Greve Dos Metroviários No Recife é Suspensa Por 30 Dias - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Greve dos Metroviários no Recife é suspensa por 30 dias

A greve dos metroviários do Recife foi suspensa por 30 dias após decisão tomada em assembleia geral realizada na noite da quarta-feira (5), no Monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora. A categoria, que estava com as atividades paralisadas desde o início da semana, decidiu pelo retorno das operações a partir das 5h desta quinta-feira (6), após orientação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) para conciliação entre o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O acordo prevê que a CBTU apresente novas ações orçamentárias, de forma emergencial, junto ao Ministério das Cidades e à Casa Civil da Presidência da República dentro de um prazo de 30 dias. O objetivo é garantir recursos para investimentos no curto prazo para o sistema metroviário.

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Durante a assembleia, o sindicato apresentou um plano emergencial com dez medidas prioritárias, entre elas a recuperação das subestações de energia, reforço da rede aérea, aquisição de locomotiva de serviço, reposição de peças, modernização da manutenção e melhoria da segurança operacional. A categoria ressalta que a paralisação não teve motivação salarial, mas foi motivada pela precarização do sistema e pelos riscos à segurança de trabalhadores e passageiros.

A crise do sistema ficou mais visível após o episódio de incêncio em uma das composições no final de outubro. Apesar de não haver vítimas, os metroviários têm denunciado o risco de morte dos trabalhadores e passageiros diante da precarização das condições de trabalho.

PROTESTO PELAS RUAS DO CENTRO DO RECIFE

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Antes da assembleia que aprovou a suspensão da greve, a categoria fez uma passeata de protesto em denúncia à precariedade do sistema, com fortes críticas políticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à governadora Raquel Lyra. O Sindmetro-PE denuncia que a condição atual do sistema é fruto de um longo processo de sucateamento do sistema com o objetivo de privatizá-lo.

O ato ocorreu dois dias após a detenção do presidente do sindicato Luiz Soares pela Polícia Militar de Pernambuco, uma hora antes do protesto que estava agendado para ocorrer no primeiro dia da greve.

Durante o percurso, que saiu da Estação Recife até o Monumento Tortura Nunca Mais, o movimento recebeu apoio de parlamentares da Alepe e da Câmara dos Vereadores, como os deputados João Paulo (PT), Rosa Amorim (PT), Dani Portela (PSOL) e da vereadora Liana Cirne (PT).

Apesar da suspensão temporária, os metroviários permanecem em estado de greve e podem retomar a paralisação caso não haja avanços concretos nas negociações ao final do prazo estabelecido.

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