Parceria com Instituto Amazônia+21 busca transformar o bioma em polo de desenvolvimento socioambiental e econômico
A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) deu mais um passo em sua agenda de sustentabilidade ao firmar um acordo com o Instituto Amazônia+21 para atrair investimentos de impacto socioambiental na Caatinga. A iniciativa, assinada pelos presidentes Bruno Veloso (FIEPE) e Marcelo Thomé (Instituto Amazônia+21), pretende mobilizar recursos comerciais e filantrópicos para viabilizar soluções sustentáveis em um bioma que ocupa 84% do território pernambucano e 11% do país.
Durante o lançamento da Facility Investimentos Sustentáveis, Veloso ressaltou a importância estratégica da iniciativa. “Esse trabalho identifica grandes projetos com vários parceiros. Vamos aprofundar e dar prosseguimento a essa atuação, que vai desenvolver diversos projetos estruturadores para o nosso estado. A Caatinga representa 11% do território nacional e 84% do território de Pernambuco. O que discutirmos é uma oportunidade de pensar em novos caminhos. Nossa gestão tem como um dos pilares a governança social, ambiental e corporativa, e iremos assumir o compromisso de ajudar a transformar boas ideias em ações concretas, com impacto real para quem vive e empreende em uma região com tanto potencial de desenvolvimento”, afirmou.
Para Thomé, a criação de um fundo catalítico voltado à Caatinga é um instrumento essencial para garantir segurança jurídica e atrair capital em larga escala. “A gente precisa não só conservar o bioma Caatinga, como também restaurar. Quanto mais ativos naturais tivermos, mais negócios e inclusão econômica. É um ciclo de prosperidade virtuoso a partir da mobilização inteligente e orientada do capital, primeiro numa etapa filantrópica, para originar os projetos e, na sequência, trazendo veículos comerciais e recursos em volume para que esses bons projetos virem negócios”, destacou.
A relevância do acordo foi reforçada por lideranças do setor produtivo e ambiental. “Na Caatinga habitam em torno de 30 milhões de pessoas e é um território de grandes possibilidades. Essa forma de financiamento vai poder transformar toda essa potencialidade em negócio, emprego e melhoria de qualidade de vida”, avaliou Anísio Coelho, presidente do Contema/FIEPE. Já o secretário estadual de Meio Ambiente, Daniel Coelho, destacou que “desenvolvimento é termos solução sustentável, que a gente precisa caminhar de mãos dadas com economia e meio ambiente”. O evento contou ainda com a participação de representantes do Ibama, CPRH e dirigentes regionais da FIEPE, que ressaltaram a urgência de políticas conjuntas para garantir desenvolvimento econômico sem comprometer a preservação ambiental.