Flexibilização no uso de máscaras. E agora, como proceder em determinadas situações?

*Pela Dra Mariana Andrade Figueiredo

Até o ano de 2020 não imaginávamos o impacto do uso de máscaras em nossas vidas. Surgiram muitas dúvidas sobre qual tipo escolher para cada situação, como utilizar corretamente, como higienizar e descartar. Fomos bombardeados por informações diversas. Nos adaptamos, de certo modo, a esta nova fase e as máscaras se tornaram parte do nosso cotidiano. Vários Estados já decretaram o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e/ou fechados. Aqui em Pernambuco, recentemente, houve a flexibilização no uso de máscaras, porém apenas em locais abertos. Neste momento surgem outras dúvidas e inquietações. E agora, todas as pessoas devem aderir a essa flexibilização? O que dizem os especialistas na área sobre esta questão? Deve-se considerar a etiqueta respiratória? Como fica a situação nos ônibus e nas escolas?
A flexibilização ainda não é consenso entre os especialistas. Os índices são favoráveis, contudo, é preciso avaliar com cautela a retirada abrupta da obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os ambientes. É importante destacar que a não obrigatoriedade não significa que o uso de máscara não seja recomendável em determinadas circunstâncias. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomenda fortemente que as máscaras sejam utilizadas nas seguintes situações como medida de proteção individual:

  1. Indivíduos sintomáticos ou pessoas que estejam potencialmente em contato com transmissores: o uso de máscaras continua sendo fundamental nas categorias abaixo. a. Pessoas com sintomas de resfriado comum, ou síndrome gripal; b. Pessoas que se expõem ao contato com indivíduos sintomáticos, como profissionais de saúde, trabalhadores de serviço de atendimento ao público, familiares de pacientes sintomáticos e situações correlatas; 2. Populações mais vulneráveis à COVID-19, como os listados devem manter o uso de máscaras em ambientes que contenham aglomeração de pessoas, em especial locais fechados e de longa permanência. a. Não-vacinados contra a COVID-19, ou que receberam imunização incompleta (menos de três doses, quando indicada a dose de reforço); b. Imunossuprimidos; c. Pessoas com idade maior que 60 anos (principalmente maiores que 70 anos), em especial com presença de doenças crônicas; d. Gestantes com ou sem comorbidades.
    O Governo do Estado também recomendou a continuidade da proteção em locais abertos para pessoas com sintomas gripais, idosos que não tomaram as doses de reforço recomendadas e pacientes imunossuprimidos – a exemplo dos que estão em tratamento de câncer, transplantados, pessoas vivendo com HIV, pacientes com doenças autoimunes ou que passam por tratamento de hemodiálise, além das pessoas em situações de aglomeração.
    E quanto aos ônibus? Máscaras permanecem obrigatórias nos ônibus/transportes coletivos e terminais de passageiros em Pernambuco. No âmbito das unidades educacionais a norma é válida apenas nos locais abertos, permanecendo a obrigatoriedade do uso de máscaras nos outros ambientes. A Secretaria de Saúde do Estado e a Sociedade Brasileira de Infectologia mantêm a forte recomendação para que a máscara seja utilizada em todos os ambientes fechados dos colégios/unidades educacionais, em virtude de as crianças e adolescentes ainda não terem completado o ciclo vacinal.
    Se você faz parte de algum dos grupos já citados, nada melhor do que reforçar a segurança e continuar usando máscara. A etiqueta respiratória nunca sai de moda e é preciso mantê-la em todas as ocasiões. Ao tossir ou espirrar, evitar utilizar as mãos e cobrir nariz e boca com um lenço de papel. Na ausência do lenço, utilizar o antebraço. Evitar cumprimentos com abraços, aperto de mão e beijo se estiver com sintomas gripais. Não compartilhar copos, utensílios e toalhas. Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool 70%. Para aqueles que desejarem utilizar a máscara, devem considerar que a melhor proteção é oferecida pelos modelos PFF2 ou N95. Como segunda opção as máscaras cirúrgicas de três camadas e na impossibilidade de utilizar estes tipos, considerar as máscaras de tecido com duas ou três camadas. É imprescindível ressaltar que o bom senso deve sempre prevalecer em qualquer situação.

*Profa. Dra. Mariana Andrade Figueiredo, Coordenadora do curso de Biomedicina do Centro Universitário UniFBV|Wyden

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