Vida & Arte

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Pedro Cunha

Festas de fim de ano: especialista dá dicas para escapar das saias justas com elegância e se comportar como um convidado ou anfitrião

Professor de etiquetas explica qual o comportamento adequado para as confraternizações corporativas e familiares

A temporada de festas de fim de ano já começou e, com ela, todas as situações constrangedoras possíveis. Nas reuniões de família ou eventos da empresa, sempre tem alguém que se destaca pela postura inadequada, que não tem a ver com o clima de confraternização. O professor de etiqueta Sávio Mello explica que cada convidado deve fazer sua parte para que o clima dessas celebrações seja leve e harmonioso, e que essa atitude só traz benefícios.

“Um sábio ditado conta que, na falta do que dizer, é mais prudente calar. Todos devem contribuir para o clima festivo, evitando comentários inapropriados. Além disso, as portas se abrem com mais frequência e facilidade para todas as pessoas que se preocupam com alguns detalhes de comportamento. Um bom convidado é gentil e está sempre pronto a ajudar para que o evento saia perfeito”, comenta Sávio.

Sávio Mello, professor de etiquetas

Se a comida não agradou, disfarce

Nada mais desagradável do que reclamar ou deixar que o anfitrião perceba que você não gostou do cardápio do jantar. “Neste caso, sirva-se pouco ou afaste um pouquinho da comida para um lado, pausando os talheres na posição de ‘seis horas do relógio’, indicando que finalizou, assim que o anfitrião fizer o mesmo”, ensina o professor.

Respeite o horário dos outros

Você não é Papai Noel, mas na “noite feliz” gosta de dar aquela passadinha na casa de incontáveis amigos e parentes antes de rumar para o destino final? Procure diminuir ao máximo essa jornada de visitas. Você causará atraso para a ceia de outras pessoas – respeite e tenha em mente que elas estarão aguardando por você.

Cumprimente os anfitriões

Antes de qualquer coisa, comer, ir ao toalete, ou de esticar conversa com qualquer outro convidado, em primeiro lugar cumprimente as pessoas que convidaram você. Elas são a razão de você estar ali.

Participe da festa

Evite patotas ou panelinhas. Não se limite a ficar conversando com uma só pessoa o tempo todo. A razão de ser de uma festa de Natal ou Ano Novo é a confraternização, a troca, a celebração. Aproveite fazer novas amizades, ou rever os amigos antigos e conversar com eles. É tempo, sobretudo, de inclusão. E se for uma confraternização corporativa, de networking.

A ceia: muita calma nesta hora

Quando o bufê for servido, não se desespere – por mais que a fome esteja desconcertante (quem nunca ficou horas aguardando a tão sonhada garfada de farofa com tender porque a cunhada da tia do vizinho se atrasou para a festa?). “A comida não sairá voando nem evaporará. É sempre muito deselegante avançar no jantar”, alerta Sávio Mello.

Seja agradável

Procure ser gentil com todos. Circule, sorria e converse com outros grupos. Procure se despedir dos anfitriões, mas se for difícil, em razão do número de convidados, despeça-se daqueles que estão próximos. E sempre, sempre, agradeça no dia a seguir.

Evite saias justas

Nas festas de fim de ano, alguns encontros indesejados acabam acontecendo: primos que não se dão bem, parentes brigados ou amigos já não tão próximos assim. Se for inevitável convidá-los, procure alocá-los à mesa em assentos distantes ou em ambientes distintos, tomando o cuidado de dar a mesma atenção a todos os envolvidos.

O presente veio errado

Alguém quis te agradar e errou feio no seu gosto? Para não ser indelicado com quem presenteou, não fale nada. Agradeça. Depois, vá até a loja e tente trocar, caso seja possível. Caso não haja nada a fazer, use a criatividade e passe adiante. Só não precisa fazer propaganda disso.

Descarte os caroços com educação

A regra é simples: comeu com a mão? Retire o caroço com a mão – vale para azeitonas, por exemplo. Levou o alimento à boca com o garfo? Descarte da mesma maneira, com o garfo, colocando-o no cantinho do prato discretamente – os ossinhos do peru ou do chester, por exemplo. Vale lembrar: a etiqueta é controversa a respeito de comer com as mãos as carnes com ossos, como coxas de frango, por exemplo. No caso do chester e do peru, aves maiores, eu indico o garfo e a faca, já que são mais carnudas e simples de separar a carne do osso, evitando sujar as mãos sem necessidade.

Segure os talheres corretamente

Faca na mão direita, para cortar, e garfo na mão esquerda, para levar a comida à boca, independentemente se a pessoa for destra ou canhota. Ao apoiá-lo, o garfo deve estar sempre virado para baixo. “Essa é a forma correta”, garante Sávio Mello.

Receba bem inclusive o convidado surpresa

Algum amigo desavisado apareceu com um convidado extra em plena noite de Natal? Administre a situação. Esses imprevistos fazem parte da arte de receber. “Seja o mais discreta possível, colocando mais um lugar à mesa, se for o caso e faça a pessoa se sentir acolhida”, indica Sávio. “Uma boa dica é ter sempre lembrancinhas extras na árvore de Natal para eventuais participantes inesperados”, conclui o professor.

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