Na última quinta, segundo dia do 11º Janela Internacional de Cinema do Recife, a pluralidade de propostas ditou o tom da competitiva de curtas brasileiros no cinema São Luiz. A noite também ficou marcada pela exibição do grande vencedor da 71ª edição de Cannes, Assunto de Família.
Curtas intimistas como o Bup, da diretora pernambucana Dandara de Morais, e o paulista Mesmo com Tanta Agonia, de Alice Andrade Drummond, dialogaram com propostas bem diferentes como a do curta documental Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados, que acompanha três ocupações em Minas Gerais organizadas pelo MLB – Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas. No melhor estilo “câmera na mão” somos levados à tensão e nervosismo de uma noite de ocupação, experiência reforçada pela quase escuridão total.
Pluralidade confirmada pela presença do Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno, uma viagem psicodélica guiada pelo cearense Leon Reis e da divertida ficção-científica Plano Controle. Dirigido por Juliana Antunes, o curta acompanha uma jovem em seu embate com a operadora de celular que não consegue fornecer um serviço de teletransporte (isso mesmo!) de qualidade. Após a exibição dos curtas, os realizadores participaram de um debate.
Em uma das sessões mais disputadas até agora no festival, foi exibido o ganhador da Palma de Ouro deste ano, o filme japonês Assunto de Família, de Hirokazu Kore-eda. A história acompanha uma família de ladrões que resolve adotar uma menina, vítima de violência doméstica. O longa é a aposta do Japão para o Oscar 2019. O segundo dia de festival chegou ao fim com o longa Inferninho da dupla Guto Parente e Pedro Diógenes.