Arquivos Economia - Página 369 De 412 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Demanda do consumidor por crédito cresce 15,2% no primeiro quadrimestre

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito cresceu 15,2% no acumulado dos primeiros quatro meses de 2018. Somente em abril/18, a alta interanual, isto é, em relação ao mesmo mês do ano passado foi de 23,9% (porém este resultado foi impactado pela maior quantidade de dias úteis em abril deste ano, 21 contra 18 em abril de 2017). Já com relação a março/18, a demanda do consumidor por crédito apresentou pequeno recuo de 0,3%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o crescimento da procura por crédito por parte do consumidor neste ano relaciona-se não apenas com taxas de juros mais baixas do que as que prevaleciam há um ano, mas também com um maior grau de confiança do consumidor, dado basicamente pela queda da inflação, que o encoraja a demandar mais crédito. Análise por classe de renda pessoal mensal O crescimento interanual, na comparação com abril de 2017, da demanda dos consumidores por crédito em abril/18 ocorreu em todas as classes de renda. Para os que ganham até R$ 500, foi de 50,2%. Para os consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, foi de 21,3%. Para a renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000, foi de 21,2%. Já os consumidores com renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000, foi de 20,4%. Já para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, o avanço foi de 19,3% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10.000, o crescimento na procura por crédito foi de 19,5%. No acumulado do primeiro quadrimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, a procura do consumidor por crédito apresentou variações positivas também em todas as faixas de renda: alta de 38,8% para quem recebe até R$ 500 por mês; de 12,7% para quem ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais; e 12,7% para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês. Já nas rendas mais altas, os avanços na procura por crédito no acumulado do primeiro quadrimestre de 2018 foram: 12,5% para a faixa de renda entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais; 12,5% para o consumidor com renda entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês e de 13,1% para quem ganha mais de R$ 10.000. Análise por região O crescimento da demanda por crédito em abril/18 ocorreu eu todas as regiões do país. Na Região Sul, a alta foi de 22,4% em relação a abril/17. No Norte foi de 26,6%. No Centro-Oeste, o avanço foi de 27,7% e no Sudeste o crescimento foi de 20,6%. No Nordeste a alta foi de 32,0% frente a abril/17. Na comparação contra o acumulado do primeiro quadrimestre do ano passado, houve avanços da demanda por crédito em todas as regiões: no Nordeste (22,4%); Sudeste (14,6%); Norte (14,4%); Centro-Oeste (14,8%) e no Sul (10,4%).  

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41% dos poupadores sacaram parte de suas reservas em março

O Indicador de Reserva Financeira apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que parte dos consumidores está tendo que recorrer às suas reservas financeiras para lidar com imprevistos, entre outras situações. Em cada dez poupadores, quatro (41%) sacaram ao menos parte dos recursos que possuem guardados no último mês de março. A maior parte recorreu a esse dinheiro para lidar com alguma situação emergencial, citada por 12% das pessoas ouvidas. Outros 9% utilizaram parte da reserva porque os rendimentos que possuem não foram suficientes para cobrir as despesas e demais compromissos. Os que fizeram saques para adquirir algum bem também somam 9% da amostra. “A grande vantagem de ser um poupador é poder contar com uma reserva para situações inesperadas. Isso traz mais segurança e previsibilidade no dia a dia do consumidor, que não precisará recorrer a empréstimos para superar um momento de dificuldade financeira”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. 73% dos brasileiros não puderam guardar dinheiro em março; baixa renda e imprevisto são principais motivos De modo geral, o indicador revela que mesmo com a tímida melhora recente do cenário econômico, o hábito de poupar continua pouco frequente entre os consumidores brasileiros, o que indica que a crise econômica não é o principal motivo desse comportamento. No último mês de março, apenas 20% dos brasileiros conseguiram concluir com sobras no orçamento para investir. E a quantia média foi de R$ 491,06. Os que não guardarem nenhum centavo de seus rendimentos formam 73% dos entrevistados, dado ligeiramente maior que o observado em março do ano passado, quando estava em 76%. Questionados sobre o hábito de poupar, e não somente sobre a poupança no último mês, quase um terço dos consumidores sondados (32%) disse possuir esse costume, sendo que 10% estipulam um valor fixo a ser poupado e 22% guardam apenas o que sobra do orçamento. Os que não possuem o hábito de poupar formam 60% dos consumidores. Entre aqueles que não pouparam em março, a baixa renda é a razão mais mencionada, com 44% de citações. Isso faz com que a taxa de poupadores das classes C, D e E seja ainda menor do que a média total, de apenas 15% dos entrevistados (contra 37% dos brasileiros de mais alta renda). Outras razões também dadas como justificativas para não pouparem são os imprevistos (19%), não possuírem renda no momento (14%) e o descontrole financeiro (9%). “O fato de tantas pessoas citarem imprevistos por não conseguirem encerrar o mês com dinheiro sobrando no salário apenas reforça a ideia de que é preciso contar com um dinheiro aplicado, já que acontecimentos de emergência podem acontecer e, nem sempre, é possível cobri-los apenas com a renda. Outra situação preocupante é que as pessoas deixam de poupar porque não são controladas o suficiente no manejo do dinheiro. A disciplina é fundamental para formarmos cidadãos equilibrados financeiramente”, alerta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli. 52% dos poupadores mantém reserva para situações de emergência e seis em cada dez recorrem à caderneta de poupança Entre aqueles que costumam poupar, novamente o imprevisto é a razão mais citada para se ter esse tipo de precaução. Mais da metade (51%) dos entrevistados citaram essa opção ao serem questionados. Quase um terço (32%) guardam dinheiro para garantir um futuro melhor a família, enquanto 27% querem estar preparados para uma situação de desemprego e 19% almejam realizar alguma viagem. O levantamento demonstra que os brasileiros que guardam dinheiro, contudo, precisam melhorar quando o assunto é onde eles aplicam esse dinheiro que sobra no orçamento. A caderneta de poupança continua como o principal destino das reservas financeiras dos consumidores, com 63% de citações. Em seguida aparecem aqueles que guardam o dinheiro em casa (25%) ou na conta corrente (21%), alternativas arriscadas do ponto de vista da segurança ou que deixam de gerar rendimento a partir de juros. As modalidades mais sofisticadas e que podem proporcionar melhores retornos foram citadas por uma pequena parcela desses consumidores. Os fundos de investimento, por exemplo, foram citados por 11% e a previdência privada, por 7%. Em seguida, apareceram o Tesouro Direto (4%), os CDBs (4%) as LCIs e LCAs (2%) e o Dólar (2%). Para os poupadores que fazem as opções mais conservadoras de manter em casa, na conta corrente ou mesmo na poupança, a principal razão foi a preferência por ter o dinheiro a disposição em um lugar fácil de retirar (29%), além da falta de conhecimento para fazer outros tipos de investimentos (28%). “É preciso aprimorar os hábitos dos poupadores para que eles busquem alternativas mais rentáveis, pois aplicar o dinheiro com inteligência é fundamental para atingir objetivos financeiros no futuro. Para cada tipo de meta, existem diferentes aplicações. Se a preocupação do consumido for a liquidez, ou seja, poder sacar a qualquer momento, o dinheiro pode ser depositado em uma conta poupança. O Tesouro Direto Selic, por exemplo, também pode ser uma alternativa mais rentável para o curto prazo. Mas quando se fala no médio e longo prazo, a diversificação é essencial. Deixar uma reserva parada na conta corrente ou em casa não é uma atitude saudável”, afirma Vignoli.

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Confiança do Consumidor marca 42,0 pontos e fica estável em abril

Apesar de a economia dar sinais de melhora, o consumidor brasileiro segue cauteloso. Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) ficou estável ao passar de 42,2 pontos em março para 42,0 pontos no último mês de abril. No mesmo período do ano passado, o índice estava em 40,5 pontos. Pela metodologia, a escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50,0 pontos demonstram a prevalência de otimismo entre os consumidores e abaixo dessa marca, mostra pessimismo. “A lenta e gradual retomada econômica ainda não exerce efeito no humor do brasileiro, que segue cauteloso para comprometer sua renda, mesmo com uma inflação sob controle. A expectativa é de que a confiança acompanhe o ritmo de melhora do mercado de trabalho, que deve se consolidar apenas após o período eleitoral”, afirma o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Expectativas, que passou de 53,3 pontos em março para 53,0 pontos em abril e pelo Subindicador de Condições Atuais, que registrou 31,0 pontos em abril ante 31,1 pontos em março. Mesmo com inflação controlada, 49% atribuem avaliação negativa da vida financeira ao alto custo de vida; para 79% dos brasileiros, economia do país anda mal De acordo com o levantamento, 79% dos brasileiros avaliam negativamente as condições atuais da economia do país. Para 18%, o desempenho é regular e para apenas 2%, o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 65% dos entrevistados. Mesmo com a inflação mais baixa, o aumento de preços de produtos e serviços é a causa principal da percepção negativa da economia brasileira para 51% dos consumidores, enquanto 39% citam os altos juros. “Mesmo com a inflação abaixo da meta, o custo de vida ainda incomoda porque a renda ainda não se recuperou para níveis próximos ao período pré-crise. O desemprego continua elevado, a despeito do avanço recente atividade econômica”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado. De acordo com a sondagem, 42% dos brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssima. Outros 49% consideram regular e um percentual menor, de apenas 9%, avalia como boa. De modo geral, o alto custo de vida é citado como a principal razão para considerarem a vida financeira ruim, apontada por 49% desses consumidores. A elevação dos preços é sentida pelo consumidor, principalmente, nos supermercados (87%), combustíveis (85%) e conta de energia (82%). Os consumidores mencionam também o fato de estarem desempregados (37%), a queda da renda familiar (27%) e o fato de terem lidado com algum imprevisto que desorganizou as finanças (16%). Em sentido oposto, para aqueles que veem o momento atual de sua vida como bom ou ótimo, o controle das próprias finanças foi a razão mais destacada, lembrada por 57% desses consumidores. Há ainda 24% que disseram contar com alguma reserva financeira. “O dado reforça a importância do controle dos gastos, algo que nem sempre é devidamente praticado, mas que é de vital importância em um momento de crise econômica”, afirma a economista Marcela Kawauti. 40% dos consumidores estão pessimistas com futuro da economia, mas 56% acham que a própria vida financeira estará em situação positiva daqui seis meses A sondagem também procurou saber o que os brasileiros esperam do futuro da economia do Brasil para os próximos seis meses e descobriu que 40% estão declaradamente pessimistas com o cenário da economia. Quando essa avaliação se restringe à vida financeira, o volume de pessimistas cai para apenas 12%. Os otimistas com a economia são apenas 17% da amostra, ao passo que para a própria vida financeira, o percentual dos que vislumbram uma melhora sobe para 56% dos entrevistados. Para justificar a percepção majoritariamente pessimista com os próximos seis meses da economia, os escândalos políticos surgem com força: seis em cada dez (61%) entrevistados pessimistas citam a corrupção como a principal razão desse sentimento. Para 43%, o motivo do pessimismo é o aumento do desemprego e para 32% as culpadas são as leis e instituições que funcionam como entrave para o desenvolvimento do país. Tanto entre os otimistas com a economia do pais quanto com a própria vida financeira, muitos não sabem explicar ao certo a razão desse sentimento positivo: apenas dizem esperar que coisas boas vão acontecer no futuro. Para a economia esse percentual é de 51%, ao passo que para a vida financeira é de 42%. Ainda com relação aos que estão otimistas com a economia, 19% dessas pessoas disseram que já notam um aumento do consumo e 18% percebem que as pessoas estão mais otimistas com a economia no dia a dia. Dos otimistas com a própria vida financeira, 21% veem chances de conseguir um emprego e 20% acreditam que a economia vai melhorar, o que acaba impactando a vida pessoal.

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Caruaru festeja 161 anos e diversifica economia

A produção de artesanato, inspirada na genialidade do Mestre Vitalino, ou a feira, eternizada nos versos de Luiz Gonzaga, seguem simbólicas e relevantes para Caruaru. No entanto, o perfil econômico da Capital do Forró se diversificou muito na última década. Impulsionado pelo forte empreendedorismo, pelo crescimento da renda da população no período anterior à crise e pela chegada das universidades, o município do Agreste se consolidou como polo de serviços da região. Ao mesmo tempo que se destaca em novas cadeias produtivas – como a da economia criativa e tecnológica, por meio de estruturas como o Armazém da Criatividade – a cidade passa por um período de sofisticação do relevante setor têxtil e de confecções. Os números retratam bem o avanço da cidade nas duas últimas décadas. A população saltou de quase 100 mil pessoas entre o calculado pelo Censo de 2000 e as estimativas do IBGE em 2017, chegando hoje a 356 mil habitantes. O PIB de R$ 783,5 milhões, registrado no ano 2000, está bem distante dos R$ 6,1 bilhões do ano de 2015. A renda per capita cresceu também 33% por década no município, desde os anos 90. O economista Pedro Neves destaca que a maior circulação de dinheiro na economia local promoveu há alguns anos um boom na construção civil, com grande geração de empregos. “Esse crescimento atraiu muitos imigrantes de estados e cidades vizinhas para Caruaru, o que demandou mais imóveis. Houve um incremento também do orçamento municipal, que passou a ampliar seus investimentos em infraestrutura. Mas o grande diferencial é o potencial empreendedor da população. Mesmo com a escassez de recursos naturais, a cidade alcançou um dinamismo econômico vertiginoso”, surpreende-se Neves. A duplicação da BR-232 também teve seu papel. Segundo o economista, a rodovia fortaleceu a interligação entre Caruaru e o Recife, reduzindo custos de transportes e transações entre esses polos. O novo papel que a cidade passou a atuar consolidou sua posição de protagonismo regional. Mas esse novo dinamismo trouxe também o aumento do número de veículos, que travou a mobilidade de Caruaru, e um crescimento dos indicadores de violência, em especial após o agravamento da crise econômica. São desafios enfrentados por boa parte dos grandes centros urbanos do País. Porém, boas perspectivas são esperadas com a chegada das universidades públicas e a ampliação das faculdades privadas. De acordo com números da Condepe/Fidem, em 2016, a educação superior ultrapassou a marca de 27 mil matrículas efetuadas. “A vinda do campus da UFPE, há 11 anos, e o crescimento das instituições locais atraíram pessoas em busca de formação de excelência para Caruaru. Isso significa mais gente qualificada, o que contribui para atração de novos investimentos para a cidade”, avalia o secretário da fazenda do município Diogo Bezerra. Diretor do Campus Caruaru da UFPE, Manoel Guedes, afirma que entre os cinco mil alunos da universidade, há pessoas vindas de 164 municípios. A instituição atende a demanda não só da região agrestina, mas também de estudantes provenientes do Sertão, Zona da Mata, RMR e até de outros estados. “A atuação da universidade no Agreste promove um impacto em vários caminhos. A qualificação da mão de obra traz melhorias no desenvolvimento das empresas e até mesmo na gestão dos municípios”, analisa. Guedes afirma que há vários ex-alunos atuando nas equipes de gestão das prefeituras da região, inclusive como secretários municipais. Uma das inovações da UFPE no Agreste foi a parceria realizada inicialmente com as gestões municipais de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe com vistas a focar seus projetos de ensino, pesquisa e extensão em áreas estratégicas para o desenvolvimento dessas localidades. “Com esses convênios, pretendemos contribuir de forma acelerada para o desenvolvimento desses municípios, conectando suas necessidades com o conhecimento produzido pela universidade”. A UFPE já pleiteia ampliação e abertura de novos cursos. Estão na mira da instituição a instalação de graduações em engenharia de software e gestão de políticas públicas. O avanço do ensino superior contrasta com o déficit de qualidade no ensino básico. Sem alcançar as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a prefeitura está promovendo uma mobilização pela qualificação do setor, que inclui a destinação de uma parcela significativa dos seus investimentos (cerca de 40%) para as escolas. Uma estrutura de apoio aos universitários e novas empresas em nascimento é o Armazém da Criatividade, fundado há dois anos e meio. Impulsionado pela chegada das universidades, esse espaço é um investimento do Porto Digital na cidade voltado para dar suporte à inovação e ao empreendedorismo. “O foco do Armazém é interiorizar os resultados alcançados no parque tecnológico do Recife. Ser um espaço para experimentação, formação, fomento à economia criativa e as tecnologias da informação e comunicação”, destaca Perseu Bastos, coordenador do Núcleo de Empreendedorismo. No local funciona uma incubadora, com atualmente seis empresas em desenvolvimento. O Armazém abriga ainda salas de treinamento, coworking, além de laboratórios de experimentação e prototipação de projetos e produtos inovadores. “Estão incubadas empresas com novos modelos de negócios que possam desenvolver os setores produtivos da nossa região”, informa Perseu. Uma das empresas incubadas é a Line Ateliê Criativo. As fundadoras são formadas pelo curso de design da UFPE-Caruaru, Aurijanne Arruda e Jessica Souza. “Nossa ideia de negócios é ser uma prestadora de serviços de design de moda para as indústrias do ramo de confecção. Atuamos no desenvolvimento de coleções, modelagens de roupas, produção de moda em geral, desfiles ou merchandising e na produção de editoriais de moda”, conta Aurijanne. O Festival de Jeans de Toritama é um dos clientes da Line Ateliê Criativo. A equipe de seis profissionais que trabalham na empresa foi responsável pela produção dos looks da campanha publicitária do evento. “Já trabalhamos também para várias marcas dos segmento infantil e jeans. Pretendemos ainda lançar uma linha de coleções exclusivas próprias, visando lojas multimarcas e boutiques. Também estão nas nossas metas oferecer um curso voltado para design e modelagem digital”, projeta Aurijanne. Para estimular o setor de tecnologia na região, há um movimento empresarial em Caruaru chamado Tapioca Valley. O nome é

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Para um terço dos empresários, Copa do Mundo deve impulsionar vendas do comércio e serviços

A um mês do início da Copa do Mundo, que este ano será na Rússia, a expectativa é de que o evento esportivo movimente a economia brasileira, mesmo à distância. Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que três em cada dez (33%) micro e pequenos empresários dos ramos do comércio e serviços estimam que as vendas dos setores como um todo aumentem no período dos jogos. Outros 19% enxergam uma queda no volume de vendas, enquanto 47% acham que o torneio não terá impacto no resultado dos segmentos. Entre os que projetam crescimento nas vendas da própria empresa (20%), a estimativa é de que o volume médio de vendas seja 27% superior ao mês anterior do mundial. Na percepção da maioria dos empresários entrevistados, esse otimismo refere-se ao aumento do faturamento, principalmente, em setores que lucram com o consumo sazonal de produtos nesta época e estão diretamente ligados ao evento, como souvenirs (80%), comércio informal (72%), bares e restaurantes (68%), supermercados (66%), comércio eletrônico (57%) e transporte (51%). “A Copa do Mundo sempre injeta ânimo na economia e deve aquecer, sobretudo, os setores do comércio e serviços, que encontram uma oportunidade gerada pelo clima de euforia das torcidas com as comemorações após as partidas”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. Outro dado curioso mostra que para 29% dos entrevistados o aumento das vendas do próprio negócio com a Copa depende do desempenho da seleção brasileira nos gramados, sobretudo se o time chegar até a final (21%) – esse percentual é ainda maior (25%) entre os comerciantes. Empresários apostam em promoções para atrair o consumidor O estudo também revela que dois em cada dez empresários entrevistados (20%) afirmam já estar se preparando para atender ao aumento da demanda durante os jogos. As promoções são a grande aposta para atrair o consumidor (42%). Para 20%, há intenção de ampliar seus estoques e 10% contratar mais funcionários. Além disso, estão previstas ações como decoração com bandeiras e cores do Brasil (37%), divulgação do estabelecimento (25%) e ampliação do mix de produtos ofertados (22%). Por outro lado, a maioria dos empresários entrevistados (80%) sinalizou que não pretende fazer algum tipo de investimento especial. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, essa decisão não significa falta de interesse por parte do lojista em lucrar com o evento. “São estabelecimentos que não têm relação direta com o consumo da Copa ou, até mesmo, já contam com uma estrutura adequada para suportar a demanda extra”, pondera. Perguntados sobre o tempo que estão levando para se preparar, 73% reconhecem que têm deixado para mais perto do evento — há menos de três meses começaram a pensar no que será feito. Já outros 21% vêm se preparando em um período de quatro a seis meses do início da Copa do Mundo e uma minoria (5%) investe no próprio negócio com antecedência — de seis a 12 meses. Entre os que estão se preparando para a Copa do Mundo, 50% disseram que utilizarão capital da própria empresa e 24% recursos pessoais. “O alto percentual de empresários que utiliza dinheiro do próprio bolso ou da empresa para investir no estabelecimento pode revelar o receio em assumir dívidas frente a um cenário econômico promissor, mais ainda sob os efeitos de recessão”, comenta Marcela Kawauti. Mais de sete em cada dez entrevistados (74%) afirmam que as melhorias implementadas no estabelecimento serão mantidas, mesmo após o término dos jogos da Copa, indicando que os investimentos, em sua maioria, serão permanentes. Questionados sobre os critérios estabelecidos para realizar as adequações na empresa para a Copa do Mundo, um quarto (25%) afirma que usou um pouco da intuição sobre o que as vendas no período dos jogos podem gerar e outros 25% mencionaram a experiência positiva que tiveram na Copa passada. 73% das lojas não pretendem alterar horário de atendimento ao público Apesar da diferença de fuso-horário, a maioria das partidas será realizada em horário comercial. Por esta razão, o estudo também buscou identificar possíveis alterações na rotina e no funcionamento das empresas durante a realização dos jogos. Com relação ao horário de atendimento, 73% das empresas afirmam que manterão a mesma rotina praticada atualmente. Cerca de 15% disseram que o horário será reduzido e 7% afirmam que adotarão horário estendido. De olho no potencial de vendas da Copa do Mundo, 12% prevê um aumento na variedade de produtos. Enquanto para 82%, o mix permanecerá inalterado e 3% planeja uma redução. Já o estoque de produtos será igual para 78%, de acordo com o levantamento. Quanto ao preço a ser cobrado por produtos e mercadorias, a maioria (88%) garantiu que manterá os preços atuais. Apenas 5% dos entrevistados afirmam que os preços durante a Copa estarão mais baratos e 3% mais caros. Quase 30% das empresas vão liberar os funcionários durante as partidas dos jogos do Brasil Um ponto que sempre chama a atenção é como será o esquema nas empresas quando o Brasil estiver em campo. Questionadas sobre a política que será adotada, quase três em cada dez empresas ouvidas (28%) disse que vai dispensar seus colaboradores para assistirem às partidas. Na contramão, 24% afirmam que os funcionários devem trabalhar normalmente durante as partidas, enquanto 17% pretendem montar um espaço especial para que os colaboradores assistam aos jogos dentro da organização ― sobretudo as do setor de serviços (20%). “Para não terem de fechar as portas durante os jogos, muitas empresas instalam televisões em pontos centrais. O futebol é uma paixão nacional e desperta o sentimento de patriotismo”, destaca a economista Marcela Kawauti. Entre as empresas que pretendem dispensar os funcionários, o levantamento constatou que cerca de 84% não irão descontar as horas não trabalhadas de seus colaboradores. Só uma em cada dez (11%) afirma ter a intenção de fazer essas deduções ― especialmente os prestadores de serviço (17%) ―, sendo que 10% fará por meio de banco de horas. No caso em que os funcionários

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Varejo brasileiro cresce 2,1% em abril, revela ICVA

O varejo brasileiro apresentou alta de 2,1% em abril na comparação com o mesmo período de 2017, descontando a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado nesta quarta-feira (16). Em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o indicador registrou alta de 3,2% na comparação com o ano anterior. O resultado do mês foi prejudicado pelo calendário. Em relação ao mesmo período do ano passado, o mês teve um sábado a menos (dia tipicamente mais forte no varejo) e uma segunda-feira a mais. Além disso, em 2018 a semana de Páscoa caiu em março – ano passado ocorreu em abril –, e tivemos também no dia 30 deste mês a ponte de feriado do dia do trabalhador. Ajustado aos impactos de calendário, o índice deflacionado apontaria alta de 2,6%, o que representa uma aceleração em relação ao observado no mês de março no mesmo conceito (2,2%). Já pelo ICVA nominal, com os ajustes de calendário, o indicador apresenta alta de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2017, tendo uma estabilização em relação a março (3,7%). "O ICVA vem mantendo a trajetória de aceleração e mostrando uma recuperação consistente nos últimos meses, embora de forma lenta", afirma Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo. INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em março pelo IBGE apontou alta de 2,76% no acumulado dos últimos 12 meses, com uma aceleração comparado ao registrado em março (2,68%). Os itens do bloco de Habitação (principalmente Energia elétrica residencial – não refletido no ICVA) e Transportes, contribuíram para a aceleração do índice. Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em abril ficou em 1,1%, tendo uma queda ao registrado em março (1,5%). SETORES No conceito deflacionado com ajustes calendário, o mês apresentou aceleração em todos os macro-setores do varejo. O resultado do crescimento do mês, quando comparado com o mesmo período do ano passado, foi puxado principalmente pelo desempenho dos setores de Supermercados e Hipermercados seguido por Móveis, Eletrodomésticos e Lojas de Departamento. Por outro lado, o setor de Vestuário e Artigos Esportivos registrou desaceleração no mesmo conceito. REGIÕES Em relação às regiões, destaque positivo para as regiões de Centro-Oeste e Sul, que apresentaram as maiores acelerações dentre as regiões brasileiras segundo o ICVA Deflacionado com ajuste de calendário. Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, comparando com o mesmo período do ano anterior, o varejo ampliado na região Norte apresentou alta de 7,7%, seguido pelas regiões Nordeste e Sul com 3,4% e 3,2% respectivamente. Por fim, vale mencionar as regiões Centro-Oeste, com alta de 1,9%, e o Sudeste, com alta de 0,9%. Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – o destaque foi a região Norte, que registrou alta de 7,8%. Em seguida, temos as regiões Nordeste e Sul com crescimentos de 4,6% e 4,1% respectivamente. Já as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram crescimentos de 3,4% e 2,4% respectivamente.  

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Ipea divulga nova análise sobre a conjuntura econômica do país

O principal impulsionador de crescimento econômico atual tem sido o estímulo monetário, que se reflete num patamar historicamente baixo da taxa de juros básica. É o que mostra a nova edição da Visão Geral, da Carta de Conjuntura do Ipea. Divulgada nesta terça-feira, 15, a pesquisa indica ainda que, embora a expansão econômica tenha ficado um pouco abaixo do esperado nos últimos meses, os setores de bens de capital e de bens de consumo duráveis – os que sofrem influência mais direta das taxas de juros e da oferta de crédito – tiveram excelente desempenho. “Uns indicadores apontam numa direção e outros na outra. Começamos a investigar uma ampla gama de indicadores, com o intuito de fazer uma análise mais detalhada da conjuntura. Quando se olha apenas para alguns dados, a oscilação no curtíssimo prazo é muito grande, mas isso não deveria gerar mudanças bruscas de expectativas”, explica José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas. Num cenário caracterizado por níveis ainda elevados de desocupação e por um quadro de incerteza política devido à proximidade das eleições, o bom desempenho desses setores demonstra que a economia está reagindo aos estímulos monetários e que a retomada segue seu curso, ainda que de forma gradual. A política monetária barateou o crédito, provocando um efeito positivo que ajuda a explicar esse desempenho. “A taxa de juros menor favorece o aumento do consumo de bens duráveis e o crescimento dos investimentos, que estão concentrados em máquinas e equipamentos”, ressalta o diretor do Ipea. A utilização da capacidade instalada da indústria no país segue se recuperando. “Apesar de continuar em níveis elevados, a ociosidade na indústria de transformação vem caindo”, pontua Leonardo Mello de Carvalho, do Grupo de Conjuntura do Ipea. No entanto, como revelado pelo Indicador Ipea Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o desempenho da construção civil continua negativo na comparação com 2017, mostrando a dificuldade de retomada do setor. Marco Antônio Cavalcanti, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas, ressalta que, de forma geral, as perspectivas da economia brasileira continuam positivas, embora sujeitas a incertezas. “Na ausência de novas fontes significativas de volatilidade ou instabilidade no cenário externo, ou no front político doméstico, a atividade deverá continuar em sua trajetória de recuperação gradual ao longo do ano.” ​ Para o mercado de trabalho, a novidade é a análise conjunta dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, e daqueles do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. A informalidade – trabalhadores sem carteira e por conta própria – ainda é a maior responsável pelo aumento da ocupação. “Num período de retomada, essa melhora do emprego é mais gradual. Nos períodos em que a economia começa a ter queda, o emprego não se altera concomitantemente. Ele demora naturalmente a reagir à conjuntura. Na retomada ocorre o mesmo. Estão sendo gerados empregos, inclusive formais, mas de forma lenta”, explica José Ronaldo, diretor do Ipea. A taxa de desocupação, calculada com dados ajustados, vem mantendo-se praticamente estável nos últimos três trimestres, girando em torno de 12,5% – patamar ainda muito alto, mas 0,6 ponto percentual inferior ao de um ano antes. Uma piora é identificada na conjuntura internacional, com impacto sobre a taxa de câmbio. O risco-país, influenciado por fatores externos e internos, também vem aumentando. É o que mostra o Indicador Ipea de Risco Idiossincrático do Brasil. A tendência de aumento do risco-país por motivos internos teria começado ainda no início de dezembro, possivelmente como reflexo das dificuldades em se avançar nas reformas que viabilizem o equilíbrio fiscal de longo prazo. Mais recentemente, é provável que sua elevação esteja relacionada às incertezas do cenário político dos próximos anos. Consumo Aparente Lançado conjuntamente com a Visão Geral, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 2%, na série com ajuste sazonal, entre fevereiro e março, em que pese, no acumulado de 12 meses, a alta de 3,7% na demanda por bens industriais – ritmo de crescimento mais intenso que o apresentado pela produção doméstica, de 2,9%, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE. “Quando se analisam os indicadores de atividade, esses dois setores [produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis] continuaram crescendo. Dentro os consumos duráveis, destaca-se o excelente desempenho da venda de automóveis. É uma atividade com peso importante dentro do setor”, resume Leonardo Mello de Carvalho. As vendas de automóveis acumularam 738 mil unidades no primeiro quadrimestre do ano, patamar 20,4% maior que o verificado no mesmo período de 2017.

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Pernambuco segue forte no setor têxtil e do vestuário

O setor têxtil e de confecções em Pernambuco ocupa atualmente a sétima posição no ranking dos estados produtores de têxteis no Brasil. Com 3,5% do pessoal ocupado em todo o país, produz mais de 44,4 mil toneladas/ano de artigos têxteis, movimentando cerca de R$ 1 bilhão/ano. Os dados constam de um minucioso estudo realizado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industria (IEMI), sob demanda do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE) e Governo do Estado de Pernambuco/Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. Os resultados serão apresentados a empresários do setor no dia 17 de maio, em palestra no Marco da Moda, a partir das 14h, com a presença do diretor do IEMI, Marcelo Prado. O evento é aberto ao público. No horário da manhã, o pesquisador falará a especialistas convidados, também no Marco da Moda. Perfil – O trabalho “Estudo da Competitividade dos Setores Têxtil e Confeccionista no Estado de Pernambuco” traz dados sobre o panorama nacional, produção, exportação e perfil das empresas locais. “Este estudo é uma excelente ferramenta para os empresários, independente do seu tamanho, na tomada de decisões estratégicas”, diz o presidente do NTCPE, Fredi Maia. O trabalho ficará disponível ao mercado local para consultas ou compra na íntegra. Além do diagnóstico, a pesquisa também aponta ações essenciais para o fortalecimento da competitividade industrial do setor.   SERVIÇO: Palestra sobre estudo dos setores Têxtil e Confeccionista em Pernambuco Com Marcelo Prado, diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) Quando: quinta-feira, 17 de maio de 2018 Horário: 14h Onde: Marco Pernambucano da Moda (Rua da Moeda, 46, Bairro do Recife – Recife/PE) Entrada franca. Inscrições prévias pelo link: https://goo.gl/aeSjaN Mais informações: (81) 3448-0993 | https://www.marcopemoda.com.br/

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Crédito fácil levou 59% dos brasileiros à compra impulsiva

O crédito é um recurso de pagamento que se bem utilizado pode viabilizar sonhos, ajudar na aquisição de um bem de consumo e até mesmo socorrer as pessoas em momentos de dificuldade. No entanto, é preciso ter planejamento financeiro para não assumir compromissos que o bolso não suporta. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que no último mês de fevereiro, em cada dez consumidores, seis (59%) aproveitaram as facilidades do crédito para fazer compras não planejadas. Nesse caso, as aquisições mais feitas por impulso foram roupas, calçados e acessórios (19%), compras em supermercados (17%), perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%). A aquisição de peças de vestuário e acessórios foi mais presente entre a parcela feminina de entrevistados (23%), ao passo que a compra de produtos eletrônicos ganhou destaque entre os homens (13%). Os especialistas do SPC Brasil explicam que a democratização do crédito no Brasil, principalmente entre as classes menos favorecidas, é um fenômeno que ganhou força apenas recentemente, de modo que muitos consumidores ainda não aprenderam a lidar com as consequências do seu mau uso. “A regra de bolso diz que o consumidor não deve comprometer mais do que 30% da própria renda com prestações. Dependendo da realidade financeira, essa porcentagem pode ser ainda menor em certos casos. Consumidores menos atentos podem ser iludidos pelos valores baixos das parcelas e pelos prazos a perder de vista. A falsa sensação de comprar sem pagar nada que o crédito proporciona tende a levar consumidores desinformados ao superendividamento e à inadimplência”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Para 33% dos entrevistados, internet é o meio que mais estimula compras ao facilitar parcelamento; 15% dividem no maior número possível de prestações O levantamento ainda descobriu que na opinião dos entrevistados, a internet é o canal de venda onde as opções de crédito mais levam os consumidores a parcelarem suas compras. Um terço (33%) dos consumidores acredita que as lojas online estimulam o consumidor a fazer novas compras ao oferecerem mais possibilidades de parcelamento. Outros tipos de estabelecimentos que os entrevistados sentem essa facilidade para dividir em várias vezes são as lojas de departamento (23%), supermercados (13%) e shopping center (12%). Sobre o número de prestações em que dividem a compra, a pesquisa mostra que muitos consumidores não avaliam totalmente o impacto de uma compra a prazo no orçamento antes de se endividar. Em cada dez brasileiros que parcelam, um (15%) divide a compra no maior número possível de prestações, independentemente do valor. Outros 31% são mais prudentes e afirmam levar em consideração a alternativa com um número de parcelas que mais se encaixa a sua realidade financeira, enquanto 18% optam pela menor quantidade de prestações disponíveis. Cartão de crédito é meio de pagamento favorito na hora de parcelar; crediário e cheque pré-datado são modalidades mais difíceis de serem aceitas por lojas Na hora de parcelar uma compra, o cartão de crédito ficou em primeiro lugar no ranking de preferência dos consumidores, com 66% de citações. O crediário vem em segundo, mas com apenas 13% de menções e o financiamento aparece logo depois com somente 4% de preferência. O cheque pré-datado foi citado por 1% dos entrevistados. “Se utilizado com consciência, o cartão de crédito pode ser um aliado na hora da organização das finanças, já que é uma ferramenta prática e que permite concentrar todos os pagamentos em um único dia, deixando o consumidor livre para aplicar o dinheiro como bem entender durante o restante do mês. A ressalva é que o cartão só deve ser utilizado no dia a dia por consumidores organizados e que detêm um controle rígido dos próprios gastos”, explica o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli. A pesquisa também mostra que mais da metade (53%) dos consumidores enfrentaram recentemente alguma situação em que o comerciante impôs dificuldades em aceitar certa modalidade de pagamento. Os meios que mais sofreram rejeição foram o crediário (33%) e o cheque pré-datado (29%). Há ainda 24% de entrevistados que não conseguiram comprar usando o cartão de crédito e 21% que tiveram insucesso ao tentar usar o cheque à vista. A recusa do estabelecimento em não aceitar determinada modalidade fez com que 31% desses consumidores desistissem da compra. Outros 29% recorreram ao pagamento à vista para levar o produto para casa. 9% sempre optam por parcelar uma compra. Dinheiro e cartão de débito são os meios de pagamento mais comuns para compras no dia a dia Quando indagados sobre como preferem realizar a maior parte dos seus pagamentos, um em cada dez (9%) consumidores disse que sempre prefere parcelar, independentemente das condições. Há ainda 14% que optam pelo parcelamento se as parcelas não pesarem no bolso. Outros 41% sempre pagam à vista, enquanto 34% só pagam em dinheiro ou cartão de débito se houver algum desconto vantajoso. Desse modo, o dinheiro em espécie e o cartão de débito são as formas de pagamento mais comuns utilizadas para compras no dia a dia. No caso do dinheiro, ele se destaca principalmente nos gastos com serviços de beleza (63%), remédios (47%), alimentação fora de casa ou delivery (45%) e compras no supermercado (44%). Já o débito ganha força entre os consumidores na alimentação fora de casa ou comida delivery (26%), compras de supermercados (23%) e remédios (22%). O cartão de crédito, seja em uma ou várias parcelas, é a modalidade de pagamento a prazo mais citada pelos entrevistados, utilizado principalmente, para gastos na aquisição de eletrônicos (46%), compras de roupas, sapatos e acessórios (37%) e gastos com remédios (25%). No último mês de fevereiro, 38% dos brasileiros realizaram alguma compra parcelada, sendo que na média, foram três compras a prazo por consumidor. Entre quem dividiu, a média de prestações está entre cinco e seis. Se considerados os três meses anteriores à pesquisa, no entanto, 58% dos consumidores têm evitado se endividar com crédito, especialmente no cartão de

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Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB de 2,70% para 2,51%

O mercado financeiro reduziu novamente a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, agora passou de 2,70% para 2,51%. Essa foi a segunda queda consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%. As estimativas são do boletim Focus, publicação divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), na internet. O mercado financeiro reduziu também a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 3,49% para 3,45%, neste ano. Para 2019, a estimativa foi ajustada de 4,03% para 4%. A estimativa está abaixo do centro da meta que é 4,5% este ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75% Taxa básica de juros Para alcançar a meta, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Para cortar a Selic, o BC precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Nesta semana, o Copom realiza a terceira reunião do ano, com expectativa de que a Selic tenha o último corte do atual ciclo de reduções. Para o mercado financeiro, a Selic será reduzida em 0,25 ponto percentual, indo para 6,25% ao ano, conforme indicado pelo BC, em março. Em 2019, a expectativa é que a Selic volte subir e encerre o período em 8% ao ano. Dólar Para especialistas, a recente alta do dólar não deve fazer com que o BC mude a estratégia de reduzir a Selic. Na última sexta-feira (11), o dólar chegou a R$ 3,60, o maior valor em quase dois anos. Na visão de economistas, o efeito da alta do dólar na inflação deve ser um pouco menor do que normalmente é observado porque a economia ainda está em recuperação. De acordo com analistas, a alta do dólar ocorre devido à expectativa de aumento mais intenso dos juros nos Estados Unidos, o que o que atrai dinheiro para economias avançadas, provocando a fuga de capitais financeiros de países emergentes, além das incertezas sobre as eleições no Brasil e a crise na Argentina, com pedido de empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Na última sexta-feira, para segurar a cotação da moeda americana, o BC anunciou ajustes nos leilões de swaps cambiais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, além de informar que fará oferta adicional de contratos de swap cambial. Para as instituições financeiras consultadas pelo BC, o dólar deve encerrar 2018 em R$ 3,40. Na semana passada, a estimativa era R$ 3,37. Para o fim do próximo ano, a estimativa segue em R$ 3,40. (Agência Brasil)

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