Maior delegação do país, grupo formado por 36 participantes do programa Jovens no Clima vai apresentar projetos e experiências sustentáveis desenvolvidas nas periferias do Recife
O Recife está sendo representado por uma delegação de 36 jovens na COP30, que acontece em Belém (PA). É o maior grupo municipal do Brasil na conferência. Os integrantes, com idades entre 18 e 29 anos, fazem parte do programa Jovens no Clima 2025, criado pela Prefeitura do Recife e financiado pela Bloomberg Philanthropies. Entre os dias 8 e 15 de novembro, eles apresentarão projetos ambientais desenvolvidos em comunidades locais, além de participar de painéis, visitas técnicas e atividades culturais.
Os participantes foram orientados sobre a programação e receberam itens como mala de bordo, mochila, camisas, garrafa térmica e produtos de higiene. “A presença dos participantes do programa Jovens no Clima na COP30 reforça o compromisso da Prefeitura do Recife com o protagonismo juvenil nas pautas ambientais. É preciso reconhecer a potência criativa da juventude recifense na construção de soluções sustentáveis para os desafios climáticos”, destacou Marco Aurélio Filho, secretário de Direitos Humanos e Juventude do Recife.
A agenda dos recifenses na COP30 inclui painéis como “Jovens no Clima: as juventudes do Recife no centro do debate e ação climática”, no Pavilhão do Governo Federal, com a participação da ministra Macaé Evaristo e do prefeito João Campos. Os jovens também estarão na COP do Povo com o painel “Da lama do território para o mundo” e no Pavilhão do Círculo dos Povos, onde apresentarão a experiência de jovens indígenas da periferia do Recife em projetos sustentáveis.
A programação ainda contempla visitas a iniciativas socioambientais, como o projeto PluviAmbiental, na Ilha do Combu, e intercâmbios com a Universidade da Amazônia (UNAMA). Para a estudante de oceanografia Alanna Barros, 22 anos, integrante do projeto Alerta Vermelho, a oportunidade é única: “Vai ser mágico participar da primeira COP no Brasil. Estou muito ansiosa para vivenciar isso. Agradeço muito à organização, meus olhos estão brilhando com tudo o que está acontecendo”, afirmou. Já Ayandson Melo, 24 anos, do projeto Entra a Pulso: território da esperança, ressaltou a importância do evento: “A gente realizou formações sistemáticas com os jovens de Entra a Pulso sobre racismo ambiental. Depois do projeto, agora a gente vai pra COP30, é muito importante participar das soluções para as mudanças do clima”.
O programa Jovens no Clima é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, em parceria com a Rede Conhecimento Social e o Delibera Brasil. A capital pernambucana foi a única do país entre as 100 cidades do mundo beneficiadas pelo Fundo de Ação Climática Juvenil da Bloomberg Philanthropies, que destinou R$ 20 mil para cada projeto implementado pelos coletivos participantes.

