Indústria da construção com 44% de ociosidade - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Indústria da construção com 44% de ociosidade

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O nível de utilização da capacidade de operação da indústria da construção caiu para 56% em agosto e está 10 pontos percentuais inferior à média do mesmo mês dos anos anteriores. Isso significa que 44% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal estão parados. Desde maio de 2012, o nível de atividade no setor está abaixo do usual. Em agosto, o índice de nível de atividade efetivo em relação ao usual ficou em 27,7 pontos, muito abaixo da linha divisória dos 50 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, recém divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os valores da pesquisa variam de zero a cem. Quando estão abaixo de 50 pontos são negativos.

Mas há sinais de que a crise do setor está diminuindo. "A queda do nível de atividade e do número de empregados tem sido menor que a observada durante todo o ano de 2015", diz a pesquisa. Embora os indicadores continuem abaixo dos 50 pontos, o ritmo de retração da atividade e do emprego diminuiu. De acordo com a economista da CNI Flávia Ferraz isso é resultado da desaceleração da inflação, da expectativa de queda dos juros e da melhora das perspectivas econômicas em geral. "O cenário está um pouco mais positivo", afirma Flávia.
Em agosto, o índice de evolução do nível de atividade da construção foi de 41,8 pontos e o de emprego ficou estável, em 39,6 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Abaixo de 50 pontos mostram queda da atividade e do emprego.

EXPECTATIVAS E INVESTIMENTOS - A pesquisa mostra ainda que os empresários do setor continuam pessimistas. Todos os indicadores de expectativa em setembro estão abaixo dos 50 pontos. Isso mostra que as perspectivas são de queda do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, de compra de insumos e matérias-primas e de número de empregados nos próximos seis meses.

O indicador de intenção de investimento ficou em 26,9 pontos em setembro praticamente estável em relação a agosto, um dos menores níveis da série que começou em novembro de 2013. A CNI avalia que a baixa utilização da capacidade operacional, a fraca atividade e a difícil situação financeira das empresas desestimulam os investimentos da indústria da construção.

O levantamento foi realizado entre 1º e 14 de setembro com 595 empresas, das quais 188 são de pequeno porte, 264 são médias e 143 são de grande porte.

(Da CNI)

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