Dia de Conscientização sobre a Epilepsia: doença atinge até 4 milhões de brasileiros

Nesta terça-feira, 26 de março, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia, também conhecido como Purple Day (Dia Roxo). O movimento teve início no Canadá em 2008, criado por Cassidy Megan, que na época tinha apenas 9 anos. Seu objetivo era fornecer informações e apoio às pessoas com epilepsia, demonstrando que elas não estão sozinhas. A escolha da cor roxa para simbolizar o dia remete à lavanda, uma flor associada ao sentimento de isolamento vivido por muitas pessoas afetadas pela doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, somente no Brasil, a doença acomete entre 2 e 4 milhões de pessoas. O médico neurologista e professor da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão, Eduardo Maranhão, explica que a epilepsia é uma predisposição do indivíduo de desencadear crises convulsivas de forma repetida. “Como causa da doença, pode ser desde uma predisposição genética, como também adquiridas ao longo da vida, por exemplo, após uma acidente vascular cerebral, uma infecção do sistema nervoso ou um quadro demencial avançado”, fala.

Na epilepsia, as crises podem variar em sua manifestação e duração, podendo ocorrer com ou sem perda de consciência. Os sintomas diferem de acordo com o tipo de crise e se o paciente apresenta outros sinais entre as ocorrências. Alguns podem experimentar contrações musculares em todo o corpo, salivação excessiva e respiração ofegante durante a crise, enquanto outros podem não apresentar esses sintomas. Essa variação na apresentação das crises é uma característica importante da epilepsia e destaca a importância de uma avaliação médica detalhada para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

O que se dá muito no manejo da prevenção da epilepsia é sobre não colocar o paciente em situações de risco caso ele apresente uma crise, como exercer determinadas profissões, dirigir automóvel e praticar alguns esportes. “Também é fundamental a adoção de hábitos saudáveis para que o paciente não venha ter novas crises. São eles: ter um sono adequado, não ingerir bebida alcoólica e nem fazer uso de drogas. Tudo isso entra no trabalho de prevenção para o paciente que é portador da doença”, orienta o professor da Afya Jaboatão.

A epilepsia é diagnosticada por meio de exames de imagem, como ressonância magnética, e testes como eletroencefalograma. As crises podem ser controladas com medicações. “Analisamos individualmente cada paciente para prescrever o melhor remédio e o tempo de uso. Há pacientes que precisam de muitos anos e outros que depois de alguns anos de bom controle, podemos começar a pensar em fazer um desmame da medicação”, afirma o neurologista. “Existem outras formas de epilepsia bem mais brandas, que só acontecem em determinada faixa etária e passam em seguida. Nesses casos, o paciente faz uso de medicação por um período curto, completa Eduardo Maranhão.

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