Cinema e conversa

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Wanderley Andrade

Crítica: Em Uma Ilha Bem Distante (Netflix)

Zeynap Altin é uma mulher de meia idade caracterizada conforme o estereótipo da dona de casa que precisa dar conta sozinha das tarefas domésticas, além de cuidar da filha, do marido (que se comporta como o segundo filho) e do pai ranzinza. Após a morte da mãe, descobre que herdou uma casa numa bela ilha da Croácia. Cansada da estafante rotina do lar, chega ao ápice da insatisfação ao descobrir que está sendo traída pelo marido. Decide largar tudo e recomeçar a vida na nova casa. Porém, ao chegar ao lugar, descobre que a moradia está ocupada por Josip, ex-proprietário que ainda vive no local.

Carregado de clichês e temática batida, o filme consegue se manter de pé devido a boa atuação da atriz sueca Naomi Krauss, que encarna a protagonista, trabalho que destoa das outras atuações, algumas beirando o pastelão. Os personagens coadjuvantes pouco acrescentam à trama, diferente da protagonista, são rasos e mal desenvolvidos.

O roteiro é confuso, não se decide em emocionar ou fazer rir. Poucas vezes consegue um ou outro. A cinematografia de Katharina Bühler é um dos pontos fortes da produção, explora bem os belos cenários do Leste Europeu.

Em Uma Ilha Bem Distante é uma comédia romântica bem no estilo Sessão da Tarde. História leve e despretensiosa para um final de tarde ocioso.

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