física e a atuação da fisioterapia na prevenção, tratamento e reabilitação de pacientes com câncer. A prática de exercícios físicos tem sido amplamente reconhecida como uma ferramenta poderosa na prevenção de diversas doenças crônicas, incluindo o câncer. Estudos indicam que a atividade física regular pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de cânceres comuns, como os de mama, próstata e cólon. Isso ocorre principalmente por meio do fortalecimento do sistema imunológico, controle do peso corporal e regulação dos hormônios que influenciam o desenvolvimento tumoral (Moura et al., 2023). Em indivíduos fisicamente ativos, observa-se também uma melhor regulação dos níveis de insulina, redução da inflamação crônica e aumento da função imunológica, fatores essenciais para a prevenção da doença (Reis et al., 2022).
Além da prevenção, a atividade física supervisionada é uma aliada importante durante o tratamento oncológico. Os pacientes que praticam exercícios controlados e orientados por profissionais de saúde, como fisioterapeutas e educadores físicos, apresentam menos complicações, menor perda de massa muscular e melhor qualidade de vida durante a quimioterapia ou radioterapia. Segundo Santos et al. (2022), a atividade física ajuda a combater a fadiga oncológica, um dos sintomas mais debilitantes que os pacientes enfrentam durante o tratamento. E devemos entender que isso ocorre porque o exercício melhora a oxigenação dos tecidos, reduz os níveis de estresse oxidativo e promove a liberação de endorfinas, proporcionando uma sensação de bem-estar.
A fisioterapia, nesse contexto, desempenha um papel vital não apenas na promoção de exercícios adequados, mas também na reabilitação dos pacientes após o tratamento. Após intervenções cirúrgicas ou tratamentos agressivos, como a radioterapia, é comum que os pacientes apresentem limitações funcionais, dores e dificuldades de mobilidade. A fisioterapia atua de forma a restaurar essas funções, e cuidar também da estética cicatricial e da autoestima do paciente. Além disso, o acompanhamento fisioterapêutico é crucial para evitar complicações como linfedema, comum após cirurgias de câncer de mama, que pode limitar severamente a qualidade de vida dos pacientes.
Outro aspecto relevante é o papel da fisioterapia na fase de reabilitação e pós-tratamento. Após a conclusão do tratamento oncológico, muitos pacientes ainda enfrentam desafios físicos e emocionais. Nessa fase, a fisioterapia e a atividade física ajudam na restauração da funcionalidade do corpo, além de reduzir os efeitos colaterais tardios do tratamento, como dores musculares e articulares, fraqueza e fadiga crônica. O exercício físico regular e orientado auxilia na recuperação da força, no aumento da capacidade cardiovascular e na reintegração social do paciente (Teixeira et al., 2023).
Diante de todos esses benefícios, é essencial que profissionais de educação física e fisioterapia estejam capacitados para atuar em todas as fases do cuidado ao paciente oncológico, desde a prevenção até a reabilitação. A abordagem multidisciplinar, envolvendo esses profissionais, médicos e psicólogos, oferece ao paciente um suporte integral, que contribui significativamente para sua qualidade de vida e bem-estar.
Concluindo, a atividade física e a fisioterapia são pilares fundamentais no combate ao câncer, desde a prevenção até o pós-tratamento. A prática regular de exercícios, orientada por profissionais especializados, e a intervenção fisioterapêutica adequada podem melhorar significativamente a vida dos pacientes, ajudando-os a enfrentar as adversidades do tratamento e a viver com mais qualidade e saúde. A ciência tem mostrado que o movimento é essencial, e nosso papel é promover essa verdade para quem mais precisa.
Referências:
- Moura, A. et al. (2023). A prática de exercícios físicos e a prevenção do câncer. Revista JRG.
- Reis, M. et al. (2022). Exercício físico como aliado na prevenção de doenças oncológicas. FOCO Publicações.
- Santos, J. et al. (2022). O impacto da atividade física durante o tratamento oncológico. Revista Brasileira de Cancerologia.
- Silva, P. et al. (2023). A importância da fisioterapia na reabilitação oncológica. Corpo & Consciência.
- Teixeira, A. et al. (2023). O papel da fisioterapia e do exercício físico no pós-tratamento oncológico. Rease.
Michelle Sousa Dias é profissional de Educação Física (CREF: 002318 – G/PE) e Fisioterapeuta (CREFITO: 179771 – F). Formada em Educação Física pela Universidade de Pernambuco (UPE) há 20 anos, e Fisioterapeuta formada pela Faculdade Integrada do Recife (FIR), com 14 anos de experiência na área.
Saiba mais: @michellediastherapytrainer