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Wanderley Andrade

Crítica| Paddleton (Netflix)

Comovente. Melhor adjetivo para descrever a jornada dos protagonistas Mike (Mark Duplass) e Andy (Ray Romano) de Paddleton, filme original da Netflix. Na história, Mike descobre que está com câncer de estômago e decide não passar pelo sofrimento que poderá advir do tratamento contra a doença. Para isso, recorrerá ao suicídio assistido, com a ajuda do relutante Andy. A dupla pegará a estrada à procura dos medicamentos para a amarga empreitada.

Paddleton é daqueles filmes imprevisíveis que ora arrancam nossas lágrimas, ora nos fazem rir. A jornada vai além da busca pelos remédios, mostra quão profunda é aquela amizade, não importa se na alegria, na dor ou na morte. O título do longa é o mesmo do jogo criado por Mike e Andy, que consiste em duas pessoas rebaterem com raquetes uma bola de tênis numa parede no intuito de acertar um barril vazio. O jogo serve de metáfora para essa relação de cumplicidade.

 

Crédito: Netflix/Divulgação. Cena do filme “Paddleton”.

 

Mark Duplass e Ray Romano dão um show de atuação, mostrando boa química, seja dividindo uma pizza congelada ou assistindo ao mesmo filme de artes marciais diversas vezes. Romano é conhecido principalmente por sua atuação na sitcom Everybody Loves Raymond. Duplass é produtor, ao lado do irmão Jay Duplass na Duplass Brothers Productions. Produziu recentemente e atuou ao lado de Charlize Theron no excelente Tully.

 

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