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Fecomércio otimista em 2018

Claudia Santos

A economia brasileira, após período de instabilidades e retração, encerrou 2017 com um desempenho melhor que o registrado em 2016 e perspectivas otimistas para este ano. Visando colaborar para o desenvolvimento do setor terciário pernambucano, a Agenda 2018 aponta proposições dos empresários e das lideranças institucionais que representam os diversos segmentos do comércio de bens, serviços e turismo vinculados à Fecomércio-PE. Na Agenda, documento fruto de parceria entre a Federação e o Sebrae em Pernambuco, é possível acompanhar detalhadamente os dados apresentados para a construção dessas perspectivas por meio de analises econômicas.

As perspectivas positivas apontadas para 2018, segundo os empresários, estão ancoradas em alguns indicadores econômicos como a economia nacional alcançando estabilidade no 1º trimestre de 2017, com variação de 0,0% depois de 11 trimestres consecutivos de variações negativas do PIB, quando comparado ao trimestre de 2016. A partir disso, registra-se o crescimento mais elevado nos trimestres subsequentes, com 0,4% no 2º trimestre e 1,4% no 3º trimestre.

Agenda TGI

De acordo com dados mais recentes levantados na Agenda, uma modesta aceleração do crescimento da produção nacional no fim de 2017 indica que o resultado final acumulado no ano passado deve vir a ser de um crescimento próximo de 1%. Esse indicativo soma-se ao otimismo expresso por agentes econômicos de que a economia deverá continuar apresentando desempenho positivo nos próximos anos. Em 2017, o crescimento da economia brasileira, em termos setoriais, também sofreu variações.

Já as vendas do comércio varejista tiveram uma tímida e significativa elevação, principalmente no último trimestre. Dentro desse contexto, Pernambuco se destacou mostrando taxas de crescimento maiores que a média nacional. Em 2018, a tendência é que essa melhora continue acontecendo e se mostrando mais nítida que no ano passado. As projeções do Banco Central (Bacen) reafirmam isso dizendo que o país entrou em um cenário de retomada de crescimento de 2,6% este ano, após uma variação de 1% em 2017. Já o consumo das famílias deve subir de 1,2% para 3% em 2018.

Com base nas projeções do Bacen, vislumbra-se uma melhora econômica significativa principalmente para os segmentos de móveis, eletrodomésticos, equipamentos de informática, veículos e materiais de construção, por conta do aumento da absorção de bens de capital e de bens de consumo duráveis estimados para 2018. Já em segmentos cujos itens são menos sensível a variações na renda é esperada uma moderada expansão. Exemplos são os supermercados, hipermercados, farmácias, perfumarias e cosméticos. No caso do turismo, o cenário também é favorável ao crescimento, devido à estabilidade relativa do dólar, que atrai estrangeiros para o país.

Na Agenda do Comércio, ficam evidentes os desafios da atividade comercial e da prestação de serviços, dadas as mudanças estruturais no ambiente econômico nacional e mundial. Com um olhar para o futuro, duas tendências foram destacadas: o rápido crescimento do uso de novas tecnologias de informação para o e-commerce e a crescente importância dos serviços na produção econômica.

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