Estreia de filme com assinatura de Quentin Tarantino é sinal de muito burburinho e expectativa da crítica e dos fãs do cineasta. A passagem por Cannes não rendeu muitos prêmios ao Era Uma Vez em... Hollywood (ganhou apenas a Palm Dog, prêmio voltado à melhor participação canina do festival), mas a boa recepção em portais de crítica como o IMDb e o Rotten Tomatoes apontam para uma carreira de sucesso nas principais premiações do ano, forte candidato, inclusive, ao Oscar 2020. É o nono filme do diretor e, segundo o próprio, penúltimo da carreira.
Era Uma Vez em... Hollywood é uma carta de amor de Tarantino ao cinema, de forma mais específica feito nos EUA no final da década de 60. O cineasta passou parte da infância em Los Angeles e presenciou o fervilhar cinematográfico da região, abalado na época pelo crime bárbaro cometido pela seita de Charles Manson, que tirou a vida da atriz Sharon Tate e de mais seis pessoas.
Anunciado como o filme de Tarantino sobre a seita de Charles Manson, na verdade, o longa dá destaque à história do decadente ator de faroeste, Rick Dalton (DiCaprio) e seu parceiro de longas datas e dublê pessoal, Cliff Booth (Brad Pitt). Manson e sua jornada até o crime que chocou a década de 60 seguem como subtrama.
Leonardo DiCaprio está de volta à tela grande após um hiato de quatro anos, quando ganhou o Oscar de melhor ator por O Regresso. O ator está bem no longa e esbanja boa química com Brad Pitt. Esta é a primeira vez que atuam juntos. O cast tem outros grandes nomes como Margot Robbie, Al Pacino e Dakota Fanning.
Este é o trabalho menos sangrento de Tarantino. O banho de sangue, ou melhor, de chamas, só aparece no terceiro ato. Tem algumas cenas memoráveis, entre elas, a que provocou grande polêmica entre Tarantino e a família de Bruce Lee. Grande performance de Mike Moh, conhecido por sua atuação em filmes da franquia Street Fighter e na série Inumanos.
Era Uma Vez em... Hollywood chega esta quinta (15) aos cinemas.