Estudantes pernambucanas da rede pública são destaque em programa internacional - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Estudantes pernambucanas da rede pública são destaque em programa internacional

Rafael Dantas

Duas alunas que até 2020 estavam na Escola Municipal Olindina Monteiro de Oliveira França, da rede municipal do Recife,  e hoje são estudantes da rede estadual em Pernambuco foram destaque no programa “Jóvenes Promesas Menores de 30 Internacional”, que é organizado pelo Colégio de Pós-graduados em Administração da Republica Mexicana. O objetivo dessa iniciativa é conceder reconhecimentos no sentido de divulgar, incentivar e auxiliar no desenvolvimento de jovens promissores em todas as áreas da ciência. Entre as representantes brasileiras estavam Vitorya Rebeca Edyvam Cavalcanti e Ana Grazielly Da Silva. Além das brasileiras, participaram do programa estudantes da Colombia, Panamá, Peru, Porto Rico e Paraguai.

As estudantes foram reconhecidas por pesquisas realizadas na escola e que continuaram mesmo durante o difícil período da pandemia. "Participar de evento como esse é surreal. A gente batalha pensando grande e quando acontece não conseguimos acreditar. Estou muito feliz, nunca imaginei chegar tão longe e ainda mais sendo aluna de rede pública. É muito importante para todos nós, só consigo agradecer a Deus por ter nos ajudado a chegar onde chegamos, sou muito grata ao meu professor Edson Gomes por ter insistido no nosso projeto e todo apoio dos familiares e amigos da escola. Fico muito feliz por isso. Ser reconhecida pelo Jóvenes Promesas é surreal para qualquer aluno e eu sou um deles", afirma Vitorya, de 15 anos, atualmente no Ginásio Pernambucano.

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Quem também celebrou o reconhecimento foi Ana Grazielly Da Silva, 18 anos. "O Jovens Promessas me ensinou que é super importante acreditar no que sou capaz de conquistar, pois não levo comigo apenas o fato de ser uma jovem sonhadora, mas uma jovem negra, lésbica e sonhadora, o que para muitos é difícil de ver essa realidade. Viver em um mundo onde a mulheres só tem o direito de pilotar o fogão é complicado. Até aqui a caminhada foi tensa. Ainda não cheguei onde quero chegar de fato com esse projeto. Quero ganhar o mundo e mostrar que cada palavra maldosa direcionada a mim e meus companheiros nos fortaleceu e deu mais força para não perdermos o foco!", afirmou. Ela atualmente estuda na Escola Pedro Celso, em Beberibe.

Para dar continuidade às suas pesquisas. as alunas receberam apoio também do Instituto Ailton Santos, no bairro de Beberibe, que as convidou para serem monitoras de alunos do 6º ao 9º ano, também com o professor Edson Gomes.

De acordo com o presidente da COLPARMEX, o professor Francisco Moyado, o processo de seleção é realizado com base em parâmetros de classe mundial e com processos transparentes até chegar aos estudantes homenageados. "Tudo isso consolida o caráter de classe mundial deste programa".

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