No seu “Novo Dicionário Banto do Brasil”, o músico, escritor e pesquisador Nei Lopes explica que a expressão banzo é originária das línguas quicongo e quimbundo, podendo significar: pensamento, lembrança, paixão, saudade, mágoa. “É uma nostalgia mortal que acometia negros africanos escravizados no Brasil”, sintetiza.
A palavra dá nome à exposição do artista paraibano Thiago Costa, que chega ao Museu Murillo La Greca, hoje (11), com vernissage às 19h. A visitação é gratuita e fica em cartaz até o dia 7 de agosto.
Na abertura, a dançarina e coreógrafa Helayne Sampaio apresenta o espetáculo “Étà: Oyá Tundê” e a DJ Milena Cinismo comanda discotecagem, focada em estilos como rap, disco, afrohouse, kuduru, funk e bregafunk.
A exposição “Banzo” é uma coletânea de obras em que Thiago Costa apresenta um novo olhar para esse sentimento. O artista reconta nossa história com outra perspectiva, na qual essa palavra sai da subjetividade das memórias escravocratas e ocupa um novo espaço de reconexão de criação com o ancestral e suas técnicas e expansão dos nossos territórios da linguagem. O trabalho é uma constelação de sentidos, suspiros, fluxos e refluxos.
Thiago Costa é graduando em Design Gráfico e Artes Visuais Thiago Costa. Ele trabalha com curadoria, performance, instalação, vídeo e palavra. Sua arte visita técnicas e memórias ancestrais, as quais impressionam com traços que destacam a beleza, o poder e a força que emana da cultura afro-brasileira.
Serviço
Exposição “Banzo” – de Thiago Costa
De 11 de julho a 7 de agosto
Visitação gratuita
Museu Murillo La Greca
Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim.
Abre de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
No sábado, das 15h às 18h.