Cinema e conversa

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Wanderley Andrade

Crítica| Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão

O primeiro semestre de 2018 foi marcante para as produtoras de filmes com temática cristã. Em março, Eu Só Posso Imaginar arrecadou só na semana de estreia nos EUA mais de 17 milhões de dólares, desbancando grandes produções, entre elas, Uma Dobra no Tempo, da Disney. Outro que também fez sucesso foi Paulo, Apóstolo de Cristo: já soma mais de 22 milhões de dólares em bilheterias. E a lista de estreias relacionadas ao segmento cristão só faz aumentar. Com boas expectativas de público, chega aos cinemas, no próximo dia 30, Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão.

Divulgação: California Filmes

 

A primeira cena é exatamente a mesma que encerra Deus Não Está Morto 2: o pastor Dave (David A. R. White) é levado à prisão por não entregar as cópias de seus sermões ao governo. O fato chama a atenção da mídia e da sociedade, que passa a questionar a presença da igreja Saint James dentro do campus de uma universidade estadual. A situação piora quando um incêndio, fruto de um suposto atentado, destrói a igreja, matando o pastor auxiliar Jude (interpretado pelo excelente Benjamin A. Onyango).

O roteiro de Howard Klausner e Michael Manson (que também ocupa a cadeira de diretor) explora uma narrativa tradicional, linear, quebrada uma única vez logo no primeiro ato, na sequência que retorna ao passado para explicar a motivação para o ataque à igreja. Mesmo não ousando quanto à narrativa, o roteiro, bem escrito, faz do longa o mais maduro da franquia.

Os atores John Corbett e David A. R. White em cena dentro do templo destruído.

 

Ao invés de recorrer ao sentimentalismo, tacando uma trilha sonora melosa a cada cena triste ou lágrima que surja na tela, a história segue por caminho oposto: o do bom humor. O principal responsável pelos momentos de alívio cômico é Pearce, advogado e irmão do pastor Dave. A relação, por vezes, tempestuosa da dupla traz à trama as cenas mais engraçadas. Pearce é interpretado pelo ator John Corbett, conhecido por protagonizar a comédia romântica Casamento Grego.

Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão fecha a trilogia como o melhor da franquia, com uma mensagem de amor e perdão. Tema necessário em tempos marcados por ódio e intolerância, seja ela religiosa ou de qualquer outra espécie.

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