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Wanderley Andrade

Crítica| Venom

Nos últimos dias, o filme Venom foi destaque nos principais sites de entretenimento. Menos pela baixa recepção no Rotten Tomatoes, mais pelo ataque que sofreu de um movimento organizado por fãs da Lady Gaga. Isso mesmo que você leu: Lady Gaga. Calma, não é fake news. Saiu na revista Variety que fãs da cantora postaram no Twitter críticas negativas falsas, algumas idênticas (o velho Ctrl+C e Ctrl+V), no intuito de boicotar o filme da Marvel e promover Nasce Uma Estrela, longa protagonizado por Gaga. Confirmada ou não, parece que a estratégia produziu efeito contrário. Nesta quinta (04) aconteceu as pré-estreias e Venom abocanhou numa única mordida (desculpe o trocadilho infame) US$ 10 milhões, bem mais que os "pífios" US$ 3,2 milhões de Nasce Uma Estrela.

Estratégias frustradas à parte, hora de analisar o filme da Marvel. Dirigido por Ruben Fleischer da franquia Zumbilândia, Venom chega aos cinemas com uma ingrata missão: conquistar os fãs do Homem-Aranha, que dificilmente deixarão de associar o amigo da vizinhança ao outrora vilão simbionte.

Agenda TGI

 

Divulgação: Sony Pictures Brasil

 

Não considero equivocada a escolha por distanciar Venom do universo atual do herói aracnídeo, ainda que isso represente um risco, levando em conta o número de fãs mais conservadores. A opção poderia abrir um leque de possibilidades para o personagem, sem necessariamente estar preso às amarras das HQs. Poderia.

Venom só não é pior que a bomba lançada em 2015, Quarteto Fantástico. A presença de alguns bons nomes no elenco, como Tom Hardy e Michelle Williams dão um alento ao longa, que sofre com um roteiro limitado. Muito ruim e mal construído o arco do simbionte, que chega com o discurso de que destruirá todo o planeta, mas tão rápido quanto devora a cabeça dos adversários, decide ficar por aqui só porque simpatizou com Brock, personagem de Hardy.

Uma das cenas pós-créditos (serão duas) indica que uma possível continuação está na agulha. Mas como é de costume na indústria do cinema, isso dependerá da resposta do público, que nem sempre segue a opinião da crítica.

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