Inflação Muda Hábitos E Torna O Brasileiro Um Consumidor Mais Estratégico - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Inflação muda hábitos e torna o brasileiro um consumidor mais estratégico

Com a inflação mantida em 15%, o consumidor brasileiro tem adotado uma postura mais cautelosa e disciplinada na hora das compras, consolidando um novo perfil de consumo. Segundo o estudo “Consumo em tempos de inflação e repriorização”, realizado pela Neogrid em parceria com o Opinion Box, 95% dos brasileiros perceberam aumento nos preços no último ano e 82% afirmam ter trocado produtos habituais por opções mais baratas.

O principal fator de decisão de compra para 66% dos consumidores é o preço, seguido da qualidade (60%). O dado mostra que o brasileiro não hesita em substituir marcas conhecidas por alternativas mais econômicas, mas ainda busca equilíbrio entre custo e confiança — um consumo mais racional, mas sem abrir mão de critérios.

“Para enfrentar esse cenário, além de repensar as prioridades de consumo, uma dica prática é criar um fundo de emergência específico para a variação de despesas com alimentação”, orienta Fernando Lamounier, educador financeiro. “Separar mensalmente uma pequena porcentagem da renda para evitar surpresas com a alta de preços é a chave para garantir estabilidade em tempos de incerteza”, acrescenta.

Nos últimos 12 meses, as principais categorias em que os consumidores substituíram produtos por versões mais baratas foram produtos de limpeza (69%), itens de higiene pessoal (57%) e alimentos e bebidas (54%).

Mesmo com essas mudanças, o brasileiro ainda mantém espaço no orçamento para pequenos prazeres. A pesquisa mostra que 73% continuam destinando parte da renda a “mimos”, como refeições fora de casa (46%), chocolates e doces (45%), cosméticos (38%) e delivery (32%).

“É preciso ter uma visão de longo prazo sobre o que realmente vale a pena e, principalmente, o que está dentro do seu orçamento. Está tudo bem comprar algo que não seja essencial para satisfazer um desejo pessoal, desde que isso não leve ao endividamento”, destaca Lamounier.

Diante desse cenário, o educador financeiro reforça que o consumidor brasileiro deve investir em disciplina e planejamento. “Programação é a chave para cuidar das finanças. Ter um teto orçamentário ajuda a manter a poupança e a tomar decisões de compra mais conscientes”, conclui.

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